sábado, 12 de fevereiro de 2011

EGÍPCIOS COMEMORAM O FIM DA DITADURA


O período de 30 anos do governo do presidente do Egito, Hosni Mubarak, chega ao fim nesta sexta-feira. Após quase 20 dias de intensos protestos, principalmente na Capital, Cairo, Mubarak anunciou que está renunciando ao cargo. A informação foi levada à público pelo vice-presidente Omar Suleiman, em declaração à TV estatal. Esta é a segunda ditadura do mundo árabe que cai em menos de um mês. 

Antes, protestos populares levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine el Abidine Ben Ali, que acabou abandonando o país. Além do Egito e Tunísia, Mauritânia, Argélia e Jordânia passam por protestos semelhantes. Um dia antes de renunciar, Mubarak fizera um pronunciamento descartando a renúncia, mas não resistiu às pressões populares.

Logo após o anúncio da renúncia, a Praça Tahrir, no Cairo, epicentro dos protestos, reuniu centenas de pessoas que comemoravam a queda do ditador. Muitas pessoas gritavam palavras de ordem como: “O povo derrubou o regime!”. Apesar de ter alguma tradição democrática, o Egito teve apenas três governantes desde 1954: o primeiro deles foi Gamal Abdel Nasser, cujo governo ficou caracterizado pela aproximação com a União Soviética e pelas guerras com Israel. Nasser morreu em 1970, ainda no poder.

No início da década de 70, quem assume é Anwar al-Sadat, que firmou o acordo de Camp David, com Israel e pôs fim às animosidades entre os países. Foi também sobre sua gestão que o Egito recebeu de volta a Península do Sinai, tomada por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Sadat foi assassinado por extremistas. Coube, então, ao seu vice na época, Hosni Mubarak, assumir o poder para preparar o país para eleições “em no máximo seis anos”. Os seis anos passaram, bem como décadas e Mubarak permaneceu no poder.

Agora, com a saída de Hosni, Egito prepara-se para novas eleições em décadas. O grande temor da comunidade internacional, principalmente líderes do Ocidente, como os Estados Unidos, é que a Irmandade Muçulmana – grupo islâmico político – saia da ilegalidade e tenha um papel mais preponderante na história política do país daqui para a frente.

Fonte: Correio do Brasil

ITALIANOS VÃO ÀS RUAS CONTRA A PERMANÊNCIA BERLUSCONI

Manifestantes em cerca de 30 cidades da Itália saem às ruas neste sábado para protestar contra o primeiro-ministro do país, Silvio Berlusconi, para quem a Procuradoria pediu indiciamento na Justiça devido ao escândalo sexual da garota Ruby.
Turim, Veneza e Palermo são algumas das cidades onde as ruas são palco de novos protestos convocados pelo movimento social do Povo Violeta ("Popolo Viola", em italiano), um dos mais críticos ao líder.

As maiores mobilizações civis estão previstas para Roma e Milão. Nesta última cidade, a manifestação está marcada para acontecer em frente ao Palácio de Justiça onde Berlusconi tem dois julgamentos e uma audiência pendentes, além do caso Ruby, no qual é acusado de abuso de poder e incitação à prostituição de menores.

Já na capital italiana, a concentração está convocada para acontecer nesta tarde na Praça dos Santos Apóstolos. No mesmo horário, estão marcadas mobilizações em cidades como Palermo, Pescara e L'Aquila.

Além das cidades italianas, os protestos contra Berlusconi convocados pelo Povo Violeta serão também realizados neste sábado em Amsterdã, Bruxelas, Londres, Nova York, Zurique (Suíça) e Manchester (Reino Unido).

"Estaremos diante das delegações do Governo e em muitos lugares simbólicos para afirmar nossa oposição ao presidente do Governo", indica o porta-voz do Povo Violeta, Gianfranco Mascia, em comunicado.

"Saímos às ruas para defender nossa amada Constituição, que nos protege dos abusos, tornando-nos iguais perante a lei. Saímos às ruas porque não compartilhamos das políticas da maioria governamental e da compra e venda de votos", acrescenta.

O caso Ruby se refere à garota marroquina Karima El Mahrug, conhecida como Ruby, que teria praticado serviços sexuais durante festas de Berlusconi, e o próprio premiê teria remunerado a garota por isso. 

