sábado, 16 de abril de 2011

PRESIDENTE DA SÍRIA PROMETE FIM DO ESTADO EMERGÊNCIA

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou que vai pôr fim na semana que vem ao estado de emergência que vigora no país há quase 50 anos.

O anúncio foi feito neste sábado durante discurso dirigido a seu novo gabinete, que foi transmitido pelas redes de TV.

Assad está sob pressão após semanas de protestos antigoverno na capital, Damasco, e em outras grandes cidades sírias. O cancelamento das leis de emergência é uma das principais demandas dos manifestantes.

Na sexta-feira, dezenas de milhares de sírios saíram às ruas em Damasco, em um dos maiores protestos desde o início das manifestações, há mais de um mês.

Forças de segurança usaram cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. As cidades de Deraa, Latakia e Baniyas, entre outras, também foram palco de grandes manifestações.

Conspiração

Enquanto reiterava sua visão de que a Síria está enfrentando uma conspiração, Assad disse não acreditar que pôr fim ao estado de emergência iria desestabilizar o país.

Ele também afirmou aos novos membros do gabinete que havia pedido a uma comissão que analisasse a medida.

“A comissão concluiu seus trabalhos na quinta-feira e as recomendações serão passadas ao governo, para entrem em vigor imediatamente. Não sei em quantos dias isso ocorrerá, mas creio que o prazo máximo será o fim da semana que vem”, afirmou o presidente.

A atual legislação proíbe, por exemplo, a reunião de mais de cinco pessoas.

Segundo o correspondente da BBC Owen Bennet Jones, baseado no vizinho Líbano, A questão agora é saber se essa mudança será suficiente para persuadir os manifestantes a voltarem para suas casas ou se ela vai encorajar mais protestos para tentar obter outras reformas.

Human Rights Watch

O grupo de defesa de direitos humanos Human Rights Watch afirmou nesta sexta-feira que os serviços de segurança e inteligência da Síria estão "detendo arbitrariamente", torturando e maltratando centenas de manifestantes em todo o país.

Líderes da oposição afirmam que mais de 200 pessoas já morreram desde o início dos protestos.

Autoridades sírias, no entanto, afirmam que as vítimas não são somente civis, mas também integrantes das forças de segurança. Representantes do governo culpam grupos armados pelas mortes no país.

Fonte: BBC Brasil

PIB BRASILEIRO CRESCEU CERCA DE 4% NO PRIMEIRO TRIMESTRE

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu "quatro, quatro e pouco por cento" em bases anualizadas no primeiro trimestre de 2011, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"A economia já está desacelerando. No primeiro trimestre, eu acredito que será algo como quatro, quatro e pouco por cento anualizado. Significa que (a economia) já se ajustou a um ritmo de crescimento adequado, que é aquele que nós pretendemos alcançar ao longo do ano", disse Mantega a jornalistas.

A declaração vem dias antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide na próxima quarta-feira o rumo da Selic, hoje em 11,75 por cento. A expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de uma nova alta de 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

Segundo o ministro, o preço da gasolina não vai subir no Brasil este mês, mas o assunto pode ser revisto, caso persistam os aumentos do petróleo no mercado internacional.

Saindo de um reunião com representantes de membros do G20, na qual foram discutidos mecanismos para corrigir desequilíbrios globais, Mantega afirmou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que vai ficar com déficit nominal abaixo de 2 por cento em 2011.

O G20 entrou em acordo nesta sexta-feira sobre uma maneira de mensurar riscos potenciais à economia global provocados por políticas econômicas nacionais, como parte de um plano para evitar nova crise econômica global como a observada em 2007-2009.

Mantega disse ter proposto no encontro a homogeinização do sistema cambial, de modo que todos passassem a adotar o câmbio flutuante.

"É claro que não precisa ser puro. Você pode estabelecer limites de flutuação diária. Provavelmente, teria que tomar menos medidas de controle de capitais."

A proposta implicaria que a China também teria que adotar o câmbio flutuante. De acordo com Mantega, os representantes chineses não esboçaram uma reação negativa à proposta, o que ele considerou positivo.

Outra proposta brasileira ao G20 foi a adoção de mais medidas macroprudenciais para combater o excesso de liquidez.

Fonte: Reuters

PAÍSES EMERGENTES SE OPÕEM A LIMITES PARA O CONTROLE DE CAPITAIS

Países em desenvolvimento pressionaram fortemente neste sábado contra tentativas de restringir a forma que gerenciam o fluxo de dinheiro que entra em suas economias de rápido crescimento, e disseram que são os países ricos que devem reconsiderar suas políticas.

A resistência aos limites nos controles de capital, um tema sensível para economias inundadas por fluxos de recursos inflacionários de países com baixas taxas de juros, como os Estados Unidos, é ampla entre os líderes financeiros de mercados emergentes durante uma reunião do Fundo Monetário Internacional neste fim de semana em Washington.

"Nos opomos a qualquer diretriz, estruturas ou 'códigos de conduta' que tentem conter, diretamente ou indiretamente, as políticas adotados pelos países que enfrentam altas nos fluxos de capital volátil", disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O FMI endossou neste mês o uso do controle de capitais, ferramenta que já foi considerada um anátema à política de livre mercado do Fundo, mas os países avançados querem estabelecer uma estrutura para monitorar as políticas adotadas pelos governos, abordagem da qual os emergentes discordam.

