sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POLICIAL EGÍPCIO MORRE EM TROCA DE TIROS NA FRONTEIRA COM ISRAEL

Um policial egípcio morreu nesta sexta-feira em uma troca de tiros com um grupo armado desconhecido na região da fronteira com Israel, informaram fontes médicas e das forças de segurança.

O tiroteio deixou ainda outros dois policiais feridos, um deles em estado de coma, com um ferimento causado por um tiro na cabeça.

Na véspera, um avião israelense que perseguia dois supostos terroristas no Sinai, na fronteira com o Egito, matou três militares egípcios. Israel assumiu que as mortes dos militares egípcios foram um erro.

Os oficiais estariam na faixa de Gaza, controlada pelo grupo palestino Hamas, como parte de uma operação de uma semana para acabar com cerca de 1.200 militantes que têm agido no norte do Sinai.

O Egito, contudo, fez um protesto formal contra o vizinho nesta sexta-feira e exigiu uma investigação sobre as circunstâncias do ataque.

O bombardeio israelense fez parte da campanha de retaliação contra um triplo ataque que, na tarde de quinta-feira, matou oito e feriu outros 25 na região. Soldados israelenses acusaram os novos líderes do Egito de perderem o controle na região do Sinai, gerando tensões entre os dois países vizinhos.

Israel disse que agressores se infiltraram na faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, através do deserto do Sinai no Egito, apesar do aumento nos esforços das forças de segurança nos últimos dias para conter os radicais palestinos e islâmicos.

"Esperaríamos que o ataque terrorista de ontem na fronteira serviria como um impulso para que o Egito exerça mais efetivamente sua soberania no Sinai", disse uma autoridade israelense que não quis ser identificado.

"A avaliação israelense é de que o Egito não está nem um pouco interessado em ver os elementos extremistas estabelecerem uma plataforma no Sinai. Em nossa avaliação, isso prejudicaria o interesse deles tanto quanto o nosso", acrescentou.

Na noite de quinta-feira, um avião israelense que perseguia dois supostos terroristas no Sinai, na fronteira com o Egito, matou três militares egípcios. Israel assumiu que as mortes dos militares egípcios foram um erro.

O Conselho Superior das Forças Armadas do Egito, que dirige o país desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, decidiu reforçar a segurança nas fronteiras.

Além disso, a junta militar deve se reunir no sábado com os chefes tribais do Sinai para explicar-lhes o perigo da situação e pedir-lhes que cooperem com eles.

Por sua vez, o governador do sul do Sinai afirmou nesta sexta-feira que a situação nesta província é "estável" e que as medidas necessárias para garantir a segurança das cidades litorâneas no sul já foram tomadas.

"Estamos vigiando o que está ocorrendo nas fronteiras e tomamos todas as medidas necessárias para garantir a segurança das cidades litorâneas", declarou à televisão egípcia.

A decisão de reforçar a segurança no Sinai é coordenada com Israel, que precisa aprovar determinadas mobilizações de agentes egípcios na região, conforme estabelece o acordo de paz assinado entre os dois países em 1979.

Fonte: Folha

POLÍCIA PRENDE NO MORUMBI HOMEM COM QUASE 180KG DE COCAÍNA

A Polícia Civil prendeu na quinta-feira (18) um homem de 27 anos com quase 180 kg de cocaína em um apartamento no Morumbi (zona oeste de São Paulo).

Também foram encontrados no local cerca de 130 kg de uma substância que serve como insumo para produção de drogas, além de uma balança de precisão.

A polícia chegou ao local após uma denúncia de que uma pessoa faria o transporte da cocaína para favelas da zona sul de São Paulo. Os policiais fizeram então uma campana no endereço indicado e prenderam o suspeito.

O caso é investigado pelo 35º Distrito Policial (Jabaquara).

