quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

MÁFIA EM NOVA YORK SOFRE UM DURO GOLPE

A Cosa Nostra acaba de receber nos EUA o que pode ser um dos maiores golpes da história. 127 membros de sete famílias foram presos durante uma operação do FBI, realizada hoje, na costa leste do país, desde Nova Jersey, passando por Nova York até Rhode Island. 


Todos são acusados de chantagem, extorsão, tráfico de drogas e até assassinato seletivo. 

O impenetrável código de silêncio que protegeu durante quase um século a ação criminosa destas famílias voou pelos ares, literalmente falando.

A ação do FBI que teve início durante a madrugada desta quinta-feira, com a colaboração das polícias locais é o resultado da revelações feitas por antigos membros da rede, detidos na década passada.

Eric Holder, fiscal geral dos EUA - equivalente ao ministro da Justiça - viajou nas primeiras horas de hoje de Washington até o Brooklin para detalhar toda a operação contra a máfia. Nela participaram 800 agentes.

Quase cem pessoas são acusadas por 16 delitos pelo Departamento de Justiça. Se trata de membros das cinco principais famílias que operam em Nova York: Os Genovese, Gambino, Colombo, Lucchese e Bonnano. Se somam a estes os De Cavalcante de Nova Jersey. 

As famílias que integravam a Cosa Nostra, que operavam essencialmente na região metropolitana de Nova York e na região de Nova Inglaterra, controlaram durante décadas muitos dos negócios da economia local, como a construção civil. A queda da máfia italiana começou a acontecer quando outras redes de criminosos como as rusas, mexicanas e asiáticas começaram a infiltrar-se no território por eles antes dominados.

O fiscal geral dos EUA disse que a última ação contra a máfia "é um passo importante e que anima a seguir lutando". No entanto admitiu que "a realidade é que está muito distante" de erradicar o crime organizado. "Seguiremos destinando recursos para julgar os responsáveis", concluiu.

Fonte: El País

O EX-SENADOR HERÁCLITO FORTES QUERIA ARMAR O BRASIL CONTRA A VENEZUELA

O inacreditável senador Herácito Fortes no WikiLeaks

O parlamentar, que presidia na época a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado, disse à Folha que a história não procede.

Senador Heráclito Fortes quis armar Brasil contra Venezuela.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) sugeriu a Washington estimular a produção de armas no Brasil para barrar supostas ameaças de Venezuela, Irã e Rússia, afirma um telegrama secreto obtido pelo site WikiLeaks.

Ele apresentou a ideia ao ex-embaixador americano Clifford Sobel, diz informe do diplomata de 2007.

Pelo relato, Heráclito pediu uma reunião “urgente”.

Ele disse estar “verdadeiramente preocupado” com a influência do presidente venezuelano Hugo Chávez e sugeriu um plano para armar Brasil e Argentina contra a suposta ameaça bolivariana, “antes que fosse tarde”.

Ainda segundo o telegrama, o senador sugeriu acionar empresas privadas, para mascarar a ação dos EUA. Não há registros de que a ideia tenha sido executada.

Em outro telegrama, de 2008, o embaixador conta que Heráclito relatou a suposta presença de terroristas em ONG controlada por petistas no Piauí e disse temer a instalação de guerrilha esquerdista em Rondônia.

As mensagens fazem parte do pacote com milhares de comunicados diplomáticos que o WikiLeaks começou a divulgar em novembro. 

O senador, que não se reelegeu, negou o relato. “Não tem fundamento. Sou pacifista. Seria idiotice minha fazer uma proposta dessas.”

