sábado, 22 de janeiro de 2011

COLISEU SERÁ REFORMADO POR MARCA DE SAPATOS

Um fabricante italiano de sapatos de luxo anunciou que financiará os custos da reforma do Coliseu de Roma. A prefeitura de Roma aceitou a oferta do fundador da marca Tod's, Diego Della Valle, dizendo ser “o fim de um pesadelo”.
Os trabalhos de restauração, avaliados em cerca de 25 milhões de euros (cerca de R$ 57 milhões) devem começar no final do ano e levar outros dois anos e meio para ser finalizados.
"Um monumento que representa a Itália no mundo precisa ser restaurado e uma empresa que representa o produto italiano internacionalmente diz que “se você precisa de nós, estamos aqui", disse Della Valle.

Sem propaganda

Della Valle disse esperar que a iniciativa sirva de inspiração para que outros empresários ajudem a levantar os fundos necessários. Este é o maior caso de financiamento de reformas de monumentos arqueológicos italianos por uma empresa privada.
A antiga arena romana, datada de cerca de 80d.C., atrai seis milhões de turistas anualmente, mas está enegrecida por causa da poluição e afetada pelas vibrações subterrâneas de uma linha de metrô que passa nas proximidades.
O monumento deve permanecer aberto para visitantes durante o período de reformas e Della Valle afirmou que não usará a estrutura para anunciar a marca. "Não colocaria sapatos Tod's no Coliseu", disse ele.

Fonte: BBC Brasil

NO GOVERNO DILMA CAI O SECRETÁRIO NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

Antes de um mês de sua posse, a presidenta Dilma Rousseff dispensou, através do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Pedro Abramovay, Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas.

Em uma polêmica entrevista ao jornal O Globo, Abramovay fez uma declaração muito infeliz ao defender que fossem soltos das prisões os "pequenos traficantes de drogas", ou seja, os que foram condenados pelas vendas no varejo, geralmente para satisfazer o próprio vício.

Para defender sua tese ele argumentou: primeiro, que as cadeias brasileiras estão superlotadas o que dá lugar a muitos motins dos presos que costumam acabar em derramamento de sangue entre os bandos rivais.

Com a saída dos pequenos traficantes as cadeias ficariam aliviadas. A segunda, é que para estes pequenos traficantes, muitos deles sem antecedentes criminais, é mais fácil que se convertam em grandes traficantes se permanecem nas cadeias.

Suas declarações não foram aceitas pelo novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do Partido dos Trabalhadores, que em seguida afirmou que se tratava de uma opinião pessoal de Abramovay e não do Governo, que anunciou hoje que ele deixou o cargo.

O jornal O Globo também fez uma pesquisa entre os seus leitores e 75% deles são contra este posicionamento do ex-secretário e somente 25% se mostrou a favor.

A presidenta, segundo sua promessa de campanha eleitoral, tem como uma de suas prioridades o combate não somente às drogas em geral mas sim e especialmente ao crack, que afeta a mais de 600.000 jovens no país e cuja recuperação é um grande desafio para o Ministério da Saúde.

De qualquer maneira, Dilma Rousseff terá que enfrentar a dramática situação dos presídios brasileiros que possuem mais de 330.000 presos e um déficit de mais de 70.000 vagas. Segundo especialistas é necessária a construção de mais de cem novos presídios.

Nos presídios, a grande maioria é de jovens e destes 90% são negros ou pardos. A maioria é de famílias pobres.