Fonte: Folha

ATLÉTICO GOIANIENSE GOLEIA O FLAMENGO NA CASA DO ADVERSÁRIO

A goleada no Engenhão por 4 a 1 sobre o Flamengo, último invicto a cair no Brasileiro, deixou o Atlético-GO em êxtase. Embora tenha tentado manter os pés no chão, Valdivino de Oliveira, presidente do clube, não escondeu sua alegria após a partida. Em entrevista para a Rádio 730, o mandatário afirmou que o triunfo sobre o time carioca é "o maior do futebol goiano em todos os tempos".

O Atlético-GO obteve o segundo resultado positivo consecutivo no Campeonato Brasileiro. Foto: Agência Lance

"Eu acho que essa vitória do Atlético é a maior do futebol goiano em todos os tempos. Nós tivemos um grande jogo no passado, nos anos 70, quando o Goiás foi a Santos e empatou por 4 a 4 com o Santos e ficou na história como o grande resultado goiano. Acredito que essa vitória sobre o Flamengo no Rio, por 4 a 1, com domínio de bola total e até sendo aplaudido pela torcida do Flamengo, constitui na maior vitória do futebol goiano", disse o animado dirigente.

Apesar do bom resultado, o rubro-negro goiano está apenas na 14ª colocação do Brasileiro, com 19 pontos em 17 jogos. Por isso, Valdivino tenta manter a tranquilidade, e pede que o elenco mantenha o foco em seu objetivo: continuar na Série A.

"Temos que ficar felizes, mas sempre focados e não deixar transparecer que já ganhamos tudo. Acho que já passou aquela fase de perder tantos jogos no Serra Dourada, não pode acontecer isso mais. Vamos seriamente buscar nossa permanência na Série A, que é nosso objetivo", completou.

A goleada sobre o Flamengo fez com que o Atlético chegasse ao seu segundo triunfo consecutivo (havia batido o Santos anteriormente). Para seguir com o bom momento, o time goiano enfrenta o Grêmio, derrotado pelo Ceará por 3 a 0 na última rodada. A partida está marcada para este domingo, às 16h (de Brasília), no Serra Dourada.

Fonte: Terra

EX-REPÚBLICAS SOVIÉTICAS SE FECHAM PARA O COMUNISMO 20 ANOS DEPOIS

No dia 1º de agosto de 1991, o famoso monumento a Karl Marx, que se eleva sobre o centro da cidade de Moscou, apareceu com os seguintes dizeres pintados em tinta vermelha: “Proletários do mundo, perdoem-me!”

Praça Vermelha, Moscou
Era uma irônica alusão ao chamado aos trabalhadores contido no Manifesto do Partido Comunista, publicado em 1848 na Alemanha por Marx e Friedrich Engels.

A ideia de comunismo concebida originalmente pelos intelectuais europeus encontrou abrigo espiritual na Rússia – que se tornou “a pátria do proletariado mundial”.

Os comunistas que viviam na “casa da revolução mundial” se orgulhavam de seu papel na história e no cenário geopolítico.

Vinte anos após o colapso do maior país comunista do mundo, o Partido Comunista permanece um dos mais influentes do país.

Em números de parlamentares, só fica atrás do partido Rússia Unida, dos últimos ocupantes do Kremlin, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin.

Mas a maioria dos analistas está de acordo com a opinião de que o partido não tem futuro político na Rússia.

Os filiados do PC de hoje pertencem a um setor determinado, mas em envelhecimento, da população. Se tudo continuar como está, os simpatizantes da sigla tendem a desaparecer.

A maioria dos simpatizantes da oposição na Rússia é nacionalista ou a favor de ideias ocidentais.

Existe, sim, muita nostalgia na Rússia pela antiga União Soviética, mas não da igualdade indiscriminada, das filas e da doutrinação política: os cidadãos sentem falta do tempo em que a União Soviética era uma nação poderosa, respeitada e temida em todo o globo.

Muitos especialistas crêem que os comunistas poderiam ter retomado o poder nos anos 1990, quando a Rússia se encontrava em meio à turbulência política, se tivessem um líder carismático líder.

Entretanto, a firme liderança de Genady Ziuganov assegurou o estabelecimento do capitalismo e de um sistema de democratização na Rússia.

