sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

FARIÑAS É PRESO 3 VEZES EM 72 HORAS

O dissidente cubano Guillermo Fariñas foi detido e liberado três vezes nas últimas 72 horas pelas autoridades cubanas por desobedecer ordens de não realizar atividades públicas com mais de três pessoas.

"O objetivo é neutralizar as atividades dissidentes", disse o diretor da ONG Comisión de Derechos Humanos y Reconciliación Nacional, Elizardo Sánchez.

A mãe de Fariñas confirmou que ele foi detido pela terceira vez em três dias.

"Saíram umas 20 pessoas para fazer uma oferendas com flores. Andaram somente umas duas quadras e foram levados", disse Alicia Hernández, a mãe de Fariñas por telefone, direto de Santa Clara, onde ele residem com a sua família. 

Fariñas foi liberado na sexta-feira, depois de várias horas na cadeia, de sua segunda prisão e comentou que a polícia lhe advertiu que não retornasse a realizar atividades públicas com mais de três pessoas. No entanto, ele garantiu que iria realizar o seu plano de colocar flores no busto de José Martí.

No dia 28 de janeiro é comemorado o 158 aniversário de nascimento de José Martí.

Fariñas, de 49 anos, em 2010 realizou uma greve de fome de mais de 130 dias para exigir a libertação de presos políticos que posteriormente saíram graças a intervenção da igreja com o governo.

No fim do ano ele recebeu o premio Sájarov aos direitos humanos, um prêmio que foi questionado pelas autoridades cubanas que o acusaram de ser um instrumento de castigo para os países subdesenvolvidos que não se vendem aos seus interesses e desejos.

Fonte: AOL

EM CARTA A ITÁLIA DILMA ROUSSEFF DIZ QUE STF SE MANIFESTARÁ SOBRE BATTISTI


Em carta enviada nesta semana ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai se manifestar sobre a decisão de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, de não extraditar o ativista Cesare Battisti.
No texto, segundo fontes da Presidência da República, a presidente lamentou a divergência entre os dois países em relação ao caso, mas disse que as manifestações "injustas" sobre o Brasil não correspondem à percepção do presidente italiano sobre o tema.
A carta ressalta ainda que a posição de Lula foi baseada em um detalhado parecer da Advocacia Geral da União (AGU) e não envolve qualquer juízo de valor sobre a Justiça italiana ou o Estado de Direito daquele país.
O presidente da Itália havia enviado uma carta à Dilma, pedindo que o Brasil extraditasse Battisti. "Talvez não tenha sido plenamente compreendida a necessidade de justiça do meu país e dos familiares das vítimas dos brutais e injustificáveis ataques armados, assim como dos feridos e sobreviventes", escreveu o chefe de Estado, de acordo com o jornal La Repubblica. Napolitano afirmou que a não extradição era um motivo de desilusão para seu país.
Battisti foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos no final da década de 70. Ele nega as acusações. Depois de preso, Battisti fugiu e se refugiou na América Latina e na França, onde viveu exilado por mais de 10 anos, sob proteção de uma decisão do governo de François Miterrand. Quando o benefício foi cassado pelo então presidente Jacques Chirac, que determinou a extradição de Battisti à Itália, o ex-ativista fugiu para o Brasil em 2004, onde está preso desde 2007.
O ex-militante italiano recebeu refúgio político em 2009, em decisão do então ministro da Justiça, Tarso Genro. No mesmo ano, o caso de Battisti foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a extradição, mas decidiu que a palavra final caberia ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último dia de seu mandato, em 2010, Lula decidiu manter o italiano no Brasil, acatando um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU).
Fonte: Terra

