sábado, 14 de janeiro de 2012

DEPUTADO DA GUATEMALA É ASSASSINADO NA VÉSPERA DA POSSE

O deputado guatemalteco Valentín Leal foi assassinado nesta sexta-feira, juntamente com o irmão, na véspera da tomada de posse do novo Presidente, Otto Pérez Molina.

Agentes recolheram provas no local onde Leal foi assassinado
Valentín Leal foi alvejado por um grupo armado no centro da Guatemala. Estava acompanhado do irmão, Erik, que também foi assassinado, tinha decidido recentemente juntar-se ao partido de Pérez Molina, que durante a campanha eleitoral prometeu ter “mão de ferro” no combate à criminalidade.

O carro de Valentín Leal foi atingido por vários disparos – 17 balas, segundo a polícia – num local próximo do Congresso da Guatemala, no centro histórico da cidade. Pérez Molina deplorou o assassínio do deputado, que já tinha recebido várias ameaças de morte desde que foi reeleito, em Setembro.

Segundo testemunhas citadas pela AFP, vários homens que circulavam de motorizada dispararam sobre o carro de Valentín Leal. Um guarda-costas encarregue de proteger o deputado ficou ferido. 

Leal tinha decidido há poucos dias deixar o partido a que pertencia, o Liberdade Democrática Renovada (direita) para se juntar ao Partido Patriota de Molina. Tinha sido eleito em Setembro pelo departamento de Alta Verapaz, onde as forças de segurança da Guatemala combatem membros do cartel da droga Los Zetas, com origem no México.

Nesta quinta-feira Leal tinha estado presente num encontro do Partido Patriota e foi então que anunciou que iria juntar-se à formação do Presidente. Pérez Molina, de 61 anos, toma posse neste sábado, depois de ter vencido a segunda volta das presidenciais de Novembro que disputou com outro candidato de direita, Manuel Baldizón.

A morte de Valentín Leal será agora investigada pela polícia e as autoridades estão a analisar o conteúdo das gravações das câmaras de vigilância colocadas na zona onde o crime ocorreu. 

Fonte: Público

SALVADOR É A 22ª CIDADE MAIS VIOLENTA DO MUNDO

Estudo divulgado nesta sexta, 13, pela organização não-governamental mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal lista 14 cidades brasileiras entre as 50 mais violentas do mundo. Salvador figura nesta lista, aparecendo como a quarta do Brasil com maior número de homicídios por 100 mil habitantes (56) e 22ª no mundo.

Maceió ocupa o 1º lugar entre as cidades brasileiras, com 136 homicídios por 100 mil habitantes, seguida de Belém (78) e Vitória (67). Após Salvador, está Manaus (51), São Luís (50), João Pessoa (48), Cuiabá (48), Recife (48), Macapá (45), Fortaleza (43), Curitiba (38), Goiânia (37) e Belo Horizonte (34).

No ranking mundial, o estudo mexicano classifica as cidades brasileiras na seguinte ordem: Maceió (3ª), Belém (10ª), Vitória (17ª), Salvador (22ª), Manaus (26ª), São Luís (27ª), João Pessoa (28ª), Cuiabá (31ª), Recife (32ª), Macapá (36ª), Fortaleza (37ª), Curitiba (39ª), Goiânia (40ª) e Belo Horizonte (45ª)A cidade mais violenta é San Pedro Sula, em Honduras, com médias de 159 homicídios por 100 mil habitantes. O segundo lugar coube à cidade mexicana de Ciudad Juárez, com 148. A cidade liderou o ranking por três anos e é área onde age um dos maiores cartéis de drogas do México. Outras 11 cidades deste país figuram no ranking, sendo que cinco ficam na fronteira com os EUA.

O estudo utilizou informações de municípios com mais de 300 mil habitantes e que contêm estatísticas oficiais de homicídios na internet. Foi apontado que, das 50 cidades listadas, 40 estão localizadas na América Latina.

O secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, disse, por meio da assessoria de imprensa, que não iria comentar o estudo, pois não conhecia a metodologia nem o período a que os dados se referem. A SSP-BA informou, porém, que já se registra uma redução de 16% dos homicídios no primeiro semestre de 2011, em comparação ao mesmo período de 2010 na Região Metropolitana de Salvador. A SSP disse que Barbosa se pronunciará quando os números de 2011 estiverem consolidados.

Facilidade

O sociólogo e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Luiz Lourenço aponta que, “na América Latina, a desigualdade social é o grande problema que as cidades enfrentam”. O pesquisador, entretanto, pondera que as causas da violência não podem ser apontadas isoladas. “Várias tendências explicam a violência”, disse.

