quinta-feira, 29 de setembro de 2011

NA POLÔNIA LULA RECEBE PRÊMIO DE LECH WALESA

O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira, em Gdansk (norte da Polônia), um prêmio criado por Lech Walesa, líder histórico do sindicato polonês Solidariedade.

O prêmio de 100.000 euros, acompanhado por um diploma e uma medalha, que foi entregue em uma cerimônia exibida pela televisão, foi atribuído a Lula para recompensar "sua ação em favor de um entendimento pacífico e de uma cooperação solidária entre os povos", segundo um comunicado da Fundação Lech Walesa, Prêmio Nobel da Paz em 1983 e ex-presidente da Polônia (1990-1995).

"Em outra época escolhemos caminhos opostos entre o socialismo e a economia de mercado", recordou Walesa durante a cerimônia.

"Na Polônia, nós consideramos que não havia uma terceira via, que agora tampouco existe, mas então não tínhamos alternativa. Atualmente o capitalismo está aqui, mas acredito que não tem o sabor esperado", declarou Walesa.

"Naquela época, vocês estava equivocado, mas agora é você que tem razão (...). O que hoje nos parece bom e bonito, talvez amanhã não seja", acrescentou o ex-presidente polonês.

Ao agradecer o prêmio, o ex-presidente brasileiro destacou as muitas semelhanças entre Lech Walesa e ele: ambos nasceram em famílias modestas, não puderam estudar e assumiram espontaneamente o comando de movimentos de protesto antes de chegar aos maiores cargos em seus respectivos países.

"Nós, cada um a sua maneira, enfrentamos desafios para transformar nossos países no espírito da democracia e do diálogo", afirmou.

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, que participou na cerimônia, também elogiou Lula.

"Temos a honra de nos inclinarmos ante o homem que para mitos de nós prolongou este grande sonho que nós tornamos realidade e do qual Lech Walesa foi e continua sendo o símbolo", afirmou.

O prêmio anual Lech Walesa, criado em 2008, pretende "recompensar os que militam a favor do entendimento e da cooperação solidária dos povos, em nome da liberdade e dos valores do movimento Solidariedade".

Fonte: AFP

JUSTIÇA DE SÃO PAULO MANTÉM LIMINAR QUE PROÍBE A ENTREGA DE LEITOS DE HOSPITAIS PÚBLICOS AOS PLANOS DE SAÚDE

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu manter nesta quinta, 29, a liminar que proibiu a entrega de até 25% dos leitos do Instituto do Câncer de São Paulo e do Hospital de Transplantes Dr. Euryclides de Jesus Zerbini a pacientes particulares ou de plano de saúde.

A liminar foi concedida no início deste mês a pedido do Ministério Público estadual, para quem a legislação que autorizou hospitais públicos administrados por Organizações Sociais (OSs) a destinar parte de seus serviços a convênios médicos favorece a chamada "porta dupla" na rede pública.

Na semana passada, o governo do Estado entrou com um agravo para tentar reverter a decisão. A Secretaria de Estado da Saúde alega que a finalidade da lei é permitir que os hospitais possam ser ressarcidos pela assistência prestada a pacientes de planos de saúde. Mas o pedido foi negado pelo Desembargador José Luiz Germano. 

Em sua decisão, Germano afirmou que "o paciente do SUS tem hoje atendimento. Pode não ser o atendimento ideal, mas ele está ao seu dispor, sem qualquer pagamento. O paciente dos planos de saúde tem a sua rede credenciada, que não lhe cobra porque isso já está embutido nas mensalidades. Se ele precisar da rede pública, poderá utilizá-la sem qualquer pagamento, mas sem privilégios em relação a quem não tem plano", disse. 

