quinta-feira, 2 de junho de 2011

VÍDEO MOSTRA A CARA DO GOVERNO WAGNER

GOVERNO WAGNER MENTE SOBRE A EDUCAÇÃO NA BAHIA

COMO FUNCIONAM AS ETEC'S EM SÃO PAULO: PROFESSOR FAZ DENÚNCIA GRAVE

Sou professor do Centro Paula Souza (Autarquia do Governo de SP).

Estamos em greve há quase um mês por conta do arrocho salarial ocorrido nos governos do PSDB em SP.

Existem vários motivos para justificar essa greve, mas o objetivo desse contato é tentar apagar esse silêncio da imprensa paulista em relação a este movimento e às Etec’s [Escola Técnica Estadual] de maneira geral.

As propagandas das Etec’s durante esse período de greve foram tiradas do ar, para que a menina dos olhos do governo de SP não fosse maculada com esse movimento. Ao mesmo tempo, inaugurações de escolas deixaram de acontecer, também por conta disso.

O Estadão há algum tempo publicou matérias relatando greve de professores em todo o país e não citou uma linha sobre a greve em SP. Ontem o Jornal Nacional falou de greve de professores no Nordeste e nada daqui de SP. Passam a sensação de que aqui não acontecem greves e que tudo é lindo, como na propaganda.

Um dia antes do movimento acontecer, o governo anunciou um aumento de 11%, que não cobre a inflação de 6 anos sem reajustes e que, na prática, corresponde a um aumento de R$10,00 para R$11,10 na hora-aula no CEETEPS [Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza], já que nós não trabalhamos em jornada, e sim por hora-aula, como o governador tentou esconder.

Seria uma vergonha para ele, Geraldo, anunciar depois de 6 anos um aumento de R$1,10.

O nosso vale-refeição é de R$4,00. O que não paga nem o lanche nas cantinas das Etec’s.

Além de todos esses problemas, tentamos desenvolver um bom trabalho, mas enfrentamos problemas graves de infraestrutura. Escolas com cursos de informática que não possuem computadores e internet, além de problemas com segurança e falta de profissional para lecionar.

Houve a expansão do ensino técnico em SP todo vinculado a “escola-extensões”. Como funciona isso: escolas ociosas no horário noturno são usadas para cursos que não demandem uma aplicação efetiva de recursos em laboratórios de tecnologia.

Basta ter professores que o curso acontece, não existem laboratórios de informática em alguns casos.

Desta forma, o plano de expansão das Etec’s matriculou significativamente mais alunos que nos anos anteriores, mas a evasão nestes cursos, por conta da ausência de professores — e de infraestrutura também — é altíssima. Essa é uma preocupação do CEETEPS, já apresentada em documentos internos.

Para comparação, um professor de Etec em inicio de carreira é remunerado com R$10,00, enquanto um professor do SENAI tem remuneração de R$20,00 a R$25,00, dependendo do curso oferecido.

Enfim, gostaria muito de saber como o Centro Paula Souza vai contratar os professores de audiovisual para a Etec Roberto Marinho, aquela do lado da Globo, pagando R$10,00 a hora-aula, já que o próximo vestibulinho para o curso já está em andamento, para turmas que terão início em julho. A não ser que a Globo ofereça esses professores…

Estamos com déficit de professores em várias áreas e peço que visite várias Etec’s para constatar o que digo.

Em alguns cursos, podemos afirmar que, por conta desses problemas, uma escola de tecnologia está defasada tecnologicamente, uma vez que nós professores, com essa remuneração e esquecidos pelo governo do estado, não temos condições de nos atualizarmos e oferecermos a nossos alunos o que há de ponta em tecnologia.

Professor para esse governo, só para fazer propaganda, o que não faltou no início deste ano e na campanha eleitoral do ano passado.

Para concluir, conto contigo para quebrar o silêncio da mídia em relação a esse movimento.

Obrigado

A. R.

GREVE NA CPTM PARA AS 89 ESTAÇÕES EM SÃO PAULO

Nenhuma das 89 estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foi aberta neste início de manhã. Em nota divulgada à imprensa pouco depois das 4h da madrugada, a empresa informou que não houve número de funcionários suficientes para iniciar a operação de suas seis linhas no horário costumeiro (4h) e que, para preservar a segurança dos usuários e do patrimônio público, não haverá acesso às estações.

