sexta-feira, 18 de março de 2011

RADIAÇÃO CHEGA AOS ESTADOS UNIDOS

Um monitor de radiação na Califórnia detectou uma "minúscula" quantidade de um isótopo da usina nuclear japonesa com problemas, informaram funcionários do governo nesta sexta-feira. Eles insistiram, no entanto, que não há motivo para preocupação.

Na primeira confirmação de que a radioatividade já atingiu os Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, da sigla em inglês) informou que o monitor de Sacramento detectou "minúsculas quantidades de radioatividade em isótopo xenon-133".

"A origem foi determinada como consistente com o vazamento dos reatores de Fukushima, no nordeste do Japão", acrescentou em um comunicado conjunto com o Departamento de Energia. No geral, contudo, a rede de sensores de radiação da EPA nos Estados Unidos, assim como no Havaí e ilhas Guam no Pacífico, "não detectou qualquer nível de radiação preocupante", informou o comunicado.

Fonte: AFP

BRASIL CONECTADO

O número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, LAN houses ou outros locais) atingiu 73,9 milhões no quarto trimestre de 2010, segundo o Ibope Nielsen Online.

O número representou um crescimento de 9,6% em relação aos 67,5 milhões do quarto trimestre de 2009, segundo dados divulgados pelo instituto nesta sexta-feira.

No que se refere ao acesso mensal em fevereiro deste ano, o Ibope informou que "o acesso à internet no trabalho e em domicílios vem crescendo ainda mais. O total de pessoas com acesso em pelo menos um desses dois ambientes chegou a 56 milhões em fevereiro de 2011, o que significou um crescimento de 19,2% sobre os 47 milhões do mesmo mês do ano anterior."

O total de usuários que moram em domicílios com acesso à internet cresceu 24% nesse período --já é de 52,8 milhões.

O Ibope informa ainda que das 56 milhões de pessoas que têm acesso à rede no trabalho ou em residências, 41,4 milhões foram usuárias ativas em fevereiro --o que significou uma diminuição de 3,3% em relação a janeiro e um crescimento de 12,7% na comparação com os 36,7 milhões de fevereiro de 2010.

CONTROVÉRSIA

Embora o crescimento do número de internautas seja favorável, a internet brasileira não está preparada para suportar as exigências atuais dos internautas, de acordo com um relatório divulgado pela Cisco no ano passado.

A pesquisa "A Qualidade da Internet", feita pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela Universidade de Oviedo (Espanha) com apoio da Cisco, empresa que fabrica equipamentos que conectam os computadores à rede, revelou que embora o Brasil tenha feito avanços para aumentar o número de domicílios conectados, a qualidade das conexões está abaixo da média.

Hoje, para que um internauta navegue e realize suas tarefas (trocar e-mails, baixar arquivos, assistir a vídeos, entre outras), as velocidades médias precisam ser de 3,75 Mbps (megabits por segundo) para o download (quando se baixa arquivos ou se acessa um site qualquer) e de 1 Mbps para o upload (quando se envia algo, e-mail ou mensagem instantânea).

O tempo de resposta (entre dar o comando e perceber que ele foi obedecido) não pode ser superior a 95 milésimos de segundo, segundo a pesquisa.

Em Fortaleza, apontada como a cidade brasileira com a melhor qualidade de internet, a velocidade de download auferida foi de 4,3 Mbps, ante 570 Kbps (kilobits por segundo) de upload. O tempo de resposta ficou em 114 milésimos de segundo.

A pesquisa indica que, nos próximos cinco anos, os internautas estarão consumindo mais capacidade de rede porque assistirão a vídeos sob demanda e farão videoconferências, entre outras aplicações sofisticadas.

Por isso, os especialistas estimam que, até 2015, um domicílio estará consumindo 500 GBytes mensalmente, ante os atuais 20 GB.

Para dar conta dessa quantidade de dados trocados via internet, será preciso investir mais para que as redes ofereçam velocidades de download de 11,25 Mbps e de 5 Mbps de upload com uma resposta de 60 milésimos de segundo.

MUNDO

Só 38 cidades no mundo já estão preparadas para essa nova fase --nenhuma no Brasil. No total, foram monitorados domicílios em 239 cidades e 72 países.