NA TUNÍSIA POLÍCIA DESTRÓI ACAMPAMENTOS DE MANIFESTANTES

A tropa de choque da polícia tunisiana destruiu na sexta-feira um acampamento montado por manifestantes em frente à sede do governo, enquanto militantes islâmicos fizeram uma passeata no centro de Túnis exigindo liberdade religiosa.
Os manifestantes passaram cinco dias acampados em frente ao local onde despacha o primeiro-ministro, exigindo a renúncia do governo provisório que assumiu o poder após a fuga do presidente Zine al Abidine Ben Ali. Gás lacrimogêneo dispersou os manifestantes, que depois foram perseguidos pelas ruas.
Os policiais intervieram depois de serem apedrejados. O acampamento interrompia o acesso à "casbah" (cidade velha), bloqueando o comércio na área.
"É como se eles fossem um segundo Ben Ali", disse o manifestante Marwan, de 26 anos. "O Exército se aliou ao governo contra o povo."
A passeata no centro da cidade, com cerca de 200 integrantes, foi o primeiro protesto religioso significativo desde a deposição de Ben Ali, que mantinha um regime rigidamente laico, com perseguições a ativistas islâmicos.
"Queremos liberdade para o hijab, o niqab e a barba", diziam cartazes na manifestação.
Na época de Ben Ali, mulheres que usavam trajes islâmicos sobre a cabeça -- hijab ou niqab -- não tinham acesso a empregos e educação. Homens com barbas longas eram abordados pela polícia.
Os ativistas islâmicos não participaram de forma visível na rebelião popular que derrubou Ben Ali, mas o movimento religioso Ennahda ficou em segundo lugar na única eleição que pôde disputar, em 1989.
Desde que Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita, manifestantes têm se reunido em Túnis para exigir que membros do partido governista RCD deixem o governo provisório.
Na quinta-feira, vários desses ministros foram retirados do gabinete, mas alguns manifestantes continuam exigindo a substituição do primeiro-ministro Mohamed Ghannouchi, ele próprio egresso do antigo regime.
Outros, no entanto, dizem que a reforma atende às suas reivindicações, e que já é hora de acabar com o protesto. "Acho que melhorou. Muitas portas que estavam fechadas se abriram. Quem está fazendo barulho tem um irmão ou alguém que morreu, por isso estão tão chateados", disse Raed Chawishi, de 24 anos, em frente à sede do governo.
O estudante Saifeddine Missraoui adotava um tom mais radical. "Não vamos sair daqui até que Ghannouchi saia e tenhamos um governo totalmente novo."
A rebelião tunisiana tem inspirado outros movimentos de protesto no Oriente Médio e norte da África, inclusive no Egito, que registra suas maiores manifestações em 30 anos de regime do presidente Hosni Mubarak.
Aproveitando esse fato, tunisianos protestaram também em frente à embaixada egípcia. "Hosni Mubarak deve cair", gritavam alguns manifestantes. "Hosni Mubarak, Arábia Saudita: podem aguardar", diziam outros.
Em Bruxelas, diplomatas disseram que a União Europeia deve decidir na segunda-feira congelar o patrimônio de Ben Ali e oferecer melhores termos comerciais à Tunísia.

