domingo, 18 de setembro de 2011

MÉDICOS ESTÃO PROIBIDOS DE FAZER CONSULTAS PELA INTERNET

“Tenha um profissional competente, médico experiente, ao alcance de um click”. É assim que boa parte dos sites de consultas médicas virtuais atraem seus clientes. Oferecendo comodidade e rapidez no atendimento, há diversos profissionais, que vêm utilizando a internet para diagnosticar e até prescrever medicamentos.

Presidente do Cremeb-Ba: “O Conselho nunca foi a favor deste tipo de prática"
A questão é que este tipo de conduta é proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). O órgão anunciou recentemente regras mais rigorosas relacionadas à oferta de serviços. De acordo com a resolução – CFM 1.974/11, os profissionais estão impedidos de fazer consultas pela internet ou por telefone, mesmo que seja para atender parentes.

A nova resolução estabelece os critérios norteadores da propaganda em medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições sobre o tema.

Segundo as novas normas, também não é permitido mais divulgar o endereço e telefone do consultório em redes sociais, como facebook ou twitter. Mas será permitido usar recursos como blogs para divulgar informações de “caráter educacional ou preventivo”.

Os profissionais e as entidades têm 180 dias para se adaptar à nova resolução. De acordo com o CFM, o objetivo é conter o avanço das propagandas enganosas. Em caso de descumprimento, será instaurada uma sindicância. Se comprovada a violação, haverá a instauração de um processo e o médico pode até ter seu registro cassado.

Riscos 

É fato que a internet tem permitido que médicos e pacientes tenham acesso, com grande facilidade, a informações médicas, mas as consultas médicas virtuais são polêmicas, já que aumenta o risco de um diagnóstico incorreto e de fraude no que se refere à formação profissional.

Não à toa, mesmo os sites de consultas online fazem questão de deixar claro que este tipo de procedimento não substitui o atendimento pessoal. O problema é: como garantir que o paciente vai seguir essa orientação? Como ter certeza de que o profissional que realiza a consulta virtual é confiável? Quais são os reais riscos e benefícios das consultas on line?

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb-Ba), Abelardo Garcia de Meneses, o CFM sempre proibiu as consultas virtuais. “O Conselho nunca foi a favor deste tipo de prática porque, apesar de a tecnologia – e, mais especificamente a internet – propiciarem a democratização do conhecimento, se trata de um terreno arriscado, sobretudo porque estamos lidando com vidas. A consulta, o diagnóstico, a prescrição de medicamentos deve ocorrer com um médico que possa fazer uma avaliação presencial”, diz. 

Fonte: A Tarde

GÊMEAS SIAMESAS UNIDAS PELA CABEÇA SÃO SEPARADAS EM LONDRES

Gêmeas siamesas que nasceram unidas pela cabeça foram separadas com sucesso após quatro operações em Londres.

As bebês Rital e Ritag Gaboura, de 11 meses, passaram pela cirurgia final no Hospital Infantil Great Ormond Street no dia 15 de agosto, mas só neste domingo foram divulgadas informações sobre seu estado de saúde.

As meninas sudanesas, que tiveram a viagem e todo o tratamento médico pago pela instituição de caridade Facing the World, parecem não ter sofrido danos neurológicos.

Gêmeos siameses são extremamente raros e apenas 5% deles são unidos pelo crânio. Destes, cerca de 40% morrem antes mesmo do nascimento ou durante o parto e outros 35% morrem nas primeiras 24 horas de vida, o que faz com que apenas 25% dos bebês unidos pela cabeça sobrevivam.

SORTE

Rital e Ritag nasceram de cesariana na capital do Sudão, Cartum.

Devido à maneria como suas cabeças eram unidas, havia um grande fluxo de sangue entre os cérebros das irmãs.

Ritag irrigava metade do cérebro da irmã, enquanto recebia quase todo esse fluxo de sangue de volta para seu coração.