Reprodução/Rede Record

"Recomendamos que os usuários não se dirijam às estações, porque está tudo fechado", salientou a assessoria de imprensa da CPTM ao ser contatada pelo Terra. E, como não há trens em operação, também não funcionará o sistema Paese, de ônibus, que na quarta-feira atendeu à população em razão da paralisação parcial que ocorreu. Também não existe nenhum outro esquema de urgência para suprir a deficiência no transporte.

Na nota, a empresa diz ainda que tentou "até o último momento", durante a madrugada, "sensibilizar os sindicatos da importância de manter as linhas operando nesta quinta", mas não houve acordo.

No começo da noite de quarta, o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, informou que as linhas 7 (Luz-Jundiaí) e 10 (Luz-Rio Grande da Serra) também adeririam à greve a partir da 0h desta quinta, unindo-se ao movimento integrado, desde a 0h da quarta, pelas outras quatro linhas: 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi), 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú), 11-Coral (Luz-Estudantes) e 12-Safira (Brás-Calmon Viana).

A CPTM apresentou à categoria uma proposta de reajuste de 3,07% e vale-alimentação de R$ 17 por dia. Os trabalhadores querem reajuste conforme a inflação de 1º de janeiro de 2010 a 28 de fevereiro de 2011, o que corresponde a cerca de 8%, e aumento real de 5%, além de vale-alimentação de R$ 19.

Transtornos

Os transtornos nesta quinta deverão ser bem maiores que os provocados na quarta, quando apenas as regiões mais afastadas do centro de São Paulo foram prejudicadas. Como desta vez nenhuma linha funcionará, a rotina não será a mesma para os que utilizam o serviço na imediações do centro.

O trânsito também pode ser mais afetado, diferentemene de quarta, quando a lentidão registrada estava dentro da média. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a cidade tinha 47 km de lentidão às 7h50, o que representava 5,4% do total de 868 km de vias monitoradas.

Metrô

A opção será utilizar, nesta quinta, o sistema de Metrô, que funciona normalmente. Na terça-feira, os metroviários de São Paulo decidiram cancelar a paralisação que estava marcada para começar a partir da 0h da quarta-feira, conforme decisão tomada na semana passada. Em campanha salarial, eles aceitaram os 8% de reajuste oferecidos pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).

Fonte: Jornal do Brasil

BRASIL É A PRINCIPAL ROTA DE SAÍDA DE COCAÍNA DA BOLÍVIA

A maior parte da cocaína que entra no Brasil vem da Bolívia, atualmente o terceiro maior produtor mundial da droga. Os governos dos dois países avaliam que 60% do volume produzido em território boliviano — 110 toneladas, segundo a ONU — saia de lá pela vasta região fronteiriça (3,4 mil km) com o Brasil.

Isso não significa que o mercado consumidor final da cocaína boliviana seja o brasileiro. Especialistas avaliam que, embora o consumo tenha aumentado (900 mil usuários brasileiros) e o país seja o maior consumidor da droga na América do Sul, o Brasil ainda é considerado uma rota para escoamento da produção, por sua extensão e localização geográfica.

– Naturalmente, o Brasil é um ponto importante para a saída da produção boliviana. A fronteira terrestre na parte mato-grossense é extensa e de fácil trafegabilidade –, diz Pedro Florêncio, oficial brasileiro na Ameripol (Polícia das Américas) – entidade criada em 2007 que integra polícias de 20 países das Américas Central, do Norte e do Sul, com sede em Bogotá, na Colômbia.

Para aumentar o controle e combater o tráfico na região, Bolívia, Brasil e Estados Unidos devem fechar, em breve, um acordo trilateral que inclui financiamento de compra de equipamentos, capacitação policial e vigilância aérea por meio de aviões não tripulados. O ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, esteve na Bolívia no último mês de março para negociar o “pacto” antidrogas.

– Brasil e Bolívia estão intensificando os esforços, mas os narcotraficantes adaptam-se com facilidade às novas tecnologias e mudam as rotas. Por isso, é preciso investir bastante na cooperação –, defende Florêncio.

