domingo, 9 de janeiro de 2011

A FOLHA PERSEGUE A PRESIDENTA ATÉ NA ARRUMAÇÃO DO SEU GABINETE

Sempre buscando desconstruir a imagem da presidenta Dilma Rousseff, depois de inventar uma ficha falsa dela do período negro da ditadura, a Folha de São Paulo inventa mais uma. Segundo a Folha:

Em sua primeira semana, Dilma Rousseff fez mudanças em seu gabinete. Substituiu um computador por um laptop e retirou a Bíblia da mesa e o crucifixo da parede. Durante a campanha eleitoral, a então candidata se declarou católica e foi atacada pelos adversários sob a acusação de ter mudado suas posições religiosas.
A presidente também trocou móveis para deixar o ambiente “mais confortável”. Os estofados coral, usados no Palácio do Catete no governo Vargas, foram substituídos por poltronas e um sofá da linha Navona, do arquiteto Sergio Rodrigues.
Dilma começou a trabalhar às 9h30. O primeiro compromisso é com Helena Chagas (Comunicação Social) para se informar; a seguir, com o chefe de gabinete, Gilles Azevedo; depois com Antonio Palocci (Casa Civil).
A presidente não tolera atrasos. Pede objetividade e não gosta de expressões como “eu acho”. Apesar do estilo rígido, um interlocutor que acompanhou os primeiros dias de Lula no poder diz que a sensação é de que Dilma está “mais à vontade”.
No período inicial, uma semelhança entre eles: Lula priorizou a agenda interna. Dilma faz o mesmo ao ter o trabalho dominado por reuniões com ministros.
Coube a ministra Helena Chagas desmentir a farsa. Mais uma das muitas que ainda virão. 
Seria este o tipo jornalismo que o brasileiro realmente espera?