Os eventos históricos que se desenrolaram na “casa da revolução” determinaram o destino do comunismo no resto do mundo.

Europa e Ásia Central

Nos países que conformavam as ex-repúblicas sob a batuta de Moscou, o que há de comum é a tentativa de evitar a influência da ideologia comunista.

A única ex-república soviética a manter o comunista é a Moldávia. Seu ex-presidente entre 2001 e 2009, Vladimir Voronin, foi o primeiro chefe de Estado comunista democraticamente eleito após a dissolução do bloco soviético.

Mas mesmo seus seguidores não são comunistas linha-dura no sentido tradicional: não desejam o retorno à vida soviética. Parte dos ativos do país foi privatizada e a melhor definição da estrutura sócio-econômica do país é capitalismo com um toque pós-soviético.

O país que mais preservou os valores e o estilo de vida soviéticos é Belarus, a “linha de montagem” do antigo bloco comunista.

A liberalização econômica e a ruptura dos antigos laços econômicos atingiram duramente o país, que não possuía recursos naturais.

Durante a 2ª Guerra Mundial, o país amargou a ocupação nazista, insuflando uma desconfiança em relação à influência ocidental na psique nacional.

Mesmo assim, o comunismo tem desvanecido e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko – que chegou ao poder impulsionado por esse sentimento antiocidental – nunca invocou as ideias de Marx e Lênin.

A ideologia predominante é a do paternalismo estatal com liderança carismática e ditatorial.

Nos países da Ásia Central, que combinam capitalismo, autoritarismo secular e o uso oportunista de certos elementos islâmicos, os governos mantêm laços mais próximos com Moscou que com os países ocidentais – mas isso é porque a Rússia não os incomoda com questionamentos a respeito de direitos humanos.

Na Ucrânia, nos países do Cáucaso e nos Bálticos, o comunismo já não é digno de menção. As disputas políticas continuam nesses países, mas por forças inteiramente distintas.

No Leste Europeu, onde comunismo foi implantado força, a ocupação e a humilhação nacional, a maioria das populações nunca apoiou a ideologia.

A União Soviética provia os recursos para os seus “satélites” e permitia, neles, um grau de liberdade mais que em seu próprio solo. Mesmo assim, as tentativas de se livrar do jugo de Moscou só foram suprimidas com a intervenção do Exército Vermelho na ex-Alemanha Oriental, a Hungria e a ex-Tchecoslováquia.

Há partidos pós-comunismo em todos os países do antigo Pacto de Varsóvia, que advogam uma plataforma de esquerda moderada e europeia. Esses partidos têm tido espaço na Polônia, Hungria, Romênia, Eslováquia e Bulgária, mas não há possibilidade de voltar ao sistema político socialista de outrora.

China e Ásia

Se a revolução russa já não tinha grande relação com os ideais da ideologia marxista, a chinesa certamente não tinha. A China nunca teve um proletariado capaz de receber desempenhar a função histórica que lhe cabia segundo Marx.

Mao Tse Tung chegou ao poder em 1949 vindo da classe camponesa. Considerava-se líder de um “vilarejo global” em uma luta contra a “cidade global” e nunca escondeu sua rejeição à civilização urbana.

O seguidor de Mao no Camboja, Pol Pot, levou os ensinamentos de seu mestre à ação lógica, dizimando a população urbana do país.

Mao Tse Tung rejeitava a luta do proletário urbano e adaptou ideias socialistas à realidade do campo

Mao combinava a ideologia marxista com um nacionalismo chinês e um despotismo asiático, exemplificados pela coletivização e a obediência. O indivíduo era um coágulo no sistema e todo interesse material era substituído por um profundo sentimento de conformidade.

No Vietnã, o vizinho mais próximo da China, o caminho do comunismo foi semelhante.

A Mongólia foi o único país a estabelecer o socialismo ao estilo soviético antes da 2ª Guerra Mundial. Depois da queda da União Soviética, o país rejeitou o modelo e embarcou em um caminho de reformas de mercado e democracia multipartidária.

