domingo, 8 de janeiro de 2012

VOLUME DE CHUVAS EM BH JÁ EQUIVALE A 77% DO ESPERADO PARA JANEIRO

Nos seis primeiros dias do ano, choveu em Belo Horizonte (MG) o equivalente a 77% do volume esperado para todo o mês de janeiro. O tempo permanecerá instável em quase todo o estado neste domingo. A Defesa Civil alerta para a tendência de grande volume de chuva especialmente no noroeste de Minas Gerais.

O órgão chama a atenção também para a possibilidade de novos deslizamentos, devido à situação do solo que está saturado por causa das chuvas que atingem intensamente o estado desde o fim do ano passado.

Permanece em 103 o número de municípios mineiros que estão em estado de emergência em decorrência dos estragos causados pelas chuvas, enchentes e deslizamentos. Mais 54 cidades foram afetadas, mas não decretaram situação de emergência.

O último boletim divulgado pela Defesa Civil informou que na noite de ontem (7) uma forte chuva atingiu o município de Ubá e elevou o nível do Rio Ribeirão Ubá, provocando inundações em vários pontos da cidade. Também foram registrados deslizamentos de encostas e algumas vias foram interditadas. Entretanto, não há mortos ou feridos até o momento.

Até agora, foram registradas 12 mortes e há duas pessoas desaparecidas em Santo Antônio do Rio Abaixo e União de Minas. Há 906 pessoas desabrigadas em todos o estado e quase 12 mil desalojados.

Fonte: Agência Brasil

BRASIL SE DESTACA ENTRE OS INVESTIDORES GLOBAIS

A primeira semana de 2012 comprovou que o Brasil mantém o posto de queridinho dos investidores globais. Bastou uma pausa nas preocupações com a Europa para o País se destacar. Nos cinco primeiros dias úteis do ano, o Tesouro Nacional e duas empresas privadas captaram juntos US$ 2,6 bilhões no mercado externo. Se fosse mantido pelas outras 51 semanas do ano, seria um ritmo três vezes superior ao de 2011, quando as emissões atingiram US$ 38,5 bilhões.

Trata-se apenas de um cálculo indicativo, pois ninguém se arrisca a estimar por quanto tempo essa janela de oportunidade vai se manter aberta. A razão? As turbulências na Europa. Executivos alertam que, de fevereiro a abril, os países que tiram o sono dos investidores - Espanha, Itália, Portugal e Grécia - terão altos volumes de dívida para refinanciar. Ou seja, um leilão malsucedido de italianos ou espanhóis seria suficiente para azedar o clima.

"Em termos relativos, o Brasil está melhor do que a maioria dos europeus, inclusive a França", observou o diretor executivo da Ashmore Brasil, Eduardo Câmara. "Mas, para o País nadar de braçada, é preciso que a situação europeia seja definida." A Ashmore é uma gestora internacional especializada em emergentes, com ativos de US$ 60 bilhões.

Quando Câmara fala em nadar de braçada, refere-se à possibilidade de o otimismo deste início de 2012 se espraiar para outros mercados, como o de ações. Por enquanto, o segmento em que o Brasil aparece bem é o de emissão de dívidas.

Como lembra o vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Alberto Kiraly, esse é o mercado que costuma reagir primeiro quando a confiança melhora.

Por isso, ao menos por ora, não se espera que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seja inundada de recursos externos - a despeito da entrada de mais de R$ 600 milhões de dinheiro estrangeiro entre 2 e 4 de janeiro.

"Vamos ver se se trata de um movimento mais duradouro e amplo quando empresas de menor porte também acessarem o mercado", ponderou a diretora-geral da Fator Administração de Recursos, Roseli Machado.

O Estado apurou que muitas empresas estão na fila aguardando oportunidade de levantar dinheiro. Entre elas, Itaú, Banco do Brasil e Petrobrás. Um executivo disse ter mandatos de várias empresas de menor porte. "Estamos observando as condições de preço para levar o negócio para as companhias aprovarem."

