sábado, 14 de agosto de 2010

APÓS SER DESMENTIDO, SERRA MUDA O DISCURSO

Após a entrevista do candidato a presidência José Serra (PSDB) ao Jornal Nacional na quarta-feira (11), o governo reagiu às declarações em notas divulgadas pelo Ministério da Saúde e dos Transportes.Durante a entrevista, ao falar sobre saúde, Serra, apontou queda do número de cirurgias eletivas e dos mutirões. Sobre transporte, declarou que as concessões do governo federal não estão funcionando.

Ambos os sites dos ministérios divulgaram notas oficiais para rebater declarações mentirosas feitas por José Serra, que foram rapidamente reproduzidas nas páginas de blogs como o nosso

Serra,pêgo namentira mais uma vez, disse não estar debatendo com os ministérios. "A minha disputa eleitoral não é com os ministérios do governo Lula, mas com os candidatos aí postos. Eu debato com estes e não com os ministros, mesmo que eles estejam engajados como estão na campanha e nao deveria ser assim". E se mostrou focado na campanha, "meu foco não são os ministérios nem o governo, meu foco são os candidatos para a gente debater as coisas as quais divergimos e as que temos acordo".

Até a Folha tucana desmete José Serra

Serra também disse que a rodovia Fernão Dias estava fechada. Suas faixas realmente ficaram bloqueadas por três meses após um deslizamento, mas já foram reabertas com um desvio.

O candidato tucano à Presidência, José Serra, distorceu dados sobre as estradas do país .Na entrevista dada ao "Jornal Nacional", da TV Globo, Serra afirmou que 70% das estradas federais estavam esburacadas

Ministério dos Transportes soltou nota informando que 88% das estradas estavam com asfalto ótimo, bom ou regular.

TUCANO QUE ROUBA TUCANO

Quem é e como agia o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por líderes do PSDB de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do PSDB e não entregá-lo para o caixa da campanha
Paulo Vieira de Souza na obra do Rodoanel, que custou R$ 5 bilhões

POSIÇÃO ESTRATÉGICA

Nas últimas semanas, o engenheiro Paulo Vieira de Souza tem sido a principal dor de cabeça da cúpula tucana. Segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por ISTOÉ, Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais de 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra. Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido. Não autorizamos ninguém a receber dinheiro de caixa 2. As únicas pessoas autorizadas a atuar em nome do partido na arrecadação são o José Gregori e o Sérgio Freitas”, afirma o ex-ministro Eduardo Jorge, vice-presidente nacional do PSDB. “Não podemos calcular exatamente quanto o Paulo Preto conseguiu arrecadar. Sabemos que foi no mínimo R$ 4 milhões, obtidos principalmente com grandes empreiteiras, e que esse dinheiro está fazendo falta nas campanhas regionais”, confirma um ex-secretário do governo paulista que ocupa lugar estratégico na campanha de José Serra à Presidência.

Até abril, Paulo Preto ocupou posição estratégica na administração tucana do Estado de São Paulo. Ele atuou como diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), estatal paulista responsável por algumas das principais obras viárias do País, entre elas o Rodoanel, empreendimento de mais de R$ 5 bilhões, e a ampliação da marginal Tietê, orçada em R$ 1,5 bilhão – ambas verdadeiros cartões-postais das campanhas do partido. No caso do Rodoanel, segundo um dirigente do PSDB de São Paulo, cabia a Paulo Preto fazer o pagamento às empreiteiras, bem como coordenar as medições das obras, o que, por força de contrato, determina quanto a ser pago às construtoras e quando. No Diretório Estadual do partido, nove entre dez tucanos apontam a construção do eixo sul do Rodoanel como a principal fonte de receita de Paulo Preto. Outro político ligado ao Diretório Nacional do PSDB explica que a função do engenheiro na Dersa aproximou Paulo Preto de empreiteiras como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

Fonte: IstoÉ
DILMA AVANÇA PARA A VITÓRIA NO PRIMEIRO TURNO


O Datafolha confirmou a liderança da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, na corrida presidencial. Na pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Rede Globo, a petista está oito pontos à frente de José Serra (PSDB).

Pelo levantamento, Dilma tem 41 por cento das intenções de voto, Serra aparece com 33 por cento e Marina Silva (PV) tem 10 por cento.

A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Na pesquisa anterior, divulgada em 24 de julho, o Datafolha mostrava empate técnico entre Dilma e Serra. O tucano tinha 37 por cento e a petista aparecia com 36 por cento. Marina Silva também estava com 10 por cento.

Os outros candidatos não chegaram a 1 por cento cada. Brancos e nulos somaram 5 por cento e os que não sabem, 9 por cento.

Segundo o Datafolha, excluindo-se os indecisos, brancos e nulos e considerando-se apenas os votos válidos, Dilma estaria a três pontos percentuais de vencer no primeiro turno.

Em um eventual segundo turno, Dilma teria 49 por cento e Serra, 41 por cento.

Na pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira passada, Dilma liderava com cinco pontos de vantagem em relação a Serra. Ela tinha 39 por cento e ele, 34 por cento. Marina aparecia com 8 por cento.

O Datafolha avaliou ainda o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o instituto, houve estabilidade. Os que acham o governo ótimo ou bom somaram 77 por cento; regular, 18 por cento; e ruim ou péssimo, 4 por cento.

Foram feitas 10.856 entrevistas em 382 municípios entre os dias 9 e 12 de agosto.

Fonte: Reuters