Hoje, a Coreia do Norte é o único bastião do comunismo stalinista. O país vive imerso em um sistema onde o mercado é inexistente e a ideia de coletividade é tão forte que os indivíduos são proibidos de cobrir as janelas com cortinas.

A doutrina oficial norte-coreana não se baseia nos princípios marxistas-leninistas, mas no espírito de autoconfiança. Na prática, isso se traduziu no desejo de Kim Il Sung e seu sucessor, Kim Jong Il, de se manter seu domínio sem se submeter a ninguém.

África e América Latina

Na África, a realidade social não poderia ser mais diferente dos cenários elaborados por Marx e Engles, que se debruçaram sobre os problemas das sociedades industriais.

Em parte, a aproximação dos países africanos com a URSS foi motivada pela rejeição ao imperialismo histórico das potências europeias.

Aos líderes anticolonialistas africanos também apetecia a ideia de modernizar seus países através de ditaduras. Eles sabiam pouco sobre as ideias de Marx e Lênin, mas entenderam que bastava dizer a palavra mágica – “socialismo” – para estar na lista dos receptores de armas e recursos da União Soviética.

Isto gerou todo tipo de confusão. Quando a Etiópia e a Somália entraram em guerra, por exemplo, ambos os países se consideravam socialistas. Levou tempo até Moscou decidir quem apoiar: a Etiópia.

Na América Latina, de forma semelhante ao que ocorreu na África, o apoio da URSS foi usado na Guerra Fria contra outra potência vista como imperialista – os Estados Unidos.

Mas muitas revoluções latino-americanas não foram diretamente inspiradas pelo marxismo. A Cubana começou como uma insurreição contra a autoridade vigente.

Fidel Castro era popular em Moscou tanto quanto Yuri Gagarin, o primeiro homem no espaço. O líder cubano da “ilha da liberdade” mostrava que o comunismo poderia ser jovem, cheio de vida e democrático.

Ao longo dos anos, Cuba perdeu a vitalidade e passou a ser um país governado por uma geração de octogenários. É possível que se torne o país a martelar o último prego no caixão do comunismo global.

Fonte: BBC Brasil

TALEBÃ ATACA CONSELHO BRITÂNICO EM CABUL E MATA 9 PESSOAS

A milícia Talebã atacou nesta sexta-feira a representação do Conselho Britânico na capital do Afeganistão, Cabul, causando a morte de ao menos nove pessoas e ocupando o local por horas.Um carro-bomba destruiu os muros do complexo de prédios que abriga o Conselho Britânico, e vários homens armados invadiram o local.

Após horas de tiroteio e explosões, o embaixador da Grã-Bretanha em Cabul disse que os atacantes tinham sido mortos.

O Talebã assumiu a autoria do ataque, dizendo que essa era a sua maneira de marcar a independência do Afeganistão em relação à Grã-Bretanha, em 1919.

O Ministério das Relações Exteriores britânico condenou o ataque, afirmando que cidadãos britânicos estavam "abalados, mas bem", e foram retirados do prédio.

Duas professoras britânicas estavam entre quatro moradoras do complexo de prédios que se refugiaram em uma sala-forte durante o ataque. O embaixador britânico, William Patey, disse que havia dois soldados nepaleses entre os feridos.

Oito policiais afegãos e um segurança estrangeiro foram mortos. Quatro militantes também morreram.

Fonte: BBC Brasil

ECONOMIA DA GRÉCIA ENCOLHERÁ MAIS QUE O ESPERADO

A economia da Grécia encolherá mais de 4,5 por cento neste ano, disse o ministro das Finanças do país nesta sexta-feira, acrescentando que o novo acordo de resgate internacional para o país não será completado até meados de outubro.

O ministro Evangelos Venizelos disse que todas as decisões bilaterais dependem da aprovação de outras nações da zona do euro e que levará um tempo até que sejam completadas as negociações sobre o segundo pacote de ajuda financeira.

"Nós não deveríamos esperar terminar antes da primeira ou segunda semana de outubro, porque os Parlamentos precisam votar e os bancos, completar seus próprios processos", disse ele à rádio SKAI.