MILHARES DE EGÍPCIOS DESAFIAM O TOQUE DE RECOLHER NO PAÍS

Milhares de manifestantes egípcios, que realizam protestos contra o governo do presidente Hosni Mubarak, estão desafiando um toque de recolher imposto no país nesta sexta-feira, apesar da presença de militares nas ruas.
Inicialmente aplicado em três cidades (Cairo, Suez e Alexandria), a medida foi estendida a todo o território egípcio no início da noite (hora local, à tarde no Brasil), refletindo uma intensificação nos protestos durante o dia. Mais cedo, serviços de internet e telefonia celular foram aparentemente bloqueados no país.
No Cairo, a capital egípcia, manifestantes atearam fogo na sede do Partido Nacional Democrático, mesma agremiação de Mubarak, e cercaram os prédios do Ministério das Relações Exteriores e da TV estatal.
A emissora anunciou que o toque de recolher vigoraria entre as 18h desta sexta-feira e as 7h do sábado e que militares trabalhariam em conjunto com os policiais para reforçar a ordem.
Espera-se que Mubarak, que está no poder desde 1981 e não foi visto em público desde o início das manifestações, faça um pronunciamento nas próximas horas.
Militares
A TV egípcia transmitiu a chegada ao Cairo de tropas militares e de blindados. Ao passar pelos manifestantes, muitos soldados acenavam para a multidão.
As manifestações desta sexta-feira - de proporção sem precedentes na história do Egito - se seguem a três dias de protestos, em que ao menos oito pessoas morreram e mais de mil foram presas.
As ações foram inspiradas em uma onda de protestos populares que culminou com a queda do presidente da Tunísia, Zine Al-Abidine Ben Ali, há duas semanas.
No Cairo, policiais entraram em confronto com milhares de manifestantes nas ruas, usando bombas de gás lacrimogêneo e canhões d'água para dispersar a multidão, que respondeu atirando pedras, queimando pneus e montando barricadas.
A BBC Brasil acompanhou alguns embates e viu policiais à paisana baterem em mulheres que caminhavam perto da multidão.
Conforme a noite avançava, helicópteros sobrevoavam a capital e tiros eram ouvidos.
Nesta sexta-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, exortou as autoridades egípcias a permitir protestos pacíficos. "Estamos profundamente preocupados com o uso da violência pela polícia e força de seguranças egípcias contra manifestantes", disse Hillary.
"Ao mesmo tempo, os manifestantes devem evitar a violência e se expressar de forma pacífica", afirmou. O Egito é um dos mais importantes aliados dos Estados Unidos no mundo árabe.
Outras cidades
Em Suez, um grupo invadiu uma delegacia de polícia, roubou armas e ateou fogo ao prédio. Choques também foram registrados nas cidades de Alexandria, Mansoura e Assuã, assim como Minya, Assiut, Al-Arish e na Península do Sinai.
Locais onde têm ocorrido os protestos no Egito
Há relatos de que centenas de líderes da oposição foram presos durante a madrugada. Ao menos dez pertenceriam à organização Irmandade Islâmica, banida pelo governo.
Outros relatos dão conta de que o líder da oposição e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei estaria sendo mantido em prisão domiciliar, mas a versão não foi confirmada oficialmente.
ElBaradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chegou ao Cairo na quinta-feira para se juntar às manifestações.
Comunicações
Na noite de quinta-feira, sites como Facebook ou Twitter começaram a apresentar problemas no país, assim como o envio de mensagens por celular.
A operadora de celulares Vodafone Egypt disse em nota: "Todas as operadores de celular no Egito foram instruídas a suspender seus serviços em áreas selecionadas. De acordo com a legislação egípcia, as autoridades têm o direito de emitir tal ordem e nós somos obrigados a cumpri-la".
Ao menos oito pessoas morreram e mais de mil foram presas nos protestos


O governo do Egito quase não dá espaço a posições contrárias à oficial, e manifestações da oposição são frequentemente proibidas.
Entretanto, na quinta-feira, Safwat El-Sherif, secretário-geral do Partido Nacional Democrático, disse que o PND “está pronto para o diálogo com o público, a juventude e os partidos legais”.
“Mas a democracia tem suas regras e seus processos. A minoria não pode forçar seu desejo sobre a maioria".
Em nota sobre as manifestações em curso no Egito, na Tunísia e no Iêmen, outro país árabe que tem vivenciado turbulências, o governo brasileiro expressou sua "expectativa de que as nações amigas encontrarão o caminho de uma evolução política capaz de atender às aspirações da população em ambiente pacífico e sem interferências externas, de modo a dar suporte ao desenvolvimento econômico e social em curso".
Fonte: BBC Brasil

MUBARAK SE PREPARA PARA A SEXTA-FEIRA DA IRA

O Egito montou um esquema de segurança no Cairo e bloqueou sites da Internet e o sistema de telefonia celular para tentar desarticular a "sexta-feira da ira" convocada por manifestantes que querem derrubar o presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder.

Inspirados pela revolta popular que derrubou o governo da Tunísia neste mês, os egípcios têm realizado protestos desde terça-feira, e pela Internet ativistas convocaram cristãos e muçulmanos para voltar às ruas após as preces de sexta-feira. Centenas de pessoas já foram presas nesta semana, e pelo menos cinco morreram.
Egípcio passa por cordão de policiais antidistúrbios em uma ponte de Cairo; relatos de confrontos violentos
Os jovens manifestantes se queixam do desemprego, da inflação, da corrupção e do autoritarismo do governo. São queixas semelhantes às que levaram à rebelião na Tunísia, e que também desencadearam protestos em países como Argélia e Iêmen.

"A inflação exauriu o povo. Os preços da comida, do combustível, da eletricidade e do açúcar estão subindo... Os ricos ficam mais ricos, e os pobres, mais pobres", disse um taxista, que não quis dizer seu nome. "Só Deus sabe o que vai acontecer hoje. Após a Tunísia, tudo é possível."

Servidores egípcios de Internet foram bloqueados em todo o país logo depois da meia-noite, privando os ativistas de uma ferramenta essencial para a mobilização - durante a semana, a rede social Facebook foi o principal instrumento para a convocação dos protestos de sexta-feira.

A telefonia celular e as mensagens de texto também funcionavam de forma intermitente.