Rotas

Apesar das atenções voltadas à Bolívia, o Brasil continua sendo usado como rota alternativa para a saída da cocaína produzida pela Colômbia (maior produtor mundial, segundo a ONU, com 410 toneladas em 2010) e pelo Peru (segundo colocado no ranking, com 300 toneladas produzidas).

O adido da Polícia Federal na Colômbia, José Adones de Oliveira, avalia que o Brasil já não escoa quantidades tão grandes de droga colombiana como anteriormente, mas que, por sua posição geográfica, o país continua sendo usado para transporte de menores quantias.

– Há mais policiamento e cooperação entre as polícias das fronteiras. Assim, um novo mapeamento das rotas vem se configurando. Para os cartéis mexicanos, os grandes distribuidores da droga produzida nos países andinos, é muito mais vantajoso enviar grandes remessas de cocaína pelo Oceano Pacífico, Caribe e Panamá do que pelo Brasil –, afirma Adones.

O Equador também se transformou em um importante país-trânsito. O governo dos Estados Unidos estima que 220 toneladas de cocaína passem por ano pelo território equatoriano.

– Além do Equador e da Venezuela, outro importante país-trânsito, há rotas submarinas em todo o Pacífico. Por submarino, toneladas de cocaína vêm sendo remetidas aos Estados Unidos, Europa e Ásia. Algumas passam pela África antes de chegar aos seus destinos finais –, diz Adones.

Mesmo com novas rotas desenhadas, o delegado avalia que uma porcentagem ainda é traficada via Brasil.

– Não podemos dizer que temos o controle de toda a área, especialmente por causa dos rios”, pondera, destacando a “habilidade” dos traficantes que montam empresas-laranja e embarcam quantidades menores de cocaína junto a produtos destinados à exportação, como madeira, café e castanha do Pará.

Corrupção

Apesar da ação dos governos, cooperação entre polícias e estratégias planejadas, a América Latina continua sendo um polo produtor e distribuidor. Para o sociólogo colombiano Ricardo Vargas, autor de vários livros sobre o narcotráfico, as ações coordenadas entre os países não tocam em um dos pontos centrais: o combate à corrupção.

– O Brasil continua sendo uma rota importante de escoamento inclusive por avião. Isso porque não há mecanismos de controle efetivo e nem garantias de que as polícias dos países envolvidos não sejam corruptíveis –, diz o pesquisador.

O sociólogo acrescenta que as pesquisas e dados oficiais também não explicam o fato de o mercado consumidor estar aumentando, tanto no Brasil como na Europa.

– Se mais gente consome, é porque as drogas continuam chegando –, adverte Vargas.

Fonte: Correio do Brasil

MEC SUSPENDE 11 MIL VAGAS DE 136 CURSOS DE DIREITO

O Ministério da Educação (MEC) suspendeu cerca de 11 mil vagas de 136 cursos de direito que tiveram resultados insatisfatórios em avaliações da pasta. A medida está publicada no Diário Oficial da Uniãode hoje (2) e atinge graduações que obtiveram Conceito Preliminar de Curso (CPC) 1 ou 2 em 2009. O indicador avalia a qualidade do ensino oferecido a partir da nota obtida pelos alunos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a titulação e o regime de trabalho do corpo docente e a infraestrutura. Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios, o 3 razoável e o 4 e o 5 bons.

Esse é o primeiro ato da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, criada recentemente. Antes, essa tarefa era compartilhada por diferentes setores do ministério, principalmente pela Secretaria de Ensino Superior. “O ministro resolveu criar essa nova estrutura a partir de uma constatação de que a área de regulação cresceu muito, até por conta da expansão da educação superior no país, e havia necessidade então de se pensar uma estrutura específica para as questões de supervisão”, explica Luís Fernando Massonetto, professor da Universidade de São Paulo (USP) que assumiu a secretaria.

Os cursos que sofreram a medida cautelar de suspensão de vagas são todos de instituições privadas. Os cortes variaram entre 15% e 65% do total de vagas ofertadas pela faculdade a partir do resultado do CPC – quanto pior a nota, maior a redução. Também está publicada hoje a autorização para o funcionamento de 33 novos cursos de direito, totalizando 4,2 mil vagas. Segundo Massonetto, há cerca de um ano o MEC não autorizava a abertura de nenhum curso na área.

