sexta-feira, 8 de abril de 2011

VALE TENTA COMPRAR A METOREX

A mineradora Vale anunciou nesta sexta-feira que fez uma oferta de US$ 1,125 bilhão pela produtora africana de cobre e cobalto Metorex.

A Metorex tem minas em operação na Zâmbia e no Congo, e em 2010, registrou uma produção de 51.569 toneladas de cobre e 3.622 toneladas de cobalto, apurando uma receita bruta de US$ 432 milhões. A produtora carrega ainda uma dívida líquida de US$ 63 milhões (dezembro de 2010).

A oferta da mineradora brasileira ainda deve ser aprovada pelos acionistas da Metorex, e passar pelo crivo das autoridades competentes na África do Sul, Zâmbia e da República Democrática do Congo. Vale informou que já recebeu o aval de um quarto dos acionistas da produtora africana, e que precisa de pelo menos 75% para fechar o acordo.

"A aquisição proposta é consistente com nossa estratégia de nos tornarmos um dos maiores produtores de cobre do mundo. Além disto, a maior parte dos ativos da Metorex estão localizados perto de dois de nossos projetos de cobre na África Central", justifica a diretoria da empresa, citando Konkola North, na Zâmbia, e Kalumines, no Congo.

Fonte: Folha

PARA O THE ECONOMIST OS TUCANOS PRECISÃO DE RENOVAÇÃO


O PSDB precisa resolver suas disputas internas e descobrir um novo discurso que o diferencie mais do PT se quiser se manter como a principal força de oposição e reconquistar um dia a Presidência do Brasil, afirma artigo publicado na edição desta semana da revista britânica The Economist.
(O PSDB) ainda é o maior partido de oposição do Brasil, mas nas últimas três eleições perdeu assentos de maneira constante em ambas as casas do Congresso, comenta o artigo. A revista observa que a próxima eleição presidencial ocorre apenas em 2014, mas que “já há três grandes bicos brigando sobre quem deveria ser o candidato.
Muitos acreditam que o partido se dividirá ao menos se conseguir se unir suavemente atrás de um deles, afirma a revista, citando o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo José Serra, o atual governador paulista, Geraldo Alckmin, e o ex-governador de Minas Gerais e senador Aécio Neves.
A revista comenta que simpatizantes de Serra, candidato presidencial derrotado em 2002 e 2010, e de Alckmin, derrotado em 2006, observam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) só foi eleito em sua quarta tentativa. A publicação afirma que o PT “construiu uma organização poderosa enquanto estava na oposição, mas o PSDB, em contraste, está se enfraquecendo.
O artigo comenta que o PSDB sempre foi visto como um partido de tecnocratas brilhantes, que construíram sua carreira na oposição a ditadura militar entre 1964 e 1985, mas que não vem conseguindo apresentar rostos novos. A revista afirma ainda que nas últimas eleições jovens brasileiros votaram em peso na ex-ministra de Lula Marina Silva, do PV, e que o PSDB está sob ameaça também de perder o apoio dos eleitores da classe média, entre os quais a popularidade da presidente Dilma Rousseff parece ser ainda maior do que a de Lula.
Para a revista, além da falta de uma liderança clara, os tucanos vêm sofrendo com uma falta de um programa diferenciado. Quando Lula tomou posse, adotou as políticas econômicas tucanas. Agora há pouca distância ideológica entre o PT, cujas bases estão no movimento trabalhista, e o PSDB, afirma o artigo.
A revista observa que, durante o governo Lula, o PSDB tentava se vender como o partido da boa administração, mas que esse discurso é mais difícil agora contra Dilma, cuja imagem é a de uma boa administradora. Até mesmo na questão das privatizações, promovidas durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e criticadas pelos petistas, já não há tantas diferenças, observa a Economist, já que Dilma já afirmou que pretende abrir os aeroportos a investimentos privados.
Para a revista, os tucanos têm agora de enfrentar o dilema de se manter no campo do centro-esquerda e esperar que a maré se volte contra o PT por conta de algum eventual escândalo ou mudanças no panorama econômico ou mover-se à direita para ocupar um campo político quase vazio atualmente na política brasileira.
O artigo sugere um possível caminho para o partido: adotar o discurso da redução da carga tributária. Apesar da crença de que os eleitores brasileiros preferem os gastos públicos em programas sociais, como o Bolsa Família, a cortes de impostos, pesquisas mostrariam que os brasileiros, incluindo os mais pobres, estariam começando a tomar consciência de que pagam muitos impostos.
Fonte: Correio do Brasil

GOVERNO DO EQUADOR EXPULSA EMBAIXADORA DOS ESTADOS UNIDOS

Presidente do Equador, Rafael Correa acusou nesta sexta-feira a Embaixada dos Estados Unidos de espionar a polícia e as Forças Armadas equatorianas, acrescentando que a espionagem foi um dos fatores para a expulsão da embaixadora norte-americana esta semana. Na terça-feira, o Equador disse à diplomata Heather Hodges que deixasse o país andino devido a despachos diplomáticos dela relatando suposta corrupção policial divulgados pelo WikiLeaks.

