sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CRIAÇÃO DE 200 MIL EMPREGOS GERA OTIMISMO SOBRE ECONOMIA AMERICANA

Novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos divulgados nesta sexta-feira superaram as expectativas e aumentaram o otimismo sobre os rumos da economia do país.

De acordo com o Departamento do Trabalho, foram geradas 200 mil novas vagas em dezembro, bem acima das 150 mil esperadas por analistas de mercado e das 100 mil criadas no mês anterior.

A taxa de desemprego caiu de 8,7% para 8,5%, o nível mais baixo desde fevereiro de 2009.

Depois de um longo período de pessimismo e temor de que os Estados Unidos caíssem em uma nova recessão, em meio ao agravamento da crise na Europa e das dificuldades internas para solucionar os problemas da dívida e do déficit, a notícia vem se somar a uma recente onda de otimismo, alimentada por dados positivos em outras áreas da economia nos últimos meses.

Os novos dados também representam um impulso para as ambições do presidente Barack Obama de conquistar um segundo mandato nas eleições de 6 de novembro, já que pesquisas indicam que a economia é a principal preocupação dos eleitores.

"O relatório de empregos divulgado hoje fornece evidências adicionais de que a economia continua a se recuperar da pior crise desde a Grande Depressão", disse o presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Alan B. Krueger.

Desafios

O crescimento na geração de empregos foi puxado pelo setor privado, que criou 212 mil novas vagas em dezembro, enquanto o governo cortou 12 mil empregos.

Segundo o Departamento do Trabalho, este foi o sexto mês consecutivo em que a economia americana criou pelo menos 100 mil novas vagas.

"Há boas notícias em várias frentes", disse o analista Nigel Gault, economista-chefe da consultoria IHS Global Insight, ao lembrar que o número de horas trabalhadas aumentou, assim como o salário médio por hora.

Segundo Gault, com isso os consumidores que estavam reduzindo suas taxas de poupança nos últimos meses ganham um importante reforço na renda.

O economista afirma, porém, que apesar das boas notícias, ainda é cedo para comemorar.

Os Estados Unidos ainda têm mais de 13 milhões de desempregados, e economistas afirmam que o ritmo atual da economia continua insuficiente para reverter o problema.

"O relatório é animador. Mas não podemos tomá-lo como prova de que a economia saltou para uma taxa de geração de empregos muito mais forte", afirma.

"A economia ainda enfrenta problemas domésticos, mas a maior ameaça continua sendo externa, com crescimento mais fraco no resto do mundo e com a crise financeira na zona do euro."

Fonte: BBC Brasil

MINAS GERAIS TEM 87 MUNICÍPIOS EM ESTADO DE EMERGÊNCIA

A situação em Minas Gerais se agravou nas últimas horas. A Defesa Civil estadual informou que já são 87 municípios em estado de emergência em decorrência dos impactos causados pela chuva e pelas enchentes na região. Ontem (5) à noite foram incluídos mais 13 municípios entre os que necessitam de atenção e ajuda especial. Porém, no total, são 142 municípios afetados.

Pelo menos oito pessoas morreram em decorrência de várias situações, como queda de árvore, arrastada pelo rio, desabamentos, deslizamentos de terra, enxurradas e inundações. São, por enquanto, 34 pessoas feridas e uma desaparecida - Rita Vieira de Souza, no município de Santo Antônio do Rio Abaixo.

Mais de 2 milhões de pessoas são vítimas dos efeitos da chuva e das enchentes nas cidades mineiras. Quase 10 mil estão desalojadas e 512 desabrigadas. Há casos, como o da cidade de Brumadinho, em que boa parte do município foi tomado pelas águas e as ruas se transformaram em riachos.

O saldo de casas e pontes atingidas também é elevado. Em Minas Gerais, 3.402 casas sofreram danos parciais ou foram totalmente destruídas devido à chuva e às enchentes que também afetaram 205 pontes em todo o estado.

Os municípios que foram incluídos são Santa Fé de Minas, Entre Rio de Minas, Cataguases, Araponga, Caputira, Contagem, Sardoá, Formiga, Divinópolis, Mário Campos, Rio Casca, Conselheiro Pena e Esmeraldas.

O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, se reúne agora de manhã com o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia. O encontro, marcado para as 9h no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, é para tratar de ações emergenciais para a recuperação das rodovias federais castigadas pela chuva.

