terça-feira, 1 de novembro de 2011

DILMA CHEGA A CANNES PARA PARTICIPAR DO G-20

A presidente Dilma Rousseff chegou na tarde desta terça-feira a Cannes, na França, onde participa, na quinta e na sexta-feira, da reunião anual de cúpula do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo.

A expectativa é a de que a agenda da reunião seja dominada pelas discussões a respeito da crise das dívidas nos países da zona do euro.

O Brasil, que na reunião de cúpula do ano passado, em Seul, na Coreia do Sul, havia levantado a questão da chamada "guerra cambial", que se tornou o ponto central daquela reunião, chega desta a vez a Cannes na posição de um dos "objetos do desejo" dos países europeus.

Os países europeus desejam que os grandes países emergentes, como a China e, em menor extensão, o Brasil, se comprometam com uma ajuda aos países europeus que enfrentam dificuldades para rolar suas dívidas.

O principal meio de ajuda seria pela compra de títulos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, criado para ajudar os países da região em dificuldades e cuja expansão foi anunciada após um encontro de líderes europeus na semana passada.

Apesar disso, fontes dos governos dos países do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) já afirmaram que estão dispostos a ajudar, mas que preferem que o caminho para essa ajuda seja através do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Investimento e emprego

'Novo Mundo, Novas Ideias' diz logo do G20 em Cannes, onde Europa espera auxílio de emergentes

Na segunda-feira, antes de embarcar para a França, Dilma afirmou em um discurso para empresários, em São Paulo, que a posição que o Brasil levará à reunião é a de que "o G20 deve agir, propondo medidas financeiras emergenciais e também um plano de sustentação do investimento e do emprego".

No início do mês, durante a cúpula União Europeia-Brasil, em Bruxelas, Dilma já havia defendido posição parecida, afirmando que "a história mostra que só seremos capazes de sair da crise com medidas de estímulo ao crescimento econômico somadas a políticas de estabilidade macroeconômicas, assim como políticas sociais, de criação de empregos e de crescimento".

Dilma chegou à França acompanhada do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do chanceler Antonio Patriota e da secretária de Comunicação Social, Helena Chagas.

A agenda oficial da presidente em Cannes tem início somente nesta quarta-feira, quando ela deve manter encontros bilaterais com outros chefes de Estado também presentes na cúpula.

Existe a possibilidade ainda de uma reunião, não confirmada, entre os líderes dos Brics para a discussão de uma agenda comum durante a cúpula, a partir de quinta-feira.

Fonte: BBC Brasil

FRANCESES PROTESTAM EM NICE CONTRA O G-20



Milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira em Nice sob o lema "os povos primeiro, não as finanças", dois dias antes da Cúpula do G-20 em Cannes, a 30 km da cidade, onde se reunirão os chefes de Estado e de governo de economias desenvolvidas e emergentes.

Esta manifestação que reuniu 5.400 pessoas, segundo a polícia, e 10.000, segundo os organizadores, marcou o início da "cúpula dos povos", que será realizada na quinta-feira em Nice, em resposta ao G20 de quinta e sexta-feira em Cannes, cuja região urbana foi cercada por um impressionante e estrito dispositivo de segurança.

"Tiremos dos ricos para dar aos pobres. Queremos uma distribuição de renda melhor", afirmou um dos manifestantes, Benjamin Lemesle, de 23 anos, vestido como Robin Wood e levando uma bolsa que simbolizava a bolsa de valores.

Como ele, jovens procedentes de vários pontos da França, mas também da Espanha, México ou Grã-Bretanha, participaram da manifestação durante a qual exigiam, entre outras reivindicações, uma taxa às transações financeiras.

Convocada por cerca de 40 associações e sindicatos, a manifestação foi realizada em Nice, a 30 km de Cannes, onde na quinta e sexta-feira se reunirão os líderes das potências mundiais e das economias emergentes, entre estas China, Índia, Brasil e Argentina.

"Eles são 20. Nós somos milhões", afirmavam os cartazes levantados pelos manifestantes. "Mudar o sistema, não o planeta", dizia outro um pouco mais longe. "Os povos se levantam frente às finanças", clamava outro.

Um impressionante dispositivo de segurança formado por cerca de 2.000 policiais foi mobilizado para vigiar o desenvolvimento da manifestação - que foi limitada a uma região do nordeste de Nice, longe do centro da cidade -, e impedir que grupos tentem quebrar o mobiliário urbano.

