sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ORLANDO SILVA FICA!

Após mais de uma hora de reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que continua no cargo.

Ele se encontrou com Dilma no fim da tarde desta sexta-feira para discutir sua situação na pasta.

Orlando Silva, ministro do Esporte, presta esclarecimentos na Câmara; atrás dele, obra "Tiradentes ante o Carrasco" (1951), de Rafael Greco, mostra o incofidente indo à forca

Orlando é alvo de suspeitas de participação em um esquema de fraude no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

Ele nega as acusações e, por meio de sua conta no Twitter, disse ter preparado um relatório sobre as "mentiras" publicadas contra ele.

Antes do encontro com a presidente Dilma Rousseff, o ministro divulgou nota no site da pasta na tarde desta sexta-feira (21) para falar mais uma vez sobre as denúncias de fraude na pasta.

No documento, Orlando Silva diz que foi alvo "de ampla campanha caluniosa". "A pasta refutou diariamente as falsas informações publicadas, colocando à disposição dos veículos esclarecimentos suficientes para que a verdade dos fatos prevalecesse. No período, o principal programa do ME, o Segundo Tempo, foi o alvo principal. Em defesa da honra do gestor público, a Advocacia-Geral da União, em nome do ministro Orlando Silva, entrou com queixa-crime contra os acusadores João Dias Ferreira e Célio Soares Pereira, por crime de calúnia, na Justiça Federal."

As suspeitas contra Orlando foram levantadas pelo policial militar João Dias Ferreira em entrevista à revista "Veja".

O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira e seu funcionário Célio Soares Pereira disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.

Fonte: Folha

MAN LATIN AMERICA DOBRARÁ PRODUÇÃO DE CAMINHÕES NO BRASIL

A fabricante MAN Latin America anunciou hoje (21) que vai dobrar sua capacidade de produção de caminhões leves em Resende, município do Rio de Janeiro, alcançando a marca de 140 mil veículos em até quatro anos. A expansão da fábrica em operação desde 1996 foi confirmada pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, após audiência com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. O investimento, calculado em R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, deve resultar na geração de 3,5 mil empregos.


“Nós lançamos o Plano Brasil Maior com o objetivo de atrair empresas para o Brasil, expandir a capacidade de produção das empresas que já estão aqui e agregar conteúdo local, valor e capacitação tecnológica para os novos produtos. A política industrial adotada pelo governo da presidenta Dilma está alcançando esse objetivo”, disse o ministro Pimentel em entrevista coletiva.

Segundo o ministro Aloizio Mercadante, o Brasil já é o quarto mercado mundial de caminhões. E, no momento de crise internacional, é o mercado interno que atrai investimentos para o país.

“Com a força do nosso mercado interno continuaremos atraindo investimentos estratégicos para o Brasil, em especial, na indústria automotiva, que mais impacto tem na cadeia industrial”, ressaltou o ministro, lembrando os investimentos anunciados para o Brasil pelo grupo Renault/Nissan.

O presidente e CEO da MAN Latin America, Antonio Roberto Cortes, explicou que os investimentos na fábrica de Resende incluem, além da expansão da capacidade produtiva, o desenvolvimento de novos produtos e modelos, e de novas tecnologias menos poluentes.

“Os investimentos que faremos no Brasil se destinam também à pesquisa e ao desenvolvimento para que a engenharia automotiva brasileira alcance os níveis internacionais”, disse Cortes, que também participou da audiência com a presidenta Dilma.

Fonte: Blog do Planalto

OPERAÇÃO DA PF DESMONTA QUADRILHA FAMILIAR DE BICHEIRO NO RIO DE JANEIRO

A operação da Polícia Federal "Black Ops", que desarticulou a união de uma máfia israelense com a contravenção para contrabandear carros e lavar dinheiro, expôs e quebrou a estrutura de um dos mais tradicionais ramos da contravenção do Rio, a família Escafura, cujo patrono é José Caruzzo Escafura, o Piruinha, 83. Foram expedidos 22 mandados de prisão e 11 presos na ação, dia 7.

As investigações demonstram que a organização do jogo atua junta desde 1997 como uma empresa familiar, na qual os funcionários têm laços de sangue e de amizade próxima, seguindo a tradição do jogo do bicho. Uma forma de recompensa aos serviços prestados é a autorização para explorar máquinas caça-níqueis na área da família.