Fonte: Viomundo

O LOBISTA E CUNHADO DE GERALDO ALCKMIN É INVESTIGADO POR CORRUPÇÃO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO

Depoimentos obtidos pelo Ministério Público de São Paulo revelam a eminência e o poder do empresário Paulo César Ribeiro em negócios sob suspeita de prefeituras do interior do Estado, entre elas a de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Irmão de Lu Alckmin, mulher do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Ribeiro é alvo de inquérito do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público. A apuração corre sob segredo.
Paulo Ribeiro, o Paulão, é apontado como lobista de uma organização que, em troca de contratos para fornecimento de merenda escolar, fazia doações em somas elevadas para campanhas eleitorais de prefeitos. Em 27 de dezembro, promotores e oficiais da Polícia Militar vasculharam dois endereços do investigado em Pindamonhangaba: a casa e o escritório do empresário sofreram batidas simultâneas, resultando na apreensão de documentos.
Sócio do Cemitério Memorial da Paz, em Pindamonhangaba, o cunhado do governador foi citado em relatos a promotores de Justiça. Seu nome consta de arquivos digitais que indicam a existência de uma suposta planilha de propina mensal - cada desembolso era tratado pelo grupo como 'investimento'. O acervo foi apreendido pela promotoria.
Algumas expressões codificadas foram traduzidas pelos investigadores. Em uma delas, o empresário aparece como 'P. Ribeiro' ao lado da quantia de R$ 10 mil e da sigla 'V27', que seria referente a contrato da empresa Verdurama Comércio Atacadista de Alimentos Ltda. com a administração municipal.
O raio de ação de Ribeiro alcança diversos municípios paulistas, de Minas e do Espírito Santo. O foco central ficava em Pindamonhangaba - administrada pelo prefeito João Ribeiro (PPS), em segundo mandato, que tem como vice Myrian Alckmin, sobrinha do governador.
Era na prefeitura da cidade, segundo a promotoria, que o lobista agia com maior desenvoltura e prestígio - ele perdeu influência à medida em que o rastreamento do Ministério Público avançou, provocando a exoneração do secretário municipal de Finanças, Silvio Serrano, em fins de outubro. Serrano seria o atalho da organização na prefeitura. Na ocasião, o prefeito João Ribeiro disse que afastou o secretário 'para que não pairassem dúvidas sobre a administração'. Também caiu o diretor do Departamento de Licitações, Marcelo dos Santos.
Ouvido em 30 de novembro, Genivaldo Marques dos Santos, ex-sócio diretor da Verdurama, revelou que na campanha para reeleição de João Ribeiro houve solicitação de verbas.
A empresa alegou falta de recursos, mas apresentou fórmula para fazer caixa: reequilíbrio financeiro do contrato com efeito retroativo, sendo que o valor decorrente dessa manobra seria devolvido em forma de doação. Genivaldo disse que sua assinatura foi forjada.
Em 24 de setembro depôs João Bosco Nogueira, ex-vice-prefeito entre 2004 e 2008 e tio de Myrian Alckmin. Ele declarou que 'depois da eleição participou de reuniões na residência de João Ribeiro para a formação da equipe de governo'. Nesses encontros, assinalou, 'sempre estava presente Paulo Ribeiro, que participava ativamente'.
Fundos. À promotoria, Nogueira foi incisivo: 'Afirma que Paulo Ribeiro participou da campanha angariando fundos para o seu financiamento, sendo que João Ribeiro se referia a ele como lobista. Afirma que, ao cobrar João Ribeiro a respeito da presença de Paulo nas reuniões para a formação da equipe de administração, ele justificou que Paulo o ajudou financeiramente na primeira campanha para prefeito e na campanha a deputado estadual buscando fundos junto a empresários'.
Segundo Nogueira, foi o lobista quem indicou Serrano para compor o secretariado e montou a equipe do Departamento de Licitação e Compras, 'formada integralmente por pessoas de fora da cidade'. Ele contou que 'várias vezes se deparou com Paulo no Departamento de Finanças da prefeitura, local habitualmente frequentado por ele'.
Nogueira disse que, 'durante o período que esteve na administração, percebeu que tudo que seria comprado ou qualquer obra a ser realizada por qualquer secretaria tinha de passar pelo secretário de Finanças, que encaminhava todo procedimento de compra ou contratação, contatando fornecedores, discutindo preços, tudo era centralizado nele, o que gerou uma hipertrofia dos poderes da secretaria'.
O contrato da merenda foi alvo de Comissão Especial de Inquérito na Câmara da cidade. Três vereadores subscrevem relatório pela abertura de investigação sobre suposta omissão do prefeito. 'Há que se conceder a ele (João Ribeiro) o benefício da dúvida, a resposta só pode ser dada no âmbito de uma comissão processante', diz o texto, assinado pelos vereadores Ricardo Piorino (PPS), relator, José Carlos Gomes Cal (PTB) e Isael Domingues (PSDB). Piorino, agora presidente da Câmara, recusou-se taxativamente a dar acesso aos documentos da comissão. 'Os autos estão sob sigilo e disso não abro mão.'
Defesa. Em nota, a prefeitura informa que não foi comunicada pela Câmara sobre relatório da comissão da merenda escolar. 'Qualquer pronunciamento só poderá ser feito após o recebimento e análise dos documentos.' O prefeito não se manifestou sobre os movimentos do cunhado do governador em assuntos de sua gestão.
O Estado procurou o lobista Paulo Ribeiro, mas ele não retornou as ligações. 'O inquérito do Ministério Público corre sob segredo, mas posso dizer que meu cliente não tem envolvimento em qualquer ato ilícito', rechaçou o advogado Gilberto Menin, sócio do escritório Menin Advogados, que defende Ribeiro.
O ex-secretário de Finanças Silvio Serrano não foi localizado. A Verdurama declarou não ter sido notificada. 'A empresa ressalta que sua atuação em diversos municípios tem sido marcada pela transparência e excelência operacional. No mercado desde 1995, a Verdurama exerce suas atividades com base nas normas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs).'