Fonte: El País

DISTRAÍDA AO CELULAR MULHER CAI EM PISCINA DE SHOPPING

MENINO DE 3 ANOS SALVA A MÃE

CHINA JÁ CONTROLA 21% DA DÍVIDA DOS ESTADOS UNIDOS

Ninguém menos que Zbigniew Brzezinski, eminente guru de política exterior dos EUA e homem que deu à ex-URSS “seu Vietnã”, trovejou pelo New York Times que a reunião dos presidentes Barack Obama e Hu Jintao é “o mais importante encontro de alto-nível EUA-China desde a viagem histórica de Deng Xiaoping, há mais de 30 anos”.
O Dr. Zbig bem poderia ter expandido a hipérbole até as mudanças geopolíticas de alcance cósmico desses recentes 30, para não dizer 40 anos, se se considera o encontro histórico entre Richard “Dick, o Escamoso” Nixon e o Grande Timoneiro Mao Tse Tung em 1972, em Pequim.
Mas é realmente graças ao Pequeno Timoneiro Deng e sua política visionária de “atravessar o rio sentindo as pedras”, vendida às massas proletárias como rasteiro “enriquecer traz glória!”, que a China está onde as coisas acontecem no início desse século 21.
O que nos traz de volta à atual reunião da cúpula G-G, Google-GM. Sim, para as massas globais que labutam de sol a sol, trata-se exatamente disso. A China é como Google. Não se pode viver sem ela. Se alguém procura alguma coisa, qualquer coisa, clica Google. E os EUA são como a General Motors. Com tanto para ostentar, do prático (Hyundai) ao glamuroso (Aston Martin), quem, em pleno juízo, quererá comprar carro da GM? (OK, empresários bem-sucedidos em Chengdu, sim, compram Buicks made-in-China, mas esse é outro assunto.)
Ninguém jamais conseguirá exagerar o escambo enlouquecido que se instalou há semanas nos domínios de todos os presidentes que servem em Wall Street, para garantir um assento no jantar oficial – imperial – na Casa Branca, em homenagem a Hu. Já é um dos movimentos que definiram o jovem século – troncudos defensores anglo-saxões do laissez faire transformados em ardentes defensores do capitalismo autoritário à moda chinesa. O que mais poderiam fazer? Afinal, a China salvou o turbo-capitalismo ocidental – o que serve à perfeição aos planos do Pequeno Timoneiro. Para não dizer que a China controla 21% – e a conta continua a aumentar – de toda a dívida pública dos EUA, e o Banco Central chinês nada de braçada em 25% das reservas do mundo.
Hu por seu lado agiu – e de que outro modo poderia ter agido? – imperialmente; os dois nomes que encabeçam sua lista de convidados são os prefeitos de San Francisco e Oakland, os primeiros dois sino-americanos a governar metrópoles norte-americanas. Quantos norte-americanos puro-sangue matariam para sentar àquela mesa. Afinal, 44% deles, segundo pesquisa Pew recentemente divulgada, acreditam que o PIB chinês já ultrapassou o dos EUA (pode acontecer a qualquer momento, entre 2018 e 2027). A percepção já faz a realidade.
Não se acanhe, bronzeie-se na minha luz
O Dr. Zbig acerta no fundamental, sobre as relações EUA-China, ao alertar sobre “a deriva rumo a uma escalada na demonização recíproca”. Acerta também ao denunciar a deterioração da infraestrutura nos EUA, para ele “simples sintoma do retrocesso dos EUA de volta ao século 20”. Mas pode-se apostar e ganhar caixas de Moët, na certeza de que nenhum daqueles presidentes de Wall Street que disputam à unha as migalhas que caiam da mesa de Hu perdeu alguma hora de sono, tentando achar meios para revitalizar a economia doméstica, inventar empregos e recompor a infraestrutura – para nem falar do investimento e da educação – nos EUA.
Como efeito colateral da crise financeira provocada por Wall Street, a China embarcou em muitos projetos de infraestrutura. Diferente da China – onde o governo central realmente governa – Washington continua esperando que os bancos norte-americanos emprestem. E os bancos, como todo mundo sabem, não estão nem aí.
Apesar de todas as platitudes usuais da imprensa sobre um relacionamento “tenso”, não haverá qualquer conversação sobre a desvalorização competitiva do yuan. O secretário do Tesouro Tim Geithner em pessoa já admitiu que Pequim desvalorizou o yuan em cerca de 10% ao ano, em valor real.
Nem Obama terá espaço e condições para pressionar a China na questão da Coreia do Norte. A Coreia do Sul pode resolver querer a unificação. O Japão teme mais a reunificação, que a peste – imaginem uma Coreia unificada, poderosa, dinâmica, unida, que rapidamente empurraria o Japão para o escanteio da irrelevância global. Pequim quer que tudo permaneça exatamente como está.
E há também a resposta chinesa à doutrina do Pentágono, de “dominação de pleno espectro” – os novos bombardeiros J-20 chineses, de tecnologia stealth [‘invisíveis’], cruzando o céu azul-inverno da cabeça de Robert ‘El Supremo’ Gates do Pentágono, semana passada. Gates imediatamente entrou em modo preventivo e declarou, para os autos, que os chineses não dominarão a tecnologia antes de 2020. Mas não faz diferença – como tampouco faz qualquer diferença o frenesi jornalístico, de que haveria ‘divergências’ entre o partido e o exército na China.
Qualquer técnico especialista em Relações Públicas de Hollywood admitiria que a foto do J-20 chinês foi montada. Foi operação cuidadosamente coordenada, co-produção entre o Partido Comunista Chinês e o Exército do Povo. E, como Mestre de Cerimônias, quem lá estava, senão Xi Jinping, certo de que será o próximo líder chinês, depois que Hu deixar o cargo em 2012. Quando você tem o USS George Washington fungando a todo momento no seu litoral, melhor arranjar logo algum stealth. E o próximo sucesso chinês arrasa-quarteirão é o porta-aviões agendado para 2014.
John Ikenberry de Princeton define os EUA como um “leviatã liberal”. E sobra o quê, para a China? Seria algum “leviatã autoritário”?
Seja como for, o que se ouve em Washington é que a equipe do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca – coordenada pelo Conselheiro de Segurança Nacional Thomas Donilon – está suando a camisa, fazendo o possível para arranjar alguma estratégia racional para a questão China. Mas é pouco provável que algum esboço, que circunscreva todas as candentes questões em que se envolveu esse Grupo de Dois, venha a emergir do contato de cúpula.
Ian Morris, professor de história e classicismo em Stanford, abre seu esplêndido livro Why the West Rules – For Now  [Por que o Ocidente governa – Por Enquanto] (New York: Farrar, Straus & Giroux] com um relato ficcional de uma reverência da rainha Vitória, em 1848, a Qiying, enviado do Imperador Daoguang, nas docas da “East India” em Londres – prestando uma última homenagem à suserania imperial. Claro que a história decidiu por outra via. Mas, diriam os chineses, aproveitando a deixa dos executivos de Wall Street que salivam à volta de Hu, esperemos uns anos e depois conversaremos. Até lá, o mundo continuará a seguir a trilha de Google, não da GM.
Fonte: Viomundo