A situação das gêmeas era arriscada porque qualquer queda significativa no fluxo sanguíneo cerebral poderia causar danos neurológicos. Além disso, quando elas chegaram ao Reino Unido, o coração de Ritag já estava fraco.

Devido à natureza delicada da cirurgia, a separação foi feita em quatro estágios. Após duas cirurgias em maio, foram inseridos expansores de tecido em julho, para que fosse possível fechar a cabeça de cada uma das gêmeas após a separação final, que aconteceu no dia 15 de agosto.

PRIVILÉGIO

Em uma declaração, os pais das gêmeas, ambos médicos, disseram se sentir privilegiados por suas filhas terem passado pela cirurgia de que precisavam.

Todas as despesas da viagem e cirurgia das duas meninas africanas foram pagas por uma instituição de caridade internacional

"Estamos muito agradecidos por poder esperar o momento em que vamos voltar para casa com duas meninas separadas e saudáveis. Agradecemos a todos os médicos que doaram seu tempo e à instituição Facing the World por organizar toda a parte logística e pagar pelas cirurgias."

Até o momento, Rital e Ritag estão reagindo a todos os testes e estímulos da mesma maneira que reagiam antes das operações, o que indica que não houve danos neurológicos. Ainda assim, devido à sua pouca idade, é impossível descartar a possibilidade de que tenha havido algum tipo de problema.

"A incidência de sobrevivência de gêmeos com essa condição é extremamente rara. A tarefa nos apresentou diversos desafios e todos nós sabíamos de nossa responsabilidade em relação a essa família e às duas meninas", disse o médico David Dunaway, da unidade de cirurgia plástica do hospital.

"A família Gaboura foi extremamente corajosa durante uma jornada muito estressante e seu amor pelas crianças é óbvio."

A Facing the World é mantida com doações do público.

Fonte: Folha

CRACK SE ALASTRA PELO INTERIOR DO NORDESTE

Ele começou nas drogas com álcool há dez anos, quando tinha 17. Depois, viciou-se em maconha. Há cinco anos, quando chegou aos 23, mergulhou de cabeça na pedra de cocaína, o crack. Hoje, aos 28, é um dos 43 internos em uma chácara de recuperação de dependentes químicos no interior do Nordeste. Diz que está limpo, sente-se bem depois de quatro meses sem drogas, e lamenta o inferno vivido no crack ao lembrar que só conseguiu parar quando viu a mãe dentro de um carro de polícia tentando livrá-lo da cadeia por roubo.

Etelvi Nascimento Silva, solteiro, nunca esteve em São Paulo, a metrópole que convive com o crack consumido a céu aberto. Da cracolândia paulistana, ele só ouviu falar. Etelvi fumou sua primeira pedra de cocaína no sertão pernambucano, em Floresta, onde nasceu e se criou. A cidade tem 30 mil habitantes e fica a 430 quilômetros de Recife.

Região apelidada há anos de "polígono da maconha", por esconder na caatinga extensas plantações da erva proibida, a área já apresenta os sintomas da doença grave que rompeu os limites das grandes metrópoles, como na famigerada cracolândia de São Paulo, e migrou com força para cidades de médio porte, chegando até isoladas comunidades da área rural.

Hoje, embora o governo federal não saiba oficialmente o tamanho do estrago do crack no fundão do País - a Fiocruz tem pesquisadores em campo tentando medir a extensão do dano da pedra nas populações fragilizadas -, na sertaneja Floresta, terra de Etelvi, e nas vizinhas Petrolândia (32 mil habitantes), Belém do São Francisco (20 mil) e Itacuruba (10 mil), a droga avança. E essa região nordestina, que está dentro da grande área do mapa chamada "polígono da seca", esta prestes a trocar a alcunha de "polígono da maconha" pela de "polígono do crack". 