Duros cortes salariais e aumentos de impostos geraram protestos nas ruas e empurraram a Grécia para a mais profunda recessão em cerca de 40 anos.

"Nos meses anteriores, a estimativa (de contração econômica) era de 3,8-3,9 por cento. Agora, a nova faixa está acima de 4,5 por cento", disse Venizelos. "Se nós tentarmos aplicar as medidas de arrecadação e gastos que votamos no Parlamento, nenhuma medida adicional será necessária".

Fonte: Reuters

IPCA-15 SOBE 0,27% EM AGOSTO

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu mais do que o esperado em agosto, afastando-se ainda mais da meta do governo em razão de preços mais elevados de alimentos, aluguéis e artigos de residência.

O IPCA-15 subiu 0,27 por cento em agosto, ante alta de 0,10 por cento vista em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O número ficou acima de todas as previsões de analistas consultados pela Reuters. A mediana das 16 respostas era de uma alta de 0,19 por cento, em uma faixa de 0,15 a 0,24 por cento.

Em 12 meses até agosto, o indicador subiu 7,10 por cento, mantendo-se acima do teto da meta do governo no ano, que é de 6,50 por cento. Em 2011, o IPCA-15 já subiu 4,48 por cento.

Apesar de estar mais de 0,5 ponto percentual acima do teto da meta, efeitos estatísticos devem permitir que a taxa acumulada em 12 meses comece a cair a partir do mês que vem, argumenta o Banco Central. A previsão do mercado, segundo o boletim Focus, é de que a inflação acumulada em 12 meses diminua em 2011 e encerre a 6,26 por cento, já dentro da meta do governo.

Ainda assim, o número esfria as apostas já minoritárias em um corte da taxa básica de juros, atualmente a 12,50 por cento, já neste ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para qual se espera o fim do ciclo de altas da Selic, termina em 31 de agosto.

"O Copom não deve cortar juros ... A inflação continua demandando cautela", disse o estrategista-chefe da CM Capital Markets, Luciano Rostagno.

Após a divulgação, as projeções de juros de prazo mais curto subiam na BM&FBovespa, com o DI janeiro de 2012 a 12,13 por cento, ante 12,11 por cento no ajuste de quinta.

COMPONENTES

Os custos do grupo Alimentação e Bebidas subiram 0,21 por cento no mês, voltando a crescer após terem registrado deflação de 0,39 por cento em julho. O preço de refeições em restaurante, com alta de 0,92 por cento, foi o que mais pesou, com impacto individual de 0,04 ponto no índice.

Além disso, segundo o IBGE, "vários alimentos que estavam em queda no mês anterior subiram em agosto. É o caso do feijão (carioca, de menos 0,73 por cento para 1,21 por cento), do arroz (de menos 1,29 por cento para 0,34 por cento) e das carnes (de menos 1,50 por cento para 0,52 por cento)".

Os preços de Habitação subiram 0,32 por cento, ante alta de 0,28 por cento em julho, com uma pressão adicional dos custos do aluguel residencial, com alta de 1,06 por cento.

Os custos de Vestuário tiveram oscilação positiva de 0,68 por cento em agosto, acima da alta de 0,15 por cento de julho, enquanto que os preços de Artigos de Residência avançaram 0,66 por cento, ante 0,21 por cento em julho.

Os preços de Transportes tiveram oscilação positiva de 0,03 por cento em agosto, após queda de 0,02 por cento em julho.

Segundo cálculos no mercado, o índice de difusão, que mede a porcentagem de preços em alta no IPCA-15, também aumentou, de 53,9 por cento em julho para 63,8 por cento em agosto.

O IPCA-15 é uma prévia do IPCA, índice usado pelo governo como referência para as metas de inflação. A única diferença é o período de coleta dos preços. Os preços foram coletados de 14 de julho a 12 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 14 de junho a 13 de julho de 2011.