Diferenças

A melhora do mercado de dívida neste início de 2012 passa pelo que ocorreu no mundo no segundo semestre do ano passado. Os mercados foram tomados por grandes incertezas sobre a Europa. Algumas delas: o euro acabará? Algum país dará calote? Nesse ambiente, muitos investidores venderam seus ativos para ficar com dinheiro em caixa.

"No planejamento para 2012, perceberam que precisavam arriscar um pouco para obter retornos melhores. É uma espécie de efeito calendário", explicou o principal executivo do banco Santander na área de emissões internacionais, Eduardo Borges.

Há também um fator conjuntural que sustentou a relativa tranquilidade da primeira semana do ano: dados econômicos dos EUA melhores que o esperado. Em dezembro, por exemplo, o país criou 200 mil empregos, acima dos 155 mil estimados.

Nesse contexto, a economia brasileira se sobressai. "A principal diferença entre o Brasil e o resto do mundo é a expectativa de crescimento maior aqui", afirmou Kiraly, da Anbima. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima crescimento de 1,9% para as economias avançadas neste ano e 6,1% para as emergentes. Para o Brasil, 3,6%.

Câmara, da Ashmore, observa ainda que os papéis do governo brasileiro são hoje considerados mais seguros do que títulos semelhantes da maioria dos países europeus. Em grande medida, isso ocorre por causa da situação fiscal. A relação entre dívida líquida e PIB, por exemplo, deve encerrar este ano perto de 37%. Na Itália, está em 100%, na Grécia, em 117%, e em Portugal, 83%.

O estrategista do banco WestLB Luciano Rostanho acrescenta que o País tem reservas internacionais de US$ 351 bilhões, valor que supera a dívida externa do governo. Por isso, o País tem tudo para se manter no pódio entre os preferidos dos investidores. Resta saber se as condições da economia global vão permitir que essas possibilidades sejam aproveitadas em sua plenitude.

Fonte: Estadão

ARGENTINOS SURPRESOS COM A AUSÊNCIA DE CÂNCER EM CRISTINA KIRCHNER

Nos últimos dez dias, os argentinos viveram dois momentos diferentes de comoção: o primeiro, no fim de dezembro, com a notícia de que a presidente Cristina Kirchner teria câncer na glândula tireoide. Agora, neste sábado, com a informação, também oficial, de que ela não sofre da doença, a despeito do diagnóstico oficial.

Apoiadores de Cristina diante de hospital onde ela foi operada, no dia 4 (AFP)
A notícia foi dada neste sábado por seu porta-voz, Alfredo Scoccimarro, diante das câmeras de televisão do país, e provocou gritos e aplausos de seus seguidores concentrados na entrada do hospital Austral, na cidade de Pilar, onde Cristina foi operada na quarta-feira.

Segundo Scoccimaro, a operação para a retirada da glândula da tireoide foi bem-sucedida, mas exames posteriores detectaram que o órgão não contém células cancerígenas.

"O diagnóstico original foi modificado. (Exames) constataram a presença de nódulos em ambos os lóbulos da glândula tireoide, mas a presença de células cancerígenas foi descartada", disse o porta-voz.

A presidente já recebeu alta hospitalar e foi levada de helicóptero à residência presidencial de Olivos.

"Realmente é uma surpresa e que devemos comemorar", disseram apresentadores das emissoras TN e C5N, de Buenos Aires.

Em seus sites, os jornais Perfil, Clarín e La Nación, críticos ao governo, destacaram a informação em suas manchetes. "Cristina teve alta após diagnóstico que não poderia ter sido melhor", publicou o Perfil.

O fato de que Cristina teria câncer era considerado, até então, tão consumado que a revista semanal Noticias, nasbancas desde sexta à noite, véspera do mais recente boletim médico, destacou na primeira página: "A luta da presidente contra o câncer".

'Suficiente'

Segundo o boletim médico, os exames indicaram que a cirurgia realizada foi "suficiente" para a retirada dos nódulos de Cristina, não sendo necessária "a administração de iodo radioativo".

