quinta-feira, 22 de setembro de 2011

FÍSICOS DESCOBREM PARTÍCULAS MAIS RÁPIDAS QUE A LUZ

Físicos anunciaram esta quinta-feira (22) que partículas subatômicas denominadas neutrinos podem viajar mais rápido que a luz, uma descoberta que, se comprovada, seria inconsistente com a teoria da relatividade de Einstein.

Em experimentos feitos entre o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça, e um laboratório na Itália, as minúsculas partículas foram cronometradas a uma velocidade de 300.006 km/seg, sutilmente mais rápido do que a velocidade da luz, afirmaram os cientistas.

“Dá uma sensação de que tem alguma coisa errada, que isso não pode estar acontecendo,” disse James Gillies, porta-voz do Cern. Ele afirmou que os resultados surpreenderam tanto os pesquisadores da instituição que eles pediram que outros colegas verificassem suas medições antes de anunciar de fato a descoberta.”Eles estão convidando a comunidade mundial da Física a examinar minuciosamente seu trabalho, e idealmente, conseguir que alguém repita os resultados,” afirmou.

A equipe do acelerador de partículas do Fermilab, nos Estados Unidos, já se comprometeu a iniciar esse trabalho. “É um choque,” disse o chefe do grupo de Física Teórica do Fermilab, Stephen Parke, que não fez parte da pesquisa na Suíça. “Vai nos causar um monte de problemas, isso é fato. Se é que é mesmo verdade”. 

O Fermilab conseguiu resultados semelhantes em 2007, mas a margem de erro era tão grande que minimizou sua importância científica.

Cientistas de fora do Cern mostraram ceticismo. Ainda assim, é nisso que apostam alguns membros da comunidade científica: "Rastrear neutrinos é muito difícil. Esse resultado tem que ser algum tipo de erro," disse Drew Baden, chefe do departamento de Física da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. "Até o resultado ser replicado por um segundo grupo, é um tapete voador", afirmou à AP.

O Cern afirma que um raio de neutrinos (conhecidos por ser uma das partículas mais estranhas da Física moderna) disparado de Genebra para um laboratório na Itália a 730 quilômetros de distância viajou 60 nanossegundos mais rápido que a velocidade da luz, com uma margem de erro de 10 nanossegundos (um nanossegundo é um bilionésimo de segundo). 

Mas como as implicações do experimento são importantes, os cientistas passaram meses checando e rechecando seus resultados para garantir que não houve erros e falhas na experiência. “Não achamos nenhum erro que pudesse explicar este resultado,” afirmou Antonio Erediato, físico da Universidade de Berna, na Suíça, que esteve envolvido na experiência, chamada de OPERA.

Além do Fermilab, nos Estados Unidos, outro centro de pesquisa que pode replicar a experiência é o T2K, no Japão, que no momento está desativado por conta do terremoto de 11 de março.

Mas os cientistas concordam que se os resultados forem confirmados, eles vão forçar uma revisão completa das leis da física.

A Teoria da Relatividade de Einstein, que diz que a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz é a base de toda a física moderna, afirmou John Ellis, físico do Cern que não esteve envolvido na experiência. “Funcionava perfeitamente até agora”, ressaltando que os pesquisadores do OPERA podem ter a responsabilidade de explicar como neutrinos mais rápidos que a luz não foram descobertos até agora.

Outros cientistas acham que a Teoria da Relatividade pode sobreviver a esta descoberta. Stephen Parke, do Fermilab, diz que poderia haver algum tipo de "atalho cósmico" por uma outra dimensão que permita que os neutrinos sejam mais rápidos que a luz. Já Alan Kostelecky, da Universidade de Indiana, nos EUA, afirma que algumas situações não são exatamente como Einstein as previu, e isso pode mudar o resultado. "Você nunca vai conseguir matar a teoria de Einstein. É impossível, ela funciona bem demais," afirmou. "Este caso só precisa ser melhor estudado". 

Fonte: IG

TRAGÉDIA EM SÃO PAULO: GAROTO DE 1O ANOS ATIRA EM PROFESSOR E DEPOIS SE SUICIDA

Um aluno de 10 anos atirou contra uma professora e depois se matou na Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, segundo a prefeitura da cidade.

