sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

FUZILEIROS AMERICANOS SÃO FILMADOS URINANDO EM CADÁVERES NO AFEGANISTÃO

Autoridades em Washington se apressaram nesta quinta-feira para criticar os militares americanos que flagrados urinando em combatentes mortos do Talebã no Afeganistão e para conter os danos que o vídeo pode causar.

A secretária de Estado Hillary Clinton disse estar "totalmente consternada" com as imagens e que as atitudes dos fuzileiros navais "não condiziam com os valores americanos".

Já o secretário de Defesa, Leon Pannetta, telefonou para o presidente afegão, Hamid Karzai, prometeu punir severamente os envolvidos. Pelo menos dois dos quatro fuzileiros que aparecem no vídeo foram identificados, segundo um militar disse à BBC.

Constrangimento

Segundo o jornalista da BBC em Washington Steve Kingston, o oficial não confirmou o local onde estavam os fuzileiros, mas relatos sugerem que a unidade pertencia à base militar de Camp Lejeune, na Carolina do Norte.

Eles seriam de um batalhão que já teria atuado no Iraque, Afeganistão e em Guantánamo.

Para Kingston, o vídeo causa um grande constrangimento ao governo de Obama, que vem tentando projetar uma imagem mais sensível dos militares.

O presidente afegão também condenou as imagens. "O governo do Afeganistão está profundamente perturbado por um vídeo que mostra soldados americanos profanando corpos de três afegãos", informou o gabinete do presidente Hamid Karzai em uma declaração.

"Este ato de soldados americanos é simplesmente desumano e deve ser condenado nos termos mais fortes possíveis. Pedimos ao governo dos Estados Unidos para investigar com urgência o vídeo e aplicar a punição mais severa a qualquer um que seja considerado culpado deste crime", acrescentou a declaração.

YouTube

O vídeo teria sido gravado no Afeganistão e divulgado no site YouTube. As imagens também foram divulgadas pela rede de TV árabe Al-Jazeera e ainda não se sabe quem originalmente colocou o vídeo no YouTube.


O vídeo, de cerca de 40 segundos, mostra os quatro homens em uniformes de pé em frente a três corpos masculinos, no chão, de pele morena e roupas largas. Um deles parece estar coberto de sangue.

Uma voz pode ser ouvida ao fundo afirmando: "Tenha um bom dia, amigo".

Qari Yousuf Ahmadi, um dos porta-vozes do Talebã, disse à BBC que esta não é a primeira vez que americanos cometem um "ato de selvageria" e que os ataques do Talebã contra os americanos vão continuar.

Mas, outro porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, afirmou que o vídeo "não é um processo político, então não vai afetar nossas negociações de paz e de troca de prisioneiros, pois elas estão em um estágio preliminar".

A missão liderada pela Otan no Afeganistão, a Isaf (Força Internacional de Assistência para Segurança, na sigla em inglês), afirmou que "condena as ações mostradas no vídeo, que parecem ter sido conduzidas por um pequeno grupo de indivíduos americanos, que, aparentemente, não estão mais servindo no Afeganistão".

Fonte: BBC Brasil

NIKE TERÁ QUE PAGAR 1 MILHÃO DE DÓLARES EM HORAS EXTRAS

A empresa de produtos esportivos Nike concordou em pagar uma compensação de US$ 1 milhão a funcionários de sua fábrica de Banten, na Indonésia, que fizeram horas extras e não receberam.

Fábrica da Nike na Indonésia /AP
O acordo foi fechado após 11 meses de negociações entre a Nike e o sindicato, que informou que nos últimos dois anos a empresa não pagou mais de 590 mil horas extras a 4.500 funcionários.

O sindicato disse ainda esperar que o caso abra um precedente positivo para outras fábricas no país e informou que já está planejando ações contra outras multinacionais como Adidas e Puma.

“Esse caso pode influenciar todo o movimento trabalhista local. Estamos nos preparando para brigar por todos que foram obrigados a fazer hora extra sem receber. Estamos apenas começando”, disse Bambang Wirahyoso, diretor do sindicato Serikat Pekerja.