"Ironicamente, alguns dos países responsáveis pela mais profunda crise desde a Grande Depressão, e que ainda têm de resolver seus próprios problemas estão ansiosos para prescrever códigos de conduta para o resto do mundo", acrescentou Mantega.

O Brasil e outros países culpam a política de juro zero do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, pelo fluxo de dinheiro em suas economias, em busca de maiores retornos. Esse fluxo está impulsionando a inflação e apreciando as moedas dos países emergentes.

O G24, grupo de países em desenvolvimento, que inclui Brasil e Índia, fez um apelo ao FMI na quinta-feira para que mantenha "uma abordagem de mente aberta" ao gerenciamento de fluxos de capitais.

O ministro das Finanças do México, Ernesto Cordero, disse que o controle de capitais deve ser usado somente em último caso. "Ainda bem que somente alguns poucos países estão considerando essas medidas", disse.

Fonte: Reuters

EMPRESAS REDUZEM EXIGÊNCIAS PARA CONTRATAR EMPREGADOS

As posições começam a se inverter. Se no passado era o trabalhador que corria atrás das empresas para conseguir um bom emprego, hoje são as empresas que fazem qualquer negócio para contratar ou manter um funcionário. De acordo com pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral com 130 companhias, responsáveis por 22% do Produto Interno Bruto (PIB), 92% das empresas estão com dificuldade para contratar profissionais.

Nesse cenário, vale tudo para preencher uma vaga, desde importar mão de obra de países vizinhos e fazer anúncios de emprego durante a missa até designar profissionais para promover a imagem do grupo entre candidatos. Foi-se o tempo também que para encontrar um bom emprego era preciso ter pós-graduação, mestrado e doutorado, além de experiência na área. Hoje muitas companhias já abrem mão dessas exigências.

Dados da pesquisa da Dom Cabral mostram que 54% das companhias reduziram os requisitos na contratação de pessoal para a área técnica e operacional. Nos cargos estratégicos, 28% das empresas também diminuíram as exigências, como pós-graduação, fluência em idiomas e experiência. A solução tem sido contratar o profissional sem experiência, treiná-lo e capacitá-lo com cursos moldados à necessidade da companhia.

"O poder mudou de lado", resume o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende, responsável pela pesquisa. Na avaliação dele, hoje quem está dando as cartas no mercado são os trabalhadores, e não mais as empresas. "A situação é resultado de uma série de armadilhas criadas pela própria sociedade. Primeiro desvalorizou-se a mão de obra técnica. Depois inundamos o mercado com profissionais diplomados e baixa qualidade."

Para o professor, o Brasil precisa acelerar a criação de uma nova política de emprego para não atrapalhar o ciclo de investimentos que se intensificará com a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Apenas as empresas pesquisadas pela Dom Cabral afirmaram que vão demandar nos próximos seis anos 28 mil pessoas na área operacional, 21 mil engenheiros e 10 mil técnicos.

Mesmo reduzindo as exigências, algumas companhias demoram até seis meses para encontrar um profissional. "A concorrência está muito grande. Enquanto você prepara a contratação, o candidato já conseguiu outra proposta e temos de começar tudo de novo", diz a gerente de Recursos Humanos da Masb Desenvolvimento Imobiliário, Mariangela Tolentino, que tem 250 vagas em aberto.

Embora atinja todos os níveis, o problema é mais delicado em cargos técnicos e operacionais. Falta de tudo, de engenheiro a pedreiro. " Temos de investir em novas tecnologias para reduzir a dependência da mão de obra", diz o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sergio Watanabe.

Fonte: Estadão

PRESIDENTA DILMA VISITA OS GUERREIROS DE TERRACOTA

A presidente Dilma Rousseff aproveitou as últimas horas da viagem à China para visitar neste sábado os guerreiros de terracota, uma das maiores atrações turísticas do país.

Acompanhada por vários assessores e pela filha, Paula, ela percorreu todos os pavilhões do museu, montado no sitio arqueológico onde foi encontrada a tumba do imperador Qin Shi Huang (259-210 a.C.).

Presidente Dilma Rousseff aproveitou as últimas horas da viagem à China para visitar os guerreiros de terracota, em Xian
Demonstrando admiração diante de centenas de guerreiros e cavalos esculpidos em tamanho natural, Dilma fez várias perguntas à guia, com a ajuda de um intérprete.

"Imagina tudo isso colorido", disse ao deixar o principal pavilhão, um enorme galpão que abriga a maior parte da estatuaria restauradas em recuperar a tinta original.

Os guerreiros de terracota (argila cozida) foram descobertos apenas em 1974, por camponeses que cavavam um poço. Ao longo dos anos, foram descobertas cerca de 8.000 estátuas --e o trabalho continua.

Durante a visita da comitiva brasileira, o governo chinês fechou temporariamente o museu, que recebe cerca de 7.000 visitantes por dia. Apesar do contratempo, vários turistas chineses acenaram ao avistar Dilma, que acenou de volta.

Ao final, ela escreveu no livro de visitas: "Agradeço ao governo e ao povo chinês essa magnífica descoberta e a preservação desse patrimônio da humanidade (...). O povo brasileiro e o governo brasileiro dão seu apreço e sua homenagem a essa grande realização da humanidade pelo povo chinês".

Do museu, Dilma foi direto ao aeroporto de Xian, onde embarcou de volta ao Brasil depois de seis dias. O avião presidencial ainda faria uma escala em Praga (República Tcheca).

A presidente também visitou o centro de desenvolvimento e pesquisa da empresa chinesa ZTE.

Fonte: Folha