sexta-feira, 1 de abril de 2011

AUMENTAM OS COMBATES NA COSTA DO MARFIM

Combates ferozes ocorreram na sexta-feira em toda a cidade de Abidjan, a maior da Costa do Marfim, onde as tropas leais ao presidente Laurent Gbagbo enfrentavam ataques das forças que apoiam o oposicionista Alassane Ouattara, que reivindica a Presidência.

Os confrontos mais pesados se concentraram ao redor da sede da televisão estatal. A emissora saiu do ar depois de atacada pelos partidários de Ouattara ao longo da noite de quinta-feira, mas retomou a transmissão de imagens pró-Gbagbo no fim da sexta-feira.

O estrondo de armas pesadas era ouvido constantemente perto da residência de Gbagbo e do palácio presidencial, ambos sob ataque, bem como de duas grandes bases militares. Com isso, a principal cidade marfinense se tornou uma zona de guerra.

"Nós podemos ouvir tiros e ver soldados se deslocando, mas há também civis armadas correndo pelas ruas", disse Camara Arnold, morador do bairro de Cocody, próximo da TV estatal e da casa de Gbagbo.

Dois helicópteros de ataque MI-24, pertencentes à missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), circularam sobre a lagoa na região central de Abidjan, mas não intervieram.

Gbagbo se recusou a entregar o poder depois da eleição de 28 de novembro, na qual foi derrotado por Ouattara, segundo o resultado da apuração, que teve o aval da ONU.

As potências ocidentais e a União Africana também reconheceram a vitória de Ouattara. No entanto, seu governo vem sendo afetado por um grande número de deserções militares.

A União Africana, a França (a ex-metrópole), os Estados Unidos e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediram que ele renunciasse imediatamente.

Mas os partidários de Gbagbo se entrincheiraram em Abidjan e um assessor dele que vive em Paris disse que a sua rendição "está fora de questão."

As forças que apoiam Ouattara foram para Abidjan na quinta-feira, depois de uma rápida arrancada em direção ao sul, que encontrou pouca resistência inicial.

Mas agora elas enfrentam os combatentes mais leais a Gbagbo, os cerca e 2.500 integrantes da Guarda Republicana, espalhados por Abidjan, além dos militares do Exército regular que permaneceram fiéis ao presidente.

FORÇA DA ONU

As forças de paz da ONU na Costa do Marfim mataram pelo menos cinco soldados leais a Gbagbo durante um confronto em Abidjan. Três membros do contingente da ONU foram mortos em um incidente separado, segundo um documento interno da organização visto na sexta-feira pela Reuters.

A ONU acusa o campo de Gbagbo de cometer abusos contra civis e instigar sentimentos contra a organização. Nesta sexta-feira, a ONU também pediu a Ouattara que controle as forças rebeldes e citou relatos não confirmados de que os insurgentes haviam sequestrado e maltratado civis.

Não há dados sobre mortos e feridos, mas a ONG Médicos sem Fronteira informou ter tratado pelo menos 80 pessoas nos últimos dois dias, na maioria feridos a tiros.

Fonte: Reuters

MORTES NO AFEGANISTÃO PODEM CHEGAR A 20

Manifestantes irritados com a queima do Alcorão por um pastor dos Estados Unidos mataram na sexta-feira até 20 funcionários da ONU durante a invasão de um complexo da entidade em Mazar-i-Sharif, uma cidade normalmente pacífica no norte afegão.

O porta-voz da ONU no Afeganistão, Dan McNorton, confirmou que sete empregados internacionais, incluindo funcionários diretos e agentes de segurança, foram mortos. Na sede em Nova York, as autoridades disseram que o número final de vítimas poderia chegar a 20.

McNorton afirmou, no entanto, que nenhum nacional afegão da missão foi morto, mas que a investigação sobre o incidente estava em andamento. Dois dos estrangeiros mortos teriam sido decapitados.

O ataque começou quando um grupo retirou os guardas do complexo, escalou paredes e derrubou uma torre de vigilância, disse Lal Mohammad Ahmadzai, porta-voz da polícia nessa região no norte.

O governador da província de Balkh disse que após o ataque teve início uma batalha que durou várias horas. Essa situação levanta sérias questões sobre os planos das autoridades de tornar a cidade um modelo para a transferência de poder para as forças nacionais.

"Os insurgentes tiraram proveito da situação para atacar a área onde fica a ONU", disse o governador Ata Mohammad Noor. Ele afirmou numa entrevista coletiva à imprensa que muitos na multidão de manifestantes carregavam armas. Pelo menos 27 pessoas foram detidas por tomar parte no ataque, acrescentou.