De acordo com testemunhas, o menor D.M.N., que cursava o 4º ano, atirou na professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38 anos, dentro da sala de aula, onde estavam outros 25 alunos. Em seguida, ele se retirou da sala e disparou um tiro na própria cabeça.


O aluno e a professora foram socorridos com vida. Ele foi atendido no hospital de Emergência Albert Sabin, teve duas paradas cardíacas e morreu às 16h50. A professora foi socorrida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar e levada para o Hospital das Clínicas, em São Paulo.

A arma usada por D.M.N é de seu pai, o guarda civil municipal Milton Nogueira. Segundo o secretário de Segurança, Moacyr Rodrigues, o revólver é particular, e não da corporação. O pai do aluno pode ser acusado de negligência e responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Ainda de acordo com o secretário, a conduta do guarda civil sempre foi "exemplar" e vizinhos contam que a família era um modelo na vizinhança.

Disparos

Aluno da escola, Luan Pereira, de 15 anos, conta que assistia à aula em uma sala localizada no mesmo corredor em que aconteceram os disparos quando ouviu dois "estouros". "Achamos que fosse uma bomba. Saímos correndo e vimos o chão todo ensanguentado. Pensamos que fosse um assalto. Entramos de volta na sala e começamos a colocar cadeiras na porta", conta. "Depois muita gente passou correndo e chorando".

Ainda segundo ele, amigo do irmão mais velho de D.M.N, o garoto era tímido, sozinho e não andava com amigos. "Mas também nunca se envolveu em brigas", conta. Vizinha do menino e estudante da mesma escola, Gabrielle Areaz, de 16 anos, conta que a família do menino é considerada exemplar no prédio onde moram e que ele é "bem calmo, muito tímido e não brincava com as outras crianças. A maioria das crianças brinca no prédio, mas eu nunca o vi por lá". Gabrielle conta que o viu antes de ir para a aula, na manhã desta quinta, e ele parecia calmo, sem nada que chamasse a atenção. 

O corpo do aluno foi liberado do hospital e está no Instituto Médico Legal de São Caetano do Sul. A família ainda não decidiu onde vai enterrá-lo.

A professora continua internada no Hospital das Clínicas, onde irá passar por uma cirurgia. O tiro foi na região posterior do lado esquerdo, altura do quadril, e a bala está alojada entre o reto e o útero. Rosileide teve fratura de bacia. Segundo informações da prefeitura de São Caetano do Sul, seu estado de saúde é considerado moderado e ela está fora de perigo. Rosileide é professora da rede municipal desde fevereiro de 2005.

Escola é uma das melhores públicas do País

A escola municipal Professora Alcina Dantas Feijão, segundo o censo 2010, tem 2.204 alunos nos ensinos fundamental e médio e 118 professores. A instituição está entre as melhores escolas públicas do País.

Na fase inicial do ensino fundamental, que vai do 1º ao 5º ano e inclui a série em que estudava o menino, a unidade foi a 14ª colocada em todo o Brasil entre as públicas no Índice da Educação Básica, o Ideb, com nota 6,7 acima da média das públicas (4,4) e mesmo das instituições particulares (6,4).

Fonte: IG

JUSTIÇA DA FRANÇA PUNE AS PRIMEIRAS MUÇULMANAS POR USO DO VÉU


A Justiça da França aplicou pela primeira vez nesta quinta-feira a lei que proíbe o uso de véus em locais públicos, multando duas muçulmanas que desafiaram a polêmica proibição.


Hind Ahmas com a multa recebida pela corte francesa nesta quinta (AP)Hind Ahmas e Najate Naït Ali usaram o niqab – que cobre o rosto, deixando apenas o olho à mostra – e foram multadas em 120 euros e 80 euros (R$ 200), respectivamente. Mas prometeram recorrer da sentença e acionar a Corte Europeia de Direitos Humanos.

A lei que veta o uso de véus em espaços públicos foi implementada em abril, e, desde então, a polícia francesa emitiu diversas multas para islâmicas que estivessem com a face coberta. Mas os casos desta quinta foram os primeiros punidos judicialmente.

A decisão pode ter implicação em outros países europeus que já impuseram ou discutem a imposição de vetos semelhantes, apesar de críticas de que a lei fere liberdades constitucionais.

Em contrapartida, grupos muçulmanos alegam que, por conta da lei, mulheres com véus têm sido agredidas no país.