Fonte: Nassif

CHINA É RECEBIDA NOS EUA EM MEIO A POMPAS E DIVERGÊNCIAS


São raras as vezes em que o governo norte-americano se dá tanto trabalho ao receber um convidado internacional, em cerimônia com direito a hino nacional, parada militar, crianças abanando bandeiras e figurantes exultantes frente às câmeras. Os dois gigantes da economia mundial enfrentam-se frente a frente.
– Somos responsáveis por uma parcela enorme do sucesso do outro, respectivamente – afirmou o presidente norte-americano, Barack Obama, no início da cerimônia.
Hu, por sua vez, salientou “o significado estratégico e a influência global” das relações entre os dois países, completando que deverá ser iniciado um novo capítulo da cooperação entre Washington e Pequim.
Calculismo e provocação
Mas, apesar das trocas de amenidades, raramente a visita de um chefe de Estado aos EUA trouxe tantos conflitos e divergências à pauta de um encontro. Se de um lado há uma aproximação e boa vontade, por outro, observa-se um calculismo frio e até provocações nas relações bilaterais entre ambos os países.
Exatamente nesta quarta-feira, o jornal Wall Street Journal noticiou que a China pretende investir dois bilhões de dólares em uma zona industrial da Coreia do Norte, o que estabelece uma clara oposição à política norte-americana.
“Era do dólar chega ao fim”
Há poucos dias, Hu disparou algumas alfinetadas contra Washington, ao anunciar publicamente que a era do dólar como moeda guia do mercado internacional estava chegando ao fim. Um pressuposto no mínimo não muito simpático, que antecedeu às conversas do líder chinês com Obama.
E o presidente norte-americano é quem se encontra, no momento, sob maior pressão: analistas o acusam de manter uma posição fraca demais em relação a Pequim. “Por longo tempo, não sabíamos direito se o presidente Obama tinha realmente uma estratégia em relação à China”, comentou até mesmo o New York Times, sentindo falta de posição por parte dos EUA frente ao comportamento cada vez mais veemente da China no cenário internacional.
Lista de temas incômodos
Não é de se estranhar que o crescimento econômico da China, aliado ao armamento militar do país, causem certo nervosismo na Casa Branca. Além disso, a lista de temas que incomodam Washington é relativamente longa, a começar pelo câmbio do yuan, baixo demais para o gosto norte-americano, trazendo vantagens enormes às exportações do país asiático.
Para Hu, por outro lado, a visita aos EUA tem outro significado: embora a força econômica do país corresponda a apenas um terço da norte-americana, Pequim insiste em falar com Washington de igual para igual. Neste sentido, as pompas e honrarias durante a visita têm seu sentido. E o banquete na Casa Branca um caráter simbólico.
Negócios bilionários
Paralelo às pompas, a China quer comprar 200 aeronaves Boeing, numa transação de US$ 19 bilhões. E esse não deve ser o único negócio bilionário a ser fechado durante a visita. Segundo a Casa Branca, já antes da visita foram acertados 70 acordos, somando exportações no valor de 45 bilhões de dólares. Estima-se que 235 mil empregos nos EUA dependam de tais exportações para o gigante asiático. Dado digno de nota diante da miséria do mercado de trabalho no país.
A visita de Hu a Washington sublinha “as importantes relações econômicas entre os dois países”, acentuou o porta-voz de Obama, Robert Gibbs. O Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, declarou que em mais ou menos 10 anos a China terá chegado à posição de principal parceiro econômico dos EUA, caso as exportações norte-americanas à China continuem crescendo no ritmo atual.
Fonte: Correio do Brasil

EM TERESÓPOLIS PAI QUEBRA A PERNA DO FILHO PARA SALVÁ-LO

Um morador de Teresópolis quebrou a perna do próprio filho na tentativa de salvá-lo de um soterramento em sua casa, durante a forte chuva que caiu sobre a cidade na última quarta-feira (12).

O auxiliar de supermercado Magno de Jesus Andrade, 43, estava na madrugada do dia 12 em sua residência, no Morro do Espanhol, junto de sua mulher, Fernanda, de seus quatro filhos, da sogra e de um cunhado quando um desmoronamento ocorreu na parte de trás da casa.

Segundo Magno, um de seus filhos, Pedro Marlon de Andrade, 15, tentava sair pela varanda quando um deslizamento de terra deixou-lhe preso entre uma parede e um pedaço do telhado que caíra.

Sem conseguir tirar Pedro dos escombros, Magno tentou afrouxar e remover o entulho chutando e pisoteando com força os pedaços de madeira que prendiam a perna esquerda do jovem. "Ele se virava todo, mas não conseguia se soltar", diz Magno. Neste esforço de salvamento, acabou quebrando a tíbia do garoto.

"Eu só posso agradecer ao meu pai. Naquele dia, eu pensei que ia morrer", afirma Pedro. "Na hora, eu só pensava neles [em sua família], então eu pedi para que o meu pai e a minha avó me deixassem lá."

