segunda-feira, 5 de setembro de 2011

OBAMA LANÇA NOVA FRENTE A FAVOR DA ECONOMIA AMERICANA

Diante de um cenário preocupante na economia dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama inicia nesta semana um novo esforço para convencer os americanos de que a Casa Branca está determinada a solucionar os problemas econômicos do país.

Barack Obama. Foto: AP
Obama vê diante de si um cenário agravado pelos últimos dados negativos sobre o mercado de trabalho, além de críticas cada vez mais incisivas por parte da oposição.

A agenda começou nesta segunda-feira, feriado de Dia do Trabalho nos Estados Unidos, com uma visita a Detroit, no Estado de Michigan, cidade que concentra a indústria automobilística do país e que foi fortemente afetada pela crise econômica.

Em um encontro de trabalhadores para comemorar a data, Obama falou sobre desemprego e disse que há muitas estradas e pontes que necessitam de reformas e reconstrução no país, ao mesmo tempo que há muitos trabalhadores da construção civil em busca de emprego.

Segundo o presidente, o que falta é o Congresso agir rapidamente para aprovar as propostas e permitir a criação de empregos.

O pronunciamento desta segunda-feira foi uma prévia do discurso que fará em sessão conjunta do Congresso na noite de quinta-feira, no qual deverá lançar um novo plano para criar empregos.

Ainda não foram divulgados muitos detalhes do plano, mas o presidente já antecipou que pretende lançar “uma série de propostas” ao Congresso para fortalecer pequenas empresas, gerar empregos e, ao mesmo tempo, colocar as contas em ordem, reduzindo o deficit orçamentário.

Em Detroit, Obama disse que suas propostas serão um teste para "os republicanos no Congresso colocarem seu país à frente de seu partido".

Desemprego

O discurso de quinta-feira será feito ainda em meio ao impacto da divulgação, na última sexta-feira, de novos dados do Departamento do Trabalho segundo os quais os Estados Unidos não geraram empregos em agosto – primeira vez desde 1945 que a diferença entre o saldo de vagas criadas e o de vagas fechadas foi de zero.

A taxa de desemprego permaneceu inalterada em 9,1%, patamar “inaceitavelmente alto” e sem perspectivas de melhora no curto prazo, de acordo com o próprio governo.

Os novos dados negativos provocaram imediata reação do mercado de ações, com queda nas bolsas, e aumentaram a pressão para que o governo adote medidas de estímulo à economia, diante do temor de que o país mergulhe em uma nova recessão.

“(Os dados recentes) ainda não indicam que estamos caindo em uma recessão, mas o risco permanece alto, em torno de 40%”, disse na sexta-feira o economista-chefe da consultoria IHS Global Insight nos Estados Unidos, Nigel Gault.

No fim de agosto, contrariando muitas previsões, o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), Ben Bernanke, não deu indícios de que pretenda lançar terceira rodada do programa de relaxamento quantitativo.

Na segunda rodada, encerrada em junho, o Fed injetou US$ 600 bilhões (cerca de R$ 985 bilhões) na economia americana por meio da compra de títulos do Tesouro de longo prazo.

Críticas

As más notícias sobre o mercado de trabalho intensificam as críticas da oposição republicana a Obama, em um momento em que o presidente registra seus mais baixos índices de popularidade e que a campanha para a eleição presidencial de 2012 esquenta.

Na semana passada, logo após a divulgação dos números, o Comitê Nacional Republicano já cunhava um novo apelido para Obama: “Presidente Zero”.

Pesquisas de opinião indicam que a economia e, especialmente, o desemprego, estão no topo da lista de preocupações dos eleitores.

Logo após voltar de férias, antes mesmo da divulgação dos dados do Departamento do Trabalho, Obama já havia anunciado a escolha de Alan Krueger, um especialista em mercado de trabalho, para chefiar o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Nesta semana, a expectativa é de que o desemprego e as dificuldades econômicas sirvam de munição contra Obama no debate republicano marcado para quarta-feira.

Os novos indicadores também devem ter influência sobre a maneira como o discurso do presidente será recebido pelo Congresso – que retoma suas atividades nesta semana após o recesso de verão (no hemisfério norte).

Impasses

A própria data do discurso já foi motivo de polêmica. Obama anunciou que falaria na quarta, mesmo dia do debate republicano. Depois de um impasse, e com a pressão do presidente da Câmara, o republicano John Boehner, o pronunciamento acabou sendo remarcado para quinta-feira.

Antes do recesso, as dificuldades nas relações entre a Casa Branca e o Congresso já haviam atingido um ponto alto durante as negociações para a elevação do teto da dívida americana, com um acordo fechado na última hora, depois de meses de impasse.