Fonte: Estadão

FILIPINO FOTOGRAFA AO SEU PRÓPRIO ASSASSINO


Um filipino fotografou ao seu assassino quando este apontou a arma em sua direção, no momento em que tirava uma foto da família.

A máquina fotográfica da vítima foi entregue à polícia pelos seus familiares. O pistoleiro foi preso em um bairro no subúrbio de Manila.

Na foto é possível ver claramente a mulher e os filhos de Reynaldo Dagsa, enquanto que ao fundo aparece a imagem de seu assassino, Michael Gonzales, apontando o revólver.

Dagsa foi atacado durante a véspera de Ano novo na entrada de sua casa. Ele veio a falecer quando chegava ao hospital com tiros que lhe atingiram o peito e um braço.

A polícia também procura pelos cúmplices de Gonzales que, aparentemente, atacou sem motivos a sua vítima que trabalhava como segurança.

Fonte: El País

INVESTIMENTO BILIONÁRIO PARA O EXÉRCITO BRASILEIRO VIGIAR AS FRONTEIRAS

Na Marinha, o submarino de propulsão nuclear. Na Aeronáutica, o projeto de uma nova frota de caças. Agora, vem a "contrapartida" do Exército no processo de modernização das Forças Armadas: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), orçado em US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões).

O Sisfron deve ser implantado em três etapas até estar concluído, em 2019, com custo de manutenção anual estimado em até 10% do total do investimento. A expectativa do governo é obter os recursos com financiamento externo de longo prazo.

O projeto original inclui radar de imagem, radares de comunicação de diferentes graus de sofisticação, vants (veículos aéreos não tripulados) e blindados para abranger a fronteira terrestre, com o foco na Amazônia.

A base operacional do projeto serão os Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), que passarão gradualmente dos atuais 21 para 49. O custo médio de cada pelotão é de R$ 35 milhões, incluindo pista de pouso (que tem orçamento independente do Sisfron).

Na avaliação do governo, a porosidade das fronteiras (onde o Exército tem poder de polícia desde 1999) é o problema número um de segurança do país. Com o monitoramento do espaço aéreo na região, iniciado com o Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), o contrabando e o tráfico de armas migraram para as vias terrestres e fluviais e é por aí que chegam aos grandes centros, como as favelas do Rio de Janeiro.

Fonte: Folha

REMÉDIO PARA O TDAH AJUDA CRIANÇAS OU ESCOLAS?

