quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

EUA EXPEDIRAM 820 MIL VISTOS EM 2011

As autoridades dos Estados Unidos processaram 820 mil solicitações de vistos para brasileiros no ano fiscal de 2011 e, para responder à crescente demanda, desdobrará mais atendentes em seus consulados no Brasil, informou nesta quarta-feira o Departamento de Estado. Em comunicado, a instituição pública indica que o número de solicitações cresceu 42% sobre 2010.

Por isso, disponibilizará mais funcionários temporários na embaixada americana em Brasília e em seus consulados em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, para processar "um extraordinário número de solicitações de vistos".

O Departamento de Estado dobrará seu pessoal consular no Brasil ao longo de 2012, acrescentando cerca de 50 novos empregados, acrescentou. Com a contratação de novos funcionários, a missão diplomática no Brasil reduziu o tempo de espera média para entrevistas consulares para menos de 50 dias, indicou.

A redução do tempo de espera para entrevistas é uma prioridade do Governo americano, que procura "encorajar um maior número de brasileiros a visitarem os EUA, o principal destino de visitantes de todo o mundo", acrescentou.

O Departamento de Estado assinalou que Estados Unidos e Brasil, além de serem as maiores economias e democracias do continente americano, "compartilham uma das relações comerciais e econômicas mais importantes do mundo".

Segundo o Departamento de Comércio, mais de 1,2 milhão de brasileiros visitaram os EUA em 2010, deixando US$ 6 bilhões no país. Pela previsão dos EUA, em 2016 o numero crescerá para 2,8 milhões de visitantes brasileiros.

Fonte: Terra

MAIS UM PREFEITO DE CAMPINAS É CASSADO

O prefeito de Campinas, Demétrio Vilagra (PT), foi cassado por 29 votos a favor contra quatro contrários na noite desta quarta-feira. Foram 33 horas de leitura das 1.440 páginas do relatório da Comissão Processante (CP) e mais cinco horas para os discursos dos vereadores, do próprio prefeito e de dois advogados de defesa, além da contagem dos votos nominais dos parlamentares. Vilagra é o segundo prefeito a ser cassado na cidade em quatro meses.

No começo da noite, o plenário, que na maior parte do dia esteve vazio, foi ocupado tanto por populares partidários de Vilagra como por opositores. O agora ex-prefeito fez um discurso de 40 minutos afirmando ser inocente. "Nada há contra mim", repetiu. "Essa CP é uma peça de ficção", afirmou. O advogado de defesa, Hélio Silveira, disse que a CP se baseou em declarações de um réu confesso, o ex-presidente da Sanasa, Luiz de Aquino, delator do esquema que acabou por derrubar o antecessor de Vilagra do cargo. "Mas que não trouxe provas concretas da participação de Demétrio Vilagra em quaisquer fatos."

De acordo com a CP, Vilagra tem responsabilidade nas ações do governo quando era vice e substituiu o então prefeito Hélio de Oliveia Santos (PDT), o Dr. Hélio, que foi cassado por outra CP por improbidade administrativa em 20 de agosto. Segundo a comissão, Vilagra sabia das ações de desvio de dinheiro dentro do governo e não fez nada para impedir que a ocorrência continuasse. Agora, o cargo será ocupado pelo presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), que terá que convocar eleições.

O petista assumiu a cidade pela primeira vez em 23 de agosto. Ele, Dr. Hélio e sua mulher, a ex-primeira-dama e ex-chefe de gabinete Rosely Nassin Santos, estão entre outras 20 pessoas acusadas de envolvimento em fraudes em contratos públicos, tráfico de influência e formação de quadrilha. O petista chegou a ser afastado entre 28 de outubro e 3 de novembro, mas retornou ao cargo por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Fonte: Terra

PUBLICAÇÃO DE ESTUDO SOBRE VÍRUS MORTAL DEIXA ESTADOS UNIDOS APREENSIVOS

A versão on-line do jornal britânico "Independent" publicou nesta terça-feira uma reportagem alarmista sobre a descoberta por cientistas europeus de um vírus mortal da gripe aviária que poderia provocar uma pandemia mundial e ser usado por grupos terroristas.

Os pesquisadores do laboratório Centro Médico Erasmus de Roterdã (Holanda) afirmam terem desenvolvido uma versão mutante do H5N1 --o vírus da gripe aviária-- e demonstraram que querem publicar o estudo liderado pelo virologista Ron Fouchier.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, diz o jornal britânico, estaria consultando um grupo de especialistas quanto ao perigo de se divulgar um estudo como esse.

O artigo seria publicado no "American Journal of Science", mas o US National Science Advisory Board for Biosecurity (conselho consultivo dos EUA para assuntos sobre biossegurança) considera o bloqueio do estudo.

Uma fonte do conselho, que não se identificou, disse ao jornal britânico que o NIH (sigla de Instituto Nacional da Saúde), patrocinador da pesquisa, está decidindo o que será publicado e quanto deve ser omitido.