Briga legal

As duas mulheres punidas nesta quinta haviam sido presas em maio, quando levaram um bolo de aniversário para Jean-François Cope, líder do partido direitista UMP, o mesmo do presidente Nicolas Sarkozy e que patrocinou a criação da lei antivéu.

Hind Ahmas disse, antes da audiência, que esperava receber a punição, para poder levar o caso à Corte Europeia de Direitos Humanos.

Segundo correspondentes da BBC, o caso ainda teria que passar por muitas instâncias até chegar à corte europeia. Mas uma decisão nessa instância teria amplo efeito na Europa.

“Fomos sentenciadas sob uma lei que viola a lei europeia. Não é o tamanho da multa, é o princípio. Não podemos deixar que as mulheres sejam condenadas por seguir livremente suas convicções religiosas”, disse Ahmas, segundo a agência France Presse.

À BBC, Ahmas, uma mulher divorciada de 32 anos, disse que sua família não segue o islã de maneira rígida e que ela decidiu usar o niqab há apenas seis anos, como uma mulher adulta solteira e educada que redescobriu sua fé.

Política

A França foi o primeiro país europeu a banir o uso público dos véus. Segundo a nova lei, qualquer mulher - francesa ou estrangeira - que andar nas vias públicas ou parques usando vestimentas islâmicas como niqab ou burqa (que cobre tudo, deixando uma tela sobre os olhos) pode ser parada pela polícia e multada.

O governo francês alega que os véus vão contra os princípios que guiam a vida em sociedade, além de relegar as mulheres a um status inferior, incompatível com as noções francesas de igualdade.

A sentença desta quinta foi acompanhada com atenção por países como Bélgica, Itália, Dinamarca, Áustria, Holanda e Suíça, países que já têm – ou planejam – legislações semelhantes à francesa.

Em novo capítulo da polêmica, uma conhecida ativista muçulmana francesa e defensora do niqab, Kenza Drider, anunciou nesta quinta sua candidatura à Presidência da França nas eleições de 2012.

Drider se tornou representante de francesas muçulmanas que insistem em usar o véu, alegando que se trata de uma escolha pessoal e um direito tolhido pela lei em vigor.

“A realidade é que há muito desemprego e muitos problemas na França. Então não vamos dar atenção ao que eu uso, vamos lidar com esses problemas”, declarou Drider ao anunciar a candidatura.

Autoridades francesas citadas pela AFP estimam que apenas 2 mil mulheres, de uma população de muçulmanas calculada entre 4 e 6 milhões, usam véus que cobrem o rosto inteiro. Por isso, críticos acusam Sarkozy de patrocinar a lei para conquistar votos do eleitorado conservador.


Fonte: BBC Brasil

BANCO MUNDIAL AFIRMA QUE MUNDO ESTÁ EM "ZONA DE PERIGO"

Em mais um dia de queda nos mercados financeiros ao redor do mundo, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que o mundo está em uma “zona de perigo” e que a crise da dívida em países desenvolvidos pode se espalhar para emergentes.

“Ainda acho improvável um segundo mergulho recessivo das maiores economias do mundo, mas minha confiança nisso está sendo erodida diariamente pelas notícias econômicas”, declarou Zoellick, durante o encontro do FMI e do Banco Mundial em Washington, nesta quinta-feira.

“Uma crise feita no mundo desenvolvido poderia se tornar uma crise para países emergentes. Europa, Japão e EUA têm de agir para enfrentar seus grandes problemas econômicos antes que eles se tornem problemas maiores para o resto do mundo.”

Ao mesmo tempo, as bolsas globais repercutiam de forma pessimista as advertências, na véspera, do Fed (banco central americano) sobre as perspectivas para a recuperação econômica dos EUA.

Tanto no Dow Jones, em Nova York, quanto na Bovespa, as cotações caíram quase 3% na abertura do pregão. A cotação do dólar chegou a R$ 1,94, mas no início da tarde estava em R$ 1,88.

Na quarta-feira, o Dow Jones já havia caído 2,5%, depois de o Fed dizer que "os recentes indicadores apontam para a contínua fraqueza do mercado de trabalho (americano), e as taxas de desemprego permanecem elevadas”.

O banco anunciou a compra de US$ 400 bilhões em títulos de longo prazo para colocar no mercado valor semelhante em títulos de curto prazo, em uma estratégia para aumentar a liquidez na economia americana, principalmente para fomentar empréstimos a hipotecas e negócios.