Fonte: IG

NA PATAGÔNIA CHILENA HIDRELÉTRICA ATORMENTA EMPRESÁRIOS

Do alto de uma trilha da pequena cidade chilena de La Junta, a empresária Constanza Palacios aponta para uma região que poderá ser afetada pela construção da usina hidrelétrica HidroAysén. Ali, áreas montanhosas se unem a bosques virgens, banhados por rios límpidos e ricos em minérios, o que os deixa com uma tonalidade esverdeada. A paisagem, segundo empresários locais, será cortada por torres de alta tensão caso o projeto da usina seja aprovado pelo governo chileno. Os defensores da instalação de represas em Aysén, no norte da Patagônia, afirmam que o Chile caminharia para a autossuficiência de energia limpa com a hidrelétrica. O projeto equivaleria a sete termelétricas, reduzindo a emissão de CO2, mas o argumento não é levado em conta pelos patagônicos, que se orgulham em viver em uma paisagem "intocada pelo homem". No caso da empresária, alterar o visual paradisíaco poderia significar o fim de seu negócio.
Foto: Fernando Diniz/Terra





Colombiana, Constanza Palacios, 47 anos, mudou-se para Aysén após conhecer seu marido, o chileno Alan Vásquez, 57 anos, pela internet, há cerca de oito anos. A paixão em comum por cães Schnauzers gigantes motivou Alan a viajar até Cali e conhecer sua então futura mulher. Constanza largou o emprego em uma papeleira, e Vásquez deixou a Bolsa de Valores de Santiago. Os dois decidiram viver em La Junta, onde administram uma pousada com nove quartos. Hoje, são considerados "grandes empresários" da cidade, que tem 1,2 mil habitantes e uma associação formada por apenas 43 estabelecimentos.

A cidade entrou em um desenvolvimento mais significativo em 2006, quando começaram a chegar melhorias como a telefonia celular e internet. Em 2008, a erupção do vulcão de Chaitén, que devastou a cidade de mesmo nome, afetou La Junta, dependente da comunidade vizinha para o abastecimento de alimentos e outros produtos. "Mas como toda tragédia, acabaram chegando melhorias. Agora temos aqui um médico e uma ambulância", disse Constanza. Nos últimos anos, tem aumentado o número de turistas que visita a cidade chamada de La Junta pelo encontro dos rios Palena e Rosselot, mas o futuro não parece animador quando se falam em represas.

O casal cita uma pesquisa feita pela Universidade do Chile em 2008. Segundo o levantamento, 70% dos turistas que frequentam a região de Aysén não voltariam à localidade caso a hidrelétrica saia do papel. O estudo projetou uma perda anual de US$ 40 milhões para o turismo - quantia equivalente à investida pelo setor privado nos últimos quatro anos em Aysén, segundo dados do Serviço Nacional de Turismo do Chile (Senartur). "Isso não nos afetaria, nos mataria", afirmou Constanza.

Pelo projeto, cinco represas serão instaladas nos rios Baker e Pascua, a cerca de 800 km ao sul de La Junta. Torres de energia seriam construídas ao longo de 1.960 km, para fazer a transmissão até uma central em Santiago, capital do Chile. "É como fazer um corte no rosto de uma bela mulher e deixar uma cicatriz", exemplificou Alan Vásquez. O romantismo da luta contra as represas não se restringe somente às falas de Alan e Constanza. Em toda a região de Aysén é comum ver cartazes e adesivos alusivos à campanha "Patagônia sem Represas". Alguns, mais radicais, colocam em seus carros a frase "Patagônia sem Políticos", pois alegam que a causa não é representada por nenhum homem público.

Responsável pelo turismo em Aysén, o diretor regional do Sernatur, Americo Eduardo Soto, é cauteloso. Apesar de reconhecer o impacto que as torres causariam na paisagem da região, Soto afirma que o projeto não foi "nem aprovado, nem reprovado", e que o prejuízo turístico e ambiental ainda deve ser quantificado pelas empresas que compõem a HidroAysén: Endesa e Colbún. "Queremos que se quantifique o impacto. Depois, se o projeto for aprovado, esse impacto deverá ser mitigado, reparado ou compensado com programas sociais ou promoções para a região, por exemplo", afirmou Soto.

Fora a possibilidade de causar danos à imagem da Patagônia, a inundação com as represas dos rios Baker e Pascua prejudicará 14 famílias, que terão de ser removidas. O dano é bem menor do que a polêmica usina brasileira de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, com capacidade de 11,2 mil MW e um custo de R$ 19 bilhões. A hidrelétrica quando instalada poderá prejudicar aproximadamente 12 mil famílias, segundo estimativas do Ibama em 2010.