A polícia e o Exército afegãos, dos quais a ONU depende para a proteção de sua primeira linha de defesa, aparentemente não tiveram condições de controlar a multidão. Há também tropas alemãs na província de Balkh e, segundo a coalizão liderada pela ONU, elas receberam um pedido de ajuda.

Um porta-voz da ONU disse que o ataque não fará com que a entidade deixe o Afeganistão. "Nós precisamos garantir a segurança de nossos colegas em Mazar-i-Sharif. Não é uma questão de sair. A ONU está aqui para ficar", disse Kieran Dwyer.

O principal diplomata da ONU no Afeganistão, Staffan De Mistura, viajou para Mazar-i-Sharif para cuidar pessoalmente da situação. O russo que chefia a missão na cidade, Pavel Yershov, foi ferido no ataque e está hospitalizado, segundo a TV estatal da Rússia.

PIOR ATAQUE?

Se a cifra de mortos estiver correta, esse seria o pior ataque contra a ONU no Afeganistão e um dos maiores contra a organização nos últimos anos.

A cidade de Mazar-i-Sharif permaneceu relativamente calma enquanto a insurgência ganhava força em outras partes do norte afegão e, recentemente, foi escolhida como uma das primeiras áreas para a transição do controle feito por tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para as forças afegãs.

O pastor cristão Terry Jones, que no ano passado havia cancelado planos de queimar o Alcorão, após condenação internacional, supervisionou no domingo a queima do livro sagrado dos muçulmanos diante de um grupo de 50 pessoas, em uma obscura igreja do estado da Flórida, nos EUA, segundo seu website.

Milhares de pessoas saíram às ruas de Heart, no oeste afegão, e outras cerca de 200 em Cabul para protestar contra o ato do pastor, mas não houve violência nessas manifestações.

Fonte: Reuters

GBAGBO PROMETE LUTAR ATÉ O FIM

Laurent Gbagbo, líder de facto da Costa do Marfim que se recusa a deixar o poder após perde as eleições, disse que lutará até o fim contra a pressão internacional e seu rival, Alassane Ouattara, e está preparando um discurso que será feito em breve para os marfinenses, informou nesta sexta-feira, 1º, um de seus aliados.

"De acordo com suas ideias, ele vai até o fim", disse Toussaint Alain, questionado de Gbagbo estaria disposto a morrer pelo país. "Ele não tem intenções de renunciar ou deixar o poder. Nas próximas horas, ele apresentará propostas para a oposição", completou, dizendo que o líder de facto está "pronto para o diálogo" com Ouattara. Mais cedo, pessoas próximas de Gbagbo disseram que a sua rendição está "fora de questão".

As forças de Ouattara, reconhecido internacionalmente como o presidente da Costa do Marfim, iniciaram nesta semana uma ofensiva contra Gbagbo. As disputas geraram uma onda de violência no país, que se acirrou nos últimos dias.

As tropas de Gbagbo perderam terreno na última semana. O presidente eleito, respaldado pela comunidade internacional e pela Organização das Nações Unidas (ONU), mantém a pressão sobre o líder de facto. Na quinta, ele decretou um toque de recolher e fechou as fronteiras marítimas, aéreas e terrestres do país. Os seguidores de Ouattara haviam dado um ultimato para que Gbagbo deixasse o poder.

Alain disse que, antes da entrevista, havia conversado com Gbagbo e que o líder de facto está em um "local seguro", mas não disse se ele está em Abidjã, a maior cidade do país. O assessor ainda acrescentou que o discurso de Gbagbo será transmitido pela televisão.

Gbagbo está no poder desde 2000. Seu mandato acabou em 2005, mas o pleito foi adiado para 2010 devido à instabilidade política que a Costa do Marfim vivia. Agora, o país está mergulhado em uma onda de violência. Estima-se que mais de um milhão de marfinenses já deixaram o país.

Nesta quinta, Zahra Abidi, uma funcionária sueca da ONU morreu atingida por uma bala perdida, em Abidjã. De acordo com o órgão, ao menos 494 morreram nos conflitos, mas com a escalada da violência nos últimos dias, esse número deve ser bem maior.

Fonte: Reuters

NO PRIMEIRO TRIMESTRE AS EXPORTAÇÕES CRESCEM 28,5%

A média diária das exportações brasileiras cresceu 28,5% no primeiro trimestre de 2011, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. As vendas do país para o exterior somaram US$ 51,2 bilhões no período.