Por Heloisa Villela
Acho que acontece com todo mundo. Basta ficar ensimesmada com um assunto para que eu comece a receber, de toda parte, as mais variadas informações sobre o tema. Assim tem sido, ultimamente, com a tal da ADHD aqui nos Estados Unidos, conhecida, no Brasil, como TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Pois uma amiga que trabalha com pesquisas na área de neurologia e também vive encasquetada com a aparente epidemia que tomou conta do país — e dá sinais de estar se espalhando pelo mundo — me mandou o nome de um livro que corri, comprei e li imediatamente.
“Anatomia de uma epidemia” (tradução literal para o português já que ainda não existe versão na nossa língua) é do escritor Robert Whitaker, ganhador de prêmios na área de jornalismo científico. Ele traça um cuidadoso histórico do aumento das doenças mentais (em número de casos per capita e de variedades de doenças também) nos últimos cinquenta anos. E analisa, com base nas pesquisas médicas, o surgimento e uso de remédios no tratamento da depressão, da esquizofrenia, da bipolaridade, etc.
Robert Whitaker cita cientistas que tinham bons cargos e prestígio mas foram afastados e considerados malditos quando enveredaram por pesquisas que mostravam resultados de longo prazo melhores para o tratamento das doenças mentais que dispensavam os remédios. Falando assim, parece leviano já que tantos casos graves necessitam da farmacologia para evitar desfechos dramáticos. São conhecidos os exemplos de pessoas que, em crise, acabaram escolhendo o suicídio. Então, que fique claro antes de mais nada: não se trata de negar a existência das doenças mentais ou a necessidade de tratamento medicamentoso. Mas o livro discute, com profundidade e profusão de exemplos de pesquisas científicas, a validade do uso dos remédios para a maioria dos casos.
Por exemplo, a doutora Nancy Andreasen, que usou a ressonância magnética para acompanhar mudanças no cérebro de pacientes psicóticos por cinco anos, constatou uma redução progressiva do volume do lobo frontal, acompanhada de perda de habilidades cognitivas. Em uma entrevista ao The New York Times, em 2008, ela afirmou: “Quanto mais remédio você toma, mais perde tecido cerebral”.
Whitaker ressalta, sempre citando resultados de pesquisas feitas por psicólogos e psiquiatras, que os ciclos de crises depressivas, de ansiedade, surtos psicóticos e esquizofrênicos podem se tornar mais freqüentes em certos pacientes medicados.  Ele também deixa claro que, apesar de ser lugar comum falar da depressão como um desequilíbrio químico no cérebro, não existe nenhuma prova científica direta que suporte essa afirmação tão popular. Até hoje, há evidências indiretas.
Não vou me alongar, ainda mais, nas constatações a respeito de todas as doenças mentais, diagnósticos e tratamentos. Me concentro na TDAH que é o capítulo mais curto do livro e o que mais me interessa. Ao analisar o que está acontecendo com essa nova síndrome, o escritor encontrou muitas semelhanças com o desenvolvimento do diagnóstico de outras doenças e, principalmente, com a dinâmica do tratamento, o trabalho conjunto dos psiquiatras (americanos em geral) e da indústria farmacêutica para promover  a medicação como única saída. Me preocupa ver o poder financeiro que essas empresas têm associado ao respeito e à reverência que normalmente emprestamos a todos os profissionais da área médica e o pragmatismo da sociedade americana que quer sempre respostas rápidas e objetivas para tudo.
Voltando a TDAH. Estamos falando em medicar e alterar, talvez para sempre, a química do cérebro de crianças de 6, 7 ou 8 anos de idade. E pior, sem saber exatamente o que está sendo alterado! Os mesmos psiquiatras, que receitam os remédios, não sabem dizer quais serão as consequências na vida daquele paciente mirim, dentro de 12, 15 ou 20 anos. Mas ressaltam que tudo é uma questão de custo/benefício. “Não é melhor a criança conseguir se concentrar para assistir aula e fazer os deveres?”, costumam perguntar. Uma amiga minha ouviu o seguinte: “Você não quer que o ambiente, na sua casa, se torne mais tranquilo?” Mãe de quatro filhos, o mais velho com 9 anos, ela garantiu que não. Se estivesse procurando sossego, não teria uma prole tão vasta.
Se os psiquiatras não sabem dizer o que vai acontecer com as crianças medicadas, as estatísticas já dão motivo de sobra para preocupação. Os estimulantes  usados para tratar a TDAH (ritalina e seus derivados) provocam uma montanha-russa diária nos sentimentos da criança. Ela sente o coração apressado pela manhã, depois de tomar o remédio. Algo estranho se passando por dentro do corpo, que deixa a criança quieta, calada e atenta. No fim do dia, normalmente, existe uma explosão de raiva, choro. É como diz o Whitaker: “Toda criança, sob o efeito de estimulantes, se torna um pouco bipolar”.