“O número de vagas encerradas é maior do que o de autorizadas. E essa é uma tendência para aqueles cursos que já estão com algum grau de saturação. A dinâmica é oferecer novas vagas, retirando vagas ruins do mercado. E nos cursos mais saturados, com um retirada maior do que daquelas que são recolocadas”, explica. 

Segundo o secretário, a intenção é estabelecer um máximo de 100 vagas na abertura de cada curso para garantir a qualidade do ensino. Na avaliação do MEC, há uma relação entre a má qualidade do curso e o número elevado de vagas ofertadas. Inicialmente a medida vale para o direito, mas pode ser estendida a outras áreas.

“É muito melhor um controle pela expansão gradual das vagas do que a gente ter que tomar medidas para reduzir vagas em instituições que não cumprem satisfatoriamente o seu propósito”, defende. A suspensão é uma medida cautelar e pode ser ou não mantida no momento em que o curso passar pelo processo de renovação da autorização de funcionamento. Caso a instituição consiga melhorar a qualidade do ensino, as vagas podem ser “devolvidas”.

Além do direito, a pedagogia e a medicina também já foram alvo dos chamados processos de supervisões especiais do ministério. Segundo Massonetto, não há previsão de um novo trabalho específico em alguma área. As medidas para controle de qualidade seguirão os trâmites regulares que preveem, por exemplo, que os cursos sofram redução de vagas após dois resultados insatisfatórios consecutivos nos ciclos de avaliação. A lista dos cursos e instituições afetados pelas medidas pode ser cosultada no Diário Oficial.

Fonte: Agência Brasil

BRASIL SEM MISÉRIA QUER TIRAR 16 MILHÕES DA EXTREMA POBREZA ATÉ 2014

O Plano Brasil sem Miséria, que a presidenta Dilma Rousseff lança hoje (2), após seis meses no cargo, tem como uma das principais metas retirar 16 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. A elevação da renda familiar per capita das famílias que vivem com até R$ 70 por mês, a ampliação do acesso aos serviços públicos, às ações de cidadania e às oportunidades geradas por políticas e projetos públicos são outros objetivos.

O programa será apresentado pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e pela secretária extraordinária de Erradicação da Pobreza, Ana Fonseca. O evento contará com a presença de ministros, secretários, parlamentares, governadores, representantes da sociedade civil e de diversas entidades.

Nas últimas semanas, Tereza Campello promoveu encontros com governadores de diversos estados e representantes de movimentos sociais para discutir as ações do plano. Na última reunião, feita ontem (1º), o programa foi apresentado aos parlamentares da base aliada.

O Plano Brasil sem Miséria terá como foco capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento. O governo nega que o programa tenha a finalidade de corrigir falhas no Bolsa Família, maior programa de transferência de renda governamental, iniciado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Cadastro Único, que contém as informações sobre 20 milhões de famílias brasileiras beneficiadas por programas sociais, será a principal ferramenta do plano. De acordo com a ministra, o cadastro único não é apenas do Programa Bolsa Família: com o aprimoramento do sistema, ele tornou-se uma ferramenta de planejamento do governo federal para um conjunto de ações.

Em todo o Brasil, 16,2 milhões de pessoas vivem na miséria, o equivalente a 8,5 % da população. A maioria dos brasileiros em situação de extrema pobreza é negra ou parda. Além disso, o Maranhão, o Piauí e Alagoas são os estados com os maiores percentuais de pessoas em situação de extrema pobreza.

Na Região Nordeste estão quase 60% dos extremamente pobres (9,61 milhões de pessoas). Em seguida, vem o Sudeste, com 2,7 milhões. O Norte tem 2,65 milhões de miseráveis, enquanto o Sul registra 715 mil. O Centro-Oeste contabiliza 557 mil pessoas em situação de extrema pobreza.

Entre os extremamente pobres, 46,7% vivem no campo, que responde por apenas 15,6% da população brasileira. De cada quatro moradores da zona rural, um encontra-se na miséria. As cidades, onde moram 84,4% da população total, concentram 53,3% dos miseráveis.

A miséria atinge mulheres e homens da mesma forma: 50,5% contra 49,5% respectivamente. No entanto, na área urbana, a presença de mulheres que vivem em condições extremas de pobreza é maior, enquanto os homens são maioria no campo.