Haylton Escafura, filho de Piruinha e atual comandante de fato da organização que explora as máquinas e o jogo do bicho, está foragido, porém a maioria dos integrantes da cúpula operacional da quadrilha foi presa e está respondendo a processo judicial, após denúncia do Ministério Público Federal. Além do jogo, eles contrabandeavam carros de luxo para usar na lavagem de dinheiro, pelo Espírito Santo.

Os agentes da Polícia Federal destrincharam a organização interna do grupo, que domina o jogo em mais de dez bairros da zona norte do Rio e identificaram as funções e formas de atuação específicas de cada membro. Sete pessoas fazem parte do grupo de figuras-chave que toma decisões e opera os negócios clandestinos do grupo. Todas respondem a processo por contrabando, crime contra a economia popular, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha armada.

Estrutura da quadrilha

Embora José Caruzzo Escafura, o Piruinha, seja o explorador desde os anos 1970 das áreas administradas – que se revertem em lucro para ele –, o octagenário já repassou ao filho Haylton a tarefa de comandar os caça-níqueis e a atuação da quadrilha no dia-a-dia. A Polícia Federal identificou que todas as atividades de exploração de caça-níqueis e demais negócios passam por Haylton, a quem os integrantes do grupo se reportam e são subordinados.

Júlio Cesar Blaso da Costa, o “Julinho”, é sócio de Haylton nas máquinas nas áreas de domínio e arrendamento de Piruinha e atua como contador, ou gerente financeiro. Ao longo do tempo, segundo as investigações da polícia, Julinho conquistou prestígio e o direito de passar a atuar de forma independente dos Escafura na exploração de pontos de jogo. A proximidade com Haylton é tão grande que os dois sócios moram no mesmo prédio, um flat na Barra da Tijuca.

A gerência operacional do bando cabe a Sandro Alberto Borba de Lima, a quem cabe a prospectar de novos negócios e locais de instalação de bingos, além de fazer a contabilidade mais simples, resultado do dinheiro recolhido das máquinas e apostas de jogo. Ele cuida de atividades administrativas, como a manutenção e programação das máquinas, além de pagar fretes e serviços de transporte.

Entrada do hotel na Barra, onde moram os contraventores Haylton Escafura e Julio César, seu braço-direito

Sandro também funciona como uma espécie de “secretário de luxo” e homem de confiança de Haylton, cuidando de tarefas de seu interesse pessoal do chefe, como pagamento de contas. Como demonstração dessa relação de confiança, Sandro – como Julinho – é autorizado a explorar pontos de jogo do bicho e máquinas de cala-níqueis e controla bingos de cartela.

Irmã de Julinho, Ana Carolina Blaso da Costa, a Carol, trabalha com ele na parte operacional da quadrilha, como chefe operacional intermediária, gerenciando encontros e intermediando negócios, ao rádio e ao telefone, coordenando à distância atividades como a escala de funcionários e o conserto de equipamento. É ela que recebe informações sobre a repressão policial ao negócio e as repassa ao restante do grupo, muitas vezes resultando até no reposicionamento das máquinas.

Seu marido e cunhado de Julinho, Marcelo Pereira, o Marcelo “Pikachu”, tem função semelhante, porém mais fica mais no campo: cuida da montagem, programação e distribuição de caça-níqueis, abrindo novos bingos e articulando a consignação de máquinas em bingos irregulares de outros contraventores.

O casal Carol e Marcelo operacionalizou a vinda de técnicos israelenses ao Brasil para revender placas eletrônicas contrabandeadas à quadrilha e adulterar máquinas. O iG revelou que o israelense Yoram El Al, principal parceiro de Haylton no contrabando de carros, foi trazido ao Brasil pelos Escafura inicialmente para adulterar máquinas e lesar o apostador, reduzindo ou impossibilitando suas chances de ganho – crime contra a economia popular. Por sua intensa e relevante participação nas atividades do grupo, a Justiça negou o pedido de revogação da prisão do casal.

Outro personagem de destaque nessa área éMichel Vasconcelos Fernandes, o responsável pelas fraudes eletrônicas nos máquinas de vídeo-poker e caça-níqueis.