Em comunicado, a Nike recomendou à fábrica que “corrigisse o que houvesse de inadequado em suas políticas, para proteger os direitos de seus funcionários” e prometeu “monitorar os esforços para remediar essa situação”.

'Vitória simbólica'

De acordo com a correspondente da BBC em Jakarta, Karishma Vaswani, o mais importante é o caráter simbólico da decisão. Muitos funcionários se sentiram vitoriosos, segundo elas.

Karishma relata que, apesar de os dois lados terem fechado um acordo longe dos tribunais, é provável que outras empresas estrangeiras na Indonésia se mobilizem.

"O fato de a Nike na Indonésia ter optado a pagar esse valor e sua aparente admissão de culpa pode servir como um alerta a outras companhias, para que o acontece com suas subsidiárias na Indonésia", disse Karishma.

Fonte: BBC Brasil

MULHER É DETIDA POR SUSPEITA DE MATAR 30 GATOS


Ao menos 30 gatos e cachorros foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo em uma calçada na rua Mantiqueira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, na noite de quinta-feira (12). Uma mulher foi detida.
Eduardo Anizelli/Folhapress 
Cerca de 30 gatos e cachorros são encontrados mortos dentro de sacos de lixo na zona sul de SP

Pessoas ligadas a ONGs protetoras de animais contrataram um detetive particular há aproximadamente 20 dias, para investigar o caso. Eles desconfiavam da mulher que recebia animais dizendo que iria cuidá-los e sumia com os gatos e cachorros que recebia.

Por volta das 23h de ontem, o investigador viu a mulher colocando os sacos de lixo no portão da vizinha. Quando olhou dentro dos sacos encontrou os animais mortos e enrolados em jornais.

O detetive particular ligou para a polícia que arrombou o portão da casa para prender a mulher, que se recusava a abrir a porta.

Os policiais encontraram seringas no carro da suspeita e gaiolas para transporte e armadilhas para prender os animais na garagem da casa.


A polícia ainda não sabe informar como a mulher matava os animais.


Fonte: Folha

CINCO TESTEMUNHAS RECONHECEM O ATIRADOR DE SÃO PAULO

Cinco testemunhas da fuga alucinada de cerca de 40 km ocorrida na última segunda-feira (9) em São Paulo reconheceram o atirador na tarde desta quinta-feira ao 26º DP (Sacomã). Um casal e os donos de mais quatro carros atingidos pelo suspeito estiveram na delegacia na tarde hoje.

O depoimento do administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, 35, suspeito de atirar em várias pessoas durante o percurso, durou cerca de três horas. Ele disse que não se lembrava do ocorrido, que estava confuso e que só falaria em juízo.

Na sua chegada, muito tumultuada, ele voltou a dizer que estava sendo perseguido e pediu ajuda a jornalistas.

"A psicóloga disse que eu sou louco, me deram remédio pra tomar, me mata senhor, por favor, chamem as Nações Unidas, os presos tentaram me pegar, foi horrível, eu fiquei em sala comum, eu tenho faculdade, eu nunca vou agredir ninguém gente", disse Goldfarb ao sair da viatura policial.

Rivaldo Gomes/Folhapress 
O administrador de empresas Michel Goldfarb Costa, 35, chega ao 26º DP (Sacomã) para prestar depoimento

O delegado Marcos Antônio Manfrin disse que pode pedir a prorrogação da prisão do suspeito por mais dez dias. Manfrin ainda afirmou que não pedirá um exame de sanidade mental.

Segundo a namorada de Costa, a estudante de psicologia Luciane Rodrigues, 35, ele sofria mania de perseguição. Ela também prestou depoimento.

O advogado Nicolau Aun Júnior afirma que o administrador tinha problemas com vizinhos por ter muitos cachorros, e que inclusive havia registrado uma queixa de agressão cerca de um ano atrás. "Michel é um rapaz muito doce, quando não é provocado ele é muito tranquilo", disse.

ENTREVISTA

Costa se entregou na noite de ontem no próprio 26º DP, mas passou a noite na carceragem do 77º DP (Santa Cecília).

Em entrevista coletiva dada antes de ser transferido, ele disse que "era ameaçado e perseguido por vizinhos".

"Nesse dia [segunda-feira], senti que algo de ruim iria acontecer", afirmou.