Após a reunião, o ministro percorrerá trechos das rodovias atingidas. Paulo Passos vai vistoriar os trabalhos de recuperação na BR-040 e BR-356, entre Belo Horizonte e Ouro Preto.

Há expectativa de que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, participe da reunião. Nessa quinta-feira (5) à tarde, ele visitou o Rio de Janeiro.

Fonte: Agência Brasil

IPCA FECHA NO TETO DE 6,5% EM 2011

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2011 com alta de 6,50 por cento, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, exatamente no teto da meta de inflação do governo. Em 12 meses até novembro, o índice tinha alta de 6,64 por cento

Em dezembro, o indicador subiu 0,50 por cento, após alta de 0,52 por cento em novembro. Analistas ouvidos pela Reuters previam que o IPCA teria alta de 0,55 por cento em dezembro, encerrando o ano a 6,56 por cento, segundo mediana da pesquisa Reuters. Ou seja, o mercado esperava que o IPCA estouraria o teto da meta.

O resultado fechado de 2011 foi o maior desde 2004, quando o IPCA registrou alta de 7,60 por cento. Em 2010, ele havia ficado em 5,91 por cento. Desde 2006, a meta de inflação do governo vem sendo ficada em 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

Segundo o IBGE, a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados apresentou variação maior que a do ano anterior. O grupo que mais subiu de um ano para o outro foi o de Transporte, que passou de 2,41 por cento para 6,05 por cento.

Na ponta oposta, vieram o grupo Alimentação e bebidas, que teve desaceleração de uma alta de 10,39 para 7,18 por cento e Artigos de residência, de 3,53 para estabilidade.

No ano passado, o segmento Despesas pessoais foi o que registrou maior elevação de preços: 8,61 por cento.

SURPRESA

O resultado fechado do ano passado pegou de surpresa boa parte do mercado, que esperava um estouro no teto da meta. Para o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno, o que ajudou o IPCA a ficar dentro do objetivo do governo foi a recente redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre bens da linha branca.

"Fora isso, a inflação segue pressionada, com alimentos acelerando e serviços ainda num patamar elevado. Foi um fator pontual que contribuiu para a desaceleração e fechando o ano no teto", afirmou ele.

Já o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em nota que o resultado de 2011 está em linha com cenário antecipado pela autoridade monetária.

Segundo Tombini, "em 2012, a inflação ao consumidor seguirá recuando e se deslocando na direção da trajetória de metas, dinâmica esta consistente com a estratégia de política monetária adotada pelo Banco Central."

Esse foi o oitavo ano seguido que o BC cumpre a meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A última vez que ele não conseguiu foi em 2003, quando o IPCA ficou em 9,30 por cento.

Fonte: Reuters

ESTUDO INDICA QUE CÉREBRO COMEÇA A "DETERIORAR" AOS 45 ANOS DE IDADE

Um estudo realizado pela University College de Londres (UCL) indicou que as funções do cérebro podem começar a se deteriorar já aos 45 anos de idade.

Entre mulheres e homens com idades entre 45 e 49 anos, os cientistas perceberam um declínio no raciocínio mental de 3,6%.

As conclusões contradizem pesquisas anteriores sugerindo que o declínio cognitivo só começaria depois dos 60.

O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, foi conduzido ao longo de dez anos, entre 1997 e 2007.

Os cientistas avaliaram a memória, o vocabulário e as habilidades cognitivas – de percepção ou de compreensão – de quase 5,2 mil homens e 2,2 mil mulheres entre 45 e 70 anos, todos, funcionários públicos britânicos.

Os resultados demonstraram uma piora em memória e cognição visual e auditiva, mas não em vocabulário – com um declínio mais acentuado nas pessoas mais velhas.

Entre os indivíduos entre 65 e 70 anos, eles perceberam um declínio mental foi de 9,6% entre homens e 7,4% entre mulheres da mesma idade.

Para os cientistas, isso quer dizer que a demência não é um problema exclusivo da velhice, e sim um processo que se desenrola ao longo de duas ou três décadas.

"É importante identificar os riscos cedo. Se a doença começou em um indivíduo nos seus 50 que só começa a ser tratado nos 60, como fazemos para separar causa e efeito?", questiona o professor Archana Singh-Manoux, do Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Saúde da População, na França, que conduziu a pesquisa na instituição londrina.

"O que precisamos agora é analisar aqueles que experimentam um declínio cognitivo mais rápido que a média e saber como parar o declínio. Algum nível de prevenção definitivamente é possível", afirma.