Além da renda baixa, a parcela da população em extrema pobreza não tem acesso a serviços públicos, como água encanada, coleta de esgoto e energia elétrica. Estima-se, por exemplo, que mais de 300 mil casas não estão ligadas à rede de energia elétrica.

Fonte: Agência Brasil

SUPREMO CONDENA 6 ESTADOS E DISTRITO FEDERAL POR FAZEREM GUERRA FISCAL

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quarta-feira, 1º, inconstitucionais leis de seis Estados e do Distrito Federal que concederam benefícios relativos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Ao decidir 14 ações diretas de inconstitucionalidade, os ministros concluíram que estavam configurados casos de guerra fiscal. O presidente do STF, Cezar Peluso, resumiu o problema numa frase: "Benefícios fiscais concedidos ao arrepio da Constituição."

Para os ministros do STF, os benefícios como redução ou isenção de ICMS somente podem ser concedidos após a celebração de um convênio entre os Estados e o Distrito Federal, o que não ocorreu nos casos analisados pelo Supremo e que envolveram legislações do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Pará e Espírito Santo, e o Distrito Federal.

O Supremo já tinha uma jurisprudência nesse sentido, fixada em decisões anteriores, estabelecendo que contraria a Constituição Federal a concessão unilateral por Estado ou pelo Distrito Federal de isenções, incentivos e benefícios fiscais relativos ao ICMS sem prévia celebração de convênio entre os governos.

A aprovação de convênio serve para evitar a guerra fiscal. Quando um Estado baixa normas garantindo isenção ou redução do ICMS, empresas se sentem atraídas para investir no local e não em outras unidades da Federação onde o benefício não é concedido.

"O próprio Estado reconhece que devia ser precedido de convênio, mas como alega que os outros Estados fazem a mesma coisa, há tentativa de justificação", disse Cezar Peluso, para quem a decisão foi um recado aos Estados para que deixem de aprovar leis com benefícios fiscais sem cumprir a exigência de prévio convênio. "Restam aos interessados saber se aceitam o recado", afirmou. "O Supremo estabeleceu hoje que não pode conceder benefício fiscal contra as exigências da Constituição", disse Peluso.

Entre as 23 leis que foram declaradas inconstitucionais hoje pelo Supremo estão normas que garantiram benefícios para operações envolvendo refino de sal para alimentação, laticínios e frigoríficos e equipamentos usados em plataformas de petróleo.

Outra lei derrubada pelo STF garantia uma espécie diferenciada de auxílio transporte a policiais. O benefício consistia na isenção de incidência de ICMS na compra de carro popular zero quilômetro. Ao colocar em votação 14 ações contra vários Estados, o STF quis evitar que ocorresse benefício a algum Estado em detrimento de outro.

Fonte: A Tarde

SOBE PARA 17 O NÚMERO DE MORTOS NA ALEMANHA POR INFECÇÃO "E. COLI"

O número de vítimas da grave infecção de uma variante agressiva da bactéria "E. coli" na Alemanha aumentou nesta quinta-feira para 17 após a morte de uma idosa em Hamburgo.

Agricultores despejam frutas, verduras e hortaliças diante do consulado alemão em Valência, na Espanha, nesta quinta-feira. EFE
Um porta-voz da Clínica Universitária de Hamburgo-Eppendorf informou que uma mulher de 81 anos morreu nesta madrugada por conta da infecção, agravada pela síndrome hemolítico-urêmica (SHU), o que elevou para três o número de mortos na cidade-estado desde o começo do surto.

Nenhum dos quatro pepinos que deram origem ao alerta sanitário na Alemanha por conta da infecção da bactéria "E. coli" estava infectado com sua variante perigosa, que causou até agora 17 mortes no país e uma na Suécia, e a causa da doença continua indefinida.

Uma porta-voz do Instituto Federal para a Análise de Riscos em Berlim disse que "nenhum ds quatro testes deu positivo ao variante Ou104:H4 do agente patogênico que foi isolado nas análises dos pacientes", embora todos eles eram portadores de uma variante não agressiva da bactéria "E. coli".