Na ocasião, a demora em chegar a um acordo para evitar o risco de calote levou a agência de avaliação de risco Standard & Poor’s a rebaixar a nota dos Estados Unidos, no início de agosto, em uma decisão que provocou turbulência nos mercados.

Ao anunciar o discurso desta quinta-feira, a Casa Branca ressaltou mais de uma vez que o presidente quer evitar divisões partidárias.

No entanto, as propostas de Obama para gerar empregos serão apenas o primeiro tema de discussão nesta nova temporada no Congresso americano.

Entre os desafios à espera de democratas e republicanos está uma solução de longo prazo para reduzir o deficit e colocar as contas do país em dia.

Fonte: BBC Brasil

ESCOLA DE GLADIADORES É DESCOBERTA NA ITÁLIA

Ruínas de 1700 anos foram descoberta com a ajuda de radares e conta com 11.000 m2 de área

Foto: APA
Modelo virtual mostra como teria sido a escola de Carnuntum: estrutura grandiosa
O parque arqueológico do sítio romano de Carnuntum, perto de Viena saudou, nesta segunda-feira (5), a descoberta das ruínas de uma escola de gladiadores, há uma semana, em sua área.

"Por sua inteireza e dimensão, é um acontecimento arqueológico sensacional...", declarou o parque, em comunicado. As escavações indicam que o local - onde treinavam entre 40 e 60 gladiadores - datado de 1.700 anos, representa a parte maior das ruínas já descobertas em Carnuntum. Sua superfície total é de 11.000 m2, incluindo 2.800 m2 de um pátio central.

Os melhores gladiadores poderiam tornar-se verdadeiros astros, contou o diretor do parque arqueológico, Franz Humer. Mas astros efêmeros: "sua expectativa de vida não ultrapassava, em geral, quatro ou cinco combates", destacou, durante entrevista à imprensa.

Os arqueólogos identificam os locais de alojamento dos gladiadores, de treinamentos, mas também um jardim.

O sítio foi detectado graças a radares de penetração do solo. A técnica permitiu descobrir as bases da escola de gladiadores, "ludus" em latim, a até dois metros sob a terra.

Os trabalhos de escavação, muito caros, ainda não foram concluídos.

Carnuntum, situado à margem do Danúbio, era a capital da província romana de Panônia, na Europa Central. Era também, na antiguidade, uma etapa importante na rota do âmbar.

Hoje, o parque arqueológico, situado a 30 quilômetros de Viena, mostra, principalmente, ruínas de dois anfiteatros, termas, assim como um fragmento de arco do triunfo, o monumento mais impressionante do sítio.

Fonte: IG

MORRE NA ITÁLIA O TENOR SALVATORE LICITRA


O tenor Salvatore Licitra, um dos mais importantes nomes da ópera italiana, morreu nesta segunda-feira (05) no Hospital Garibaldi, na região da Sicília, onde estava internado desde o dia 27 de agosto, quando ficou gravemente ferido em um acidente de trânsito. O tenor, de 43 anos, era considerado por especialistas como o sucessor de Luciano Pavarotti.
Foto: AP
O tenor italiano Salvatore Licitra durante apresentação em 2003 no Central Park, em Nova York
Após o acidente, Licitra foi levado ao hospital em estado muito grave e teve que ser submetido a uma cirurgia de emergência na cabeça para a retirada de um coágulo, informou a imprensa italiana. Além disso, o tenor foi diagnosticado com traumatismo craniano e torácico em decorrência do grave acidente de moto que sofreu em Catânia na semana passada.
Segundo o relatório médico, uma isquemia cerebral provocou a falta de irrigação no cérebro e fez com que Licitra perdesse o controle do moto. No hospital, o cantor não conseguiu superar as múltiplas complicações e morreu. Segundo a imprensa italiana, a família do tenor optou pela doação dos órgãos. Uma celebração será realizada no teatro Vincenzo Bellini, na Catânia, para que fãs, amigos e parentes possam prestar tributo ao artista.
Nascido na Suíça, Licitra estreou como tenor no Teatro Régio de Parma com a ópera "Un Ballo in Maschera", de Giuseppe Verdi, em 1998. No ano seguinte, ele foi convidado pelo diretor Riccardo Muti para se apresentar no reconhecido teatro Scala com "La forza del destino".
Seu grande salto à fama veio mesmo em 2002, quando Licitra estreou no Metropolitan Opera, em Nova York. Na ocasião, ele substituiu Luciano Pavarotti em "Tosca", apresentando-se para mais de 3 mil espectadores, que o ovacionaram por vários minutos.
Fonte: IG