Crise de meia-idade

Singh-Manoux argumenta que as taxas de demência devem aumentar na sociedade na medida em que as funções cognitivas estão conectadas a hábitos e estilo de vida, através de fatores como o fumo o nível de exercício físico.

Para a Sociedade contra o Alzheimer, uma organização de pesquisa e lobby no combate à demência, o estudo mostra a necessidade de mais conhecimento das mudanças no cérebro que sinalizam o problema.

"O estudo não diz se qualquer dessas pessoas chegou a desenvolver demência, nem quão viável seria para o seu médico detectar essas primeiras mudanças", afirmou a gerente de Pesquisas da Alzheimer Society, Anne Corbett.

"São necessários mais estudos para estabelecer as mudanças mensuráveis no cérebro que possam nos ajudar a melhorar o diagnóstico da demência."

O diretor de Pesquisas na organização, Simon Ridley, reforçou a necessidade de conscientizar a população sobre os benefícios de ter hábitos saudáveis.

"Embora não tenhamos uma maneira infalível de prevenir a demência, sabemos que mudanças simples de hábitos – adotar uma dieta saudável, não fumar, manter o colesterol e a pressão do sangue sob controle – reduzem o risco de demência", afirmou.

"Pesquisas anteriores indicaram que a saúde na meia-idade afeta o risco de demência durante o envelhecimento, e estas conclusões nos dão mais razões para cumprir as resoluções de Ano Novo."

Fonte: BBC Brasil

CONFLITO NA SÍRIA DIVIDE COMUNIDADE NO BRASIL

O conflito entre opositores e o regime de Bashar al Assad não tem provocado divisões apenas na Síria. A numerosa comunidade de sírios-brasileiros também está dividida, entre o apoio e a rejeição ao regime.

Segundo membros da comunidade ouvida pela BBC Brasil, a maior parte prefere o silêncio.

Outros, pelo contrário, optaram pela militância, organizando protestos contra o regime, em frente ao consulado sírio na avenida Paulista, em São Paulo.

A oposição a Assad é mais disseminada entre os sírios que chegaram ao país nas últimas décadas. Um dos líderes é Ehad al Tariri. Há 14 anos no Brasil, o empresário trocou Damasco por São Paulo.

"Quem vive no Brasil sentiu o que é liberdade, sentiu o que é democracia", diz Tariri. Ele calcula que cerca de 40% da comunidade hoje está contra Assad, mas qualquer número é apenas uma suposição.

"Ninguém está pedindo liberdade demais. Nós queremos pelo menos é respirar", diz o também empresário Mohamed Elatar, que chegou ao país há dez anos para viver com o tio.

"Temos uma preocupação muito grande com os parentes na Síria, já que a comunicação é dificil", diz.

Segundo a ONU, mais de 5 mil pessoas já morreram na repressão do regime sírio aos protestos contra o governo, iniciados em março de 2011, num dos capítulos mais sangrentos da chamada Primavera Árabe.

Club Homs

O principal reduto dos oposicionistas na Síria é a cidade de Homs, origem de boa parte dos sírios-brasileiros e nome de um tradicional clube em São Paulo.

Mas no Club Homs, a duas quadras do consulado sírio, grande parte dos associados é a favor de Assad, garante o advogado Eduardo Elias, neto de sírios e presidente da Federação das Entidades Árabes do Brasil, Fearab.

Elias diz que o grande temor dos sírios-brasileiros de origem cristã é que se reproduza, com a eventual queda de Assad, a perseguição aos cristãos ocorrida durante o Império Otomano.

Foi essa a razão que fez o seu avô e milhares de outros sírios migrarem para o Brasil no fim do século 19 e início do século 20.

"Existem facções radicais que querem a todo custo limpar religiosamente a Síria", diz Elias.

A influência dos sírios-libaneses, a maioria de origem cristã, pode ser vista em sobrenomes ilustres como Alckmin, Kassab, Hadad, Suplicy e Maluf.

Elias defende a posição de Assad e diz que os protestos são parte de um complô estrangeiro para desestabilizar o país.

"O Hafez (Assad, pai de Bashar) fez uma coisa muito inteligente. Ele retirou a religião da carteira de identidade", diz o advogado, ressaltando que os cristão veem na família Assad uma garantia de proteção à minoria cristã.

Brasil

Para o jornalista sírio Tammam Daaboul, 31 anos, há 18 vivendo em São Paulo, "a maior parte da comunidade síria não mantém vínculos diretos com o país e não tem informação suficiente para se posicionar politicamente".