Brics

Ainda no encontro desta quinta, Zoellick disse que os países dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) devem se concentrar em medidas internas e pediu que evitem a tentação do protecionismo.

Segundo Zoellick, após um período de alta durante o ápice da crise econômica mundial, o protecionismo registrou queda recentemente, devido às pressões inflacionárias em muitos países, mas pode voltar a crescer.

"Não deixem os países navegarem para o protecionismo", afirmou. "Haverá a tentação de alguns países de começar a proteger suas indústrias manufatureiras."

O presidente do Banco Mundial, porém, lembrou que, no caso do Brasil, a indústria vem enfrentando dificuldades devido à pressão provocadas pela valorização do real frente ao dólar.

Zoellick citou ainda a necessidade de reformas estruturais nos países da América Latina, para que possam diversificar suas economias, já que a demanda por produtos agrícolas pode não se manter em alta indefinidamente.

Caminho ‘estreito’

As advertências de Zoellick foram ecoadas por Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), que disse que a situação econômica global está em uma posição “perigosa” e que o caminho rumo à recuperação é "mais estreito do que três anos atrás".

Lagarde ainda afirmou que os líderes internacionais devem agir rapidamente em termos de consolidação fiscal, controle de dívidas internas e reformas do setor público.

Fonte: BBC Brasil

DÓLAR CHEGA A 1,95 E CAI COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL

O dólar comercial diminuiu o ritmo de alta após o Banco Central (BC) anunciar a retomada da oferta de contratos de swap cambial tradicional, que não era realizada pela autoridade monetária desde 26 de junho de 2009. Na máxima, a moeda americana chegou a subir 5,8%, a R$ 1,952, mas arrefeceu o valorização e subia 3,36% às 10h13 (de Brasília), a R$ 1,907. Ontem, a moeda americana encerrou a R$ 1,84, na maior alta diária desde a crise de 2008. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta quinta-feira, 22, com recuo de 2,99%.

O swap cambial é uma troca oferecida pelo Banco Central aos investidores por meio da venda de contratos em leilões no mercado. No swap cambial tradicional, o Banco Central oferece ao investidor receber remuneração em juro, em troca da remuneração em dólar.

Esses contratos foram muito vendidos nas épocas de forte valorização do real. Como nos contratos de swap cada uma das pontas se compromete a pagar a oscilação de uma taxa, se a variação do juro for maior que a do câmbio no período de vigência do contrato, o investidor receberá mais do que precisará pagar.

Na Europa, o mercado de ações reage com pessimismo às últimas decisões do banco central americano (Federal Reserve) para reativar a economia do país. A Bolsa de Londres desaba 4,94%, Frankfurt recua 4,64%% e Paris cede 5,41%.

Ontem, o Fed deu mais um passo não convencional para tentar estimular a economia norte-americana que flerta com a recessão, afirmando que vai aumentar a fatia de Treasuries (títulos) de longo prazo de sua carteira em US$ 400 bilhões até junho de 2012, num esforço para tornar o crédito mais barato e impulsionar os gastos e os investimentos. Para manter as taxas de hipotecas baixas, o Fed também disse que vai reinvestir os recursos dos ativos lastreados em hipotecas e das dívidas das agências que vencerem em ativos hipotecários.

O resultado prático das medidas tem efeito duvidoso. Muitos analistas dos Estados Unidos a reivindicaram não propriamente por contarem com efeitos milagrosos, mas por entenderem que alguma coisa o Fed tinha de fazer para passar a impressão de que enfrenta corajosamente a paradeira exasperante da economia americana e o drama de 14 milhões de desempregados (9,1% da força de trabalho).

As Bolsas da Ásia também recuaram forte, com baixas superiores a 2%. A Bolsa de Tóquio caiu fortemente nesta quinta-feira, com o índice Nikkei encerrando o pregão com perda de 2,1%, para 8.560,26 pontos. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 2,8% e encerrou aos 2.443,06 pontos.

Fonte: Estadão

TUFÃO ROKE DEIXA 10 MORTOS E 60 FERIDOS NO JAPÃO

O tufão Roke deixou 10 mortos em sua passagem pelo Japão, além de ter provocado problemas nos sistemas de transportes e obrigado uma suspensão das obras na central nuclear acidentada de Fukushima, onde não provocou danos.

