sábado, 7 de agosto de 2010

DILMA ULTRAPASSA SERRA NO RIO GRANDE DO SUL

SEGUNDO IBOPE: DILMA 42% E SERRA 40%

Pesquisa Ibope/RBS feita entre os dias 3 e 5 de agosto, e divulgada na tarde deste sábado (7), restrita ao Rio Grande do Sul:

Dilma (PT): 42% (na pesquisa anterior de julho tinha 37%)
Serra (PSDB): 40% (tinha 46%)
Marina (PV): 5%

Em todas as pesquisas anteriores ela aparecia atrás de Serra, e o Sul vinha sendo considerado uma espécie de reduto tucano.

Governador:

Tarso Genro (PT): 37%
José Fogaça (PMDB): 31%
Yeda Crusius (PSDB): 11%
Pedro Ruas (PSol): 1%
Carlos Scheneider (PMN): 1%

Rejeição dos candidatos:
Yeda (PSDB): 41%
Genro (PT): 10%
Fogaça (PMDB): 5%

A margem de erro é 3%.

Quem acha que Dilma não passa de 40% pode ter surpresa

6 de agosto de 2010 às 10:29h

Uma das coisas engraçadas destas eleições é observar a mudança nos cálculos da oposição sobre o “poder de transferência” de Lula. Já faz mais de um ano que eles são feitos e refeitos, sempre corrigindo para cima a estimativa anterior. Agora, às vésperas do começo da última etapa, com as campanhas chegando à televisão, eles voltaram a mudar, outra vez em sentido ascendente.

Ainda em 2009, não havia quem, nos partidos de oposição, achasse que a aposta de Lula ao indicar Dilma Rousseff daria certo. Além do que entendiam ser suas dificuldades próprias – inexperiência eleitoral, falta de carisma, pouca visibilidade de seu papel no governo (para ficar apenas com as mais citadas) – haveria um limite à transferência de votos de Lula para ela.

Ninguém jamais discutiu que Dilma Rousseff precisaria desses votos. Uma candidata nova, que nunca disputara um cargo importante, sem qualquer notoriedade fora da área técnica do governo, só por milagre alcançaria votação sequer perceptível em uma eleição nacional. Veja-se, para ilustrar, o que aconteceu com Aécio Neves na pré-campanha. Apesar de ser o governador reeleito (e bem avaliado) do segundo maior colégio eleitoral do País, mal alcançava 20% quando teve de desistir, exatamente por lhe faltar maior volume de intenções de voto.

Mesmo sendo Dilma a candidata do PT, de longe o partido com o maior número de filiados e simpatizantes, suas perspectivas continuavam baixas. O PT, sozinho, seria insuficiente para elegê-la.

Ou seja, para se tornar competitiva diante de José Serra e poder derrotá-lo, Dilma precisava de Lula. Ela sabia disso, ele também, assim como a torcida do Flamengo (e a de todos os seus adversários).

Mas quantos seriam os votos que ele conseguiria repassar? Apesar de sua popularidade e simpatia, não haveria um limite a essa transferência?

Durante o ano passado, quem torcia por Serra, seja no meio político, seja na sociedade civil, escolheu a taxa de 20% como o teto onde a transferência de Lula poderia ir. Até a alcançar, Dilma cresceria sem problemas. Em lá chegando, empacaria. Lula a poria no patamar de 20%, mas, para ultrapassá-lo, a bola estaria com ela. Sozinha, sem bagagem política, seria presa fácil do candidato do PSDB.

Essa proporção não foi inventada, pois se baseava nas respostas de entrevistados nas pesquisas a perguntas sobre sua propensão a votar em “quem quer que fosse o candidato indicado por Lula”. Embora variasse um pouco, conforme o momento e a pesquisa era mesmo isso que diziam as pessoas.

O equívoco foi, no entanto, confundir piso com teto. Os 20% não eram o máximo, mas o mínimo que Lula, sem fazer mais nada, daria a ela.