Daaboul nega que exista uma perseguição religiosa do governo, já que há uma tradição de convivência pacífica entre a maioria muçulmana sunita com as minorias alauitas e cristã.

"Um conflito sectário na Síria só ocorreria se fosse incentivado. E o medo é o principal catalisador para isso", diz.

Daaboul também cobra um posicionamento mais ativo da diplomacia brasileira. Segundo ele, o Brasil é respeitado tanto pela oposição quanto pelo governo sírio e poderia ajudar em uma solução política para o conflito.

"O Brasil poderia, através dos Brics, principalmente com a Rússia e a China, criar um protocolo de trabalho" para negociações entre os dois lados.

"Os Brics têm condição de ditar o caminhar da crise. Têm recursos e mais força política do que a própria Liga Árabe", diz.

Fonte: BBC Brasil

EM ASSALTO A BANCO NA BAHIA BANDIDOS FAZEM REFÉNS CANTAR PARABÉNS

Um dia após o roubo à uma agencia bancária de Abaíra, a 543 km de Salvador, mais um estabelecimento do Banco do Brasil foi assaltado no interior da Bahia. Desta vez, o município alvo de bandidos foi Baixa Grande, a 252km da capital baiana.

De acordo com um morador do município, que preferiu não ser identificado, cerca de 10 homens fortemente armados chegaram à cidade, por volta das 13h, e levaram terror ao município de apenas 19.857 habitantes.

Divididos em uma Honda Civic e uma caminhonete L200, veículos roubados minutos antes do assalto, os criminosos chegaram ao município atirando para o alto e, em seguida, invadiram a agência do Banco do Brasil, no centro da cidade.

De acordo com agentes da delegacia local, os bandidos fizeram dois seguranças reféns e estouraram com objetos de ferro os vidros da agência. No interior do estabelecimento, os criminosos retiraram o dinheiro dos caixas e sequestraram o gerente da agência, além de dois funcionários.

O fato mais inusitado do assalto, entretanto, ainda estava por vir. De acordo com policiais que acompanharam o caso, um dos bandidos, que fazia aniversário nesta quinta, pediu que os clientes e funcionários o dedicassem um canto de parabéns.

Segundo um morador do município, que preferiu não ser identificado, os bandidos ainda jogaram dinheiro para o alto quando concluíram o assalto. "Eles só deviam estar drogados", surpreendeu-se. Na saída do estabelecimento, os bandidos também levaram uma moto que estava na porta da agência.

O gerente e funcionários feitos reféns foram libertados na zona rural do município, e os bandidos seguiram em direção ao município de Ipirá. Até a noite desta quinta, nenhum bandido foi preso. O valor assaltado ainda não foi divulgado pelo Banco do Brasil.

Fonte: A Tarde

NÚMERO DE MULTAS QUASE DOBROU EM SÃO PAULO EM 2011

Os motoristas de São Paulo precisam ficar mais atentos aos limites de velocidade, que vêm diminuindo em diversas vias da capital desde abril. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam que o número de multas por excesso de velocidade quase dobrou em 2011 na cidade no comparativo com igual período do ano anterior. De janeiro a novembro, foram 3.022.187 autuações, ante 1.700.414 registros nos mesmos meses de 2010, alta de 77%.

Com isso, pela primeira vez em anos, essa infração desbancou o rodízio como a penalidade de trânsito mais flagrada em vias paulistanas. Especialistas afirmam que o programa da Prefeitura para reduzir a velocidade máxima permitida ajuda a explicar o fenômeno. Até agora, 255 km de ruas e avenidas já tiveram o limite diminuído de 70 km/h para 60 km/h.

“O problema é que as pessoas dirigem de forma distraída, sem prestar atenção à sinalização, porque as placas com os novos limites de velocidade foram mudadas direitinho”, diz o consultor de tráfego Horácio Augusto Figueira.

O engenheiro de trânsito Sergio Ejzenberg, ex-funcionário da CET, avalia que o hábito de guiar a até certa velocidade faz com que condutores cometam a infração. “Muitas vezes você está andando em um limite que sempre respeitou, mas, de repente, ele muda. Isto gerou a enxurrada de multas.”

Ele diz que, em alguns casos, como no da Avenida dos Bandeirantes, zona sul, a alteração ocorreu de maneira muito rápida, dando poucos dias para que os motoristas se adaptassem ao novo limite.