Olhos vermelhos, vestindo uma blusa de moleton e com ferimentos no rosto, mãos e nuca, ele falou a jornalistas encostado a uma árvore.

Julia Chequer-11.jan.12/Folhapress 
Michel Goldfarb Costa, 35, no cartório do 26º DP, no Sacomã. Ele se entregou no início da noite de quarta (11)

"Tive problemas com meus vizinhos devido a eu ter dez cachorros. Tive problemas de discussão, ameaça e um vizinho jogou pedras na minha casa", disse Costa.

Ele afirmou que ficou horas escondido num tubo de esgoto, cercado de sujeira, na marginal Tietê. "Eu andava em alta velocidade e desviava dos carros", contou.

Pela manhã, ele havia feito um contato com um amigo. O advogado Aun Jr., então, fez contato com o administrador e negociou a apresentação dele.

Uma pessoa viu o rapaz sair do condomínio, em Cotia (Grande São Paulo), na direção de seu Toyota Corolla blindado vestindo um colete à prova de balas na madrugada de segunda-feira. Na mão direita, ele tinha uma pistola automática.

Na casa dele, a polícia localizou apenas uma porção de maconha. Não havia medicamentos controlados.

"Eu quero pedir perdão a todas as pessoas que passaram pelo perigo da minha fuga, pus pessoas em risco. Queremos uma sociedade melhor, em que as pessoas não precisem de carros blindados e coletes", disse.

Fonte: Folha

PM DO RIO EM ESTADO DE GREVE

Representantes de cada batalhão se reúnem na manhã desta sexta-feira (13/01) com o comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Erir Ribeiro Costa Filho, para expor as exigências do movimento grevista. Desde o sucesso da paralisação da categoria no Ceará, a PM fluminense tem se unido cada vez mais para tomar o mesmo rumo. Como Erir Ribeiro tem bom relacionamento com a tropa, sua ideia original era levar as reivindicações dos policiais ao governador Sérgio Cabral. 

As eleições municipais deste ano, no entanto, já figuram como o principal obstáculo dos grevistas. O governador teme que seus adversários políticos se aproveitem da mobilização e usá-la como palanque contra a reeleição de Eduardo Paes, por isso já indicou ao comandante-geral que terá pouca tolerância com uma possível paralisação do dia 11 de fevereiro. Em contrapartida, os líderes da greve garantem que não têm qualquer vínculo político com adversários do governo. 

“Está claro para os líderes da greve que o governador Sérgio Cabral não é nosso inimigo. Nós estamos defendendo a nossa categoria, e não enfrentando o governo. Tanto é que, se nossos pedidos forem atendidos, não vai haver greve”, explica o cabo João Carlos Soares Gurgel, um dos líderes do movimento grevista. “É claro que não podemos ser hipócritas. Estamos falando de milhares de policiais militares. Alguns podem realmente ser abertamente contra o Sérgio Cabral e simpatizar com seus rivais, mas esse não é o espírito do nosso movimento. 

Policiais militares reivindicam melhores salários, benefícios e regulação da jornada de trabalho

Apesar de ter maioria absoluta na Assembleia Legislativa e na Câmara, os políticos aliados de Sérgio Cabral têm pouco ou nenhum diálogo com os policiais militares. Hoje, as principais vozes da categoria no legislativo são de oposição, como o major reformado Paulo Ramos (PDT) e os irmãos Flávio e Carlos Bolsonaro (ambos do PP). O próprio cabo Gurgel, que foi candidato a deputado estadual em 2010 pelo PTB e pode se candidatar a vereador neste ano, foi atacado pelo comandante-geral por supostamente usar a greve a seu favor. Quem está revoltado é o PM honesto, e não o corrupto que recebe propina

"Se eu chegar na reunião e tiver essas pessoas (com envolvimento político), eu vou dizer isso na cara deles, que eles são aproveitadores. Não estão vendo o interesse da corporação e sim o deles", disse o coronel Erir Ribeiro, durante uma entrevista coletiva na última quinta-feira (12/01). Para Gurgel, a declaração foi uma tentativa de desqualificar os grevistas. 

