sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

NOVO SALÁRIO MÍNIMO SERÁ DE R$ 622,00


A presidente Dilma Rousseff assinou, nesta sexta-feira, o decreto que determina que o salário mínimo para 2012 será de R$ 622,00. A determinação, no entanto, só será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira. O reajuste significa um aumento de 14,13% em relação ao valor atual, de R$ 545,00. O novo valor valerá a partir de 1º de janeiro.

Esta é a primeira vez que é aplicado o cálculo para ganho real (acima da inflação) para o salário mínimo. O método para reajuste foi aprovado no início deste ano, por meio de medida provisória, que leva em consideração a inflação de dois anos anteriores com o crescimento da economia de um ano atrás (considerando a data da assinatura do decreto). A partir de agora até 2015, todas as definições sobre o valor do mínimo serão feitas por meio de decreto presidencial.

Dilma esteve quinta-feira com o ex-presidente Lula, a quem entregou um presente de Natal enviado pelos catadores de materiais recicláveis e da população em situação de rua
Dilma esteve quinta-feira com o ex-presidente Lula, a quem entregou um presente de Natal enviado pelos catadores de materiais recicláveis e da população em situação de rua
No caso do salário mínimo para 2012, será levando em consideração a inflação de 2010 e o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas produzidas no País - de 2009.

Valor no orçamento

O Orçamento aprovado ontem à noite pelo Congresso Nacional previa um salário mínimo de R$ 622,79 para 2012. No entanto, segundo a assessoria da Casa Civil, responsável pela publicação de decretos, houve um erro de cálculo nas casas legislativas. Todo ano, o valor do salário mínimo é "arredondado" para facilitar o saque pelos trabalhadores.

Fonte: Jornal do Brasil

SERRA PELADA VOLTARÁ A PRODUZIR OURO

Quase 20 anos depois de o governo fechar aquela que foi a maior mina de ouro a céu aberto do mundo, a exploração de Serra Pelada, no Pará, será agora toda mecanizada. A empresa de mineração canadense Colossus Minerals Inc., associada à Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), conquistou a permissão para explorar a área.

Os primeiros levantamentos feitos em uma parte do terreno de 100 hectares com permissão para ser explorada indicou a presença de, pelo menos, 50 toneladas do metal. Esse número deve ser atualizado pela empresa em janeiro, e a expectativa dos ex-garimpeiros é que o volume seja bem maior, já que a própria mineradora informou que o potencial de novas descobertas na propriedade é elevado.

"É basicamente ouro amarelo, paládio - que é um ouro branco -, prata e platina. Sendo que a incidência menor é de platina, mas, em compensação, o preço é dobrado em relação ao preço do ouro", explicou Antônio Ferreira Milhomem, diretor da cooperativa.

A antiga mina, que na década de 1980, foi alvo da maior corrida a metais preciosos da história da América Latina, chegou a ser conhecida como “formigueiro humano”, com mais de 80 mil garimpeiros trabalhando ao mesmo tempo. O ouro retirado deveria ser vendido exclusivamente à Caixa Econômica Federal. Na época, foram extraídas cerca de 40 toneladas do metal precioso, sem contar o que foi vendido clandestinamente. O grande buraco que os trabalhadores cavaram é hoje um lago com mais de 100 metros de profundidade.

Até a entrada em operação, a multinacional canadense terá investido R$ 320 milhões na construção da mina subterrânea, batizada de Nova Serra Pelada. O lucro, no entanto, será contado em bilhões de reais. Segundo o acordo feito entre a Colossus e a Coomigasp, que levou à criação da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral (SPCDM), 25% do lucro serão repartidos com os mais de 38 mil ex-garimpeiros da região associados à cooperativa e o restante ficará com a multinacional.

Para esses trabalhadores, que depois do fechamento da mina, há duas décadas, passaram a viver de bicos ou da renda que conseguiram com a venda do ouro, a retomada da produção em grande escala em Serra Pelada é a esperança de uma vida mais tranquila financeiramente. Pouquíssimos conseguiram enriquecer na época e, entre eles, raros souberam investir o que ganharam. Agora, organizados em cooperativa, esperam ganhar o suficiente para viver melhor.

Fonte: Agência Brasil

APÓS SETE ANOS, MENINA DESAPARECIDA EM TSUNAMI REENCONTRA A FAMÍLIA

Uma menina que desapareceu no tsunami que atingiu a Ásia em 2004 reencontrou seus pais nesta sexta-feira. A jovem Wati, que hoje tem 15 anos, foi arrastada pela água em Ujong Baroh, na província de Aceh, na Indonésia.