O vendedor Maurício Rodrigues, de 50 anos, diz que foi multado na Avenida Aricanduva, zona leste, por causa da redução do limite de velocidade. Ele foi flagrado por um radar a 72 km/h, 12 acima do permitido. “Não sabia que tinha mudado. Não vi placa de velocidade.” Segundo ele, as pessoas costumam acelerar ali à noite, devido à falta de iluminação.

Para a CET, o crescimento expressivo das multas por desrespeito ao limite de velocidade pode ser atribuído a ampliação da fiscalização eletrônica. Em 2011, passaram a funcionar mais 14 aparelhos fixos, ampliando o número de equipamentos para 576. Além disso, o órgão entende o aprimoramento tecnológico dos radares – “que permitiu um ganho na qualidade das imagens das infrações registradas” – também contribuiu para o aumento das multas.

A companhia alega ainda que as autuações vinham subindo antes do início da diminuição das velocidades. Ejzenberg também crê que a operação de mais radares contribuiu para o número de multas subir. “É outro fator importante.”

O aumento da frota de veículos também deve ser considerado, segundo interpretação de Silvio Médici, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito (Abeetrans). De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP), a capital ganhou cerca de 204 mil veículos entre novembro de 2010 e o mesmo mês do ano passado.

Ao mesmo tempo, os especialistas são unânimes em afirmar que a redução dos limites de velocidade ajuda a diminuir a gravidade dos acidentes e atropelamentos.

“Com mais radares e queda da velocidade, as pessoas vão mudando o comportamento. Neste ano, vamos ver um reflexo positivo disso, e talvez até o número de multas caia, porque as infrações deverão diminuir”, diz Figueira.

A CET informou que o número de acidentes e atropelamentos no eixo leste/oeste – que abrange a Radial Leste, o Minhocão e a Avenida Francisco Matarazzo – caiu 14% entre abril e novembro, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A velocidade ali foi padronizada em 60 km/h.

Fonte: Estadão

PEDÁGIOS EM SÃO PAULO DEVERÃO FICAR MAIS CAROS EM 2012

Uma nova política para unificar o reajuste dos pedágios pode tornar o valor das tarifas ainda mais alto neste ano. O governo do Estado publicou ontem alterações nos contratos de concessão das rodovias que mudaram o índice de inflação usado para calcular os aumentos. Só que o novo indicador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está mais alto do que o antigo, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

A troca de índices havia sido anunciada em junho do ano passado. Havia, segundo a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), a necessidade de uniformizar os índices que regulam todas as concessões - como os contratos foram assinados em diferentes épocas, havia diferenças na forma de reajuste de uma rodovia para outra.

Acontece que o IGP-M acumulado dos últimos 12 meses na época do anúncio era de 8,64%, enquanto o IPCA, que seria usado, era de 6,71%. De lá para cá, no entanto, o IPCA tem subido mais do que o outro indicador. Em dezembro, o acumulado anual do IPCA foi de 6,56% e o IGP-M, de 5,09%. Com o índice novo, caso mantida a diferença, o aumento das tarifas será maior do que com o índice antigo.

A assinatura dos termos aditivos nos contratos de concessão ocorreu entre o anúncio da nova regra, em junho, e o restante do ano passado. Ontem, com os 19 contratos de concessão corrigidos, foi feita a publicação da mudança de índices no Diário Oficial do Estado - o que tornou a negociação válida.

A diferença dos índices acontece porque cada um deles dá pesos diferentes para produtos da cesta básica e tarifas públicas, por exemplo. O IPCA é o índice oficial de inflação do País. Já o IGP-M é geralmente usado para corrigir tarifas públicas.

Redução

O sobe e desce dos dois indicadores econômicos é uma dificuldade a mais para ser cumprida a promessa de campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de reduzir o valor dos pedágios. Mas, segundo a Artesp, "não está em pauta nova renegociação para mudança de índice de reajuste da tarifa".

A agência afirma, em nota, que o objetivo da mudança é adotar "um fator de reajuste mais próximo da realidade dos usuários" e uniformizar o índice entre todas as concessionárias das rodovias paulistas. "A adoção de um índice único é uma resposta às aspirações dos usuários e faz parte de uma ampla negociação entre o governo e as concessionárias."