Nos últimos dias, a saúde da presidente tinha provocado uma série de especulações na imprensa local. O La Nación enfatizou, em editorial, a importância das instituições num momento delicado da saúde da presidente. Analistas escreveram que a presença do câncer poderia levá-la a reduzir o ritmo de trabalho.

Nos últimos três dias, seguidores da presidente acamparam na entrada do hospital, e muitos levaram flores, bandeiras e cartazes com o nome de Cristina e de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em outubro de 2010.

Durante a internação, a presidente foi acompanhada pelos filhos, Maximo e Florencia, além de sua mãe e de sua irmã. Na mídia local, neste período, foi destacado ainda o "papel crescente" de Maximo - que preside um grupo da juventude peronista que presta apoio ao kirchnerismo - como assessor direto da presidente.

"Maximo foi quem definiu todos os detalhes antes e durante a internação e também esteve em contato com assessores da presidente", afirmou Edgardo Alfano, comentarista de política da TN.

A expectativa é de que Cristina retorne ao trabalho em 25 de janeiro. Até lá, o vice-presidente e ex-ministro da Economia, Amado Boudou, ocupará interinamente a cadeira presidencial.

Fonte: BBC Brasil

NAVIO SE PARTE EM DOIS NA NOVA ZELÂNDIA

Uma forte tempestade partiu em dois um navio cargueiro que estava encalhado em um coral na Nova Zelândia desde outubro, reforçando os temores de um derramamento de óleo.

Quando o navio, Rena, encalhou no coral de Astrolabe no dia 5 de outubro com 1.733 mil toneladas de óleo, 350 toneladas vazaram.

Quase 20 mil pássaros foram mortos, no que se considerou o maior desastre ambiental da Nova Zelândia. O capitão e outros oficiais que comandavam o navio foram indiciados pelo acidente.

Entretanto, as autoridades ambientais neozelandesas sustentam que desta vez o dano ambiental será menor. O navio ainda contém 400 toneladas de combustível.

Ross Henderson, porta-voz da entidade que regula a atividade na Nova Zelândia, disse neste domingo à BBC que as equipes de emergência estão preparadas para lidar com qualquer derramamento de óleo e os riscos como resultado do incidente.

De acordo com a Maritime New Zealand, as comunidades na costa da Baía de Plenty devem esperar destroços de contêineres e vestígios de óleo ao longo desta noite e na segunda-feira.

Em uma entrevista coletiva em Tauranga, cidade portuária a cerca de 12km de onde o desastre ocorreu, o ministro do Meio Ambiente da Nova Zelândia, Nick Smith, estimou que a quantidade de óleo que pode chegar à costa neste último incidente deve ser bem menor que no primeiro.

"O risco para o meio-ambiente é um fragmento do que foi o outro, com no máximo dezenas de toneladas de óleo, em vez de centenas de toneladas que potencialmente poderiam ser derramadas", disse o ministro.

Ondas gigantescas

O navio, de bandeira grega, se partiu na noite do sábado depois de ser atingido por ondas de até 7 metros. Toneladas de leite em pó que estavam em um contêiner foram lançadas ao mar, colorindo a água ao redor da embarcação.

Ross Henderson afirmou que a parte frontal do navio permanece encalhada firmemente no coral, mas que a parte traseira se partiu completamente e está a uma distância de 20 ou 30 metros da outra.

A companhia encarregada de recuperar a carga, Braemer Howells, estima que entre 200 e 300 contêiners dos 830 originais foram perdidos depois que o navio se partiu, e que a maior parte deve simplesmente afundar.

Os 40 a 60 restantes serão recolhidos quando as condições meteorológicas na área melhorarem, afirmou a companhia.

O comandante das operações de emergência, Alex van Wijngaarden, disse que nenhuma praia em Tauranga foi bloqueada, mas aconselhou os banhistas a ficar fora da água, devido a possíveis destroços e às condições do mar.

"Reiteramos nossa mensagem de que as pessoas exerçam seu bom senso e não nadem nem surfem nas áreas onde é mais provável que haja contêineres e destroços", afirmou.

Fonte: BBC Brasil