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE QUER REGRAS MAIS RÍGIDAS PARA O SETOR DO PETRÓLEO

O Ministério do Meio Ambiente está elaborando medidas para tornar mais rigorosa a liberação de licenças ambientais para os setores de petróleo e gás natural no país, afirmou nessa sexta-feira a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
"Isso é resultado de 5 anos de discussão e estudos com base na consulta a órgãos estaduais, técnicos e do Ibama", disse ela a jornalistas nessa sexta-feira na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Sem dar maiores detalhes, a ministra disse que as regras já passariam a valer para as novas rodadas de licitação de blocos dentro e fora da região do pré-sal.
"É claro que sim", respondeu ao ser perguntada se as novas regras valeriam para os leilões do governo previstos para este ano, sendo um com áreas fora da região pré-sal (11a rodada) e outro com blocos na cobiçada nova fronteira.
A ministra classificou as novas regras como "medidas de modernização das licenças" ambientais concedidas no Brasil.
"É uma modernização de procedimentos. Por exemplo, um teste de longa duração ninguém sequer sabe como é feito, é um processo mais sofisticado de tomada de decisão, é isso que estamos incorporando para modernizar o licenciamento ambiental", declarou.
Ela acrescentou que a modernização tornará a concessão de licenças para o setor de petróleo e gás mais rigorosa.
"É mais rigoroso, mais minucioso, com custos reais mais efetivos e práticas ambientais mais sustentáveis sem trabalhar com o lixo da burocracia que tem muito na área ambiental nesse país", avaliou.
"A modernização vai dotar o Estado de mais força, transparência e mais controle da informação", adicionou.
Desde o acidente com um plataforma da BP no Golfo do México americano, no ano passado, houve manifestações de maior preocupação dos órgãos ambientais brasileiros com a exploração e a produção segura e sustentável de petróleo e gás no país.
Fonte: Reuters