Fonte: Reuters

PROFESSORA ARGENTINA APELA POR MORTE DIGNA DA FILHA DE 2 ANOS

Uma professora argentina fez um apelo para que sua filha de 2 anos de idade, em estado vegetativo desde que nasceu, possa ter uma "morte digna".

Foto: Acervo pessoal/Clarín.com
Selva Herbón, 37 anos, afirma que sua filha Camila, de dois anos e três meses, está em um estado vegetativo permanente desde que nasceu. Durante o parto, Camila ficou um período sem receber oxigênio, o que pode ter provocado danos cerebrais.

A professora enviou uma carta na semana passada aos deputados do país pedindo a aprovação de projeto de lei que permita "a morte digna" de Camila.

Herbón escreveu que a situação da menina é “irrecuperável e irreversível”, mas que existe um “vazio legal” na legislação atual que impede a retirada dos aparelhos que a mantém viva.

Na carta, a mãe diz ainda que especialistas de quatro lugares deram parecer favorável a “limitar o esforço terapêutico e retirar o suporte vital” da criança.

Ela diz, porém, que nenhum médico quer se arriscar a desligar os aparelhos, já que o fato, com as leis atuais, seria definido como “homicídio”.

Selva e seu marido, Carlos, são pais também de uma menina de 8 anos, saudável.

“Na minha condição de mãe, eu lhes suplico, a partir do meu caso e de muitos outros, que seja aberto o debate (no Parlamento)”, afirmou na carta.

Sem visitas

Em entrevista à BBC Brasil, a professora disse ter certeza de que a “morte digna” é o melhor para Camila.

“Na minha concepção de mãe, ela não tem vida digna. Camila não vê, não escuta, não chora, não sorri. Eu e meu marido não queremos que ela tenha uma vida mantida de modo artificial”, disse.

A professora contou que o marido e a filha já não visitam a menina, internada no hospital Centro Gallego, da capital argentina, porque não suportam ver “a criança crescer, mas sem sentir nada”.

“Conversei com um especialista da Universidade Católica Argentina (UCA) que me disse que é possível desligar, legalmente, os aparelhos desde que se comprove que ela tem morte cerebral. Vamos tentar conseguir um médico que confirme este fato”, disse.

Questionada se o desligamento dos respiradores artificiais significaria eutanásia, ela respondeu: “Eutanásia quer dizer ‘boa morte’”.

Selva afirma que recebeu, nesta quarta, um diploma por um curso virtual de bioética que estudou durante quatro meses.

“Eu quis estudar para entender melhor o que estou defendendo para minha filha”, disse.

Segundo ela, outros pais “podem preferir ter um filho nestas condições, para poder acariciá-lo todos os dias”.

“Mas não é o que entendo como vida para minha filha”, afirmou.

Especialistas

O apelo de Selva Herbón foi destaque nos jornais Clarin e La Nación, os principais da Argentina, e gerou entre especialistas manifestações pró e contra o pedido da mãe.

“Uma pessoa em estado vegetativo persistente pode permanecer assim entre oito e dez anos. Mas a maior quantidade de informação disponível hoje é em relação aos adultos. Por isso, se busca o consenso (sobre a morte digna) em cada caso”, disse o presidente da Associação Cérebro Vascular Argentina, Conrado Estol.

A coordenadora do Comitê de Bioética do Incucai (Instituto Nacional Central Único de Doações e Transplantes), Beatriz Firmenich, disse que a menina “já não deveria estar viva”.

Mas o diretor do Departamento de Bioética da Universidade Austral, Carlos Pineda, é contra o desligamento dos aparelhos. “É um ser humano que merece ser respeitado. Mas sua família não a considera um ser humano, e por isso pede que ela seja morta”, disse Pineda.

O deputado Miguel Bonasso, do partido Diálogo por Buenos Aires, disse que o debate deve ser aberto, e por isso recentemente apresentou um projeto de lei no Congresso que possibilita “a autonomia dos pacientes e o respeito à sua vontade”.

Seus assessores disseram, porém, que o texto foi pensado para adultos, e não para crianças, e por isso o debate é a melhor saída. De acordo com a imprensa local, outros oito projetos semelhantes estão no Congresso.