"Há áreas da ciência em que a informação precisa ser controlada", acrescentou, citando como exemplo a produção de armas nucleares.

Alguns cientistas também questionam se a pesquisa deveria ter sido conduzida por um laboratório universitário ao invés de um militar.

O vírus mutante do H5N1 poderia ser transmitido pelo ar após tosses e espirros de doentes. Até agora, sabia-se que o contágio pelo H5N1 só se dava entre humanos depois de um contato físico mais estreito.

Cerca de 60% dos infectados com o vírus da gripe aviária --mais de 350 pessoas no mundo todo-- morreram. O contágio foi, entretanto, limitado porque o H5N1 não é transmitido facilmente entre humanos.

Os críticos dizem que o vírus pode se espalhar para além do laboratório onde foi criado ou correria o risco de ser usado por terroristas, que o replicariam.

Uma segunda equipe de cientistas, das universidades de Wisconsin e Tóquio, trabalharam em pesquisa semelhante coordenada por Yoshihiro Kawaoka e chegaram a resultados semelhantes aos obtidos por seus colegas europeus, mostrando que o vírus mortal poderia ser facilmente criado.

Segundo Fouchier, a sua pesquisa, do ponto de vista científico, seria vital para o desenvolvimento de novas vacinas contra a gripe aviária.

Fonte: Folha

LIXO ESPACIAL CAI NA NAMÍBIA


Uma bola metálica que possivelmente se desprendeu da órbita terrestre --onde existe uma quantidade nada desprezível de lixo espacial-- foi parar na Namíbia.

National Forensic Science Institute/France Presse
Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro
Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro

Em novembro, as autoridades locais contataram a Nasa e a ESA (as agências espaciais norte-americana e europeia) para notificá-las sobre a descoberta de uma bola de metal com 1,1 metro de diâmetro e peso de 6 kg.

O objeto só não machucou ninguém por ter caído em uma região remota do país --uma vila a 750 km da capital Windhoek.

Segundo cálculos da Nasa, as chances de uma pessoa entre os cerca de 7 bilhões de pessoas que vivem na Terra ser atingida por um lixo espacial são de 1 em 3.200.

Desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), são quase 54 anos sem qualquer registro de morte nesses termos.

Na verdade, acredita-se que apenas uma única pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams sentiu um baque no ombro que era um pequeno pedaço, diz a própria Nasa, de um foguete Delta. Ela não se machucou.

O lixo que circunda o planeta Terra são restos de equipamentos usados em missões espaciais.

Uma ou outra vez, essas sobras que flutuam aleatoriamente ameaçam bater na ISS (Estação Espacial Internacional).

Fonte: Folha

PESQUISA IPEA: PARA BRASILEIRO, POBREZA SE COMBATE COM EMPREGOS

Para quase um terço da população (29,4%), o desemprego é a principal causa da pobreza no Brasil, seguido pela dificuldade de acesso e má qualidade da educação (18,4%) e pela corrupção (16,8%). Apenas 6% acreditam que programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, são a melhor forma de resolver o problema. É o que aponta estudo divulgado hoje (21) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a percepção da pobreza, que entrevistou 3.796 pessoas em agosto deste ano.

Para a maioria dos entrevistados, os motivos que levam a um baixo nível de renda são de natureza estrutural e não individual. Apenas 2,8% dos entrevistados apontaram como causa da pobreza a preguiça ou comodismo. Entre as soluções para melhorar a renda da população, a mais mencionada foi a criação de empregos (31,4%) e a melhoria da qualidade da educação (23,3%). Entretanto, 48,5% dos entrevistados concordam com a tese de que o Brasil não vai erradicar a pobreza.

Sobre as medidas que o governo poderia tomar para reduzir o problema, o aumento dos salários foi a resposta mais mencionada (18,6%), seguido do estímulo para que as empresas contratem os mais pobres (11,5%) e do apoio a pequenos agricultores (9,2%). Apenas 6% apontaram os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, como a melhor alternativa para reduzir a pobreza. O percentual se refere aos entrevistados que disseram que aumentar o valor do benefício ou ampliar o número de beneficiários seria a melhor solução para enfrentar a pobreza no país.

De acordo com o Ipea, os dados sugerem que, na percepção social, “o Estado tem um papel a cumprir para a superação da pobreza, seja no sentido de incentivar mais empregos na economia, seja pela oferta de uma educação de melhor qualidade, como sugerem as duas opiniões mais frequentes entre a população”, segundo análise técnica sobre os dados do estudo.

A pesquisa indica que há diferenças na percepção da população sobre causas e soluções da pobreza, dependendo do nível de renda do entrevistado. Entre a parcela mais pobre, que ganha menos de um quarto do salário mínimo, mais de 40% apontaram o desemprego como principal motivo para o problema. Já a parcela mais rica da população, com rendimento acima de cinco salários mínimos per capita, enxergam a dificuldade de acesso à escola e a má qualidade da educação como principais causas da pobreza (38,5%), seguidos pela corrupção (18,5%) e pelo desemprego (15,4%).