Essa alteração não é a principal estratégia para deixar o valor dos pedágios mais baixo. Para reduzir o valor das tarifas, a Artesp espera o resultado de um estudo que está sendo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para rever os índices utilizados na gestão dos contratos. Mas o Estado não diz quando a consultoria da Fipe estará pronta.

Outra medida para cobrar tarifas mais baixas, também ainda em fase de estudo, é a cobrança de pedágio por trecho percorrido da rodovia. A proposta consiste em manter chips nos carros e antenas ao longo das rodovias. Conforme o veículo vai cruzando a estrada, as antenas captam a distância percorrida pelo carro - e a conta vai para a casa do motorista. O projeto-piloto será testado, ainda neste ano, na Rodovia Santos Dumont (SP-075).

Fonte: Estadão

CESTA BÁSICA FICOU MAIS CARA EM 2011


O conjunto dos itens essenciais à mesa do brasileiro foi reajustado acima de 10% ao longo do ano passado em três das 17 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior alta ocorreu em Vitória (13,8%) com o valor de R$ 275,39, em dezembro de 2011. A segunda maior elevação foi constatada em Belo Horizonte (11,75%) onde a cesta básica custava R$ 264,01, seguido por Florianópolis com alta de 10,2% e valor de R$ 262,44 no último mês de dezembro.
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A única exceção foi registrada em Natal onde houve queda de 3,38%, com o valor passando para R$ 212,36

Ao longo do ano, a cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais pesquisadas. A única exceção foi registrada em Natal onde houve queda de 3,38%, com o valor passando para R$ 212,36.

Na comparação com novembro, o valor da cesta básica no último mês do ano diminuiu em cinco localidades: Florianópolis (-2,28%); Curitiba (-1,80%), Porto alegre (-0,99%); Manaus (-0,98%) e Brasília (-0,50%). Entre as 12 capitais em alta as mais expressivas foram: Goiânia (5,58%); Vitória (4,35%) e Fortaleza (4,25%).

Com base no maior valor apurado, em dezembro, o Dieese estimou que o salário mínimo ideal para o trabalhador suprir as necessidades básicas da família deveria atingir R$ 2.329,35 – 4,27 vezes o mínimo em vigor R$ 545. Em dezembro de 2010, o cálculo indicava um mínimo ideal de R$ 2.227,53 – o que representava 4,37 vezes o piso daquela época (R$ 510).

Entre os produtos em alta nas 17 capitais ao longo de 2011 estão o café e o óleo de soja. O Dieese justificou a elevação do café como consequência da longa estiagem que prejudicou a flora e implicou em atraso na colheita do grão no mercado interno. Paralelamente, houve quebra da safra no Vietnã e aumento da demanda nos países asiáticos, pressionando a cotação no mercado internacional.

Já no caso do óleo de soja, estoques reduzidos, quebra de safra e consumo elevado na Índia e China provocaram alta do produto. A carne bovina e o pão francês subiram de preço em 15 localidades. Em relação à carne, o período favorece os reajustes já que este produto tem maior consumo durante as festas de final de ano. Além disso, a longa estiagem, no ano passado, reduziu a oferta de pasto e isso afetou a engorda do gado.

Também por causa da seca, o Brasil colheu menos trigo, no ano passado. O país que já é dependente da produção externa deste item teve de aumentar as importações, onerando o custo das massas em geral que inclui o pão francês.

Em sentido oposto, caiu a cotação do arroz e do feijão entre 16 capitais no acumulado do ano. Na passagem de novembro para dezembro, o valor subiu em 15 localidades no caso do feijão e em 11, do arroz. O fato de ter ciclos mais curtos de produção com três safras, a oferta foi melhor do que nos demais produtos agrícolas da cesta.

Fonte: Correio do Brasil

ÁGUAS PODEM CHEGAR A MAIS DE DOIS METROS EM CAMPOS

A Defesa Civil de Campos avalia que a água pode chegar a dois metros de altura na comunidade de Três Vendas, em Campos, no Norte Fluminense, na manhã desta sexta-feira. Ontem, um dique se rompeu na rodovia BR-356, onde foi formada uma cratera de 20 metros, abrindo caminho para o transbordamento do Rio Muriaé. Por volta das 20h, a água chegava a meio metro.


Mais de 300 famílias já foram retiradas da região. Técnicos da Defesa Civil estão de plantão na localidade para monitorar a chegada da água e retirar os moradores que insistem em não abandonar as residências, se houver necessidade.

A Prefeitura de Campos colocou pedras na entrada da comunidade para tentar conter a água do Rio Muriaé.