Rafael Correa
– A gravidade é que o WikiLeaks disse que eles (a embaixada dos EUA) têm informantes na polícia e nas Forças Armadas… Isso é espionagem – disse Correa em entrevista a uma rádio, acrescentando que a embaixada tinha o dever de informar o governo dele caso tivesse evidência de um crime, mas não o fez.

Correa é aliado dos governos socialistas da Venezuela e da Bolívia, que também expulsaram os embaixadores dos EUA de seus países em 2008. Classificando a expulsão de “injustificada”, Washington expulsou o enviado equatoriano ao país e cancelou uma série de reuniões comerciais em uma ação de represália. O governo equatoriano disse que os despachos assinados pelo escritório de Hodges sugeriam que os principais comandantes da polícia equatoriana tinham conhecimento sobre práticas de corrupção na organização e que um funcionário da embaixada norte-americana acreditava que o gabinete de Correa também sabia.

Correa reconheceu que há corrupção na polícia e disse que seu governo está se esforçando para acabar com ela.

– A gravidade é que, se eles têm informações de dentro da polícia, em vez de informar o governo…eles não falam nada e tentam envolver o presidente do país – disse ele.

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patino, disse na quarta-feira que a decisão de expulsar Hodges foi tomada para defender a honra de Correa, mesmo que os laços comerciais com os EUA sejam abalados. Os EUA são o maior parceiro comercial do Equador. O país, que é membro da Opep, enviou cerca de 35% de suas exportações aos EUA em 2010.

Fonte: Correio do Brasil

REAL AUMENTA VALORIZAÇÃO ANTE O DÓLAR

O aumento da restrição sobre os empréstimos externos fracassou em reduzir a queda do dólar, que fechou abaixo de 1,60 real pela primeira vez desde agosto de 2008 nesta quinta-feira.

A moeda norte-americana terminou o dia a 1,584 real, em queda de 1,84 por cento. É a cotação mais baixa desde 6 de agosto de 2008. A desvalorização do dólar foi também a mais intensa em apenas um dia desde 10 de junho de 2010.

Ao mesmo tempo em que o dólar à vista fechava, o Ministério da Fazenda convocava a imprensa para um novo comunicado do ministro Guido Mantega, às 18h30. O dólar futuro, no entanto, continuava em forte queda.

Na quarta-feira, o dólar subiu com a informação de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciaria mais medidas para reduzir a entrada de dólares no país e, com isso, proteger os exportadores de uma valorização excessiva do real.

O extensão da alíquota maior de IOF (6 por cento) a empréstimos no exterior com prazo de até dois anos, contudo, não convenceu os investidores, que reforçaram as apostas na baixa do dólar e na entrada de capitais.

"Quebrou a barreira psicológica de 1,60 (real) e o número agora na análise técnica é de 1,577 real (para o dólar futuro)", disse Jorge Lima, consultor financeiro da corretora Previbank DTVM. Às 16h48, o contrato de dólar futuro com mais liquidez era cotado a 1,591 real.

Além disso, durante o anúncio do aumento do IOF, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que não quer tomar medidas "drásticas" no câmbio para não reduzir os investimentos no país, e que prefere "errar para menos do que errar para mais".

Por isso, muitos analistas começaram a rever as projeções para o dólar. "Nós interpretamos a entrevista coletiva do ministro como uma mudança muito importante. Embora ele tenha mantido a retórica de que o governo tem medidas para conter movimentos excessivos no câmbio, ele também admitiu que a valorização do real é inevitável", afirmou a equipe de análise do Barclays Capital, em nota.

Fonte: Reuters

MAIS DE 100 CORPOS FORAM ENCONTRADOS NAS ÚLTIMAS 24 HORAS NA COSTA DO MARFIM

Mais de 100 corpos, alguns queimados vivos e outros jogados em um poço, foram encontrados nas últimas 24 horas por funcionários da Organização das Nações Unidas na Costa do Marfim, disseram autoridades da ONU nesta sexta-feira.

Ele disse que cerca de 60 corpos foram encontrados em Guiglo, 15 corpos na cidade de Duekoue, no oeste do país, e cerca de 40 em Bloloquin, todos na quinta-feira, disse o porta-voz de direitos humanos da ONU Rupert Colville em entrevista em Genebra.

Fonte: Reuters