Ainda segundo o Desembargador, "a criação de reserva de vagas, no serviço público, para os pacientes de planos de saúde, aparentemente, só serviria para dar aos clientes dos planos a única coisa que eles não têm nos serviços públicos de saúde: distinção, privilégio, prioridade, facilidade, conforto adicional, mordomias ou outras coisas do gênero. Não é preciso dizer que tudo isso é muito bom, mas custa muito dinheiro. Quando o dinheiro é particular, tudo bem. Mas quando se trata de dinheiro público e com risco disso ser feito em prejuízo de quem não tem como pagar por tais serviços, aí o direito se considera lesado em princípios como igualdade, dignidade da pessoa humana, saúde, moralidade pública, legalidade, impessoalidade e vários outros", explicou.

Fonte: Estadão

JOVENS ESPANHÓIS FICAM MAIS TEMPO COM OS PAIS APÓS A CRISE

A Espanha está na lanterninha da emancipação familiar na Europa, com sete em cada dez jovens entre 22 e 30 anos que ainda moram com os pais, diz um estudo divulgado no país.

A taxa espanhola é mais que o dobro da média dos países nórdicos (30%) e ainda fica longe dos índices das nações centro-europeias (52%). Apenas Eslovênia, Polônia, Bulgária e Portugal têm cifras similares.

Este fenômeno foi analisado no relatório Individualização e Solidariedade Familiar, divulgado neste mês pelo sociólogo Gerardo Meil.

Segundo o estudo, que pesquisou a situação de 1.200 famílias espanholas, o fator principal que dificulta a emancipação dos jovens é a crise econômica.

"Em um contexto de desemprego, precariedade no mercado de trabalho e alta dos aluguéis, o lar familiar funciona como um seguro permanente", cita o relatório.

"O pior é que a faixa etária de não emancipados tem subido desde 2008, já iguala os índices de 17 anos atrás e inclusive está a ponto de superar as mais antigas", disse o sociólogo à BBC Brasil.

Em outras palavras, se a situação se mantiver, os jovens espanhóis do século 21, sairão de casa mais velhos do que seus próprios pais quando estes fizeram o mesmo na casa de seus avós . "É algo muito preocupante", disse Meil.

União familiar

Viver com os pais permite economizar dinheiro, aumentar o nível de consumo, mas também reforça a união familiar, de acordo com o estudo.

Tanto que 69% dos que deixam a casa dos pais preferem morar numa distância limite de apenas cinco quilômetros. E 74% visitam os pais ao menos uma vez por semana.

Os avós também entram na categoria "seguro permanente". Um em cada três avôs e avós entre 65 e 75 anos colabora com a renda de seus netos.

Para o sociólogo da Universidade Complutense de Madri Juan Díez, o problema não é apenas a crise. Existe ainda um parâmetro que difere ricos de pobres.

"Ao contrário do que parece, os que demoram mais a sair são os filhos de famílias ricas porque têm mais recursos e decidem prolongar indefinidamente seus estudos. Os pobres se emancipam antes por ter mais consciência", disse Díez à BBC Brasil.

Unicamp

A situação dos jovens espanhóis foi analisada até mesmo no Brasil. Um estudo das universidades Autônoma de Barcelona e Unicamp, publicado em fevereiro na Revista Espanhola de Investigações Sociológicas, indica que este atraso na emancipação aumentou seis anos em duas décadas.

Em 1981 a média era de 22 anos para mulheres e 24 para homens na hora de deixar o lar familiar. Em 2001 (último censo) passou para 28 e 30, respectivamente.

Para os pesquisadores Joice Melo Vieira (Unicamp) e Pau Miret Gamundi (Universidade Autônoma de Barcelona), os jovens espanhóis prolongam a fase estudantil com o fim de conseguir melhores oportunidades profissionais e relegam os projetos pessoais a segundos planos.

Mas, além da crise e dos objetivos profissionais, outros especialistas citam um fator que contribui com esta falta de iniciativa por declarar independência: a permissividade dos pais.

Falta de recursos

Uma pesquisa feita pelo Centro de Investigações Científicas em parceria com o Instituto da Juventude (ambas instituições do governo nacional) definiu o perfil dos filhos adultos que moram com os pais e como atuam.