Fonte: Agência Brasil

POLÍCIA FEDERAL INDICIA 17 POR VAZAMENTO DE PETRÓLEO

A Polícia Federal indiciou 17 pessoas e as empresas Chevron e Transocean por causa de um vazamento de 2,5 mil a 3 mil barris de óleo ocorrido no início de novembro no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no norte do Rio. Todos vão responder por crime ambiental, incluindo o presidente da Chevron no Brasil, George Buck.

"As empresas atuaram no caso de maneira leviana, irresponsável", disse o delegado Fábio Scliar, chefe das investigações, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que teve acesso ao inquérito. Do total dos indiciados, 16 são acusados também de falsidade ideológica, pois, de acordo com a PF, teriam sonegado informações em depoimentos.

O relatório da Polícia Federal está em poder da Justiça e ainda será estudado pelo Ministério Público. Scliar atribuiu o desastre ambiental "à ganância e à conduta leviana" dos executivos e funcionários das duas empresas, que, segundo ele, recorrem a perfurações temerárias, com riscos de acidentes.

No documento, ele reitera que o vazamento foi provocado por excesso de pressão no poço e sustenta que a Chevron, até então operadora do Campo de Frade, sabia que a zona perfurada era de alta pressão. "As duas empresas estavam trabalhando no limite do limite, como foi admitido por várias das pessoas que vieram depôr", contou o delegado.

Se as empresas forem condenadas, podem ser proibidas de manter atividades no País. Já as pessoas indiciadas pelos dois crimes podem ser condenadas a até 14 anos de prisão.

Segundo o JN, a Chevron questionou o relatório final da Polícia Federal. A empresa se defendeu ao informar que colaborou com as investigações. Já a Transocean, responsável pela plataforma, criticou os indiciamentos e afirmou que seus funcionários terão todo apoio jurídico até o encerramento do caso Ilha Grande - a empresa Modec Serviços de Petróleo do Brasil foi multada ontem em R$ 16,66 milhões pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por ter atingido "com substâncias oleosas" uma área em torno da Baía da Ilha Grande, paraíso turístico de Angra dos Reis, litoral sul fluminense.

O vazamento de 10 mil litros de óleo ocorreu na sexta-feira. De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Minc, o Inea se cercou de diversos cuidados antes de aplicar o auto de infração: "Temos respaldo legal para tanto". Minc também disse que a empresa será obrigada a financiar a recuperação da área degradada.

Fonte: Estadão

OPOSIÇÃO SÍRIA PEDE PROTEÇÃO À ONU

Membros da oposição Síria fizeram nesta quarta-feira um apelo à Liga Árabe e ao Conselho de Segurança da ONU, pedindo ações para proteger os civis.

Em meio a relatos de recrudescimento da violência no país, o Conselho Nacional Sírio (o principal grupo que reúne a oposição local) afirma que mais de 250 pessoas morreram apenas nos últimos dois dias.

O pedido de ajuda foi feito no momento em que a Liga Árabe se prepara para enviar, na quinta-feira, um grupo de observadores à Síria para discutir o fim da violência.

O Conselho afirmou que gostaria que a ONU criasse "zonas protegidas" em áreas sob ataque do governo.

A França, que é membro permanente do Conselho de Segurança, apoiou o pedido.

"Houve um massacre de proporções sem precedentes na Síria nesta terça-feira", disse o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero.

"O Conselho de Segurança precisa urgentemente aprovar uma resolução que peça o fim da repressão síria."

Massacre

De acordo com a organização Observatório Sírio de Direito Humanos, as forças de segurança vêm promovendo um "massacre organizado" in Idlib, uma província próxima à fronteira com a Turquia.

O Exército teria matado ao menos 110 pessoas na terça-feira, segundo a ONG. A maioria dos mortos seriam militares do vilarejo de Kansafra, que abandonaram as forças armadas para se juntar às manifestações contra o presidente Bashar al-Assad.

Já na segunda-feira, até 70 desertores do exército foram assassinados quando tentavam fugir de uma base nas proximidades.

O correspondente da BBC Jim Muir, que acompanha a situação do vizinho Líbano, afirma que pode não ser uma coincidência esse aumento da violência às vésperas da chegada dos monitores da Liga Árabe.

Muir afirma que as autoridades sírias podem estar "querendo terminar o que começaram", antes da comissão chegar e que relatos sugerem que o governo está focando principalmente em desertores do Exército e em civis presos em um vale no país.

Damasco rebate as acusações de estar promovendo uma repressão violenta e afirma que está apenas combatendo grupos terroristas, que querem desestabilizar o país.

Os protestos contra o governo sírio, que já duram nove meses, deixaram mais de 5 mil mortos.

Fonte: BBC Brasil