“O que eu tento deixar claro é que eu não sou um político. Eu sou um policial militar escolhido por outros policiais para representar a categoria. Tanto que sou apenas um porta-voz dos grevistas, e não um líder absoluto na força. A insatisfação com as atuais condições de trabalho não foram inventadas por mim, estão todas lá”. 

Apoio popular

Vítimas constantes de ataques do crime organizado, donos do pior salário da categoria em todo o país e trabalhando em jornadas semanais de 72 horas, os policiais militares que se mobilizam pela greve enfrentam outro problema: a falta de apoio popular da corporação, cuja imagem acabou manchada pelas milícias e casos recorrentes de corrupção. Para ganhar a simpatia do povo, os policiais pretendem expor as condições precárias nas quais vivem. 

“Quem está revoltado é o policial militar justo e honesto, o policial que não recebe propina. O corrupto está feliz com as coisas da maneira que estão. Ele não gasta quase metade do salário dele com transporte, já que nós não temos vale-transporte, ele não fica sem dinheiro no fim do mês, ele é favorecido. Infelizmente, quem está de fora acha que todo policial militar é bandido, mas isso só diz respeito a uma parte pequena da corporação”, garante Gurgel, que busca o apoio dos bombeiros. 

“A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros são regidos pela mesma legislação, eles são os nossos co-irmãos. Além disso, os bombeiros têm uma imagem muito positiva com a sociedade e simpatizam com as nossas reivindicações. Eles estão juntos no movimento”.

Fonte: Jornal do Brasil

POLÍCIA APREENDE 16 MIL PEDRAS DE CRACK EM SÃO PAULO

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta quinta-feira 16 mil pedras de crack que seriam revendidas na região da cracolândia. O material foi encontrado com uma mulher de 25 anos que, segundo informações da polícia, seria a responsável por distribuir a droga no centro da capital paulista.

Jéssica Helena Martins Dias foi presa por volta de 23h na Zona Leste da cidade. 

No carro em que ela estava se encontrava também seu filho, com menos de 1 ano de idade. 

Além das pedras de crack, foram apreendidas com a mulher 3,6 kg de cocaína, 1 kg de maconha e 4,5 kg de insumos utilizados na fabricação da droga, além de uma pistola 380.

Fonte: Terra

GUERRA DOS EUA E ISRAEL CONTRA O IRÃ JÁ COMEÇOU, AVALIAM ESPECIALISTAS

Especialistas militares avaliaram, nesta quinta-feira, que a guerra entre o Irã e os EUA já começou, a julgar pelo movimento de tropas na região e os últimos acontecimentos no cenário montado pelas nações ocidentais no Golfo Pérsico. Fontes ouvidas pela agência espanhola de notícias RicTV atestam que, agora, “é apenas uma questão de horas para o início do conflito armado”. A morte do cientista iraniano em um atentado foi, segundo analistas, um ponto decisivo para o agravamento do quadro de confronto entre as forças norte-americanas, israelenses e do Irã.

A morte de Mostafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, engenheiro nuclear iraniano, em um atentado a bomba, nesta quarta-feira, provocou uma onda de revolta em Teerã contra Israel, o principal suspeito, e contra os Estados Unidos, que afirmaram não ter qualquer ligação com o atentado. A edição desta quinta-feira dos principais jornais iranianos pede represálias imediatas contra ambos os países.

“Sob a lei internacional é legal executar represálias com o assassinato do cientista nuclear”, afirma o jornal iraniano Keyhan, em um editorial. “A República Islâmica conquistou muita experiência em 32 anos. Portanto, é possível assassinar autoridades e militares israelenses”, completa o texto. O assassinato domina o noticiário naquele país e muitos criticaram o que chamaram de silêncio do Ocidente sobre as mortes. Os jornais mais radicais pedem, inclusive, uma ação secreta contra Israel.

Ainda prudente em seus pronunciamentos, o governo iraniano disfarça a irritação com o episódio mas garante que obteve provas de que “interesses estrangeiros” estavam por trás da morte do cientista Roshan, subdiretor da central de enriquecimento de urânio de Natanz. Ele morreu quando dois homens, em uma motocicleta, pararam ao lado do automóvel do cientista, retido em um engarrafamento em Teerã, e colocaram uma bomba magnética na porta, após o que se ouviu foi uma forte explosão.