O doutor Joseph Biederman e a equipe do Massachussetts General Hospital mostraram, em 1996, que 11% das crianças diagnosticadas com TDHA, quatro anos depois foram diagnosticadas com bipolaridade, doença que não fazia parte do quadro inicial. Em 2003, o psiquiatra Rif ElMallakh, da Universidade de Louisville, costatou que 62% dos pacientes jovens com bipolaridade já haviam sido tratados com estimulantes e antidepressivos antes de apresentarem bipolaridade. E Gianni Faedda descobriu que 84% das crianças tratadas com bipolaridade na Luci Bini Mood Disorders Clinic, de Nova York, entre 1998 e 2000, já tinham sido expostas a remédios psiquiátricos.
Aí, o escritor mostra como o uso de estimulantes, como a ritalina, no tratamento de crianças consideradas hiperativas, “coincidiu”, uma década e pouco depois, com a explosão de casos de bipolaridade juvenil. Psiquiatras holandeses estudaram um fato curioso: em 2001 tinham apenas 39 casos de bipolaridade infantil em todo o país. Compararam os dados com as estatísticas americanas onde a probabilidade de um jovem apresentar sintomas de bipolaridade antes dos 20 anos de idade é dez vezes maior e concluíram que o motivo mais provável para uma diferença tão grande é o fato de que o índice de prescrição de estimulantes e antidepressivos, para crianças, nos Estados Unidos, é muito mais alto.
Fato é que as crianças medicadas se tornam mais dóceis, mais administráveis em casa e na sala de aula. Mas todos os estudos mostram, também, que não existe vantagem para a criança, em matéria de desempenho escolar. Ou seja, ela não aprende mais, não passa a ter notas melhores porque está sendo tratada com estimulantes.  Aqui vão alguns exemplos:
* Doutor Alan Sroufe, da Universidade de Minnesota, em 1973, disse que o remédio ajuda no desempenho das atividades repetitivas que precisam de mais atenção mas não afeta, positivamente, a capacidade de raciocinar, solucionar problemas e aprender.
* Doutor Herbert Rie, do Departamento de Pediatria da Universidade Estadual de Ohio, em estudo de 1978, concluiu: “A ritalina não provocou nenhuma melhoria de vocabulário, leitura, ortografia e matemática além de atrapalhar a habilidade de resolver problemas. Reduz o empenho necessário para aprender”.  O artigo diz que a ritalina afeta o comportamento mas não tem impacto sobre a capacidade de aprender e ainda pode mascarar problemas acadêmicos. Ele pede que o remédio seja usado com reserva.
* Russell Barkley, Medical College of Wisconsin: “O principal efeito dos estimulantes parace ser a melhoria na capacidade de administrar a classe e não o desempenho acadêmico”.
* Carol Whalen, psicóloga da Universidade da Califórnia em Irvine, em 1997: “é especialmente preocupante que os efeitos negativos se dão nas funções cognitivas complexas, como a flexibilidade para resolver problemas ou o pensamento divergente”.
Em 2002, um grupo canadense fez uma revisão da literatura científica: analisou 14 estudos envolvendo 1.379 jovens e concluiu que não existe evidência de melhoria no desempenho acadêmico para as crianças que tomam estimulantes.
Nos anos 90, uma equipe de especialistas em ADHD foi selecionada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMH, sigla em inglês) para fazer um estudo chamado Multisite Multimodal Treatment Study of Children with ADHD, que concluiu: “A eficiência de longo prazo dos medicamentos estimulantes não foi demonstrada para nenhum domínio do funcionamento da criança”.
Duvido que professores e diretores das escolas americanas, que descrevem os estimulantes como algo simples e necessário tal qual os óculos para os míopes, tenham alguma noção a respeito das possíveis consequências da medicação no longo prazo. Duvido que saibam diferenciar entre uma criança que tem problemas mentais agudos e talvez precise de remédios, de outra com alguma dificuldade de aprendizagem associada a um momento pessoal difícil, que produz um quadro parecido com a TDAH. Mas eles são rápidos em sugerir uma visita ao pediatra ou, imediatamente, ao psiquiatra. E a avaliação dos professores, a respeito do comportamento dos alunos, em sala de aula, tem um peso enorme no diagnóstico final. Me parece que o assunto é muito sério e que os professores, por melhores que sejam, não estão capacitados para sugerir a necessidade de algum tratamento psiquiátrico.
Os remédios, com certeza, tornam mais administrável a sala de aula com quase 30 crianças. Já pensou se várias forem levadas da breca? Não pararem sentadas um minuto? Todas levam para a classe os problemas que trazem de casa. Mas eu sempre me pergunto o que faziam a Tia Rosa e a Tia Bela (juro que esses eram os nomes das minhas professoras primárias!). Também tínhamos uma sala de aula cheia. E me lembro bem de ter de sentar ao lado do pestinha da turma e chegar em casa com as maria-chiquinhas destroçadas de tanto que ele puxava meu cabelo, tentando sair da carteira. O que será que essas Tias-professoras têm a dizer dessa epidemia de TDAH?
Fonte: Viomundo