A Coreia do Sul continua liderando a lista de países líderes em internet, seguida por Hong Kong e Japão. O Brasil ocupa a 38ª colocação. Esteve na 41ª, em 2009, e na 36ª, em 2008.

Fonte: Folha

SONDA COMEÇA A ORBITAR MERCÚRIO

A agência espacial dos EUA (Nasa) colocou na quinta-feira, 18, pela primeira vez, uma nave na órbita de Mercúrio, o planeta do Sistema Solar mais próximo do Sol. A Messenger demorou mais de seis anos e meio para chegar ao planeta, percorrendo quase 7,9 bilhões de quilômetros. Dentro de um mês, a sonda deve começar a transmitir as primeiras fotografias do planeta, a uma altura de 190 quilômetros.

Os astrônomos estão interessados em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, porque ele é rochoso como a Terra, e não gasoso, como Júpiter. Existem muitas dessas esferas rochosas em torno de estrelas fora do nosso sistema solar, o que significa que Mercúrio poderia oferecer pistas sobre outros mundos, segundo nota divulgada pela Nasa.

"Agora que tantos novos planetas são descobertos ao redor de estrelas em outros sistemas solares, precisamos saber os efeitos do desgaste espacial em superfícies rochosas, para que possamos interpretar os dados telescópicos e de outras formas de sensoriamento remoto que obtemos de outros mundos rochosos ou poeirentos", disse Ann Sprague, do Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, que está envolvida no projeto.

O Messenger (que significa "mensageiro", mas é também a sigla em inglês para Exploração, Geoquímica, Ambiente Espacial e Superfície de Mercúrio) partiu em 3 de agosto de 2004, e desde então fica "dançando" entre a Terra, a Lua e Mercúrio propriamente dito, num complexo movimento que o impede de ser atraído pelo campo gravitacional do Sol.

Na noite desta quinta-feira, às 21h42, a sonda começará sua missão de um ano de duração em torno de Mercúrio, orbitando-o uma vez a cada 12 horas e preenchendo lacunas visuais deixadas pela última sonda a estar por lá - a Mariner 10, em 1974-75.

A nave, com dois painéis solares para alimentação e um guarda-sol para mantê-lo fresco o suficiente para operar, vai estudar a história geológica, o campo magnético, a composição da superfície e outros mistérios desse planeta tão pouco conhecido. Quando a missão terminar, a nave vai cair na superfície do planeta.

Com um diâmetro ligeiramente maior que o da Lua (cerca de 4.800 quilômetros), Mercúrio deveria ser todo sólido, até o núcleo. Mas a presença de um campo magnético sugere que ele é parcialmente derretido por dentro.

Há décadas os cientistas precisam se contentar com as fotos feitas pela Mariner 10, de um só lado do planeta, além de observações terrestres e dados obtidos a partir de Marte e de meteoritos.

No caminho até Mercúrio, o Messenger conseguiu tirar muitas fotos que tinham escapado à Mariner, e restam agora apenas cerca de 5 por cento do planeta por mapear, principalmente nos polos. A sonda tentará captá-los durante a fase orbital da missão.