O relatório chamado Jovens e Moradia teve conclusões como: apenas 10% dos entrevistados acham que viver com os pais é a melhor opção; 80% o fazem por falta de recursos financeiros.

Oito de cada dez jovens responderam que têm liberdade para fazer festas em casa; 85% que podem levar namorados; 75% vão dormir e acordam quando queiram; assim como 70% não tem hora para chegar em casa ou restrições por dormir fora.

O maior controle é na hora de manter relações sexuais em caso de relacionamentos esporádicos: apenas 30% disseram que tem permissão familiar.

Um dos autores deste relatório, o sociólogo Marco Albertini, acha que também há diferenças de mentalidade entre países desenvolvidos e menos industrializados que condicionam a educação e permissividade de pais e filhos.

"Nos países nórdicos os adultos usam as ajudas sociais para promover a independência de seus filhos. Aqui na Espanha estes recursos são destinados para que os filhos tenham melhores condições de vida nas casas dos pais".

"Estão no limite de sua idade de trabalho, deveriam estar desfrutando da aposentadoria, contam com menos recursos e ainda assim se ocupam da economia de seus filhos que já estão criados", concluiu.

Os especialistas espanhóis também ressaltam a influência de um fator cultural como a religião neste vínculo longa de convivência familiar. Indicando que os países com piores índices de emancipação sejam católicos: Espanha, Itália, Portugal e Polônia.

Fonte: BBC Brasil

PARLAMENTO ALEMÃO APROVA AMPLIAÇÃO DO FUNDO DE RESGATE EUROPEU

O Parlamento da Alemanha aprovou nesta quinta-feira a concessão de novos poderes para o fundo de auxílio destinado aos países da zona do euro, conhecido como Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

A chanceler alemã, Angela Merkel, visita o Parlamento europeu pouco antes de votação de medida que amplia poderes de fundo de resgate europeu
A aprovação se deu por 523 votos contra 85. Ao todo, oito parlamentares se abstiveram. A votação vinha sendo considerada um teste de popularidade da coalizão de centro-direita comandada pela chanceler alemã, Angela Merkel.

O fundo ampliado era tema de divergências dentro da própria coalizão de governo.

A ampliação do fundo de resgate era considerada necessária para auxiliar os países endividados do bloco europeu, como a Grécia, e impedir que os gregos e outras nações que enfrentem pesadas dívidas decretem moratória.

Com a aprovação pela Câmara Baixa do Parlamento, a medida segue agora para a Câmera Alta, onde a expectativa é de que ele seja ratificada na sexta-feira, em votação.

A ampliação do fundo, acordada em junho deste ano, foi aprovada também na quarta-feira pelo Parlamento da Finlândia - onde a medida enfrentava resistência. Com a ratficação pelos dois países, o fortalecimento do fundo já foi aprovado por 11 dos 17 Parlamentos dos países da zona do euro.

A fim de que o fundo fortalecido entre em vigor, ele precisa ser aprovado por parlamentares de todos os países do bloco. Com a aprovação pela Alemanha, a maior economia da região do euro, a expectativa é de que deputados das demais nações europeias sigam o mesmo caminho.

Fundo turbinado

Com os novos poderes, o FEEF passa a contar com maior capacidade de financiamento para auxiliar economias em crise na região. As mudanças deverão dar mais possibilidades de auxílio aos países que enfrentam dificuldades para saldar suas dívidas.

Entre as medidas propostas para ampliar o fundo está o de aumentar o valor dos pacotes de auxílio às economias endividadas, cujo teto passaria dos atuais 440 bilhões de euros para valores de até 2 trilhões de euros (respectivamente R$ 1,1 trilhão e R$ 4,9 trilhões).

O fundo ampliado permitiria ainda a compra de títulos de governo, a injeção de capital em bancos e a concessão de empréstimos a um país antes do agravamento da crise. Anteriormente, o fundo só podia socorrer economias que já se encontravam em crise.