O presidente do instituto, o professor Andreas Hensel, declarou que "a fonte das infecções continua incerta" e que "ainda não foi determinado em que ponto da cadeia alimentar aconteceu a contaminação com as bactérias".

A Alemanha tem registrados 2 mil casos de pessoas com suspeitas de infecção pela variante mais perigosa da bactéria "E. coli", dos quais quase um quarto sofre a síndrome hemolítico-urêmica (SHU), que pode causar graves deficiências renais e levar à morte.

Fonte: EFE

CERCA DE 15 MIL ESTUDANTES PROTESTAM NO CHILE

Cerca de 15 mil estudantes foram nesta quarta-feira às ruas do centro de Santiago para exigir melhorias no sistema educacional do país, assim como maiores facilidades para o financiamento dos estudos universitários.

Somaram-se à marcha a União de Professores e a Associação Nacional dos Empregados Fiscais, com suas demandas apoiadas pelos reitores da Universidad Santiago de Chile e da Universidad de Chile.

"Nas universidades tradicionais (públicas), onde fica o melhor ensino e as pesquisas do país, passamos muitos anos esperando por um tratamento justo, mas não queremos continuar esperando enquanto os sonhos e ideais de gerações de chilenos são frustrados", expressou o reitor da Universidad de Chile, Víctor Pérez Vera, por meio de um comunicado.

A manifestação transcorreu de forma pacífica no centro da cidade, com aproximadamente 15 mil participantes, segundo informações da polícia; no entanto, próximo ao Ministério de Educação, houve alguns distúrbios, controlados pela polícia com jatos d'água e gases lacrimogêneos.

As demandas da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) estão voltadas ao fortalecimento da educação pública, a ampliar o acesso à universidade e a facilitar um maior financiamento por meio de doações e empréstimos, segundo a presidente da Federação de Estudantes da Universidad de Chile, Camila Vallejos.

A baixa qualidade da educação pública tem sido o principal foco de protestos no Chile nos últimos anos, mobilizando milhares de estudantes e professores.

Os estudantes denunciam a falta de financiamento das universidades públicas, e pouca regulamentação nas universidades privadas onde, segundo eles, o currículo é deficiente e existe uma alta taxa de evasão.

Uma drástica redução dos recursos decretada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e uma ampla privatização do setor educativo são consideradas a causa dos resultados ruins na educação chilena.

Fonte: AFP

INFLAÇÃO EM SÃO PAULO DESACELERA FORTEMENTE EM MAIO

A inflação ao consumidor em São Paulo desacelerou em maio mais do que pela metade e mais que o esperado pelo mercado.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,31 por cento em maio, ante taxa de 0,70 por cento em abril, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira.

Analistas consultados pela Reuters estimavam uma taxa de 0,38 por cento, de acordo com a mediana de 12 respostas que oscilaram de 0,34 a 0,42 por cento.

Os preços do grupo Alimentação subiram 0,19 por cento nesta leitura, ante 0,46 por cento na anterior. Os de Transportes arrefeceram a alta para 0,19 por cento, comparado a 1,44 por cento, com a diminuição do impacto do reajuste dos combustíveis.

Os custos de Despesas pessoais tiveram elevação de 0,41 por cento em maio, contra 0,85 por cento em abril, com um menor efeito da alta dos cigarros.

Os de Saúde também subiram menos, em 0,69 por cento, após 1,55 por cento em abril, quando foram fortemente impactados pelo reajuste dos remédios.

Os preços de Habitação diminuíram um pouco o ritmo da alta, para 0,24 por cento, contra 0,35 por cento, sentindo menos o efeito de reajustes de tarifas como a de energia.

O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda até 20 salários mínimos.

Fonte: Reuters

BELGAS VÍTIMAS DE PEDOFILIA QUEREM PROCESSAR O VATICANO

Dezenas de belgas que dizem ter sido abusados sexualmente por padres católicos pretendem mover uma ação judicial contra o Vaticano.

Eles acusam a Santa Sé e a Igreja Católica belga de negligência e de terem feito vista grossa aos abusos.

Na última segunda-feira, a igreja belga afirmou estar disposta a pagar uma indenização a vítimas abusadas por clérigos.

Desde o ano passado, foram registrados na Bélgica cerca de 500 casos de suposto abuso sexual envolvendo membros da Igreja Católica.