Membros do proscrito grupo oposicionista Irmandade Muçulmana, inclusive oito dirigentes e seus principais porta-vozes, foram detidos durante a noite. Uma fonte oficial de segurança disse que as autoridades ordenaram que o grupo seja reprimido.

O governo acusa a Irmandade de tentar explorar os protestos juvenis em prol da sua "agenda oculta". O grupo islâmico afirma estar sendo usado como bode expiatório.

Preparando-se para os novos protestos, caminhões da polícia ocuparam as ruas que dão acesso à praça Tahrir, no centro do Cairo, cenário de confrontos violentos nesta semana.

Caminhões de bombeiros capazes de disparar jatos de água também estão estacionados em locais que podem reunir manifestantes, como os arredores da mesquita Al Azhar e do palácio presidencial.

Fonte: Reuters

TUCANOS QUEREM SERRA LONGE DA PRESIDÊNCIA DO PARTIDO


A disputa interna pelo comando do PSDB se acirrou, nesta quinta-feira, após o ataque do deputado Jutahu Magalhães Jr. (PSDB-BA) ao atual presidente da legenda e candidato à própria sucessão, Sérgio Guerra. Magalhães Jr. disse a jornalistas, nesta manhã, que Guerra teve uma “atitude indigna” ao apoiar um abaixo-assinado favorável à sua recondução ao cargo em detrimento do candidato derrotado à Presidência da República José Serra, postulante ao comando da legenda.
Jutahy acusa Guerra de haver criado uma espécie de fato consumado para que os deputados tucanos aderissem ao abaixo-assinado, que recebeu o apoio do senador eleito Aécio Neves e do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.
– A atitude do presidente Sérgio Guerra foi indigna e o desqualifica como presidente do partido. Ele fez um pronunciamento, numa reunião convocada exclusivamente para eleger o líder, passando a ideia de que havia um acordo desrespeitoso da cúpula. Vamos reagir – convocou.
Serra ainda nutre algum interesse pela presidência do PSDB, após a derrota nas urnas para Dilma Rousseff, a candidata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Jutahy reclamou que, ao consultar Guerra sobre a possibilidade de não comparecer à reunião, na véspera, onde circulou o documento, ele havia dito ser desnecessário a presença do aliado de Serra.
– O papel do presidente é lutar pela unidade e pelo fortalecimento do partido e não tentar criar um fato consumado baseado na traição a princípios elementares – disparou Jutahy.
Outro deputado que não assinou o apoio a Guerra, Vaz de Lima (SP) levou suas queixas ao líder recém-eleito, Duarte Nogueira (SP).
– Isso não foi debatido. Não vou assinar nenhum documento sem discussão – protestou.
O movimento, na realidade, demonstra a intenção dos dois principais líderes tucanos, Aécio e Alckmin, de mudar os rumos da legenda. Partiu de representantes de ambos a ideia de formular um documento de apoio ao atual presidente, de forma que Serra permanecesse fora dos centros de decisão da legenda. Guerra admitiu não ter consultado o grupo serrista, mas negou que senadores do partido, a exemplo de Aécio, tenham ajudado na elaboração do texto.
– Trata-se de um documento dos deputados – afirmou.
Recuo de Alckmin
Tão logo soube que o abaixo-assinado de apoio a Guerra não era uma unanimidade entre os deputados, o governador Geraldo Alkmin voltou atrás e disse, no início desta tarde, que “a discussão é extemporânea” e, caso Serra resolva disputar o cargo, contará com o seu apoio.
– Nem sei se o Serra será candidato a presidente do partido. Mas, se quiser, terá meu integral apoio – disse Alckmin.
Diante da crise que divide, ainda mais, a legenda, Alckmin sugeriu a Guerra que esperasse um pouco para começar sua campanha à reeleição.
– Essa é uma questão extemporânea. [...] Ontem, quando o Sérgio Guerra me telefonou, disse a ele minha opinião – concluiu Alckmin.
Fonte: Correio do Brasil

O NOVO F150 DA FERRARI PARA A FÓRMULA 1 DE 2011

A Ferrari apresentou seu carro para a temporada 2011 da Fórmula, o modelo F150 (nome em homenagem aos 150 anos de unificação da Itália). O carro não tem grandes mudanças aerodinâmicas em relação ao do ano passado, com duas excessões: o bico mais alto, ao estilo Red Bull, e a bandeira da Itália na asa traseira, que é móvel neste ano.






Fonte: Estadão