Do Pacífico Sul, o tufão seguiu entre quarta-feira e quinta-feira para o norte e alcançou a ilha principal Honshu, onde foram registradas chuvas intensas e ventos que superaram 150 km/h.

O fenômeno afetou a região de Tohoku (nordeste), arrasada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, onde fica a central de Fukushima.

A central nuclear de Fukushima, onde continuam as obras de neutralização das instalações destruídas por explosões, ficou exposta às chuvas do Roke, o que fez com que a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) tomasse medidas de segurança e suspendesse os trabalhos.

Durante a passagem do tufão não foram registrados danos na central.

Ao mesmo tempo, foi registrado um terremoto de 5,3 graus de magnitude às 22h30 locais na região. Seu epicentro situou-se na cidade de Ibaraki, localizada entre Tóquio e Fukushima. Os serviços de resgate não informaram até o momento sobre a existência de vítimas ou danos materiais.

As fortes chuvas que acompanham o tufão deixaram ao menos 10 mortos e cinco desaparecidos no centro e no oeste do país. Sessenta pessoas ficaram feridas.

O tufão causou inundações na cidade de Aichi, pulmão industrial do centro do Japão, onde as autoridades aconselharam mais de um milhão de pessoas a abandonar suas casas para se proteger em abrigos.

Várias estradas foram fechadas e cerca de 600 voos cancelados, segundo a imprensa.

Em Tóquio, que recuperou a tranquilidade durante a noite, houve cortes de eletricidade e o tufão arrancou muitas árvores, sem deixar feridos.

Os trens e metrôs da capital, suspensos durante parte do dia, foram progressivamente reativados durante a tarde, quando milhares de trabalhadores tentavam voltar para casa.

Entre as empresas, a maior montadora japonesa de automóveis, Toyota, suspendeu a produção em 11 de suas 15 fábricas japonesas pela chegada do tufão, indicou um porta-voz.

O grupo de indústrias pesadas Mitshubishi Heavy Industries (MHI) interrompeu a produção em cinco fábricas de aeronáutica e motores, no centro do país.

O Japão é atingido por pelo menos uma dezena de tufões por ano, entre julho e outubro. Os arranha-céus das grandes cidades são construídos para resistir tanto a intensas rajadas de vento quanto a terremotos.

Fonte: Jornal do Brasil

OBAMA VAI VETAR A CRIAÇÃO DO ESTADO PALESTINO

O presidente americano, Barack Obama, disse ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, nesta quarta-feira, que vai vetar seu pedido de reconhecimento do Estado palestino como membro pleno das Nações Unidas.

Mahmoud Abbas e Barack Obama
Apesar disso, na conversa de 45 minutos entre os dois líderes, Abbas afirmou que vai seguir adiante com o pedido, segundo informações divulgadas pela Casa Branca.

Mais cedo, em discurso na Assembleia Geral da ONU, Obama havia afirmado que os palestinos merecem um Estado próprio, mas que "não há atalhos para a paz" no Oriente Médio e que esse Estado só poderá ser obtido por negociações com Israel.

Para o líder americano, "a paz não virá por meio de comunicados e resoluções da ONU", e sim por meio de diálogos – atualmente emperrados – sobre os temas que dividem palestinos e israelenses.

Alternativa

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou que um veto do pedido palestino pelos Estados Unidos pode gerar um novo ciclo de violência no Oriente Médio e propôs uma solução alternativa: dar à Autoridade Palestina o status de Estado observador, em vez de membro pleno.

Sarkozy também defendeu a criação de um cronograma claro para as negociações: um mês para o início do diálogo, seis meses para discutir fronteiras e segurança e um ano para finalizar um "acordo definitivo".

O presidente Obama também teve um encontro com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

Após a reunião, o premiê disse que Obama merecia uma "condecoração" por sua defesa de Israel.

Manifestações

Os palestinos vêm intensificando os esforços diplomáticos para serem reconhecidos internacionalmente, diante dos impasses que marcam as negociações de paz.

Na Cisjordânia, escolas e repartições públicas ficaram fechadas na quarta-feira e milhares de pessoas participaram de manifestações em defesa do Estado palestino.

A previsão é de que Abbas formalize o pedido de reconhecimento da ONU na sexta-feira, após seu discurso na Assembleia Geral, em uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Se o pedido for aprovado por Ban, o Conselho de Segurança examinará e votará a proposta. É nesse Conselho que os EUA têm poder de veto.