Foto: AP
Wati (segunda, à direita) posa para foto com o pai, Yusuf, a mãe, Yusniar, e o irmão, Aris, em Meulaboh, na Indonésia

Ela contou que, pouco depois do tsunami, foi adotada por uma mulher que a obrigava a pedir esmolas e a agredia verbal e fisicamente. Um dia, quando deixou de levar dinheiro para casa, a mulher a expulsou e disse que seus pais moravam em Meulaboh.

Wati, que tinha oito anos na época da tragédia, foi até a cidade de ônibus e começou a perguntar nas ruas pelo avô, Ibrahim. Um motorista de táxi a levou até a casa de um homem com esse nome, que então avisou seus pais.

“Quando vi minha mãe, sabia que era ela”, disse Wati, que foi reconhecida pelos pais por causa de uma pequena mancha no quadril e uma cicatriz na sobrancelha. Ela foi informada de que seu nome original era Meri Yuranda.

“Agradeço a Deus por ter atendido minhas preces”, contou a mãe, Yusniar, 35 anos. “Procurei por toda parte durante anos e tinha perdido as esperanças.”

O tsunami de 26 de dezembro de 2004 foi causado por um terremoto de 9,1 graus e causou cerca de 230 mil mortes. Aceh foi a zona mais afetada.

Fonte: IG

SOBE PARA TRÊS O NÚMERO DE MORTOS EM INCÊNDIO NA FAVELA MOINHO EM SÃO PAUO

Dois corpos carbonizados foram encontrados nesta manhã pelo Corpo de Bombeiros durante os trabalhos de rescaldo do incêndio que atingiu a Favela do Moinho, no centro de São Paulo. Segundo os bombeiros, os corpos foram localizados parcialmente carbonizados no 2º andar do prédio que fica ao lado da comunidade. Na tarde de quinta-feira, outro corpo havia sido encontrado. O incêndio ocorreu na tarde de quinta-feira (22) e só foi controlado após duas horas.

Foto: Diogo Moreira/Futura Press

Até o momento, o incêndio deixou quatro pessoas feridas, entre elas um bombeiro que auxiliava um morador. Duas vítimas apresentavam sinais de intoxicação e foram levadas para a Santa Casa. Outra teve fratura no punho e queimaduras e foi para o pronto-socorro do Tatuapé.

Famílias desabrigadas

Na quinta, os moradores da favela descreveram como “desesperadora” a saída do prédio que pegava fogo. Agora, o prédio corre o risco de desabar. Ao menos mil estão desabrigadas. Cerca de 300 famílias tiveram suas casas incendiadas. Segundo a Prefeitura de São Paulo, algumas delas decidiram se mudar para as casas de parentes e amigos e outras foram alojadas no Clube Raul Tabajara, da Secretaria de Esportes.

O marreteiro Claudomiro Santos da Silva, 35 anos, que mora no segundo andar do prédio com a mulher e dois filhos, de quatro e dois anos, disse que o fogo se espalhou muito rápido. “Não durou nem cinco minutos. A gente teve que correr para as escadas só deu tempo de pegar meus documentos e nossos filhos”, disse. A família Silva pretendia passar o Natal em Alagoas, com o restante dos familiares, mas agora não sabe o que fazer.

Trens

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que não há previsão para os trens voltarem a circular na região. A circulação está suspensa em duas linhas: 7-Rubi entre as estações Luz e Barra Funda e na 8-Diamante entre as estações Barra Funda e Julio Prestes.

A CPTM disse que precisa fazer reparo nos cabos que estão superaquecidos. Para isso, um trem de manutenção precisa entrar no local, o que está proibido pela Defesa Civil, já que nada pode trepidar na região para o prédio não desabar. Todo o entorno do prédio está interditado.

Fonte: IG

PADRE NA ESPANHA IMPEDIU BATISMO AO DESCOBRIR QUE PADRINHO ERA GAY

Um padre da paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Huelma, no sul da Espanha, impediu a celebração de um batizado quando descobriu que o padrinho era gay. A família levará o caso aos tribunais.
Paróquia de Huelma. | Foto: Governo da Andaluzia

O escolhido para padrinho de uma menina de seis meses é um homossexual que está casado no civil com outro homem, algo permitido pela lei espanhola.

É também ex-catequista, trabalhador da Cáritas (seção de ajuda humanitária da igreja católica), membro de confrarias e se diz católico praticante.

Em declaração à imprensa espanhola, a mãe da criança, Dolores Muñoz, disse que a família e os padrinhos cumpriam todas as normas requeridas pelo sacerdote quando levaram a documentação.