Cracolândia do sertão

"O crack hoje faz parte do cotidiano do sertão", afirma o capitão Marcondes Ferraz, da PM pernambucana, um dos chefes do combate ao tráfico de drogas na região de Petrolina (cerca de 300 mil habitantes). Habituado ao combate ao tráfico nas roças da caatinga, o capitão admite que há uma forte preocupação com a distribuição do crack também nas pequenas cidades.

Integrante do Gati (Grupo de Apoio Tático Itinerante), um grupo de elite da PM do estado, o militar explica que o 5º Batalhão de Petrolina, no qual chefia uma companhia, é hoje o segundo colocado no ranking das apreensões de drogas no Estado. Perde somente para a delegacia especializada da área (Denarc), de Recife. A cidade de Petrolina está à beira do Rio São Francisco, ao lado da baiana Juazeiro (200 mil habitantes). É uma próspera região agrícola, com produção de frutas, cebola, abóbora, coco e uvas. As águas do São Francisco irrigam um vale verde e servem de hidrovia.

As duas cidades estão à beira da rodovia BR 407, que liga Sul/Sudeste à BR 116, os estados de Piauí e Maranhão pela BR 316, e o Ceará pela BR 020. Esse conjunto de estradas forma uma malha rodoviária que tem funcionado como rota de tráfico para a cocaína que passa pelos centros distribuidores, como São Paulo.

Droga e armas

Segundo estatísticas da PM pernambucana, de janeiro a agosto foram apreendidas 773 pedras de crak, num total de mais de 2 quilos da droga. Sob a jurisdição do capitão Marcondes estão também outras duas cidades, Dormentes (16 mil habitantes) e Afrânio (18 mil habitantes), nas quais também há registros da presença do crack. "E onde há drogas, há armas", acrescenta o policial.

Nas operações antidrogas do primeiro semestre, o 5º Batalhão apreendeu 112 armas curtas, 102 armas longas, 61 armas brancas (facas, facões). Foram recolhidos também quase 80 quilos de maconha e 13,3 quilos de cocaína em 174 papelotes. Um investigador de polícia, que trabalha em área ainda mais isolada, em pleno "polígono da maconha", onde fica o município de Floresta, diz que o uso do crack nas comunidades pequenas não ocorre como em São Paulo, onde os dependentes vagam em turmas, consumindo a droga nas ruas.

Na cracolândia do sertão, a cocaína em pedacinhos se espalhou pelos pontos de venda de drogas, as "bocas de fumo", e, como os saquinhos de pó, é consumida dentro de casa. O policial conta que encontrou em Floresta, a cidade de Etelvi, uma pedra de 120 gramas de crack, enterrada num quintal.

Entreposto

"Eles desenterram, quebram para vender os pedaços, depois voltam a enterrar o que sobra dentro de sacos plásticos", explicou o investigador. Segundo ele, o crack está servindo de moeda de troca no comércio da maconha, que ainda é produzida em plantações clandestinas na região, apesar da repressão das operações trimestrais da Polícia Federal naquela região. "Se não houver uma ação mais efetiva e rápida do estado, logo vamos ver por aqui a extensão semelhante ao que ocorre em São Paulo", prevê o investigador mostrando as fotos da droga, que guarda em seu computador.

Para Eduardo Henrique Passos, do núcleo da Polícia Federal instalado em Salgueiro, no meio do sertão, para coordenar a política de ataque às drogas, a cocaína que está sendo vendida na região é de "péssima qualidade". Salgueiro tem cerca de 60 mil habitantes e fica a cerca de 250 quilômetros de Petrolina. Foi transformada nos últimos anos em polo de operações de combate às plantações de maconha. "Salgueiro é um entreposto da distribuição de drogas", resume o policial federal.

No dia 29 de junho, a Operação Polígono da PM pernambucana, que tem até barreiras de concreto nas estradas, prendeu uma quadrilha em Petrolina e encontrou uma "novidade": uma pedra chamada de oxi, que foi identificada como uma nova droga. Para o delegado da PF, essa é somente uma nova forma, cada vez mais misturada, da cocaína que inunda o sertão. "E o crack é outra forma de apresentação da cocaína. Tudo depende é do grau de mistura de outras substâncias no preparo da pasta base." Os nomes diferentes, segundo Passos, até atrapalham as estatísticas."Pasta, coca, crack, oxi, é tudo cocaína", afirma.