"Estou convencido de que não há atalhos para o fim de um conflito que perdura por décadas", disse Obama perante a Assembleia Geral, em Nova York. "No fim das contas, israelenses e palestinos – e não nós – devem chegar a um acordo nos temas que os dividem: fronteiras e segurança, refugiados e Jerusalém."

Impasse

A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, qualificou o pedido palestino de "um estratagema pouco sábio".

Já Ban Ki-moon, em seu discurso, pediu novos esforços internacionais para quebrar o "impasse" no Oriente Médio.

Ainda que o eventual reconhecimento da ONU tenha peso mais simbólico do que prático, os palestinos argumentam que a medida daria força aos diálogos de paz.

Já Israel diz que o reconhecimento aumentaria as tensões regionais e não resolveria as questões bilaterais pendentes.

Pouco antes da fala de Obama, a presidente Dilma Rousseff - primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU - "lamentou" que ainda não exista um Estado palestino integrando as Nações Unidas.

Fonte: BBC Brasil

AMERICANOS PRESOS NO IRÃ SÃO LIBERTADOS

Os americanos Shane M. Bauer e Joshua F. Fattal foram libertados sob fiança nesta quarta-feira da prisão de Evin, no norte da capital iraniana, após terem ficado presos por dois anos sob acusação de espionagem, informou a mídia estatal iraniana.


Segundo a agência oficial Irna, os dois, ambos de 29 anos, partiram do aeroporto Mehrabad de Teerã às 19h local (11h30 de Brasília) a bordo de um avião rumo a Omã antes de viajar aos EUA na companhia de suas famílias. O pai de Bauer, sua mãe e suas duas irmãs viajaram a Omã para recebê-lo, e o pai, a mãe e o irmão de Fattal fizeram o mesmo.

Esse é "o dia mais feliz de nossas vidas", comemoraram as famílias dos dois americanos em um comunicado, no qual agradeceram ao sultão de Omã e ao embaixador da Suíça no Irã por terem contribuído para a libertação. "É o dia mais feliz de nossas vidas. Esperamos esse momento por quase 26 meses, e a alegria e alívio que sentimos (...) não têm limites", disseram.

O presidente dos EUA, Barack Obama, reagiu afirmando que a libertação dos dois turistas americanos é uma "notícia formidável". "Estamos muito satisfeitos (...) esse é um dia maravilhoso para eles e para nós", declarou Obama a jornalistas em Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU.

O presidente Obama também saudou, em um comunicado divulgado pela Casa Branca, "os esforços incansáveis de suas famílias durante esses dois anos".

Bauer e Fattal saíram da prisão em um comboio de veículos a bordo dos quais se encontravam diplomatas da Suíça e de Omã, assim como "representantes do governo de Omã que chegaram a Teerã para a libertação", afirmou a Irna. Antes da libertação, Masoud Shafiei, advogado dos americanos, disse que eles seriam entregues a diplomatas suíços, cujo país representa os interesses americanos no Irã na ausência de relações diplomáticas entre Washington e Teerã.

A fiança de US$ 500 mil dólares por cada foi paga por Omã. Em 21 de agosto, o procurador-geral de Teerã, Abbas Jaafari Doulat Abadi, confirmou oficialmente a sentença de oito anos de prisão para Bauer e Fattal, detidos em 31 de julho de 2009 ao lado da também americana Sarah Shourd, de 32 anos, quando faziam trilhas em uma área montanhosa do Curdistão iraquiano, onde a fronteira entre Irã e Iraque é difusa.

Há um ano, Sarah foi libertada por motivos de saúde e humanitários, pagando uma fiança de US$ 500 mil. Ela voltou para os EUA, mas seus dois companheiros permaneceram em uma prisão de Teerã.

Ao confirmar a sentença de Bauer e Fattal, Abadi esclareceu que os condenados tinham 20 dias para recorrer da sentença, o que foi feito pelo advogado de ambos.

Os três acusados tinham se declarado inocentes e haviam pedido a absolvição. Segundo eles, em nenhum momento tiveram intenção de entrar em território iraniano. Eles disseram ter se perdido e errado o caminho.

A notícia da soltura dos americanos vem um dia antes do discurso do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Fonte: IG