Ela os superou ainda em outubro de 2009, jogando fora os prognósticos peremptórios que ouvíamos até de especialistas conhecidos. Fixaram, então, uma nova barreira em 30%, e garantiram que, deles, ela não passaria. Coisa que fez em março e continuou subindo. A essa altura, indo cada vez mais além do segmento do eleitorado que votaria de olhos fechados em quem Lula indicasse.

Na última semana de julho, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reviu as contas e fixou um novo limite. Para ele, depois de “Lula ter transferido para sua candidata 35% a 40% dos votos”, alcançou “um teto”. Agora, finalmente, segundo o ex-presidente, Dilma Rousseff pararia de crescer.

Quem garante isso? De onde vem a convicção, considerando que ela, nos 40% atuais, já está a um passo de ganhar no primeiro turno?

Quem acha que ela não cresce mais deve imaginar que a presença diária de Lula na televisão, depois do dia 17 próximo, não terá qualquer efeito. Que os 85% que o aprovam, os 75% que acham ótimo ou bom seu governo, os muitos que gostam dele e o admiram ficarão indiferentes à sua presença. Que se decepcionarão todos aqueles que só esperam conhecer um pouco a candidata que ele apoia.

Quem acha que ela não passa de 40% esquece que Lula a pôs nesse patamar quase que somente falando nela, sem olhar nos olhos do eleitor e pedir seu voto, salvo a meia dúzia de vezes em que usou o tempo de propaganda de seu partido.

Quem acha que ela não passa de 40% pode se preparar. Vai, provavelmente, ter uma surpresa.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.

Fonte: Marcos Coimbra, na Carta Capital


SERRA É OPOSIÇÃO

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, reforçou nesta sexta-feira a estratégia de mostrar que seu principal adversário, José Serra (PSDB), representa a oposição e a mudança de rumo em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu acho que o candidato Serra representa a oposição. Eles foram contra o governo do presidente Lula desde o início", disse Dilma a jornalistas ao avaliar o debate entre presidenciáveis realizado pela TV Bandeirantes na quinta-feira.

A campanha da petista se preocupa em colar em Serra o adesivo de anti-Lula, para não correr o risco de o tucano passar uma ideia de que é pós-Lula, enquanto Dilma significa a continuidade.

"Tanto é assim, que, por exemplo, o partido que faz coligação com o candidato Serra -o DEM- entrou na Justiça arguindo a inconstitucionalidade do ProUni, querendo que o ProUni fosse cancelado. O que eles queriam fazer com os 500 mil brasileiros que têm direito a uma bolsa pelo ProUni eu não sei", acrescentou.


NA BAHIA, WAGNER GANHA NO PRIMEIRO TURNO

O Instituto Ibope divulgou nesta sexta-feira, 06, sua primeira pesquisa de intenção de voto para o Governo da Bahia. Assim como nas demais pesquisas feitas até agora, o governador e candidato a reeleição, Jaques Wagner, lidera nos resultados e ganharia a eleição no primeiro turno.

Com a pergunta "Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?", Jaques Wagner obteve 46% das intenções de voto. Paulo Souto, candidato do DEM, obteve 19% e Geddel Vieira Lima (PMDB), 11%. O candidato do PSTU, Carlos Nascimento alcançou 1% e os demais candidatos não pontuaram. Os votos brancos ou nulos somaram 9% e os indecisos 14%.

A diferença de Wagner e seus opositores é a maior registrada até agora. Proporcionalmente à subida do governador, Paulo Souto registra a maior queda e Geddel se mantém estável.

A pesquisa perguntou também em qual candidato os eleitores não votariam. O índice de rejeição é liderado por Paulo Souto, que somou 26%, seguido de Bassuma, que atingiu 20% de rejeição. Geddel Vieira Lima obteve 17%, Wagner 16% e Sandro Santa Bárbara (PCB), 15%; enquanto os candidatos Marcos Mendes (PSOL) e Carlos Nascimento (PSTU) atingiram 3% de rejeição. Para 22% dos entrevistados, se a eleição fosse hoje, eles não saberiam em quem votar e 15% responderam que votariam em todas as opções.