"Perguntaram se pais e padrinhos estavam batizados e confirmados. Depois se todos estávamos casados e respondemos que sim. Nunca pensamos que teríamos que avisar que ele era casado, mas com um homem. As normas, ele cumpria", explicou ela.

Mas para o padre, Manuel García, a revelação da homossexualidade do padrinho foi motivo para impedir o batismo. No último sábado ele disse à família só batizaria o bebê se escolhessem outro padrinho.

'Vida congruente'

Os pais da menina enviaram uma carta ao arcebispo da província de Jaén e nesta quinta-feira denunciaram publicamente, com uma associação de homossexuais, o caso que definem como discriminatório.

A polêmica provocou uma resposta pública do arcebispado, que enviou um comunicado apoiando o padre e advertindo que um padrinho católico precisa ter uma vida "congruente".

A nota cita o Código de Direito Canônico, cânon 874, que descreve os requisitos para os padrinhos de batismo: "deve ser católico, estar confirmado, ter recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e levar uma vida congruente com a fé e a missão que vai assumir".

"O avanço das mentalidades é lento. Na Igreja Católica mais lento ainda do que no resto da sociedade, mas há confiança em que este avanço aconteça."

Nota da Associação Colega

Sem usar as expressões gay ou homossexual, a nota do clero diz ainda que não se trata de um caso de discriminação.

"Esclarecemos este tema para evitar os juízos sobre uma suposta discriminação na atuação do sacerdote, que apenas reitera a necessidade de cumprir a normativa eclesiástica universal."

Para a Associação Colega - Coletivo de Gays, Lésbicas e Transexuais - a decisão da igreja é "uma homofobia sacerdotal".

O grupo, que apoiará a família num processo contra o arcebispado, também se manifestou numa nota pública, afirmando que "custa entender que um sacerdote persista no discurso de discriminação e ódio, em vez de propagar as mensagens de amor e respeito que anuncia o Evangelho".

A associação disse ainda que, nos próximos dias, diversos voluntários procurarão o padre de Huelma para entregar-lhe um documento chamado "guia breve de consciências limpas".

O guia, segundo o coletivo, pretende explicar "que a fé cristã e a homossexualidade são compatíveis" e que os gays compreendem que "o avanço das mentalidades é lento. Na Igreja Católica mais lento ainda do que no resto da sociedade, mas há confiança em que este avanço aconteça."

Fonte: BBC Brasil

FRANÇA RECOMENDA A RETIRADA DE IMPLANTES MAMÁRIOS DE SILICONE SUSPEITOS

O governo francês recomendou nesta sexta-feira, 23, que dezenas de milhares de mulheres na França removam os implantes mamários feitos por um gel de silicone suspeito de uma empresa que exportou o produto mundo afora, a francesa Poly Implant Prothese (PIP).

A ministra da Saúde francesa, Nora Berra, disse que o governo recomenda a retirada destes implantes como medida de precaução, depois das denúncias por índices de ruptura excepcionalmente altos, mas acrescentou que não há provas que concluem o possível vínculo entre o silicone de baixa qualidade e o câncer.

O governo britânico disse que as mulheres não devem se apressar para remover seus silicones feitos na França, mas centenas delas acionaram advogados com reclamações de os implantes prejudicaram sua saúde.

Na Grã-Bretanha, estima-se que de 30 mil a 40 mil mulheres têm os implantes de gel de silicone fabricados pela companhia Poly Implant Prothese (PIP), que fechou as portas em 2010, gerando uma investigação na França sobre possível associação com o câncer.

Cerca de 300 mil implantes PIP, que são usados em cirurgia cosmética para aumentar o tamanho das mamas ou para substituir tecido mamário, foram vendidos ao redor do mundo antes da falência da empresa no ano passado.

A ministra afirmou que a remoção na França seria paga pelo sistema público de saúde nos casos em que o implantes iniciais foram realizados por razões médicas.

Associações de mulheres, no entanto, pedem que todas as operações, incluindo os casos puramente cosméticos, sejam financiadas pelo governo.

Fundada em 1991, a Poly Implant Prothese tinha sede no sul da França e durante um período foi a terceira maior fabricante de implantes do mundo, produzindo cerca de 100 mil por ano.

Cerca de 80% da produção era para exportação. As autoridades sanitárias ao redor do mundo dizem que analisarão com cautela na sexta-feira os resultados de um inquérito do Instituto Nacional do Câncer da França sobre uma possível associação dos implantes com casos de câncer.

A França registrou oito casos de câncer em mulheres com implantes mamários fabricados pela PIP, que é acusada de utilizar silicone de grau industrial, normalmente usado em computadores e utensílios de cozinha. 