Registro sem padrão

Conferindo as planilhas da PF, ele conta: nos últimos 12 meses foram apreendidos 47 quilos de cocaína, 1.081 quilos de maconha pronta para consumo, 281 mil mudas da planta, mais de 8 quilos de sementes e 606 gramas de crack. "O que é registrado como crack, é pedra de cocaína. Mas pode haver também a pedra registrada somente como cocaína", diz ele, que defende uma normatização para os registros.

O delegado, no entanto, se diz otimista com os resultados da presença da PF na caatinga. "Esse esforço já está dando resultados claros", afirma Passos. "Apreendemos dias atrás um carregamento de 100 quilos de maconha que vinha do Paraguai dentro da armação metálica da carroceria de um carro", contou. "É sinal de sucesso das operações de erradicação das plantações, que repetimos a cada três meses".

No Instituto de Criminalística de Salgueiro, a perita Yeda Sá Araújo passa boa parte do tempo analisando amostras de drogas. Foram 356 exames de comprovação química de drogas neste ano. Os laudos se acumulam na pequena e abafada sala. "Aqui aparece de tudo. Maconha, cocaína e crack, e muito armamento", diz ela, manuseando um saco plástico com as pedras de cocaína.

Chaga devastadora

Para além do constante trabalho da polícia, a chaga do vício rápido da pedra no interior nordestino pode ser constatada na observação da clínica de recuperação existente em Juazeiro. Já supera as internações por alcoolismo. De acordo com o presidente do Ceprev (Comunidade Evangélica para Recuperação de Viciados), Robson Vieira Pereira, 70% dos internos na instituição está em tratamento da dependência do crack. São os colegas de Etelvi, gente até de outros estados que chega a Juazeiro em busca de uma saída da pedra.

Na semana passada, sob temperatura de cerca de 38 graus, às 14h, um grupo de homens se reunia na sombra de uma construção sem paredes, usada para palestras. Ouviam uma palestra pontuada de pregações de fé religiosa contra as drogas e em defesa da vida. Na sala da diretoria, na casa principal, que tem outros três cômodos, usados como um escritório e consultório, Pereira coordena a clínica de desintoxicação.

"Os dependentes do crack, que é droga devastadora, recorrem ao Ceprev em maior quantidade", afirma, ressaltando que " é a velocidade do vício e o efeito danoso da droga na saúde dos usuários e de suas famílias que os levam a buscar ajuda rapidamente". Assim ocorreu com Eté, o rapaz de Floresta, assim chamado pelas irmãs e a mãe.

Vício e roubo

"Aqui já se pode ver eles fumando na rua (sic)", conta Olindina Maria da Silva, mãe de Etelvi, em entrevista na casa da família, em um bairro simples na entrada de Floresta, na semana passada. Lembrando dos dias difíceis que passou com o filho drogado, Olindina diz que lutou para tirá-lo do mau caminho. "Ele aqui vivia, dava uma volta e de repente chegava doido da cabeça. Então, quer dizer, não ia buscar em Belém, Petrolândia. Era aqui na cidade mesmo que ele encontrava", afirma. Foi no dia em que ela estava no carro da polícia, com o filho preso por roubar um celular para pagar droga, que os dois tiveram um diálogo duro para ambos.

"Ele me disse: mãe, me ajude. Não sou eu, mãe. Me ajude", recorda Olindina, emocionada, ao lado de uma filha e de netos, na varanda da pequena casa, na semana passada. "Ele começou na cachaça e na maconha", recorda Olindina. Há uns quatro anos, entrou no crack. "Eu disse a ele: o, meu filho, eu já passei por tanta coisa. Vou passar por essa agora, meu filho?" O rapaz, então, respondeu: "Mãe, tenha fé em Jesus. O que a senhora passou, não passa mais. Porque Deus é mais."