Avaliação - Para 15% dos entrevistados, a gestão de Jaques Wagner é considerada ótima. Já 38%, consideram a gestão do atual governador boa, 30% regular, 6% ruim, 4% péssima e 4% não souberam ou não quiseram responder. Ao comentar a pesquisa, Wagner afirmou que esta é a fotografia do momento e se disse feliz com o resultado. “Eu não me empolgo e não me abateria se o resultado fosse diferente. Continuarei trabalhando muito e fico feliz. Isto significa que a população está aprovando”, comemora.

Geddel afirmou que só terá algo para comentar quando começarem os debates e a propaganda eleitoral televisiva. “Quem está na frente comemora e quem está atrás trabalha para melhorar”, disse. Paulo Souto, que esteve no interior durante todo o dia, respondeu, por meio de sua assessoria, que o alto índice de indecisos aponta grande indefinição. “Nós realizamos uma pesquisa interna, não registrada, com 1.600 pessoas e Souto está em um patamar mais confortável”, garante o assessor João Paulo.

Bassuma, que não pontuou pela primeira vez, se mostrou surpreso com o resultado. “É uma pesquisa muito estranha, sem lógica, mas neste momento as pesquisas apontam o grau de conhecimento do eleitor com relação ao candidato. Não há ainda alguma definição”, argumenta.

Senado - Entre os candidatos ao Senado, César Borges (PR) lidera com 38% das intenções de voto, sendo seguido por Lídice da Mata (PSB), com 25%, e Walter Pinheiro (PT) com 23%. Brancos ou nulos somaram 19% e indecisos 48%.

Em nota divulgada pela assessoria da campanha da coligação "Pra Bahia seguir em frente" logo após o resultado da pesquisa Ibope, Lídice e Pinheiro afirmaram que seguem o padrão dos últimos institutos, com uma margem ainda grande de indecisos na intenção de votos ao Senado.

“É um bom patamar antes de começar o horário eleitoral, com um quadro de quase 50% de indecisos. Revela que cresceremos juntos, quanto maior for a assimilação da nossa campanha com o projeto de Lula, Dilma e Wagner. Agora, é levar a campanha de Pinheiro e Lídice para as ruas, essa é a pesquisa que vale, cair em campo”, afirmou Pinheiro.

Segundo Lídice, o governador Jaques Wagner tem uma posição consolidada, com mais votos que a soma dos concorrentes. “Por estarmos no mesmo time, acreditamos na minha vitória e na de Pinheiro. Temos uma tendência de crescimento e ainda nem entramos no programa eleitoral”, afirmou.

A pesquisa, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 26769/2010, entrevistou 1.008 pessoas entre 3 e 5 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: A Tarde

Ibope: Serra é o campeão da rejeição (25%); Dilma avança entre as mulheres

A CANDIDATA DO GOVERNO É QUEM MAIS RECEBE DOAÇÕES PARA A CAMPANHA

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a prestação de contas parciais dos candidatos a presidente. A petista Dilma Rousseff teve a maior arrecadação: R$ 9.735.985,50, dos quais R$ 2,7 milhões em dinheiro. Ela informou já ter gasto por volta de R$ 2,5 mi. O tucano José Serra declarou ter recebido R$ 2.593.501,81, não tendo ainda nenhuma despesa de campanha em dinheiro.

Marina registra mais doações que Serra

Marina Silva (PV) registrou receita de R$ 3.470.250,65 e nenhuma despesa em dinheiro. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) informou ter R$ 35.040,00 de receita, sendo R$ 11 mil em dinheiro. Ele disse ainda não ter gasto nada. Levy Fidelix, candidato pelo PRTB, informou receita de R$ 1.000,00, provenientes de recursos próprios.

Os outros candidatos a presidente, Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Eymael (PSDC), José Maria de Almeida (PSTU) e Rui Costa Pimenta (PCO) declararam nenhuma receita ou despesa.

Fonte:nogueirajr.blogspot.com

DILMA SE MANTÉM ARRASADORA NA FRENTE DE SERRA


Vantagem de Serra vai de 5 a 7 pontos

A candidata Dilma Rousseff manteve uma vantagem de cinco pontos percentuais sobre o tucano José Serra na última pesquisa do Ibope, realizada entre os dias 2 e 5 de agosto (antes do debate na Bandeirantes) e divulgada na noite desta sexta (6) pelo Jornal Nacional da Globo.