Fonte: Estadão

A POUCO PRODUTIVA VISITA DE OBAMA AO BRASIL

A visita de Obama e o oba-oba (abobado) da velha mídia
A política externa independente nos tornou importantes no cenário mundial, inclusive para os EUA. Retrocessos nessa política poderiam fragilizar nosso protagonismo internacional
por DR. ROSINHA*
A mídia brasileira tem tratado a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como um megaevento. A reação talvez seja similar a da primeira visita do Papa ao Brasil. Não existem outras pautas. Criam-se vinhetas televisivas e coberturas especiais. Parece que a encarnação viva de Deus passará por aqui no fim de semana.
Para além do mero provincianismo, a velha mídia é motivada pelo desejo de atacar a política externa do governo Lula, que estaria supostamente prestes a ser alterada pelo governo Dilma.
Conforme o desinformado desejo, a política externa do governo Lula teria apostado no “terceiromundismo” e no “antiamericanismo”, comprometendo antigas “boas relações” com os EUA. Agora, caberia a Dilma “corrigir” o desvio e reconduzir a política externa a seu paradigma histórico.
A visita de Obama representaria, assim, uma espécie de redenção do Brasil, que voltaria a ocupar seu lugar secundário na história. Daí a cobertura deslumbrada. Daí esse verdadeiro “oba-oba” abobado da velha mídia.
Mas, afora todo esse delírio ideológico, o que esperar da visita?
Na realidade, pouco. Em primeiro lugar, não ocorrerá uma correção de rumos significativa nas relações bilaterais, até mesmo porque tal correção, do ponto de vista dos interesses brasileiros, não é necessária. Não houve “desvios ideológicos”. Portanto, não há necessidade de correções substanciais, embora sempre haja espaço para aprimoramentos.
A bem da verdade, foi a recente política externa que elevou substancialmente o patamar do Brasil no cenário mundial. Por isso mesmo, o próprio embaixador norte-americano no Brasil reconhece que a nossa nação “não é mais um país emergente, mas sim um país que já emergiu”.  É justamente esse novo patamar que motiva a visita de Obama.
Para um presidente com popularidade em baixa e muito abalado politicamente depois da grande derrota nas últimas eleições legislativas dos EUA, a visita ao Brasil representa uma oportunidade para mostrar algum prestígio internacional a seu público interno.
Além disso, a recuperação da economia dos EUA tem se revelado lenta. Os EUA precisam desesperadamente reduzir seu déficit comercial com o mundo e seu desemprego interno. O Brasil, uma economia em ascensão –a sétima do mundo–, representa amplas oportunidades para os norte-americanos. Eles estão muito interessados no pré-sal, ainda mais agora, quando as ditaduras pró-ocidentais do Oriente Médio estão ruindo. Também há interesse na participação da construção da infraestrutura brasileira, inclusive aquelas relativas às Olimpíadas e à Copa do Mundo.
Para o Brasil, a visita possibilita a superação de algum mal-estar recente na relação bilateral, embora as posições fundamentais devam continuar as mesmas, inclusive no que se refere às divergências referentes ao Iraque e ao Irã.  Ademais, tais visitas sempre podem possibilitar maior comércio e mais investimentos.
Não de deve esperar muito, no entanto. A expectativa é de que seja assinado um acordo para simplificar as trocas comerciais e evitar barreiras técnicas e administrativas ao fluxo comercial. Isso implicaria o reconhecimento mútuo dos certificados emitidos pelo Inmetro e pelo órgão norte-americano correspondente da área. As divergências e as imensas barreiras tarifárias e não-tarifárias relativas ao protecionismo agrícola, antidumping, picos tarifários e quotas, que afetam boa parte das nossas exportações para os EUA (aço, suco de laranja, etanol, carnes, frutas, algodão, soja e derivados, etc.), continuarão a vigorar, impedindo uma ampliação significativa do comércio bilateral.
Saliente-se que os EUA perderam muita importância comercial e econômica para o Brasil. Em 2002, os EUA absorviam cerca de 24% das nossas exportações. Em 2010, essa participação caiu para 9,6%. Hoje, China, América Latina e União Europeia são mais relevantes para nós.
Do ponto de vista político-diplomático, existe a possibilidade de que Obama anuncie seu apoio à pretensão brasileira a uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, como fez com a Índia no ano passado. Embora simpático e importante, um eventual apoio não geraria nenhum efeito imediato, já que a mudança da estrutura do conselho, que reflete arcaicamente o mundo pós-Segunda Guerra Mundial, ainda não está na pauta atual das Nações Unidas.
Deverão também ser assinados acordos nas áreas de energias renováveis, aviação civil, espacial e de combate à discriminação de raça e gênero. São acordos relevantes, mas que não mudam a natureza das relações bilaterais, como quer dar a entender a velha mídia.
O Brasil vem se tornando um grande país graças, em boa parte, a uma política externa ousada e criativa, que diversificou parcerias estratégicas, diminuiu nossa dependência em relação a parceiros tradicionais, abriu espaços para nossas exportações e investiu na integração regional e na cooperação Sul-Sul. Foi exatamente essa política externa independente que nos tornou importantes no cenário mundial, inclusive para os EUA. Quaisquer retrocessos nessa política poderiam redundar na fragilização do nosso protagonismo internacional.
Os EUA são um país de grande peso internacional, e o aprimoramento da nossa relação bilateral é sempre bem–vindo. Esse aprimoramento jamais deveria implicar no abandono de nossas justas posições e do nosso rumo próprio, no contexto das nações. Países que investiram numa relação de dependência dos EUA, como o México, por exemplo, hoje pagam um alto preço econômico e político pela decisão equivocada.
É do interesse nacional do Brasil manter uma política externa exitosa. O aprimoramento das relações Brasil-EUA, sempre conveniente, deve se balizar pelas diretrizes dessa política, e não pelo desejo ideológico de setores conservadores, que ainda não entenderam o que aconteceu no Brasil e no mundo.
Não nos deslumbremos, portanto, com essa pirotecnia ideológica da velha mídia, até mesmo porque, espetáculo por espetáculo, certamente os shows da Shakira terão maior sucesso.