Firme diante de mais uma promessa do filho de largar a pedra, Olindina batalhou os R$ 300 necessários para o pagamento da taxa mensal de internação no Ceprev, de Juazeiro, para onde Eté foi mandado. Ela afirma que acredita na recuperação do rapaz. Mas não quer o filho de volta a Floresta tão cedo. Teme por ele. "A gente só não pode dizer a casa, é ali que vende, ou acolá. Ninguém é doido de entregar ninguém. Porque o senhor sabe, entregou agora, mais tarde já tá é lá duro, enterrado. É desse jeito".

Fonte: Estadão

DILMA É CAPA DA REVISTA NEWSWEEK

A presidente Dilma Rousseff é capa da próxima edição da revista 'Newsweek' internacional e da edição nacional americana. É a primeira vez que há destaque em mais edições da publicação para uma capa sobre o Brasil. A revista deve chegar às bancas nesta semana.

Com o título 'Don't mess with Dilma' (em tradução literal 'Não mexa com a Dilma'), a reportagem principal aborda o governo, a história política e também a vida pessoal da presidente.

A revista cita detalhadamente o crescimento econômico do Brasil e a participação de Dilma nesse processo de mudanças, iniciado com a gestão Lula. O assunto é endossado pela frase do presidente dos EUA, Barack Obama, quando esteve no Rio de Janeiro em março deste ano, dizendo que o Brasil era o país do futuro. Dilma será a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral da ONU, fato descrito como positivo e influente.

Na matéria, a presidente afirma saber do potencial brasileiro e pergunta ao repórter da 'Newsweek' se ele sabe qual é a diferença entre o Brasil e o resto do mundo. A própria Dilma responde dizendo que, em nosso País, os instrumentos de controle políticos existentes são fortes o bastante para combater um crescimento mais lento ou até a estagnação da economia mundial - diferente de outros países. Segundo Dilma, o Brasil pode cortar as taxas de juros porque fez um empréstimo cauteloso e tem um Banco Central rígido.

Na entrevista, Dilma confessa que, quando criança, queria ser bailarina ou bombeira. Para ela, uma menina querer ser presidente é um sinal de progresso. Dima também fala sobre sua passagem pela prisão, época em que fazia parte de um grupo revolucionário político, e que, por conta disso, aprendeu a ter esperança e paciência.

A presidente Dilma Rousseff vai receber o prêmio Woodrow Wilson Public Service Award, na próxima terça-feira, 20, em jantar no Hotel Pierre, em Nova York. A premiação também já foi concedida a Lula, em 2009.

Fonte: Estadão

TROPAS LEAIS A KHADAFI VOLTAM A ATACAR

Tropas leais ao líder deposto da Líbia Muamar Khadafi voltaram a lançar ataques nos arredores de Bani Walid, neste domingo.

Forças anti-Khadafi se protegem. Foto: Reuters
Os aliados do coronel mantiveram posições estratégicas no norte da cidade, 140 km a sudeste de Trípoli, de onde usaram morteiros e atiradores contra seus inimigos, que tentaram tomar Bani Walid na sexta-feira, mas foram forçados a bater em retirada.

Em outro reduto controlado pelas forças pró-Khadafi, a cidade costeira de Sirte, as tropas contrárias ao coronel vêm ganhando posições.

Enquanto os combates continuam em várias frentes, o Conselho Nacional de Transição, que governa a Líbia interinamente, começou a discutir um novo gabinete.

Violência

Explosões e rajadas de metralhadoras foram ouvidas na manhã de domingo em Bani Walid, quando forças pró-Khadafi começaram a atacar posições inimigas nos arredores da cidade.

Morteiros atingiram um prédio que abrigava as tropas contrárias ao coronel, assim como a entrada norte da cidade.