"Eu disse para o meu filho, 'eu posso arrancar a tua perna fora, mas eu vou te tirar daí'", diz Magno. "Não tinha a menor chance de eu deixar o Pedro ali, nenhuma."

Com a ajuda da sogra, Magno conseguiu retirar o filho dos escombros. Ele diz que, levando o garoto no colo, teve de andar por vários metros com lama na altura do peito, até encontrar um meio de transporte no qual conseguisse levar Pedro a um hospital. Toda a família escapou com vida do soterramento.

Pai e filho foram à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Teresópolis, mas a falta de energia impediu que fosse feita uma radiografia da perna do menino, que doía muito. Pedro acabou atendido horas depois do deslizamento, no início da manhã, no Hospital das Clínicas, onde foi engessado e ficou em observação.

Fonte: BBC Brasil

O SISU É UM SUCESSO! MAIS DE 1,5 MILHÃO DE INSCRITOS

Termina nesta quinta-feira o prazo para que os estudantes façam suas inscrições para o Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Até a noite de ontem, o MEC (Ministério da Educação) registrava quase 1,5 milhão de inscritos. A seleção é feita a partir da nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Neste ano, são oferecidas 83 mil vagas. O resultado sai no dia 24 e o período de matrícula dos aprovados vai de 27 a 31 de janeiro. As duas chamadas seguintes estão previstas para 4 e 13 de fevereiro.

Ao final de cada dia, o sistema divulga a nota de corte para cada graduação. O estudante pode mudar de opção se concluir que tem mais chance de ser aprovado em outra instituição ou em outro curso. Cada alteração invalida a opção feita anteriormente.

Nos primeiros dias, os estudantes enfrentaram dificuldades para acessar o sistema pela internet, que ficou sobrecarregado em função do grande volume de acessos. Com isso, houve inclusive o vazamento de dados de candidatos na segunda e terça-feira. Segundo o MEC, a situação já foi normalizada.

Fonte: Folha

TUCANOS E DEMOS EM PÉ DE GUERRA

Derrotada nas eleições presidenciais e a dez dias da abertura do Congresso, a oposição consome sua energia brigando entre si. O velho racha do PSDB, que opõe o grupo mineiro de Aécio Neves ao paulista de José Serra, expandiu seus limites: o DEM vive uma guerra fratricida entre a ala aecista, de seu presidente Rodrigo Maia (RJ), e a serrista de Gilberto Kassab (SP).
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), diz que, nos primeiros dias de fevereiro, seu partido quer se reunir com o DEM e com o PPS para discutir os rumos da oposição no Parlamento. 'Sozinhos, não temos condições de tocar a oposição', admite.
As lideranças do PSDB no Congresso já estão definidas: os novos comandantes das bancadas tucanas serão o senador Álvaro Dias (PR) e o deputado Duarte Nogueira (SP). Não houve disputa interna, mas nem por isto o quadro é de satisfação geral com a escolha. O futuro líder na Câmara é ligado ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mas a ala serrista do partido o considera 'light' demais.
O maior expoente do PSDB no Senado será Aécio Neves. A expectativa quanto à atuação do ex-governador de Minas, no entanto, é a de que, fiel ao estilo conciliador, ele também não fará uma oposição radical ao governo.
'Este governo não é novo nem está começando. É um governo de continuidade, entrando em seu nono ano', observa o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), em defesa da tese de que a presidente Dilma não deve contar com a tradicional trégua de cem dias, por parte da oposição.
Para dar subsídios aos deputados e senadores na tarefa de fiscalizar e combater o governo, a direção do PSDB está finalizando um relatório técnico detalhado sobre as debilidades da administração Lula em cada setor.
Rodrigo Maia diz que, para uma oposição mais eficaz, é importante haver convergência em ações do DEM e do PSDB. 'Agora, mais do que nunca, precisamos estar juntos, a despeito das divergências, inclusive ideológicas', defende Maia, incluindo na proposta de união não só os tucanos, mas todas as forças oposicionistas. Em vez de se articular com o PSDB e o DEM, o PPS deve formar um bloco parlamentar com o PV, que é da base governista.
A expectativa do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, é a de que será possível atrair o PV para a oposição. Mas o interesse do PV é conquistar o comando da Comissão de Meio Ambiente para o deputado Zequinha Sarney (MA), filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), aliado de Dilma.
Fonte: Estadão