A bomba também matou o motorista e o segurança de Ahmadi Roshan, enquanto um terceiro ocupante do carro, um modelo Peugeot 405, ficou ferido. O ataque foi similar a outros quatro que aconteceram em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, incluindo dois que também trabalhavam no programa nuclear iraniano, morreram, enquanto outro – que agora dirige a Agência de Energia Atômica do Irã – escapou por pouco tempo de um atentado.

Capitalismo em declínio

Pivô da discórdia entre o Irã, Israel e os EUA, a energia nuclear foi o tema central dos pronunciamentos realizados em Havana, na noite passada, durante a recepção ao presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad promovida pelo presidente cubano, Raúl Castro. Ambos defenderam o direito de todos os países ao uso pacífico da energia nuclear, no clímax da escalada militar em curso na região do Golfo Pérsico.

Os dois governantes “ratificaram o compromisso dos dois países na defesa da paz, do direito internacional e dos princípios da Carta das Nações Unidas, assim como do direito de todos os Estados ao uso pacífico da energia nuclear”, afirma um comunicado oficial.

O apoio cubano ao programa nuclear iraniano foi anunciado na mesma semana em que os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, fizeram o mesmo. De acordo com a nota oficial, durante o encontro no Palácio da Revolução de Havana, Raúl Castro e Ahmadinejad conversaram sobre “o excelente estado das relações bilaterais e temas do âmbito internacional”.

– Estamos observando que o sistema capitalista está em decadência, em diferentes cenários, como em um beco sem saída, e é necessária uma nova ordem, uma nova visão, que respeite todos os seres humanos, um pensamento baseado na justiça. Quando já lhe falta lógica recorrem às armas para matar e destruir. Hoje em dia a única opção que restou ao sistema capitalista é matar – disse Ahmadinejad, em uma conferência na Universidade de Havana, onde recebeu o título Doutor Honoris Causa em Ciências Políticas.

Ahmadinejad reivindicou uma nova ordem mundial baseada na justiça e que respeite todos os seres humanos e encorajou Cuba e seus universitários a trabalharem ao lado de seu país para criá-la.

– Temos que estar alertas. Se nós não planejamos a nova ordem no mundo, serão os herdeiros dos donos de escravos e os capitalistas a controlar e impor o novo sistema – afirmou.

Questão de horas

O USS Nimitz posiciona-se ao largo, na costa do Irã, de onde passa a exercer uma ação predatória mais eficaz

Enquanto Ahmadinejad se movimenta pela América Latina, em busca de uma sólida aliança com países socialistas da região, o porta-aviões da classe Nimitz, modernizado e com armas mais letais se posiciona próximo ao Estreito de Ormuz. Nos últimos dias, os EUA trasladaram um grupo de militares especializados em desembarque e um batalhão inteiro de marines. A tropa segue embarcada nos navios anfíbios Makin Island, New Orleans e Pearl Harbor. Soma-se à força naval uma esquadrilha reforçada de helicópteros e um batalhão de retaguarda. As informações foram divulgadas, nesta manhã, pela RicTV.

A agência acrescenta que o serviço de comunicações da Armada norte-americana comunicou que a principal função do novo grupo de combate, encabeçado pelo super porta-aviões é apoiar o exército em suas operações no Afeganistão e participar de manobras internacionais na região. Especialistas ouvidos, no entanto, advertem que o aumento no número de embarcações dos EUA nas costas do Irã é um fator marcante para o aumento da tensão entre os dois países, com desfecho previsto em questão de horas. Fernando Bazán, um dos analistas internacionais, em entrevista aos jornalistas, aponta a escalada do poderio armamentista dos EUA no Mar Arábico.

– De um lado, Washington envia cada vez mais navios de guerra para a região por sua preocupação com o avanço da produção nuclear iraniana, ainda mais depois que Teerã confirmou a produção de urânio enriquecido a 20% em uma instalação subterrânea. De outra parte, o Irã é um dos países mais importantes na política regional e pode influir na maioria dos processos em curso no Oriente Médio, com apoio aos grupos xiitas – afirmou Bazán.