Águas privatizadas

As empresas Endesa e Colbún - ambas privadas, sendo a primeira com capital hispânico - detêm o direito de exploração das águas dos rios onde serão instaladas as represas da HidroAysén. No Chile, um decreto-lei da ditadura, de 1981, criou o Código das Águas, que dá permissão a pessoas e empresas para comprar e explorar livremente rios, lagos e águas vulcânicas, por exemplo. O fato de o projeto envolver capital estrangeiro inunda ainda mais a HidroAysén de polêmicas. Microempresários dizem que a multinacional não teria receio em cortar reservas nacionais com linhas de transmissão ou explorar minérios dos rios a que tem direito, poluindo as águas e prejudicando a pesca, considerada uma das principais atividades econômicas e uma grande atração turística da região.

Para o gerente regional de Operações da HidroAysén, Michel Noure, a campanha Patagônia sem Represas está cercada de mitos. "Parte dos manifestantes levantaram verdades que não são verdades. Por exemplo, que esse é um projeto que inunda a Patagônia. Ou que vamos passar com torres de alta-tensão pelo parque Torres del Paine, que está a cerca de 500 km ao sul do local das represas", disse. "O que fizemos foi desenhar um projeto com mais eficiência energética e com menor impacto ambiental possível. Negar um impacto é impossível."

A HidroAysén, que precisa responder 199 observações sobre possíveis prejuízos à região até o dia 15 de abril, estuda formas de "esconder" as linhas de transmissão na paisagem patagônica. A ideia é passar os cabos em locais distantes de mirantes ou por trás de grandes montanhas, por exemplo. "O traçado original, do primeiro projeto, idealizado em 1975, passava por Cerro Castillo, montanha que é um dos ícones da região. Em 2005, desenhamos um traçado alternativo", disse Noure, que descarta a instalação de cabos submarinos em toda a extensão do projeto, como defendem os patagônicos, já que custaria sete ou oito vezes mais.

Demanda

A decisão de aprovar ou não a HidroAysén tem como pano de fundo o crescimento do Chile, que deve triplicar sua demanda energética até 2020. Atualmente, a geração é em torno de 56% baseada em termoelétricas, sendo que o Chile só produz 4% dos combustíveis, como petróleo, gás e carvão. Traumatizado pelo corte do fornecimento de gás pela Argentina em 2007, o governo chileno tende a aprovar a construção das represas na Patagônia. O projeto está orçado em US$ 3,2 bilhões e oferecerá 2.750 MW ao sistema nacional, principalmente na região onde vivem 90% dos chilenos. Aysén não será contemplada pela energia gerada pelos próprios rios. Para compensar, a empresa promete investir US$ 85 milhões com a construção de pequenas empresas para gerar energia barata na localidade.

Além da HidroAysén, a construção de outra hidrelétrica na região pode ser aprovada. Por ser mais novo, o projeto da Energia Austral - afiliada à mineradora multinacional Xstrata - ainda não entrou no foco dos protestos na Patagônia. Apesar do barulho, o conformismo é um consenso entre os moradores de Aysén. Em conversas informais, os patagônicos admitem a fraqueza do movimento antirrepresas frente aos interesses nacionais.

Região de Aysén

Aysén é uma das regiões administrativas do Chile e tem como capital a cidade de Coyhaique. Fica localizada no extremo sul do Chile, mas ao norte da Patagônia. Com um terreno irregular e heterogênio, a região apresenta uma diversidade de paisagens, entre montanhas, pampas, rios e desfiladeiros, tendo mais da metade de seu território protegido em parques nacionais. É a terceira maior região do país, representa 15% do território insular e continental do Chile, e está dividida em quatro províncias e dez comunas.

Fonte: Terra

ROBERTO CARLOS NÃO É MAIS DO CORINTHIANS

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, oficializou neste sábado de manhã o desligamento de Roberto Carlos do clube. O jogador foi apontado pela torcida alvinegra como um dos principais responsáveis pela eliminação do time na pré-Libertadores diante do Tolima, da Colômbia.

A saída foi um pedido de Roberto Carlos. Em contato com a imprensa, Andrés afirmou que o lateral listou razões para se desvincular do clube. As ameaças feitas ao jogador e à família, além de uma proposta tentadora do exterior foram determinantes para o fim da era Roberto Carlos no Parque São Jorge.

“Não será o primeiro nem o último. Ele é um cara com quase 38 anos. Por comum acordo, decidimos liberar. Tem uma proposta fantástica lá fora. Foram várias pouquinhas coisas que determinaram a saída dele. A pressão da família, as pedras que os torcedores jogaram, as ameaças que ele sofreu e a oferta que ele teve. Tudo isso acarretou na saída dele”, explicou Andrés, bastante irritado.

“Eu também fui ameaçado. Meus filhos também. Alguns ligam de orelhões, rádio. São covardes porque não se identificam”, complementou.