Dilma tem 39% contra 34% do ex-governador paulista, índices idênticos ao do levantamento anterior. Marina, do PV, ficou com 8% e os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somam 7% e indecisos, 12%.

A diferença indica uma vantagem técnica insofismável, pois está além da chamada margem de erro admitida pelo instituto, de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A candidata petista também bate o concorrente demo-tucano no 2º turno, por 44% a 39%. No caso, brancos e nulos somam 8% enquanto 9% permanecem indecisos.

Serra é o campeão da rejeição

Serra é o mais rejeitado entre os candidatos à Presidência: 25% (ante 24% da pesquisa anterior). Já Dilma registra 18% de rejeição (ante 19%) e Marina, 12% (ante 13%). O Ibope também questionou os eleitores quanto à crença na vitória. 46% dos eleitores acreditam que Dilma vencerá a disputa, contra 31% que creem numa vitória de Serra e 2%, na vitória de Marina.

Dilma também lidera na pesquisa espontânea – quando nenhum cartão de resposta é apresentado e o eleitor indica espontaneamente sua preferência. Ela já tem 25%, Serra aparece bem atrás, com 17% e Marina com 4%. Outros nomes citados somam 4% enquanto brancos e nulos são 6%. 44% não souberam responder. A pesquisa espontânea é considerada mais consistente do que a estimulada, uma vez que esta última acaba induzindo o entrevistado a apontar um nome.

Dilma tem 46% no NE

A região Sul é a única onde Serra lidera, com 42% contra 34% de Dilma. Marina tem 5%. No Sudeste já há empate entre os dois: 35% cada um. Marina fica com 8%. Já o Nordeste é a região que apresenta a mais ampla liderança da petista: 46% contra 27% do tucano e 7% de Marina. No Norte/Centro-Oeste, Dilma registra 40% contra 33% de Serra e 8% de Marina. As regiões com maior número de indecisos são Norte/Centro-Oeste e o Sul, ambas com 14%.

Na divisão por renda, Dilma aparece melhor entre os mais pobres. O placar entre os que ganham até 1 salário mínimo é de 44% contra 30% de Serra e 4% de Marina. Entre quem ganha de 1 a 2 mínimos, há empate entre Dilma e Serra: 36% para cada. Marina aparece com 7% nesse grupo. Na faixa que vai de 2 a 5 mínimos, Dilma tem 41%, Serra, 30% e Marina, 10%. Já Serra lidera entre quem ganha mais de 5 salários mínimos: 40% contra 36% de Dilma e 9% de Marina. As maiores porcentagens de indecisos estão entre quem ganha até 1 mínimo (15%) e entre 1 e 2 mínimos (14%).

Empate entre as mulheres

No detalhamento por sexo, Dilma lidera entre os homens por 10 pontos de vantagem: 43% a 33%. Entre as mulheres, a situação é de empate técnico: a petista aparece com 35% e Serra com 34%. Já a candidata Marina Silva tem 7% entre os homens e 8% entre as mulheres. A maior parte dos indecisos está entre as mulheres: 14% a 9%.

Na análise por idade, Dilma lidera em todas as faixas etárias, tendo seu melhor desempenho entre os eleitores que têm de 25 a 29 anos (44%). Está é também a faixa onde Marina aparece melhor (10%). Entre estes eleitores, Serra registra 33% das intenções de voto.

Já Serra vai melhor ente os eleitores que têm de 16 a 24 anos e acima de 50 anos (36%), grupo em que Dilma registra 39% e Marina, 4%. Ainda na faixa etária dos 16 aos 24, Dilma tem 39% e Marina, 8%. No grupo de 30 a 39 anos, Dilma tem 39%, contra 34% de Serra e 8% de Marina. Entre os eleitores que têm de 40 a 49 anos, Dilma lidera com 34%, Serra tem 30% e Marina, 9%.

O Ibope realizou 2506 entrevistas com eleitores de 173 municípios de todo o País. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro estimada é de 2%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 21697/2010.

Fonte: Vermelho