No total, cerca de 12.000 policiais foram mobilizados à região por conta da reunião do G20.

No entanto, a afluência de pessoas satisfez os organizadores.

"O resultado foi além do que prevíamos", afirmou Franck Gaye, porta-voz do coletivo que organizou a manifestação, horas antes da qual a polícia prendeu três espanhóis munidos de máscaras contra bombas de gás e camisetas com a inscrição "black cross", um grupo anarquista, segundo um porta-voz do Ministério do Interior.

Dois belgas foram presos horas antes da manifestação portando máscaras de gás, bolas de aço e uma faca.

Conferências, debates e atividades de rua ocorrerão nesta "contra-cúpula" de Nice que pede mais justiça social, denuncia a especulação, os paraísos fiscais e a desregulamentação financeira.

"Não há nenhuma transparência nem lógica democrática, e tampouco legitimidade. Os chefes de Estado e de governo de 20 países decidem a sorte de 7 bilhões de seres humanos e impõem planos de austeridade às populações", declarou Franck Gaye.

Fonte: AFP

PREFEITURA DO RIO INDENIZA FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS DE REALENGO



As famílias das 12 crianças assassinadas em abril na tragédia da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, foram todas indenizadas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O primeiro pagamento foi feito há três meses e o último, no dia 20 de outubro. A prefeitura confirma, mas não divulga os valores negociados com a Procuradoria Geral do Município, a Defensoria Pública e o Ministério Público estadual, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Alguns familiares confirmam que a quantia foi de R$ 250 mil, mas a maioria de mães e pais não quer falar em números, por questões de segurança. “As famílias pedem para que os valores não sejam divulgados. O que posso dizer é que fizemos o cálculo com base nas decisões do Supremo Tribunal Federal em episódios parecidos, já que não há casos iguais a este no Brasil”, informa a coordenadora do Núcleo de Fazenda Pública da Defensoria Pública do Estado, Fernanda Garcia.

O prefeito Eduardo Paes informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se manifestar, porque os acordos "correm em segredo de justiça, para proteção das respectivas famílias".

Mas a assessoria de Paes confirma que "em parceria com a Defensoria Pública e o Ministério Público vem realizando acordos com as famílias que perderam seus filhos ou que os filhos tiveram sequelas físicas decorrentes da tragédia de Realengo".

Apesar de julgar correta a reparação material, alguns pais afirmam que estão constrangidos com o pagamento. “É um dinheiro maldito. Precisei perder a minha filha para ganhar essa quantia”, diz a mãe de uma das crianças assassinadas.

A dona de casa reconhece a importância do dinheiro, mas afirma que tem dificuldades para gastá-lo, ainda que seja para garantir um pouco de conforto a sua família. “Tenho outros filhos e claro que vai nos ajudar a criá-los. Mas eu preferiria ter a minha filha aqui, estou sem ânimo, praticamente morri também”. Ela conta que recentemente foi chamada por seus outros filhos para ir a um shopping. “Foi um custo, não me faz bem gastar o dinheiro. Sei que temos esse direito, mas não é fácil. Ainda estou muito mal”, conta.

De acordo com a defensora Fernanda Garcia, após quatro meses de negociação, os familiares das vítimas e a Procuradoria Geral do Município chegaram a um acordo. “Essa indenização não vai reparar a dor dessas famílias. A intenção é amenizar o sofrimento com a reparação material. Com isso essas pessoas vão poder respirar um pouco melhor”, diz Fernanda.

Outra mãe de vítima do massacre prefere não falar em valores, mas admite que recebeu o dinheiro e sente que houve um “pouco de justiça”. “Não traz nenhuma criança morta de volta, meu filho se foi e sofro todos os dias para aceitar isso. Mas a gente sabe que tem direito a receber. Não consigo falar sobre esse assunto”, diz.

Familiares de sobreviventes reclamam

A defensora Fernanda Garcia ressalta, no entanto, que ainda falta negociar com a Procuradoria o pagamento a 11 crianças que ficaram feridas durante o massacre e que precisam de tratamento psicológico ou fisioterapêutico. “Aguardamos o resultado da perícia médica que deverá indicar o valor a ser pago para cada criança. Entendo a ansiedade desses pais, mas o processo não é tão rápido quanto gostaríamos. Porém, se algum deles desistir do acordo e quiser recorrer à Justiça, a Defensoria Pública irá representá-los”, afirma. Segundo ela, a perícia será inicialmente realizada por um médico da Prefeitura do Rio.