Ele atua como preposto de Haylton, pagando seguranças e transporte de dinheiro e sendo, provavelmente, o negociador de propina para policiais. Como Julinho e Sandro, Michel explora máquinas em áreas arrendadas de Piruinha.

O grupo contava ainda com a proteção de ao menos três policiais militares – Angel Silva Martins, o Binho, Anderson Viola Barros eJulio Cesar da Silva Boeta –, que estão presos e foram denunciados pelo Ministério Público Federal.

Fonte: IG

OBAMA ANUNCIA A SAÍDA DAS TROPAS DO IRAQUE ATÉ O FINAL DO ANO

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira, 21, a retirada total dos militares americanos que combatem no Iraque até o final do ano. A medida, anunciou o líder, coloca um fim "aos quase nove anos de guerra" no país árabe.

"Assim como prometemos, o resto das nossas tropas no Iraque voltará para casa ao final do ano. Assim, depois de quase nove anos, a guerra dos Estados Unidos no Iraque terminará", disse o presidente em coletiva de imprensa, logo após uma videoconferência com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki.

O acordo para que os americanos retornassem antes do fim de 2011 foi fechado assim que Obama chegou ao poder, no início de 2009. O anúncio coloca fim a meses de discussões sobre se os Estados Unidos deveriam manter militares no Iraque depois deste ano, o que tornaria o conflito um dos mais longos da história do país.

Obama afirmou que os dois países entraram em uma "nova fase" e que será "um relacionamento normal entre duas nações soberanas, uma parceria baseada em interesses e respeito mútuos". "Nos próximos dois meses, nossos soldados, milhares deles, vão juntar as coisas e iniciar a viagem de volta. O último soldado americano cruzará a fronteira de cabeça erguida, orgulhoso de seu sucesso, sabendo que o povo americano permanece unido no apoio às nossas tropas", disse o presidente. "É assim que os esforços militares americanos terminarão no Iraque", completou.

Obama e Al-Maliki concordaram em continuar discutindo informalmente a necessidade de qualquer presença militar americana no Iraque nos próximos anos, afirmaram fontes próximas de Washington. No país árabe, permanecerão apenas cerca de 150 efetivos necessários para proteger o complexo da Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá e todo o pessoal diplomático da representação.

O plano de retirada está de acordo com o acordo negociado pelo governo de George W. Bush para retirar os militares americanos do Iraque ao fim de 2011, mas durante meses houve negociações entre as equipes de Obama e Al-Maliki sobre quantos soldados deveriam permanecer para treinar as forças de segurança locais e monitorar pontos de tensão, como a região do Curdistão, no norte.

A invasão americana no Iraque começou em 2003, quando o então governo americano ameaçava Bagdá de esconder armas de destruição em massa, o que posteriormente provou-se falso. O conflito, que resultou na queda do ditador iraquiano Saddam Hussein, custou quase US$ 1 trilhão aos Estados Unidos e tomou 4,4 mil vidas americanas, além de ter feito milhares de vítimas civis.

Fonte: Reuters

DILMA DECIDIRÁ FUTURO DE ORLANDO SILVA APÓS REUNIÃO COM ELE

A presidente Dilma Rousseff vai decidir sobre o futuro do ministro do Esporte depois de uma reunião com ele nesta sexta-feira para discutir as acusações de corrupção, disse uma fonte do governo.

"Ela quer se reunir com ele pessoalmente antes de tomar uma decisão", disse a fonte, que está bem informada sobre o assunto, mas não está autorizada a discuti-la publicamente.

Orlando Silva é acusado de coordenar um esquema de desvio de recursos que seriam destinados a convênios com organizações não-governamentais firmados pela pasta no âmbito do programa Segundo Tempo. Esse desvio supostamente beneficiaria o ministro e seu partido, o PCdoB.

O escândalo ameaça atrapalhar os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016.

Dilma se reuniu com auxiliares na noite de quinta-feira para revisar as alegações contra Silva depois de ter retornado de uma viagem à África, segundo a fonte.

O jornal Estado de S.Paulo divulgou nesta sexta que a presidente já teria decidido, depois dessa reunião, de substituir o ministro por outro membro do partido.