Dr. Rosinha, médico pediatra, é deputado federal (PT-PR) e ex-presidente do Parlamento do Mercosul
PS do Viomundo: Hoje, ouvindo a CBN no táxi, capturei o caco de um comentário segundo o qual o Brasil tinha se tornado “adulto” e, portanto, o PT carioca tinha razão ao desencorajar manifestações contra Obama. Vejam bem, caros leitores, o Brasil tinha se tornado “adulto” aparentemente por receber o Obama, quando todos sabemos que se isso de fato aconteceu foi como resultado de uma política externa independente e soberana. Perigas de o PT, em sua nova encarnação, pedir silêncio obsequioso ao deputado Rosinha.

JAPÃO FAZ 1 MINUTO DE SILÊNCIO

Parlamentares, governos locais e membros das equipes de resgate lembraram nesta sexta-feira com um minuto de silêncio o terremoto seguido de tsunami que devastou o nordeste do Japão há uma semana e deixou pelo menos 17 mil vítimas, entre mortos e desaparecidos.

Socorristas lembram vítimas do terremoto e do tsunami com 1 minuto de silêncio

Alguns membros das equipes de resgate que trabalham nas zonas afetadas pelo terremoto guardaram um minuto de silêncio às 14h46 da hora local (2h46 de Brasília), o momento exato no qual o tremor de magnitude 9 atingiu o nordeste do país e gerou um potente tsunami que arrasou povoados inteiros da costa.

Na província de Miyagi, cuja capital é Sendai, os funcionários do governo local também se juntaram ao ato simbólico de homenagem às vítimas, muitas das quais foram registraram nesta zona, uma das mais devastadas.

O mesmo fizeram os senadores japoneses, que realizaram nesta sexta-feira sua primeira sessão depois do devastador terremoto, que gerou ainda uma grave crise nuclear na usina de Fukushima.

O tremor, o de maior intensidade registrado no Japão nos últimos 140 anos, levou o país à sua pior crise após a Segunda Guerra Mundial, segundo o primeiro-ministro, Naoto Kan.

Fonte: EFE

ARRUDA AJUDAVA O DEM COM PEQUENOS FAVORES

O novo presidente do DEM, José Agripino Maia, rebateu nesta sexta-feira a declaração do ex-governador José Roberto Arruda, suspeito de comandar esquema de corrupção no Distrito Federal, de que atendeu de "pequenos favores aos financiamentos de campanha" de integrantes da cúpula do DEM.

"São informações totalmente infundadas que repilo à altura. Trata-se, provavelmente, de declarações de alguém profundamente magoado com parlamentares que exigiram sua saída imediata do partido por não tolerarem seu envolvimento com improbidades, algo inadmissível no Democratas", disse Agripino em nota.

Para não ser expulso do partido, Arruda abandonou o DEM em 2010. Ele perdeu o cargo em março do mesmo ano depois de passar dois meses preso, acusado de coagir testemunhas da investigação.

De acordo com os advogados do ex-governador, Cristiano Maronna e Nélio Machado, a entrevista, publicada ontem no site da revista "Veja", foi dada em setembro de 2010. Eles alegam que as declarações estão "fora de contexto".

"Toda a ajuda que ele deu ao partido foi rigorosamente dentro da lei", afirmou Maronna.

Arruda não diz, na entrevista, se o dinheiro tinha origem ilícita ou não. E afirma que não sabe se os repasses foram declarados à Justiça Eleitoral.

À revista, o ex-governador declarou que ajudava a "nomear afilhados políticos, conseguir avião para viagens, pagar programas de TV, receber empresários".

Fonte: Folha