A Associação de Amigos e Familiares das Vítimas de Realengo, grupo criado após a tragédia, lamenta a demora para a formalização de um acordo. “Não recebemos nada, fica a sensação de que eles esperam que as crianças se recuperem sozinhas”, protesta a vice-presidente do grupo, Carla Vilhena,

Na nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, o prefeito Eduardo Paes também informou que as famílias dos sobreviventes receberão ajuda de custo da Secretaria Municipal de Assistência Social até que sejam indenizadas. "Além disso, a secretaria oferece complemento alimentar, apoio psicológico e encaminhamentos para consultas na área de Saúde para todos os membros das famílias vitimizadas, além da compra da cadeira de rodas para a menina Taiane", acrescenta o texto.

A nota informa que desde o atentado a Secretaria Municipal de Educação mantém uma equipe do Niap (Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Escolas) - formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos - dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira para atender aos sobreviventes e suas famílias.

"Esse atendimento será mantido na escola permanentemente. Além da equipe permanente na escola, o Niap realiza encontros semanais com cada turma da escola. As visitas domiciliares, quando necessárias, também continuam sendo realizadas."

Fonte: IG

LUCIANO AFIRMA QUE TOMOU UÍSQUI COM RIVOTRIL

Ao som de “Eu voltei”, de Roberto Carlos, o sexteto do programa do Jô Soares recebeu Zezé Di Camargo e Luciano para a gravação do "Programa do Jô" que vai ao ar nesta terça-feira (1), na Globo. Depois de gravada a parte musical do programa, Jô Soares não perdeu a oportunidade de brincar com a dupla. “Quando chegou nessa hora o Luciano disse: não quero mais, e eu tive que tirar do ar.”


A brincadeira remete ao episódio desse fim de semana em Curitiba, quando Luciano chegou atrasado ao show da dupla, que Zezé iniciou sozinho, e surpreendeu o público ao dizer que não iria mais cantar com o irmão. “Nunca tivemos uma discussão forte nesses 20 anos de carreira e naquele dia eu estava, sei lá", divagou Luciano. "Discutimos no camarim e eu saí, o Zezé nem sabia que eu tinha ido embora.” Em resposta, Zezé comentou: “Eu sabia, mas não acreditei, porque faltavam cinco minutos para o show começar”.

Luciano contou então que resolveu voltar ao Teatro Guaíra e colocar um ponto final na discussão - e na carreira da dupla. “Quando subi no palco estava no ímpeto da discussão. Esperei Zezé terminar a quinta música e falei que não queria mais cantar. Expressei minha opinião. Voltei, falei e o show continuou normalmente”. A reação de Zezé foi parecida com a do público presente. “Quando escutei aquilo, caí de costas”. Foi mais uma chance de Jô brincar com o pai de Wanessa. “É bem feito, porque você briga muito com seu irmão”.

Sempre bem-humorado, Zezé pediu a Luciano para continuar a história, para o público entender direito o que aconteceu. E, antes de contar detalhes sobre a crise que o levou ao hospital Santa Cruz, de Curitiba, onde ficou internado por três dias, Luciano garantiu: “Não vamos parar de jeito nenhum.”

Sobre a ida ao hospital, e a internação ocorrida na manhã de sábado (26), dia seguinte do show, com diagnóstico de “Hipocalemia aguda”, Luciano explicou que foi mesmo excesso de diurético. “Tenho uma certa dificuldade em urinar. Tomo diurético duas ou três vezes por mês. Tomei diurético e como já estava "p" da vida, falei que ia tomar um porre. Como não bebo, peguei aquelas garrafinhas de uísque e tomei com rivotril (remédio para dormir) ”.

Mudando de assunto, Jô disse que ficou sabendo que Zezé imitava muito bem um pato. “Não vou imitar, não”, se recusou Zezé. Luciano, sempre muito carinhoso com o irmão, brincou: “Você prometeu que iria fazer tudo o que eu quisesse daqui pra frente!" Zezé atendeu ao pedido e imitou o pato. 