As importações, pela média diária, cresceram 23,3% e somaram US$ 48,1 bilhões.

A diferença entre os dois números representa um superavit de US$ 3,1 bilhões, aumento de 14,5% considerando a média diária.

Em março, as vendas para o mercado externo somaram US$ 19,3 bilhões, 34,3% superiores a março de 2010 e 9,8% acima da média de fevereiro deste ano.

As importações foram de US$ 17,7 bilhões, 29% maiores que as de março do ano passado e com aumento de 8,7% sobre fevereiro.

O superavit de US$ 1,6 bilhão na balança comercial é 152,6% maior que o registrado em março de 2010 e 23,3% superior ao de fevereiro último.

Fonte: Folha

GOVERNO DE DILMA ROUSSEFF TEM AVALIAÇÃO RECORDE PARA INÍCIO DE MANDATO

A presidente Dilma Rousseff registrou a melhor avaliação de início de governo desde o primeiro mandato da gestão Fernando Henrique Cardoso, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.

O levantamento indica que o governo Dilma é avaliado como ótimo/bom para 56%.

O índice é superior à aprovação do início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2003 era de 51%, e de FHC, que em 1995 era de 41%.

Apenas 5% da população considera o governo Dilma "péssimo" ou "ruim". Outros 19% consideram regular e 11% ficaram indecisos.

A pesquisa indica ainda que o índice de aprovação de Dilma é de 73%, ficando atrás somente do primeiro mandato do ex-presidente Lula, que obteve 75% de aprovação em março de 2003.

Apenas 12% dos entrevistados desaprovam a petista, enquanto 14% se mostram indecisos.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de março, com 2.002 pessoas em 141 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Fonte: Folha

USP APROVA AMPLIAÇÃO DE BÔNUS PARA ALUNOS DA REDE PÚBLICA

A Universidade de São Paulo (USP) aprovou ontem, em seu Conselho de Graduação (CoG), um novo programa de inclusão que aumenta a bonificação para alunos oriundos da rede pública de até 12% para até 15%, mediante o desempenho obtido na primeira fase da Fuvest. A medida valerá para o próximo vestibular. 

Para atingir esses 15%, o aluno do 2.º do ensino médio de escola pública que cursou o fundamental na mesma rede deve prestar a primeira etapa do vestibular como 'treineiro' - ou seja, sem a possibilidade de efetuar a matrícula - para acumular até 5% de bônus. Só conseguirá esse porcentual máximo quem acertar, das 90 questões da prova, 40 ou mais. Abaixo disso, o bônus será proporcional. Somente por fazer a prova, esse candidato já terá 2% garantidos. 

USP aprova ampliação de bônus no vestibular para alunos da rede pública
Estudantes fazem protesto em defesa das cotas
Já no 3.º ano, quando o estudante conclui o ensino médio e, portanto, já pode se matricular na universidade, esse mesmo aluno terá a chance de conseguir até 10% de bônus na prova, se acertar 60 ou mais questões. 

Como as modificações começam a valer somente agora, quem está no 3.º ano não terá como fazer o Pasusp no 2.º. Por se tratar de um período de transição, a USP adotará, apenas neste ano, um bônus de 15% para esses alunos. A partir de 2012, passará a vigorar a divisão de 5% no 2.º ano e 10% no 3.º.

Fonte: Estadão

TAXA DE DESEMPREGO EM PORTUGAL VAI A 11,1 %

O desemprego em Portugal ficou nos 11,1 por cento em Fevereiro, o que significa que há mais de 620 mil desempregados no País.

Esta taxa de desemprego hoje, sexta-feira, revelada pelo Eurostat representa um aumento em comparação aos 10,5 por cento em Fevereiro de 2010 e uma queda referente aos 11,2 por cento em Janeiro.

Na União Europeia a taxa de desemprego fixou-se nos 9,5 por cento em Fevereiro, face aos 9,6 por cento no mesmo mês de 2010, e na zona euro nos 9,9 por cento, contra os 10 por cento em termos comparativos.

No mês em análise, Portugal ocupa o décimo lugar dos países da UE com a taxa de desemprego mais elevada, de acordo com a tabela da totalidade dos países, incluindo aqueles cujos últimos dados disponíveis são relativos a Dezembro de 2010.

Por outro lado, para os 21 países onde existe informação disponível de Fevereiro de 2011, Portugal ocupa a sexta posição dos que têm mais desemprego, avalia o Eurostat.