Advogados representando cerca de 70 pessoas disse que uma notificação será enviada a autoridades do Vaticano e a bispos belgas, convocando-os a uma corte na cidade de Ghent.

O processo está sendo traduzido ao idioma italiano antes de ser encaminhado ao Vaticano.

"Palavras"

Christine Mussche, uma dos advogados de acusação, disse que a oferta de indenização por parte da igreja belga é positiva, mas “nada além de palavras” até o momento.

Um dos acusadores é Roel Verschueren, jornalista e escritor que disse que “nós (as vítimas) estamos vivendo há anos com uma igreja em negação (dos fatos). Agora, vamos mudar essa situação”.

Até a noite desta quarta, o Vaticano não havia se pronunciado sobre o caso.

Uma comissão independente relatou no ano passado que todas as dioceses da Bélgica registraram casos de abusos sexual durante décadas. Mas o relatório não encontrou indícios de acobertamento desses casos por parte da igreja.

No ano passado, um homem que se disse vítima de um padre pedófilo americano também deu início a um processo legal contra o papa Bento 16 e o Vaticano em uma corte federal dos Estados Unidos.

Fonte: BBC Brasil

COMISSÃO AFIRMA QUE GUERRA CONTRA AS DROGAS FRACASSOU NO MUNDO

Um grupo formado por líderes políticos e empresariais de todo o mundo - entre eles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - afirma que a "guerra global" contra as drogas falhou em seu objetivo, e defende a adoção de medidas como a criação de mercados regularizados para conter o crime organizado.

O grupo de 19 membros, chamado Comissão Global de Políticas sobre Drogas, divulgou nesta quarta-feira um relatório com recomendações aos governos sobre como lidar com os problemas sociais decorrentes do consumo e da dependência de narcóticos no mundo.

"Se governos nacionais ou administrações locais acham que as políticas de descriminalização pouparão dinheiro e trarão melhores resultados sociais e de saúde para suas comunidades, ou que a criação de um mercado regularizado pode reduzir o poder do crime organizado e melhorar a segurança de seus cidadãos, então a comunidade internacional deve apoiar e facilitar tais políticas experimentais e aprender com a sua aplicação", diz o texto.

Para a comissão, é necessário "quebrar o tabu" em torno do consumo de drogas, buscando um debate amplo na sociedade e adotando políticas que reduzam o consumo, visando a saúde e a segurança tanto da população em geral quando dos consumidores de narcóticos.

Segundo o relatório, é necessário garantir tratamentos variados para os dependentes - inclusive com programas que preveem a administração controlada de narcóticos, como é o caso do Canadá e de alguns países europeus, onde usuários de heroína recebem doses da droga.

Além disto, o texto defende o acesso fácil a seringas, além de outras medidas que reduzam os danos aos viciados, evitando overdoses e a contaminação por doenças transmitidas pelo sangue, como a Aids.

Para a comissão, os dependentes de drogas devem ser tratados como pacientes, buscando evitar a aplicação de penas como trabalhos forçados ou abusos físicos e psicológicos, que vão contra os direitos humanos.

Penas alternativas

O relatório defende penas alternativas para os pequenos vendedores de drogas, diferenciando-os dos líderes das quadrilhas de narcotráfico.

"A maioria das pessoas detidas pela venda de drogas em pequena escala não são gângsters ou criminosos organizados", diz o texto.

"São jovens explorado para fazer o trabalho arriscado da venda nas ruas, dependentes tentando conseguir dinheiro para seu próprio uso, ou transportadores coagidos ou intimidados para levar drogas através de fronteiras."

Além disso, o grupo afirma que boa parte dos agricultores que cultivam as matérias-primas das drogas são pequenos produtores que lutam para sustentar suas famílias. Desta forma, puni-los como criminosos seria um erro.

"Oportunidades alternativas de subsistência são investimentos melhores do que destruir a sua única maneira disponível de sobrevivência", afirma o relatório.

O relatório cita ainda "óbvias anomalias" decorrentes do fato de que a avaliação corrente do risco e dos danos causados pelas drogas foi feita há 50 anos, quando havia, de acordo com o grupo, poucas evidências científicas para servir de base a estas decisões.