TRAGÉDIA NO RIO FOI A MAIOR DO PAÍS

A tragédia da região serrana do Rio se igualou ontem ao maior desastre climático da história do País. Até as 22 horas de ontem, as autoridades contabilizavam 785 mortos, o mesmo número de vítimas da enchente do Rio em 1967, segundo ranking da ONU. O número tende a aumentar, pois o Ministério Público fluminense estima que ainda existam 400 desaparecidos nos seis municípios devastados pelas chuvas do dia 12.

O desastre também entra para os registros da ONU como o 8.º pior deslizamento da história mundial. O maior evento dessa natureza, segundo o Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, ocorreu em 1949, na antiga União Soviética, com 12 mil mortes. O segundo maior foi no Peru, em dezembro de 1941, e deixou 5 mil vítimas.

O deslizamento da região serrana já havia superado o número de vítimas registrado em 1967, em Caraguatatuba, quando 436 pessoas morreram. Por suas características devastadoras, o evento ocorrido há mais de quatro décadas na Serra do Mar paulista era considerado emblemático pelos geólogos.

Apesar da grande quantidade de água que desceu dos morros fluminenses e de vários rios terem transbordado, especialistas brasileiros e da própria ONU classificam o evento como deslizamento de terra. Na avaliação dos estudiosos, grande parte da destruição e das mortes foi causada pelas avalanches de terra e detritos - tecnicamente chamadas de corrida de lama.

O fenômeno é raro, pois depende de uma conjunção de fatores para ocorrer. No caso da região serrana do Rio, todos eles estavam presentes. Os morros são íngremes, o que favorece os escorregamentos de terra. Além disso, é preciso um grande volume de chuva concentrado em um curto espaço de tempo. Foi o que aconteceu ali. Segundo dados do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), as estações climáticas localizadas no núcleo da tempestade registraram 249 e 297 milímetros de chuva em 24 horas - a partir das 20 horas do dia 11. Na avaliação da presidente do Inea, Marilene Ramos, um temporal dessa intensidade tem probabilidade de acontecer a cada 350 anos.

Enterro. Por questão "não só humanitária, mas também de saúde pública", o juiz da 2.ª Vara de Família de Teresópolis, José Ricardo Ferreira de Aguiar, determinou o enterro dos corpos de 25 vítimas das chuvas que estavam em um caminhão e trailers frigoríficos. No Cemitério Carlinda Berlim, o principal dos cinco da cidade, foram 232 enterros desde a semana passada. Pelo Instituto Médico-Legal, até ontem já tinham passado 312 cadáveres. O juiz crê que existam "no mínimo quatro vezes mais soterrados" do que os encontrado.

A maioria dos corpos enterrados ontem - 22 adultos e três crianças - teve a identificação levantada pela equipe de papiloscopistas do IML, da Força Nacional e do Instituto Félix Pacheco. Mas, como os corpos não foram reclamados por parentes, o enterro foi determinado pelo juiz. No caso dos corpos sepultados sem identificação, houve coleta de DNA. Assim, será possível confrontar dados dos parentes que buscarem informações.

A partir de agora, segundo decisão do juiz, os corpos não reconhecidos serão liberados após coleta de material biológico. "Em duas horas o corpo sairá dignamente para ser sepultado."

No caso dos desaparecidos, o Ministério Público afirma que informações registradas por parentes e amigos têm sido confrontadas com dados de hospitais e do IML. Ontem, fotos foram colocadas na frente de um centro de informações em Teresópolis.

Fonte: Estadão