Em Fevereiro, as taxas de desemprego mais elevadas verificaram-se em Espanha (20,5 por cento), na Irlanda (com 14,9 por cento), Eslováquia (14 por cento) e Bulgária (com 11,6 por cento). A taxa de desemprego na Lituânia foi de 17,4 por cento no quarto trimestre de 2010 e na Letónia de 17,3 por cento no mesmo período. As mais baixas taxas de desemprego, por sua vez, situam-se na Holanda (4,3 por cento), Luxemburgo (4,5 por cento) e na Áustria (4,8 por cento).

Fonte: Diário de Notícias

DENÚNCIA DE DESVIO DE VERBAS NO CONSELHO CONSTITUCIONAL DE MOÇAMBIQUE

O ex-presidente do Conselho Constitucional, Luís António Mondlane, é acusado de ter desviado fundos da instituição para a aquisição de um imóvel na avenida Julius Nyerere. De acordo com o relatório final da comissão do inquérito criada pelo Conselho Constitucional no passado 10 de Março, o “uso de fundos do orçamento do Conselho Constitucional para pagar as prestações mensais devidas pelo contrato de locação financeira imobiliária celebrado por Luís António Mondlane e esposa, a título particular, e com a finalidade de comprarem a casa da avenida Julius Nyerere, n.º 3010, foi um crime de desvio de fundos, previsto e punido pela lei n.º1/79, de 11 de Janeiro, dando lugar à responsabilidade criminal”. Ou seja, a infração cometida pelo ex-presidente do Conselho Constitucional dá lugar a que seja disciplinarmente punido, na qualidade de um dirigente, funcionário e/ou agente do Estado.


O relatório da comissão, apreciado em reunião no passado dia 30 de Março, confirma que Luís Mondlane não observou as regras estabelecidas para a aquisição de um imóvel ou qualquer bem estatal, isto é, o ex-presidente do Conselho Constitucional não respeitou o regulamento de Contratação de bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, designadamente no seu capítulo II, artigo 116. Portanto, a sua atitude “é passível de procedimento disciplinar, nos termos do artigo 146 do citado regulamento, e do artigo 27 da lei n.º15/97, de 10 de Julho, relativa à elaboração, gestão, execução, controlo e fiscalização do Orçamento do Estado e da Conta Geral do Estado”, explica o CC, acrescentando que Mondlane violou a legalidade orçamental nos termos do artigo 9 da lei n.º 7/98, de 15 de Junho.

“Quando praticadas por dirigentes superiores do Estado, aquelas condutas configuram uma violação dos deveres gerais previstos nas alíneas a) e d) do artigo 2 da lei n.º 4/90, de 26 de Setembro”, frisa o CC, explicando, logo a seguir, que “no caso do presidente do Conselho Constitucional, juiz-conselheiro Luís Mondlane, indiciam, também, infração disciplinar nos termos do artigo 61 do Estatuto dos Magistrados Judiciais, aprovado pela lei n.º 7/2009, de 11 de Março, aplicável por força do disposto no n.º2 do artigo 12 da Lei Orgânica do Conselho Constitucional”.

Fonte: O País Online

DEMISSÃO POR EMAIL DERRUBA AGNELLI NA VALE

São vários os motivos que levaram Roger Agnelli a se desgastar com os acionistas da Vale, principalmente o Governo. O início desse calvário de Agnelli foi a demissão dos 1.300 funcionários no fim de 2008, no início da crise global, uma decisão que deixou o então presidente Lula muito contrariado.

Houve outros motivos. Lula e Dilma Rousseff sempre defenderam que a Vale investisse em siderúrgica para vender aço e não só minério de ferro. Agnelli resistia à essa ideia.

Mas houve um fato que contrariou bastante o governo e que não deixa de mostrar a personalidade forte de Agnelli.

Foi a demissão de Demian Fiocca, um dos amigos mais próximos do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ex-presidente do BNDES, Fiocca era o único diretor da Vale que não tinha ascendido ao posto por indicação do próprio Agnelli.

Ele foi demitido por e-mail para ser substituído por Carla Grasso, um dos nomes mais fortes da mineradora e que também deve deixar o cargo nessa mudança.

PERDA DE SALÁRIO

Com a saída da presidência da Vale, Roger Agnelli terá uma perda substancial em seus rendimentos. Além de dois aviões Citation, um deles comprado recentemente, e de um helicóptero, o executivo deixará de receber R$ 16 milhões por ano, valor que compreende salários e bônus pagos pela mineradora.

Os outros oito principais executivos que compõem a diretoria da Vale ganham cerca de R$ 78 milhões por ano.

A sucessão de Agnelli será tratada em reunião do Conselho de Administração da companhia.

Fonte: IG