O primeiro-ministro grego, George Papandreou, visitou a Alemanha nesta semana e procurou assegurar investidores de que seu país está fazendo todo o possível para sanar suas finanças, cortar a sua dívida e procurar retomar o crescimento.

A Alemanha está entre os principais credores da Grécia. As medidas de austeridade vêm despertando protestando entre a população grega. Está prevista para esta quinta-feira na Grécia uma greve envolvendo taxistas, servidores públicos e funcionários de hospitais.

O fortalecimento do fundo vinha sendo objeto de divergências entre os partidos que formam o governo alemão, já que muitos acreditavam que o auxílio às economias em crise tem sido demasiadamente oneroso para a Alemanha e que o país não deveria mais ajudar nações que não teriam primado pela austeridade econômica.

Na terça-feira, o próprio ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, havia condenado a proposta de turbinar o fundo, chamando-a de ''uma ideia tola''.

Fonte: BBC Brasil

NEYMAR CONVIDA MONTILLO PARA JOGAR NO SANTOS

O jornal argentino Olé afirmou nesta quinta-feira (29), em sua edição eletrônica, que o atacante Neymar teria convidado o meia cruzeirense Montillo para atuar no time da Vila Belmiro. Segundo a publicação, o santista fez muitos elogios ao argentino após o Superclássico das Américas, disputado na quarta (28) em Belém.

- O Montillo é um craque. Eu perguntei se ele não queria jogar comigo no Santos.

montillo corre 450

Montillo, no entanto, desconversou quando foi questionado sobre o assunto, e se limitou a dizer que considera Neymar um grande jogador.

- Já havíamos conversado outras vezes. É um grande jogador

Para tirar Montillo do Cruzeiro, o Santos não terá uma tarefa muito fácil, já que o jogador tem contrato com a Raposa até 2015. O armador argentino chegou à Toca da Raposa em julho de 2010 e, desde então, passou a chamar a atenção pelo futebol apresentado em campo, despertando o interesse de vários clubes da Europa, mas o presidente Zezé Perrela tem garantido que o atleta não sai do clube celeste.

O Cruzeiro pagou US$ 3,5 milhões (pouco mais de R$ 6 milhões) ao Universidad de Chile para contar com o futebol de Montillo. A Raposa detém atualmente 80% dos direitos econômicos do atleta, enquanto o banco BMG é dono dos 20% restantes dos direitos do jogador cruzeirense.

Fonte: R7

PROFESSORA BALEADA EM SÃO PAULO DEVERÁ TER ALTA AINDA HOJE

A professora Rosileide Queirós Oliveira, de 38 anos, baleada por um aluno na semana passada, deve receber alta do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas na tarde de hoje. Ela passou por uma cirurgia ortopédica na rótula esquerda na tarde de ontem.

Ela foi baleada na região posterior do lado esquerdo na altura do quadril por D., de 10 anos, na semana passada, dentro da escola. Após ser baleada, Rosileide caiu, machucando o joelho. Após exames, foi detectado uma fratura no local, que foi imobilizado.

Rosileide seria ouvida na manhã de hoje pela delegada Lucy Mastellini Fernandes, da Delegacia de São Caetano, que não compareceu ao hospital. A professora ainda deve prestar depoimento à polícia. Antes de ter alta, a professora divulgou uma carta à imprensa, agradecendo a todos que a socorreram, aos funcionários do HC e aos alunos e familiares.

Abaixo a íntegra da nota:

''Boa tarde

Agradeço a Deus por estar aqui! Gostaria de agradecer a equipe do Águia e da Polícia Militar que me prestaram os primeiros socorros, aos professores e funcionários da escola que me ajudaram, a todos do HC pelo ótimo atendimento. Agradeço aos alunos do Alcina e familiares pelo carinho e dedicação.

Que Deus dê força para todos nós!

Obrigada

Rosileide Q. De Oliveira (prof. Rosi)''

Fonte: Estadão