AMY WINEHOUSE FAZ SEU PRIMEIRO SHOW NO BRASIL

A cantora inglesa Amy Winehouse deixou ontem, sábado, o hotel de luxo em Santa Teresa, na região central do Rio, pouco antes das 21h para embarcar em direção a Florianópolis, onde fez sua primeira apresentação da turnê no Brasil.
Antes de viajar, ela recebeu a visita de Ron Wood, guitarrista dos Rolling Stones, para o almoço. Amy deixou o hotel às 20h50, seguindo para a base aérea do Galeão, na zona norte, onde embarcou em um jatinho particular. A saída da cantora foi discreta, pelos fundos do hotel, enquanto fãs e fotógrafos eram atraídos para o portão principal por outro automóvel. Amy embarcou numa Caravan Chrysler preta usando um vestido vermelho estampado, cinto branco e brincos grandes de argola. O carro da cantora que saiu pelo portão dos fundos foi seguido apenas por uma Blazer preta, provavelmente ocupada por seguranças.
A volta de Amy ao Rio estava prevista para a madrugada. O hotel em Santa Teresa serve de base para a cantora, que também se apresentará no Rio, São Paulo e Recife.
Fonte: Estadão

GOVERNO AMERICANO INTIMA TWITTER A DAR INFORMAÇÕES SOBRE O WIKILEAKS

Autoridades norte-americanas expediram uma intimação para demandar detalhes sobre a conta do WikiLeaks no Twitter, informou o grupo fundado por Julian Assange neste sábado, acrescentando que suspeita ainda que outras companhias de internet também estejam sendo obrigadas a entregar informações sobre suas atividades.
Em comunicado, o WikiLeaks informou que investigadores norte-americanos estiveram na sede do Twitter, em São Francisco, para exigir mensagens privadas diretas, informações de contatos e outros detalhes pessoais de Assange e de outros associados e simpatizantes do portal, incluindo um analista do serviço de inteligência do Exército dos EUA, suspeito de ter feito a entrega de dados sigilosos ao site e também de uma parlamentar islandesa de alto escalão.
O WikiLeaks criticou a decisão do tribunal, dizendo que está sendo vítima de assédio. "Se o governo iraniano tentar obter de maneira coercitiva esta informação de jornalistas e ativistas de países estrangeiros, grupos de direitos humanos em todo o mundo iriam se opor", comentou Assange, em comunicado.
Uma cópia da ordem judicial, datada de 14 de dezembro e revelada pelo site Salon.com, afirma que a informação solicitada é "relevante para uma investigação criminal em curso e ordena que o Twitter não divulgue a existência da ordem para Assange ou qualquer um dos outros visados.
A intimação foi revelada graças a uma ação legal do Twitter, informou o WikiLeaks. O Twitter recusou-se a comentar essa afirmação, dizendo apenas que a sua política é a de notificar os seus usuários, sempre que possível, de pedidos de informação do governo.
O WikiLeaks também expressou sua suspeita de que outras organizações, como o Facebook e o Google, tenham recebido ordens judiciais, e os exortou a "revelar qualquer intimação recebida". Os escritórios do Google e do Facebook em Londres não retornaram imediatamente as chamadas da reportagem. 
Fonte: Associated Press.