Para o assessor de Bioética da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, Juan Carlos Tealdi, o estado da menina é “irreversível” mas, na sua opinião, os médicos “têm medo de ser processados” pela Justiça.

Na Argentina, duas províncias, Neuquén e Rio Negro, sancionaram recentemente leis que legalizam a “morte digna”.

Fonte: BBC Brasil

BRASIL DEFENDE NEGOCIAÇÃO COM A SÍRIA

O Brasil voltou a pedir nesta quinta-feira, desta vez no Conselho de Segurança, uma solução negociada para a crise na Síria. A postura foi reafirmada após um relatório da ONU indicar “violações generalizadas e sistemáticas dos direitos humanos” no país árabe.

A postura brasileira destoa da adotada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que chegaram a pedir o afastamento do presidente sírio, Bashar al-Assad. Ativistas de direitos humanos denunciam a morte de milhares de ativistas na dura repressão do governo a protestos que pedem reformas democráticas.

A representante interina do Brasil na ONU, Regina Dunlop, condenou a violência no país árabe, mas defendeu um “processo político conduzido pelos sírios com a participação de todas as partes”, inclusive a oposição.

O representante da Rússia, Vitaly Churkin, posicionou-se ao lado do Brasil e disse que se trata de um “processo político interno” e que cabe aos sírios resolvê-lo, sem interferência internacional.

Para a representante brasileira, “ainda há o que fazer para que esses processo político aconteça”. “Cabe ao povo (sírio) decidir quem será o dirigente do país”, disse. Dunlop também disse se tratar de “um processo interno”, dizendo que a “soberania não pode vir de fora para dentro”.

Na última semana, Assad recebeu diplomatas do Ibas (fórum formado por Brasil, África do Sul e Índia), em Damasco. A posição conciliatória dos três países emergentes (assim como a da Rússia) difere do tom crítico das nações desenvolvidas integrantes do conselho.

Sanções

A Grã-Bretanha, membro permanente do Conselho de Segurança, convidou os membros europeus do conselho e os representantes do Ibas para uma reunião informal nesta sexta-feira.

A diplomata brasileira confirmou a expectativa de que um projeto de sanções contra o regime sírio possa ser discutido.

“Não nos surpreenderia se um projeto de resolução com sanções nos fosse mostrado”, disse Dunlop.

O chefe de gabinete da missão francesa, Brieuc Pont, disse esperar que as delegações que se opõem a eventuais sanções “reconsiderem suas posições”.

“O que ouvimos hoje é espantoso e há uma necessidade particular de todas as democracias se unirem para colocar um fim a essas atrocidades”, disse Pont.

A sub-secretária-geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, anunciou o envio de uma missão da ONU já neste sábado, 20 de agosto, à Síria, liderada pelo diplomata Rashid Khalikov.

Violência

O relatório apresentando pela Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navy Pillay, indicou a morte de pelo menos 1,9 mil pessoas, inclusive crianças.

Segundo os investigadores da ONU, marcas de ferimentos nos corpos das vítimas indica uma política de "atirar para matar". A violência usada pelo governo pode ser classificada de crimes contra a humanidade, de acordo com o documento.

O governo sírio reconheceu o número de 1,9 mil vítimas, mas inclui também integrantes das forças de segurança mortos por manifestantes.

O relatório diz ainda que as forças sírias usaram com regularidade três métodos para matar civis: soldados no terreno, atiradores nos telhados e bombardeios aéreos.

Foram descritas também execuções sumárias, o uso de frequentes batidas em hospitais para matar manifestantes feridos, além de relatos de tortura e detenções arbitrárias.

Soldados ouvidos pelos investigadores dizem ter recebido ordens de usar munição real contra manifestantes e os que se recusavam, eram mortos.

Na quarta-feira, Assad disse à ONU que as operações contra os manifestantes haviam sido interrompidas.

No entanto, a afirmação foi negada por ativistas defensores dos direitos humanos, que dizem que a violência prossegue.

Fonte: BBC Brasil