Além do USS Nimitz, o vespeiro em que se encontra o Estreito de Ormuz contará, nos próximos dias, com a presença de um grupo de combate da V Frota Marítima, encabeçado pelo porta-aviões Carl Vinson, com aeronaves a bordo. Estes equipamentos se somam a um outro grupo de navios de guerra estacionado na região desde dezembro último. Estas belonaves já haviam passado pelo Estreito de Ormuz, na divisa entre o Mar de Omán e o Golfo de Áden, por onde circulam 40% do tráfego mundial de petróleo.

Fonte: Correio do Brasil

DILMA ROUSSEFF ANUNCIA A CONSTRUÇÃO DE 100 MIL UNIDADES HABITACIONAIS EM SÃO PAULO

Ao participar nesta quinta-feira da assinatura de termo de compromisso com o governo de São Paulo para a construção de 97 mil unidades habitacionais do Programa Minha, Casa Minha Vida, a presidenta Dilma Rousseff assegurou a construção de mais 3 mil moradias, totalizando 100 mil no estado. As unidades serão destinadas a famílias com renda mensal de até três salários mínimos e serão construídas até 2015.

Dilma

– Esta é a grande novidade de hoje. Nós não vamos fazer 97 mil, governador, porque 97 é conta quebrada; vamos fazer 100 mil unidades. Os 3 mil nós assumimos, disse a presidente.

Ela afirmou ainda que, assim como ocorreu em 2008, a resposta brasileira à crise financeira internacional é a ampliação dos investimentos e a manutenção do nível de consumo.E disse que o programa Minha Casa, Minha Vida é exemplo da ação brasileira, uma vez que, ao mesmo tempo em que garante a inclusão social por ter como alvo a população pobre, gera empregos, especialmente na construção civil.

– O Minha Casa, Minha Vida, ao lado do Brasil sem Miséria, completa a possibilidade do grande desafio que temos hoje, de promover a igualdade de oportunidades.

Em seu discurso, a presidenta ressaltou a importância da parceria com o governo de São Paulo, estado “imprescindível para o desenvolvimento do país”. E disse que a adesão do governo estadual resolve o que era a grande dificuldade para a ampliação do programa na capital paulista: o preço e o acesso aos terrenos. Para a construção das unidades, a União investirá R$ 6,15 bilhões e, o governo do estado, mais R$ 1,9 bilhão.

– São Paulo é a terceira maior região metropolitana do mundo não por acaso. É porque aqui se atraem empregos, tem oportunidades, e é de fato um local fundamental para o país. Mas há consequências disso: atrai a população e o preço da terra se torna caro. Hoje é um momento muito importante, pois o governador vai viabilizar um processo que tínhamos dificuldade aqui, que é o preço e o acesso à terra.

Dilma Rousseff destacou o caráter republicano da relação com o governo paulista e afirmou que “não se faz e não se pode ter dentro de políticas governamentais relação de atrito com estados e municípios”.

Minha Casa, Minha Vida

O Programa Minha Casa, Minha Vida já contratou a construção de 1.462.133 moradias em todo o país. Mais de 540 mil unidades habitacionais já foram entregues, do total de 719.522 concluídas. Atualmente, 742.611 casas e apartamentos estão em construção. E na segunda fase do programa, o governo federal vai investir R$ 125,7 bilhões na construção de 2 milhões de moradias até 2014.

Fonte: Correio do Brasil

SEGUNDO PROTÓGENES QUEIROZ (PCdoB-SP), JOSÉ SERRA ESTÁ DESESPERADO.

O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) disse nesta quarta (11) que é gesto de “desespero” a crítica de José Serra (PSDB) à CPI da Privataria. Na véspera, o ex-governador paulista Serra classificou de “palhaçada” a eventual instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, pedida por Protógenes, para investigar privatizações de estatais durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. 

O deputado lembrou que as assinaturas colhidas para a abertura da comissão foram protocoladas em dezembro, com o apoio de 185 parlamentares – 14 a mais do que o mínimo exigido pela Constituição. “Na primeira semana de fevereiro vamos saber a tramitação que o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), dará ao pedido. Mas será instalada”, acredita. Ele antecipou que logo após o carnaval os trabalhos da CPI já devem se iniciar.