Um comandante anti-Khadafi, Absalim Gnuna, disse à agência de notícias Reuters: "Lutamos a noite inteira. Cercamos a cidade por todos os lados numa faixa de 40 km."

Gnuna disse também ter recebido ordens de tentar ajudar famílias presas na cidade a escapar.

Combatentes de cidades vizinhas também teriam sido convocados para reforçar as unidades anti-Khadafi em torno de Bani Walid.

Avanços

Em Sirte, a cidade natal do coronel, as forças contrárias a Khadafi teriam feito avanços, mas os violentos confrontos continuam.

O Conselho Militar de Misrata, perto dali, informou que 24 combatentes anti-Khadafi morreram no sábado e 54 ficaram feridos.

Um porta-voz do CNT, Abdul Rauf al-Mansuri, disse que suas tropas conseguiram controlar o aeroporto e uma grande base aérea na região, mas combatentes dizem que situação ainda não está consolidada.

Um professor que fugia de Sirte, Nouri Abu Bakr, disse à agência AP que as condições na cidade estão piorando, já que não há eletricidade e os estoques de alimentos e remédios estão acabando.

Muamar Khadafi está escondido em um local desconhecido desde que as forças da oposição tomaram a capital, Trípoli, em agosto.

Fonte: BBC Brasil

DILMA FIXA REGRAS MAIS DURAS PARA ONGS

A presidenta Dilma Rousseff decidiu endurecer as regras para assinatura de convênios entre os ministérios e organizações não-governamentais (ongs) do País. O objetivo é diminuir fraudes e desvios de recursos para entidades de fachada. Um novo decreto sobre o assunto deve ser publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
Segundo o iG apurou, a decisão foi motivada sobretudo após a Operação Voucher, da Polícia Federal, realizada em 9 de agosto deste ano. De acordo com as investigações, cerca de R$ 4,5 milhões do Ministério do Turismo foram desviados por meio de um convênio com a ong Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

Na oportunidade, a PF prendeu 36 pessoas, entre elas o então secretário-executivo do Turismo Frederico Silva da Costa. O caso ajudou a desgastar a imagem do então ministro Pedro Novais. Na quarta-feira passada, ele acabou demitindo-se após a revelação de que pagou uma governanta para sua casa com recursos da Câmara dos Deputados.O deputado Gastão Vieira (PMDB-Ma) assumiu o lugar de Novais na sexta-feira.

Mesmo antes da Operação Voucher, Dilma já pensava em endurecer as regras para assinaturas de convênios com ongs. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) já haviam revelado uma série de irregularidades, fraudes e desvios. O governo também decidiu dificultar a liberação de recursos para ongs, o que gerou reclamações da base aliada no Congresso.

Principais pontos do decreto

A reportagem do iG teve acesso aos pontos mais importantes do decreto na sexta-feira. Além da CGU, participaram da elaboração do texto final a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Secretaria-Geral da Presidência República. A coordenação coube à Casa Civil.

Por ordem expressa de Dilma, o decreto prevê que todos os convênios terão de ser assinados por ministros ou dirigentes de autarquias. Desde Operação Voucher, a presidenta já vinha dando essa recomendação informalmente. A partir desta segunda-feira, será obrigatório a assinatura do ministro. O objetivo é aumentar a responsabilidade dos comandantes das pastas.

O decreto também prevê que somente ongs com mais de três anos de experiências na área específica do objeto poderão firmar convênios com o governo. Isso ajudar a evitar a contratação de ongs de fachada. Mais. Todos os convênios também terão de ser precedidos por chamamento público _neste caso, deverá ser publicada ainda uma portaria definindo os detalhes.

Segundo o decreto, a Secretaria Geral da Presidência da República, hoje sob o comando o ministro Gilberto Carvalho, terá papel de destaque. A pasta será responsável por formar uma comissão com representantes de sete ministérios e de sete entidades da sociedade civil. O grupo fará a revisão de convênios, os contratos de repasses e os termos de parceria.

Fonte: IG