Segundo o Dnit, a BR-356 vem funcionando como um dique, sem nunca ter sido projetada para este fim. O órgão disse que recuperou o asfalto da rodovia neste trecho, instalando manilhas para permitir a passagem de água de chuva e não dar vazão às águas da cheia do rio Muriaé.

Governo do Rio vai instalar gabinete de crise em Campos

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, anunciou a criação de um gabinete de crise que será instalado em Campos dos Goytacazes, para auxiliar os municípios atingidos com a cheia dos rios da região.

Segundo ele, a secretaria começou a enviar na segunda-feira (2) mantimentos para as cidades atingidas pela chuva. Os donativos levados para Nova Friburgo, na região serrana, são compostos por colchonetes, sabonete, vassouras, sabão em pedra e fraldas. O entreposto instalado na cidade de Itaperuna, que atende aos municípios de Pádua, Italva, Cardoso Moreira, Aperibé, Cambuci, Campos e Santo Antonio de Pádua recebeu absorventes, colchões infláveis de casal e solteiro, fraldas, escovas de dente e sabonete, além de kits de limpeza, compostos por água sanitária, pano de chão, desinfetante, esponjas, sabão em barra e em pó.

Já o secretário de Agricultura do estado, Christino Áureo, implantará amanhã (6), em Campos dos Goytacazes, uma base operacional de emergência onde serão coordenadas as ações de apoio às áreas rurais atingidas pelas cheias dos rios da região.

A unidade funcionará na sede da Fundação Norte Fluminense de Desenvolvimento Rural, no parque de exposições da cidade. “Além desta base estaremos implantando, a exemplo do que já fizemos na região serrana, os Núcleos de Emergência Rural. Cada um deles é integrado por equipes e máquinas do Programa Estrada de Produção e atuam em parceria com a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros dos municípios, atendendo as emergências na zona rural”, disse Áureo.

Segundo ele, a secretaria tem 21 equipes e máquinas atuando em diferentes frentes de emergência, sendo 12 na região serrana e nove no noroeste do estado.

Fonte: Jornal do Brasil

INSCRIÇÕES NO SISU COMEÇAM À MEIA-NOITE

A partir da meia-noite de hoje (6), estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 podem se inscrever para disputar uma das 108 mil vagas em universidades públicas que serão oferecidas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As oportunidades estão distribuídas em 3.327 cursos de universidades federais e estaduais, além de institutos federais de Educação Profissional.

O maior número de vagas disponíveis (64 mil) está nos cursos de bacharelado. Há, por exemplo, 2.487 vagas em cursos de direito, 1.443 em medicina e 3.958 em graduações na área de administração. Além das carreiras mais disputadas nos vestibulares tradicionais, há oportunidades em cursos menos conhecidos pelos estudantes como astronomia, ciências ambientais, produção cultural e mineração.

Os candidatos podem se inscrever no Sisu até 12 de janeiro. Ao acessar o sistema, o estudante deve escolher duas opções de curso, indicando a sua prioridade. Diariamente, o sistema divulga a nota de corte preliminar de cada curso com base na nota do Enem dos candidatos que pleiteiam as vagas. Durante esse período, o participante pode alterar essas opções se achar que tem mais chances de ser aprovado em outro curso ou instituição.

Ao todo, 95 instituições públicas de ensino superior participam da oferta do Sisu para o primeiro semestre de 2012. São 42 universidades federais, 13 instituições estaduais e 39 institutos federais de Educação Profissional, além da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, administrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As oportunidades se concentram principalmente no Nordeste e Sudeste, que oferecem respectivamente 34,66% e 33,09% das vagas. Menos de 5% das vagas estão no Norte, 12,88% no Centro-Oeste e 14,5%, no Sul.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 15 de janeiro. Os estudantes aprovados deverão comparecer às instituições de ensino entre os dias 19 e 20 para fazer a matrícula. O participante que foi selecionado para a primeira opção de curso é retirado automaticamente do sistema e perde a vaga se não fizer a matrícula. Aqueles que forem selecionados para a segunda opção ou não atingirem a nota mínima em nenhum dos cursos escolhidos podem participar das chamadas subsequentes.

A segunda chamada está prevista para 26 de janeiro, com matrículas entre os dias 30 e 31. Caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera que será disponibilizada para as instituições de ensino preencherem as vagas remanescentes. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1° de fevereiro.