A investigação decorre do livro A Privataria Tucana, do jornalista mineiro Amaury Ribeiro Jr., que apresenta documentos e indícios de um esquema bilionário de fraudes no processo de privatização de estatais na década de 1990. Serra era o ministro do Planejamento, gestor do processo. Com documentos, o jornalista acusa o ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira de ter atuado como "artesão" da construção de consórcios de privatização em troca de propinas.

Questionado sobre as acusações contidas no livro, Serra primeiro chamou o conteúdo de “lixo”, depois chegou a desqualificar a CPI: "Isso é tudo uma palhaçada, porque eu tenho cara de palhaço, nariz de palhaço, só pode ser palhaço".

Autor de pedido de CPI da Privataria diz que Serra está desesperado
Protógenes viu na atitude de Serra um desrespeito ao trabalho parlamentar de investigação. “Ele está se referindo à CPI de uma forma jocosa, em um tom de brincadeira. Eu considero que essa reação dele é um grito de desespero, bastante desrespeitoso.”

Para o parlamentar, o trabalho obscuro de pessoas próximas a Serra, desvendado por Ribeiro causou estranhamento nos próprios integrantes de seu partido, o PSDB. “Causou uma guerra interna. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fala, sem externar publicamente, que também se surpreendeu”, afirmou. Ele ainda relatou que o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) o parabenizou pela iniciativa da CPI.

Confira a entrevista:

Rede Brasil Atual: Como está a tramitação da CPI?
Protógenes Queiroz: A CPI já foi protocolada e agora segue um rito regimental. Logo na primeira semana de fevereiro vamos saber a tramitação que o presidente da Casa, Marco Maia, deu. Mas será instalada – logo depois do carnaval.

Qual foi a sua impressão do livro A Privataria Tucana?
O livro traz vários fatos inéditos, não é uma reedição de fatos que já haviam sido publicados, pelo contrário. Ele se tornou mais que um livro, um documento que cruza com investigações da Polícia Federal, inclusive algumas que eu mesmo coordenei. O fato é que para o próprio PSDB tudo isso também foi uma surpresa, por isso que também houve a assinatura de vários parlamentares tucanos. É como aquela história do marido traído, que é sempre o último a saber e por terceiros.

Isso produziu alguma crise no PSDB?
Causou uma guerra interna. O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fala, sem externar publicamente, que também se surpreendeu, quer dizer, já colocando a posição de surpresa e neutralidade naquilo que o Serra liderou, nas privatizações.

Algum outro tucano falou alguma coisa?
No dia em que entreguei a CPI, o Aécio Neves me abraçou, me dando os parabéns.

Qual deveria ser a posição do Serra neste momento?
O Serra deve explicações ao Brasil. Não somente ele, mas também quem estiver ligado a ele, como o Ricardo Sérgio, o grande operador do PSDB. Será que ele foi o operador de todo o PSDB ou só do grupo e da família Serra? Mas é o Serra que deve dar as explicações mais detalhadas, ele é o sujeito que se servia de expedientes criminosos.

Ele chegou a classificar a CPI da Privataria de palhaçada.
Ele foi um governador, como ele pode se expressar dessa forma? Ele está desrespeitando o Congresso Nacional e a vontade popular. Mas essa é uma expressão pela qual ele está acostumado, do próprio meio dele. Não é a expressão conveniente para um instrumento sério de investigação do Parlamento brasileiro, nem a expressão dos parlamentares que assinaram a CPI.

Por que acha que ele falou isso?
Ele está se referindo à CPI de uma forma jocosa, em um tom de brincadeira. Eu considero que essa reação dele é um grito de desespero, bastante desrespeitoso.

Como você enxerga que será o trabalho da CPI?
Nós vamos ter de ver se aqueles documentos do Amaury são verdadeiros ou não, e caso se confirmem vamos encontrar um foco de investigação e aprofundar.

O Serra será um dos convocados?
Com certeza.

A CPI poderia comprometer o futuro do Serra?
Em política tudo é possível. Depois que eu prendi o Paulo Maluf por 40 dias e ele foi eleito deputado federal, então tudo é possível.

Fonte: Rede Brasil Atual