Orlando Silva nega as acusações e afirma que elas são uma represália à decisão da pasta de romper convênios firmados com entidades dirigidas pelo policial militar João Dias Ferreira e reivindicar a devolução dos recursos destinados a esses acordos.

Dilma já perdeu quatro ministros envolvidos por denúncias de irregularidades.

Fonte: Reuters

ANGOLA CRESCE ENQUANTO OS PAÍSES RICOS TRILHAM O CAMINHO DA INSENSATEZ, AFIRMA DILMA

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que países como o Brasil e Angola estão crescendo por terem adotado políticas de inclusão social e geração de emprego, e criticou os países desenvolvidos por trilharem "o caminho da insensatez".

Dilma Roussef visita monumento em Luanda, em 20 de outubro de 2011.
"Neste momento em que o mundo se debate numa das maiores crises econômicas da história, vosso país segue crescendo", disse Dilma em discurso na Assembleia Nacional, em Luanda. A presidente encerrou nesta quinta-feira em Angola um giro de quatro dias pela África, depois de ter passado também por Moçambique e África do Sul.

Ela discursou diante de parlamentares angolanos e do presidente José Eduardo dos Santos, com quem teve uma reunião de trabalho e um almoço em seguida.

"Crescimento que é fruto da tenacidade de seu povo e da responsabilidade de seu governo, que vem adotando políticas equilibradas, enquanto partes do mundo desenvolvido continuam a trilhar o caminho da insensatez."

"Angola, como o Brasil, apostou no crescimento, em políticas contra-cíclicas, em privilegiar ações sociais de combate à pobreza, no desenvolvimento e na criação de empregos."

"Nossos países fugiram do receituário conservador que também conhecemos na América Latina por mais de 20 anos. Este momento exige políticas macroeconômicas sadias e socialmente inclusivas para proteger nossas nações do contágio, da recessão e do desemprego."
Mão de obra

Dilma repetiu a defesa da indústria do Brasil que havia feito em Moçambique, afirmando que a maioria das empresas brasileiras em Angola contrata mão de obra local.

"Nós consideramos que as empresas brasileiras que trabalham em Angola tenham de contratar empregar e incentivar trabalhadores angolanos, dirigentes angolanos, engenheiros angolanos", afirmou a presidente.

Em Angola, muitos empresários locais criticaram o fato de empresas chineses preferirem trazer empregados da China para o país, em vez de usar a mão de obra local.

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que acompanhou o discurso de Dilma na Assembleia Nacional, disse que apesar das críticas de alguns angolanos ao modelo chinês, ele não considera que exista concorrência direta em Angola entre chineses e brasileiros. No entanto, ele ressalta que o modelo brasileiro é mais beneficiente para o país.

"A China tem o espaço dela, o Brasil tem o seu espaço, até porque o Brasil atua de uma forma diferenciada. A empresa brasileira quando vem para cá, ela contrata a mão de obra [local] e desenvolve a cadeia. Os chineses não fazem isso", disse o executivo da Odebrecht, empresa que é a maior empregadora privada de Angola, com 17 mil funcionários. Segundo ele, 93% dos empregados da Odebrecht no país são angolanos.

"Se você vai em um projeto desenvolvido pela China, quase do porteiro ao engenheiro [é chinês]. No nosso, só tem angolano. Tem, talvez, dois brasileiros por projeto. Nós trazemos para implementar a nossa cultura empresarial, mas na medida em que vai evoluindo, só tem angolano."

Marcelo Odebrecht também destaca outro fator que beneficia as relações entre Brasil e Angola. Muitas empresas, como a Odebrecht, se instalaram em Angola há décadas, ainda durante a guerra civil, quando muitos grupos estrangeiros temiam investir no país. Isso deu aos brasileiros uma vantagem competitiva depois da pacificação, em 2002.

"Nós estamos aqui desde o período da guerra, há 27 anos. É visível o crescimento do país depois da guerra. Nós estavamos estabelecidos, tinhamos confiado no país mesmo durante a guerra, e várias empresas vieram se instalar aqui conosco. Quando acabou a guerra, nós já estávamos instalados aqui. Então facilitou muito. O governo brasileiro sempre manteve uma relação muito importante e boa com Angola."

Fonte: BBC Brasil