A Roma, da Itália, é uma das interessadas em Roberto Carlos. Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, também sondou o jogador. Conforme informou o Blog do Perrone, um clube russo ofereceu 16 milhões anuais ao jogador. No Corinthians, ele faturava R$ 5,2 milhões por ano.

Recém chegado de viagem à Europa, Sanchez sequer participou da decisão de Roberto Carlos. A negociação envolveu o lateral e os diretores de futebol Duílio Monteiro e Roberto de Andrade.

Indagado sobre suposto entrevero entre Roberto Carlos e Tite às vésperas do duelo contra o Tolima, em que o lateral não atuou na Colômbia justificando lesão muscular. O presidente do Corinthians respondeu evasivamente, dando brecha a diversas interpretações.

“Ele disse que sentiu dor. Esse assunto foi decidido com o treinador”, resumiu Andrés.

Fonte: UOL

ELIZABETH TAYLOR É INTERNADA EM LOS ANGELES

A atriz Elizabeth Taylor, de 78 anos, deu entrada nesta semana no centro médico Cedars-Sinai em Los Angeles, onde se encontra sob observação devido a problemas cardíacos, informou nesta sexta-feira a edição digital da revista "People".

Liz Taylor sofre do coração há anos e foi operada em 2009 para corrigir um problema na válvula cardíaca, uma intervenção considerada um sucesso.

Segundo o representante da atriz, vencedora de dois Oscars pelos filmes "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" (1966) e "Disque Butterfield 8" (1960), a nova hospitalização respondeu a "uma condição (física) recorrente".

"Este assunto está sendo tratado. Atualmente está no hospital sob observação", disse o agente, antes de pedir "respeito à sua privacidade" para que a equipe médica tenha "o tempo e o espaço para concentrar-se em recuperar sua saúde".

Além de sofrer diversas pneumonias durante sua vida, Liz Taylor superou nos últimos anos problemas nas costas, diversas operações de quadril e de um tumor no cérebro, que foi retirado em 1997. À lista soma-se um passado de abuso de álcool e drogas.

Fonte: EFE

ARGELINOS SE ORGANIZAM PARA PEDIR A QUEDA DO GOVERNO

Mais de três mil pessoas permanecem concentradas no centro de Argel, capital da Argélia, mesmo com o enorme contingente policial que tenta impedir a manifestação. O protesto está programado para começar às 11h do horário local (8h de Brasília) desde a praça de Primeiro de Maio, no centro da capital, até a praça dos Mártires, em um percurso de cerca de dois quilômetros pela baía da cidade.

Os protestantes gritam "Buteflika lárgate", ou "estamos cansados deste governo", e seguram placas com dizeres como "abaixo o sistema" e "queremos um país governado por jovens". Participam jovens de todas as classes sociais.

Milhares de policiais e centenas de furgões e tanques se desdobraram neste sábado, 12, por Argel diante da manifestação convocada na capital da Argélia por vários partidos de oposição e organizações da sociedade civil para reivindicar mudanças no regime argelino, segundo constatou a Agência Efe.

A capital do país amanheceu tomada por milhares de policiais, com centenas de furgões e veículos antidistúrbios estacionados em todos os lugares estratégicos do centro da capital e nos principais pontos do percurso da programado para a manifestação.

Caminhões equipados com canhões de água, tanques e agentes com metralhadoras nas mãos estão destacados em torno dos edifícios e sedes oficiais do centro de Argel, enquanto centenas de veículos policiais patrulham incessantemente as ruas da cidade, praticamente desertas.

Além disso, vários helicópteros da Polícia sobrevoam o centro da cidade desde a manhã deste sábado.

Cerca de 30 mil policiais foram mobilizados, muitos deles transferidos desde outras regiões do país em ônibus civis para controlar a situação em Argel.

Alguns veículos da imprensa argelina asseguram que as forças policiais foram proibidas de utilizar fogo real durante o protesto, embora tenham recebido instruções de evitar qualquer distúrbio.

Além do dispositivo policial, foram reforçados os efetivos de soldados encarregados de controlar as principais vias de acesso à capital, onde, segundo a imprensa, os esquemas de controle já impedem o acesso de determinadas pessoas e veículos à cidade.

Em 22 de janeiro foi organizada outra manifestação em Argel pelo partido opositor Reagrupamento Constitucional Democrático (RCD), cujo desenvolvimento foi impedido pela Polícia.

Na ocasião, seus dirigentes denunciaram que fora impedido o acesso à capital de centenas de manifestantes procedentes da Cabília e de outras regiões.