Assim, para a Comissão, as classificações do risco de drogas como a maconha e da folha de coca estão desatualizadas, devendo ser revistas pelas autoridades nacionais e pela ONU.

A Comissão Global de Políticas sobre Drogas tem como integrantes, além de Fernando Henrique Cardoso, os ex-presidentes da Colômbia, César Gaviria, e do México, Ernesto Zedillo, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, o escritor peruano Mario Vargas Llosa e o megaempresário britânico Richard Branson, entre outros.

Questão de saúde

Fernando Henrique Cardoso diz, em uma declaração que consta do material de divulgação do relatório, que é necessário tratar a dependência das drogas como uma questão de saúde, reduzindo a demanda por meio de iniciativas educacionais comprovadas e regularizando o uso de produtos como a maconha, em vez de criminalizá-lo.

"Cinquenta anos depois da introdução da Convenção Única sobre Narcóticos da ONU, e 40 anos depois que o presidente (Richard) Nixon lançou a guerra global do governo dos EUA contra as drogas, reformas fundamentais nas políticas nacionais e globais de controle das drogas são urgentemente necessárias", diz.

Cardoso, que defende a descriminalização da maconha desde que saiu da Presidência, é o protagonista do documentário Quebrando o Tabu, que aborda a questão do combate às drogas em todo o mundo. O filme estreia na próxima sexta-feira.

Outro integrante da comissão, o empresário britânico e fundador do Grupo Virgin, Richard Branson, diz que é necessária uma nova abordagem, que tire o poder do crime organizado e que trate os dependentes como pacientes, e não criminosos.

"A guerra contra as drogas falhou em reduzir o seu uso, mas lotou as nossas cadeias, custou milhões de dólares dos contribuintes, abasteceu o crime organizado e causou milhares de mortes", diz Branson.

Fonte: BBC Brasil

HACKERES INVADEM E-MAILS DO GOOGLE DE AUTORIDADES DOS ESTADOS, JORNALISTAS E ATIVISTAS ASIÁTICOS

O Google denunciou nesta quinta-feira que hackers na China invadiram contas pessoais de e-mails de autoridades dos EUA, jornalistas e ativistas políticos asiáticos.

Segundo a empresa americana, centenas de contas de e-mails foram comprometidas, e suas investigações apontam que as tentativas de coletar senhas de usuários parecem ter se originado da região central da China. O objetivo dos hackers seria monitorar as mensagens recebidas pelos usuários.

O Google disse ter interrompido a ação dos hackers e alertado os usuários afetados. A empresa afirmou que os invasores conseguiram obter senhas de alguns deles.

“Notificamos as vítimas e protegemos suas contas. Além disso, notificamos as autoridades governamentais relevantes”, informou a companhia nesta quarta.

A Casa Branca disse que vai investigar o caso, mas agregou que não há razões para acreditar que contas de e-mails de membros do governo americano tenham sido acessadas.

Um relatório técnico do Google diz que o golpe promovido pelos hackers é conhecido como “spear phishing”, em que usuários específicos de e-mail são enganados e direcionados a uma falsa página, por exemplo, do Gmail.

Ao digitar sua senha ali, ela passa a ser acessada por hackers. Então, os criminosos configuram o serviço do Gmail para que ele encaminhe novos e-mails da vítima para uma outra conta, monitorada pelos hackers.

O correspondente da BBC em Washington Adam Brookes relata que é extremamente difícil para analistas confirmar se ataques do tipo são promovidos por iniciativa de governos ou de indivíduos.

Mas o fato de, segundo o Google, as vítimas deste ataque serem pessoas com acesso a informações secretas ou de relevância política levanta suspeitas de ciberespionagem.

Google e China

A denúncia desta quarta-feira ocorre cerca de um ano depois de o Google ter sido alvo de hackers que também pareciam estar em solo chinês e que teriam invadido contas de e-mails de ativistas opositores a Pequim.

Na época, a empresa americana havia se recusado a continuar censurando o conteúdo de suas buscas, como d determinava o governo chinês.

A situação acabou forçando o fechamento do escritório do Google em Pequim – a empresa hoje opera via Hong Kong – e levantou o debate sobre as tentativas do governo chinês de controlar o conteúdo da internet.

Fonte: BBC Brasil