Fonte: Estadão

ATAQUES SUICIDAS MATAM 40 PESSOAS EM DAMASCO E FEREM OUTRAS 150




Ao menos 40 pessoas morreram após duas explosões de carros-bomba em Damasco nesta sexta-feira, informou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdesi.

"Os ataques suicidas de hoje mataram cerca de 40 e feriram mais de 150, entre civis e militares. Os que buscam liberdade devem saber que essa não é a forma de se alcançar a democracia", disse ele em uma mensagem de e-mail enviada à agência Reuters.

"Autoridades libanesas nos avisaram há dois dias que membros da Al Qaeda haviam se infiltrado na Síria, vindos da cidade de Ersal", escreveu ainda o porta-voz.

Mais cedo, o vice-ministro das Relações Exteriores, Faysal Mekdad, havia dito que ao menos 30 morreram nos ataques. Ele deu a informação enquanto acompanhava a delegação da Liga Árabe em uma visita aos locais atingidos, o prédio da segurança e a sede da inteligência do governo.

Mekdad disse ainda que os atentados corroboram a versão do governo de que a revolta popular contra o regime de Bashar al Assad, que teve início em março, é obra de "terroristas". "Nós dissemos isso desde o início", afirmou.

France Presse
Imagem de TV mostra corpo sendo levado após explosão que atingiu dois prédios em Damasco
Imagem de TV mostra corpo sendo levado após explosão que atingiu dois prédios em Damasco

Segundo testemunhas, um carro tentou forçar a entrada na sede de segurança de Estado, enquanto outro se explodiu contra a sede da inteligência. Os dois prédios ficam no mesmo bairro, Kfar Suseh.

Além disso, foram escutados disparos na região, em uma nova onda de violência na Síria, que ocorreu no dia seguinte à chegada da primeira delegação de observadores da Liga Árabe para comprovar o fim da violência no país.

Nos últimos meses, o movimento pacífico contra o regime de Assad foi ofuscado por ações da insurgência armada, que passaram a efetuar ataques contra as forças de segurança sírias.

O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem, expressou sua confiança de que os observadores apoiarão a postura do governo, que atribui os protestos à ação de "terroristas".

No mês passado, uma explosão ocorreu perto de outro prédio do governo em Damasco, mas causou poucos danos.

DELEGAÇÃO

A equipe da Liga Árabe chegou ontem à Síria para preparar o envio de monitores que irão avaliar se o governo local está cumprindo um plano de paz definido no mês passado.

O plano prevê a retirada das Forças Armadas das ruas, a libertação de presos políticos e um diálogo com a oposição. Milhares já morreram na repressão aos protestos contra o presidente Bashar al Assad e, cada vez mais, em confrontos entre tropas amotinadas e forças de segurança.

France Presse
Imagem de TV mostra corpo sendo carregado após explosões em Damasco
Imagem de TV mostra corpo sendo carregado após explosões em Damasco



Na quinta-feira, autoridades sírias disseram que mais de 2.000 soldados e policiais já foram mortos em nove meses de distúrbios --cifra que é quase o dobro da que vinha sendo citada anteriormente. É difícil verificar os relatos que chegam da Síria, porque as autoridades locais expulsaram a maioria dos correspondentes de meios de comunicação estrangeiros.

A cifra de 2.000 soldados e policiais mortos consta em uma carta enviada pelo governo sírio à ONU, numa resposta a acusações da alta comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay, que acusou na semana passada as autoridades sírias de já terem matado 5.000 pessoas, o que segundo ela pode constituir crime contra a humanidade.

Na carta o governo sírio diz que os "mártires" da polícia e do Exército são prova da "presença de terroristas na Síria".

VÍTIMAS

A entidade oposicionista Observatório Sírio de Direitos Humanos disse nesta semana que 111 pessoas foram mortas após serem capturadas por forças do governo na província de Idlib (norte), no que teria sido o mais violento incidente isolado desde o início da rebelião.

Na quinta-feira, o Observatório disse que mais 21 pessoas foram mortas, principalmente em Homs (centro). O crescente número de mortos desperta temores de uma guerra civil na Síria, que há 40 anos é governada pela família Assad.

Rami Abdulrahman, diretor do Observatório, disse que as forças de Assad aparentemente estão tentando reprimir a oposição em diversos pontos do país antes da chegada dos monitores.

A Síria diz que já libertou mais de mil presos desde a assinatura do acordo de paz da Liga Árabe, e promete realizar eleições parlamentares no começo de 2012 e promover reformas constitucionais que reduzam o poder do partido Baath.

Mas os ativistas sírios duvidam do compromisso de Assad com o plano, que, se implementado, pode estimular a oposição a realizar mais protestos pela renúncia do ditador.

Fonte: Folha