A manifestação deste sábado, à qual se uniram várias organizações da sociedade civil como a Liga Argelina de Defesa dos Direitos Humanos (LADDH), originou uma grande expectativa no país, especialmente após a renúncia ontem do presidente egípcio Hosni Mubarak.

Fonte: EFE

NOIVA É SEQUESTRADA EM CURITIBA NO DIA DO CASAMENTO

Mariele de Lima Correa nunca vai se esquecer do dia 22 de janeiro. Não só porque foi a data em que se casou com o guarda municipal Gláucio Correa, mas também porque, minutos antes de entrar na igreja, com vestido, cabelo feito, joias e buquê, foi sequestrada.

A estudante de Pedagogia de 28 anos esperava o começo do casamento, às 20h30, em uma picape Tucson. O carro estava parado em uma rua ao lado da Igreja Sagrada Família, no bairro Novo Mundo, região sul de Curitiba. Com ela estavam um casal de amigos e uma das damas de cerimônia, de 10 anos. Dois assaltantes se aproximaram do veículo e, quando viram que ele estava ocupado, um deles sacou um revólver e fez ameaças. Ninguém pôde sair: Mariele ficou no banco da frente entre os dois bandidos e as outras vítimas, no de trás.

Enquanto percorriam as ruas de Curitiba, os ladrões fizeram ameaças e pediram que a daminha de honra parasse de chorar. Mariele pedia para ser liberada, já que era o dia de seu casamento. "Seu noivo já está viúvo", respondeu um dos criminosos. Eles pegaram os celulares, tiraram as baterias e danificaram os chips. Por fim, pegaram o buquê e jogaram pela janela do carro.

Depois de cerca de 20 minutos, Mariele, o amigo e a criança foram deixados a 10 quilômetros da igreja, perto do câmpus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no bairro Prado Velho. A estudante ligou para o noivo, que não acreditou na história. "Falei para minha mãe: eles estão aqui perto e estão passando trote", disse Gláucio, também de 28 anos.

Ele tentou ligar nos celulares da noiva e dos amigos, mas as ligações só caíam na caixa postal. Só depois de retornar os telefonemas para os números dos quais a noiva tinha ligado e ouvir o barulho do rádio da polícia ele acreditou.

A amiga de Mariele ficou mais um tempo em poder dos bandidos e foi deixada em um local mais distante. Ela viu um carro da polícia, contou o que havia acontecido, e foi com os policiais buscar as outras vítimas.

Cerimônia

A noiva chegou em um táxi à porta da igreja onde os cerca de 400 convidados ainda aguardavam do lado de fora. Resolveu continuar a cerimônia mesmo depois do sequestro relâmpago. O vestido estava intacto, mas ela precisou pegar emprestados brincos, anéis, colar e pulseira, pois os que usava foram levados pelos assaltantes. Algumas flores do enfeite da igreja transformaram-se no buquê. "Quando chegou estava meio chorando, mas depois foi tudo tranquilo", disse Gláucio.

Por volta das 23 horas, uma equipe da Polícia Civil localizou a caminhonete e viu quando duas pessoas desceram. Houve perseguição, mas os dois conseguiram fugir. Os bandidos levaram a frente do rádio do carro e uma cadeira de criança que estava no porta-malas.

Segurança

A secretária da Paróquia Sagrada Família disse ontem que, após essa ocorrência, houve reunião do conselho paroquial e decidiu-se realizar uma coleta de assinaturas para pedir reforço no policiamento na região, porque já foram registrados vários assaltos ali. Cerca de 400 assinaturas foram colhidas. A ideia é apresentar o pedido para o comando da Polícia Militar.

A PM informou que 1.750 policiais estão se formando no Estado e grande parte ficará em Curitiba e região metropolitana. 

Fonte: Estadão

PSDB TEM GOVERNADOR CASSADO

O governador reeleito de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), foi cassado nesta sexta-feira pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) por usar a emissora de rádio do governo para se promover durante as eleições do ano passado.

A decisão foi por cinco votos a dois. O TRE determinou aplicação de multa de R$ 53.205 (50 mil Ufirs) e a diplomação de Neudo Campos (PP), o segundo colocado nas eleições. Ele deve assumir o governo de Roraima na segunda-feira.

De acordo com o TRE-RR, Anchieta poderá contestar a decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas terá que aguardar a decisão fora do cargo.

Anchieta Jr. perdeu o mandato por usar o programa de maior audiência da Rádio Roraima AM para se promover nas eleições. A emissora é vinculada ao governo.

A ação de cassação foi proposta por Neudo Campos. Ele embasou a acusação em áudios e transcrições de programas apresentados por Mário César Balduíno.

Fonte: Folha