Fonte: Agência Brasil

STANDARD & POOR'S: FRANÇA JÁ É TRATADA COMO "TRIPLO B"

A França, cuja qualificação máxima "AAA" de dívida soberana está ameaçada de revisão por parte das agências de classificação de risco, já é tratada como um país "triplo B", assegurou o economista-chefe para a Europa da Standard & Poor's (S&P), Jean-Michel Six.

"Apesar de seu triplo A, os investidores hoje tratam a França como se tivesse uma qualificação triplo B", declara nesta sexta-feira no diário "Le Parisien" o economista, que antecipa que a eventual vitória da esquerda nas eleições presidenciais deste ano não influirá decisivamente na avaliação do país.

Tanto Six como Carol Sirou, presidente da S&P France, evitam no diário adiantar se a agência irá rebaixar a qualificação da França, mas advertem que não é só este país que está sob vigilância, e sim todas "as 17 nações da zona do euro".

Sirou qualifica de "ilusões" os comentários dos que consideram que, caso seja rebaixada a qualificação da França, isso poderia ser identificado como o resultado de um "complô americano" ou como uma "sabotagem europeia".

Six, por sua parte, lembra que não existe uma relação automática entre a qualificação de um país e as taxas de juros reivindicadas pelos investidores para sua dívida soberana.

Sobre a personalidade do próximo presidente da França, a partir de maio deste ano, Sirou assegura que o que será levado em conta "é se a equipe no poder conta com os meios para cumprir sua estratégia". 

Fonte: EFE

GOVERNO DO RIO EM "ALERTA MÁXIMO" DEVIDO ÀS FORTES CHUVAS

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou na noite desta quinta-feira alerta máximo em todo o Estado devido à perspectiva de novos temporais nos próximos dias. Ele se reuniu com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

A forte chuva que afeta as regiões norte e noroeste do Estado desde a virada do ano aumentou bastante o nível dos rios, uma ameaça para as famílias de várias cidades que são cortadas pelos rios Pomba, Muriaé e Paraíba do Sul.

"Estamos dando alerta máximo a todo o Estado do Rio de Janeiro, sobretudo àquelas regiões que foram atingidas já pelas chuvas, como norte, nordeste e (região) serrana", Cabral disse a jornalistas.

O número de pessoas desalojadas chega a quase 35 mil em todo o Estado, segundo a Defesa Civil. Seis cidades do norte e nordeste do Estado decretaram situação de emergência em consequência da chuva acima da média registrada nos últimos dias.

Nesta quinta-feira, um trecho de uma estrada que serve como dique de contenção de um rio se rompeu na cidade de Campos, no norte do Rio de Janeiro, e ao menos quatro mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas às pressas antes que a água invadisse o distrito de Três Vendas.

Homens do Exército foram acionados para ajudar na retirada dos moradores de Três Vendas, a cerca de dois quilômetros de onde houve o rompimento de um trecho da rodovia BR-356 que funciona como dique de contenção do rio Muriaé. Parte das ruas da localidade já foi tomada pela água.

"Montamos barreiras de pedra para tentar evitar o avanço da água, mas está difícil... a situação, no entanto, está sob controle e, por ora, não há risco de outras regiões serem inundadas", disse à Reuters a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho.

Mais de 1.000 famílias já foram retiradas de Três Vendas e levadas para casas de parentes e abrigos, segundo a Prefeitura de Campos.

"Não temos hora para sair daqui porque vamos continuar fazendo as remoções até que todas as pessoas de Três Vendas estejam em segurança Agora, cerca de 40 por cento das ruas estão tomadas por água e a previsão é que atinja todas as ruas", disse o subsecretário da Defesa Civil de Campos, Major Edison Pessanha, de acordo com a página da Prefeitura na Internet.

Em janeiro de 2011, o Estado do Rio sofreu uma tragédia por causa das chuvas na região Serrana, com cerca de 900 mortos em decorrência de gigantescos deslizamentos de terra. Neste início de ano já são quase 20 mil pessoas fora de suas casas no Estado, mas apenas uma morte foi confirmada.

O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, se reuniu pela manhã com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tratar da recuperação das áreas atingidas e viajou para o Rio de Janeiro para conversar com Cabral.

Na sexta-feira, o ministro irá a Minas Gerais, o Estado mais afetado pelas chuvas na região Sudeste do país, com seis mortes confirmadas, para conversar com governador Antonio Anastasia, informou a assessoria de imprensa do Ministério.

Fonte: Reuters