Fonte: IG

NO G20 DILMA PEDIRÁ AÇÃO RÁPIDA CONTRA A CRISE

A presidente Dilma Rousseff chega nesta terça-feira a Cannes disposta a defender junto aos demais países do G20 uma atuação rápida para conter a crise de dívida da zona do euro.

Em meio a um cenário internacional crescentemente conturbado, o Brasil também insistirá no recado de que a solução para a Europa não deve passar por políticas de arrocho fiscal que sufoquem as perspectivas de crescimento global.

Entre quarta e quinta-feira, antes do início oficial da cúpula, Dilma terá encontros bilaterais com outros chefes de Estado do grupo. A agenda ainda está sendo definida, mas os nomes considerados mais prováveis são a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente russo, Dmitri Medvedev, além das lideranças da Austrália e da Indonésia.

O encontro das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia, ganhou ainda maior sentido de urgência depois que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, anunciou na segunda-feira a intenção de submeter a referendo popular o novo pacote de ajuda da União Europeia à Grécia.

Com o povo grego majoritariamente refratário à ajuda europeia, a proposta do referendo levantou preocupações com novos atrasos na implantação das medidas, contribuindo para derrubar os mercados nesta terça-feira.

Para convencer Atenas a agilizar o andamento das medidas, Merkel e o primeiro-ministro francês, Nicolas Sarkozy, anunciaram que se reunirão com lideranças da Grécia e representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) na quarta-feira em Cannes para discutir a questão.

Na semana passada, a União Europeia havia acordado que os bancos privados assumirão uma perda de 50 por cento com os títulos gregos que têm em carteira. Para estimular novas emissões de países em dificuldades, os europeus também anunciaram estar negociando uma forma de impulsionar seu fundo de resgate (EFSF, na sigla em inglês), aumentando seu poder de fogo em até cinco vezes.

Para esse esforço, contam com a ajuda de países emergentes, como a China e o Brasil. Uma das ideias da Europa é que essa ajuda ocorra por meio de um fundo de propósito específico, vinculado ao seu EFSF.

O Brasil já anunciou estar disposto a contribuir com o pacote de ajuda à Grécia, mas prefere que isso se dê via acordos bilaterais com o FMI. A ideia do governo Dilma é que, como ocorreu em 2009, os governos interessados deixem recursos à disposição do Fundo, que faria repasses às economias em dificuldade quando houvesse necessidade.

O comunicado final do G20, a ser divulgado na tarde de sexta-feira, deve trazer uma menção ao formato da ajuda dos emergentes.

A reunião de cúpula será aberta na quinta-feira com uma recepção de boas-vindas dada pelo presidente da França, país que atualmente preside o grupo. Os chefes de Estado terão cinco sessões de discussão ao longo dos dois dias. A reunião se encerra com um almoço de trabalho na sexta, após o qual haverá uma entrevista coletiva de Sarkozy.

Fonte: Reuters

LULA DEIXA O SÍRIO-LIBANÊS

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve alta do hospital na tarde desta terça-feira após submeter-se à primeira sessão de quimioterapia para combater um câncer diagnosticado na laringe, informou o hospital em que Lula está fazendo o tratamento.

De acordo com boletim do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-presidente fez exames complementares nesta terça após a colocação de um catéter em intervenção cirúrgica realizada na véspera.

"O paciente concluiu a primeira sessão de quimioterapia sem intercorrências", informou o hospital no boletim.

De acordo com o Instituto Cidadania, idealizado pelo ex-presidente, Lula deixou o hospital às 15h34. Ele havia dado entrada no hospital na manhã de segunda-feira para iniciar o tratamento contra a doença.

A equipe médica que acompanha Lula disse que o ex-presidente passará por mais duas sessões de quimioterapia. O intervalo entre as aplicações será de 21 dias, e os médicos pretendem reavaliar o quadro de Lula entre a segunda e a terceira sessões.

O ex-presidente teve a doença diagnosticada no sábado. Ele foi aconselhado pelo seu médico pessoal, o cardiologista Roberto Kalil Filho, a procurar auxílio médico após se queixar de uma dor de garganta que o incomodou durante toda a semana passada.

Kalil Filho, que participou das comemorações do aniversário de 66 anos de Lula na última quinta-feira, faz parte da equipe médica que acompanha o ex-presidente.

De acordo com os médicos, o tumor detectado na laringe de Lula é de agressividade média e as chances de cura são altas.

Fonte: Reuters