domingo, 5 de dezembro de 2010

SERRA AGORA É DESPREZADO EM SEU PRÓPRIO NINHO. ALCKMIN QUER VÊ-LO BEM LONGE

O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), engrena um profundo rearranjo na administração estadual e tenta impor, tacitamente, um rompimento com a estrutura serrista no Palácio dos Bandeirantes.

Das 26 secretarias paulistas, o tucano decidiu mudar o comando de sete e extinguir uma. Ele estuda, ainda, emplacar nomes de sua lavra em pelo menos 13 pastas, liquidar a existência de mais duas e criar outras três.

Até agora, a equipe de transição de Alckmin resolveu extinguir a Secretaria de Ensino Superior e pretende decretar o fim da pasta de Relações Institucionais, considerada 'inócua' pelos alckmistas. Ambas foram criadas pelo ex-governador José Serra (PSDB). Para substitui-la, a transição avalia recriar a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, para articulação interna. Um dos nomes cotados para a tarefa é o atual secretário de Cultura, Andrea Matarazzo.

Outra secretaria que pode ser extinta é a de Comunicação, cujas atribuições, em forma de coordenadoria, poderiam ser repassadas à nova pasta de Governo ou à Casa Civil, comandada por Sidney Beraldo, chefe da transição tucana.

Serão criadas, em contrapartida, a Secretaria de Turismo, desmembrada da atual pasta de Esporte e Lazer, com vistas à Copa do Mundo de 2014, e a de Gestão e Desenvolvimento Metropolitano, para coordenar o guarda-chuva de infraestrutura estadual.

O principal cotado para assumir a tarefa metropolitana, vitrine da próxima gestão tucana, é o deputado eleito Emanuel Fernandes (PSDB), ex-prefeito de São José dos Campos e engenheiro pelo ITA e nome de confiança de Alckmin.

Contra-ataque. Essa reconfiguração do Palácio dos Bandeirantes, contudo, depende do intrincado tabuleiro de xadrez que está à frente de Alckmin. Uma das peças que mais luta por espaço é o grupo serrista, que contra-ataca às movimentações.

A ala fiel a José Serra pressiona, por exemplo, para emplacar o atual governador Alberto Goldman (PSDB) e mais dois secretários - Mauro Ricardo (Fazenda) e Luiz Antônio Guimarães Marrey (Casa Civil) - no tabuleiro.

A manutenção de espaço serrista passa ainda pela Secretaria de Segurança Pública, tocada atualmente por Antonio Ferreira Pinto. O principal nome alckmista que poderia sucedê-lo, Saulo de Castro Abreu Filho, foi indicado para Transportes.

São sinalizações, sentidas pela equipe alckmista, que ainda não tiveram solução final. Enquanto isso, é notório que Serra não está ausente do processo e acompanha a transição.

Nesta semana o tabuleiro deve se movimentar novamente. Membros da equipe de Alckmin trabalham para resolver áreas sensíveis e de grande visibilidade da próxima gestão, como Habitação, Fazenda, Educação, Justiça e Segurança Pública.

Pelas beiradas. À parte da disputa interna por espaço, sete partidos, essenciais para a governabilidade do tucano na Assembleia Legislativa, aguardam sua vez de abocanhar cargos.

Até o momento, o único aceno de Alckmin aos partidos aliados foi a indicação de seu vice, Guilherme Afif Domingos (DEM), para a pasta de Desenvolvimento - que inicia 2011 turbinada pelas atribuições da extinta Secretaria de Ensino Superior.

Somente outros dois nomes das siglas aliadas aparecem efetivamente cotados: Davi Zaia (PPS) para Emprego e Fábio Feldmann (PV) para Meio Ambiente. Enquanto isso, os deputados tucanos fiéis a Alckmin permanecem em stand by, aguardando a movimentação das secretarias.

Membros das reuniões de transição, eles também pleiteiam espaço prioritário no governo.


Fonte: Estadão

ENCONTRADAS 3 TONELADAS DE MACONHA NO ALEMÃO

A Companhia de Cães da Polícia Militar e policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) encontraram, na manhã deste domingo (5), cerca de três toneladas de maconha na Fazendinha, uma das favelas que faz parte do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro.

Renata Stuart / R7

Segundo a polícia, os agentes chegaram até uma construção depois de terem recebido uma denúncia anônima. A droga estava enterrada em uma das áreas da construção.

Nove policiais do Bope, nove da Companhia de Cães e dois animais chegaram ao local por volta das cinco horas da manhã.

Para o capitão do Bope Aluísio Freitas da Luz, o trabalho dos cães farejadores foi fundamental.

- Nós recebemos uma denúncia anônima, delimitamos o local e viemos fazendo a varredura até que os cães localizaram a droga. Visualmente seria impossível localizar. Não fosse o excelente trabalho dos cães, nós não teríamos conseguido encontrar o entorpecente.

Luz destacou ainda que o apoio da população local tem sido importante.

- As denúncias são diárias. A gente vem checar e o que acontece é isso: apreensões diárias. Esse trabalho é para a comunidade. Com certeza foi um prejuízo enorme para o tráfico.

Os policiais tiveram que fazer uma espécie de corrente humana para retirar a droga que estava embalada em tabletes de um quilo. A droga apreendida foi levada para o Batalhão de Olaria (16º BPM) em um caminhão do Bope.

Fonte: R7