Mas Luiz Lourenço salienta que, para conter tais índices, é preciso pensar a violência pública de forma integrada. “É preciso começar a olhar qual a sociabilidade nestas cidades, quais as características que tornam o número de homicídios tão grande, o que elas têm em comum. Será que todas são marcadas por tráfico de drogas?”, questiona. “É necessário buscar saber o que têm em comum uma cidade no México, Fortaleza e Goiânia, por exemplo. Colocar isto em pauta”, apontou.

Quanto ao tráfico, ele sustenta que o número de mortes está ligado ao fato de ser uma atividade rentável e ilegal. “A prática termina sendo violenta e há alta rotatividade de quem comercializa estes produtos. Contribui muito para este quadro a facilidade com que se consegue uma arma de fogo”, comentou. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou em maio de 2011 que 93,6% dos homicídios em Salvador foram causados por armas de fogo.

Fonte: A Tarde

NOTA DA FRANÇA É REBAIXADA

O ministro das Finanças francês, François Baroin, confirmou na noite desta sexta-feira que a agência de risco Standard & Poor’s rebaixou a classificação dos títulos da dívida do país em uma escala. Com essa decisão, a França, segunda maior economia da Europa, perde a nota máxima, AAA, caindo para AA+.

'Não é uma boa notícia, mas não é uma catástrofe”, afirmou o ministro em entrevista ao canal de TV France 2, acrescentando que “não são as agências de risco que ditam a política da França".

Em um comunicado divulgado no final desta noite (pelo horário francês), a Standard & Poor’s anunciou, além do rebaixamento da classificação da França, a redução, em duas escalas, das notas das dívidas da Espanha, da Itália, de Portugal e de Chipre, e em uma escala da Áustria, da Eslováquia, da Eslovênia e de Malta.

Para Baroin, que descartou a possibilidade de um terceiro plano de austeridade no país, a nova classificação da dívida francesa, AA+, "é uma excelente nota” e é preciso “relativizar" o rebaixamento.

"Os Estados Unidos, a primeira economia do mundo, foram rebaixados (de AAA para AA+ pela mesma agência de risco em agosto passado). Os números (da economia americana) estão na boa direção e os juros (pagos pelos títulos da dívida do país) estão, paradoxalmente, mais baixos após a perda da nota máxima", disse o ministro francês.

'Meia surpresa'

Baroin afirmou ainda que a notícia da perda do AAA da França é uma "meia surpresa". No início de dezembro, a Standard’s & Poor’s havia alertado 15 dos 17 países da zona do euro que a agência estudava um eventual rebaixamento da classificação de suas dívidas.

Para o ministro, "é claramente a governança e a instabilidade da zona do euro" que motivaram a decisão da agência de risco e não as “questões orçamentárias” da França ou “as reformas estruturais” realizadas no país, como a da Previdência.

Além do possível impacto econômico, já que o rebaixamento da classificação da dívida provoca normalmente aumento dos juros pagos nos títulos soberanos, a perda do AAA da França também tem implicações políticas.

O rebaixamento da nota ocorre cem dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais, em abril, e pode representar um golpe duro para o presidente Nicolas Sarkozy, que em seus discursos sobre a crise se posicionava, segundo seus críticos, como “salvador” da zona do euro.

O governo francês tenta relativizar o rebaixamento da dívida do país, mas ele já vem sendo apontado pela oposição como um sinal de fracasso da política de Sarkozy, que ainda não oficializou sua candidatura.

“A perda do AAA só tem um responsável: Sarkozy. O presidente disse que ele faria tudo para manter a nota máxima, mas ele fez o contrário. Em vez de estimular a retomada do crescimento, ele optou por planos de rigor”, disse Martine Aubry, secretária-geral do partido socialista.

“A consequência vai ser o agravamento da dívida da França e uma multiplicação dos planos de austeridade, que deterioram cada vez mais a situação da França”, afirmou a candidata da extrema direita Marine Le Pen, em terceiro lugar nas pesquisas de opinião.

Impacto na Europa

A França está ameaçada de entrar em recessão no início deste ano e também enfrenta problemas de aumento do desemprego.

A perda do AAA da França também tem implicações para a Europa, segundo analistas. França, que poderá ter de pagar mais caro para captar recursos no mercado (o país deverá emitir 178 bilhões de euros em títulos neste ano), poderá não dispor dos recursos prometidos ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira para ajudar os países da zona do euro em crise, como a Grécia.

Durante a tarde desta sexta, rumores de que a França deixaria o seleto grupo de países com a nota financeira máxima não afetaram seriamente a bolsa de Paris, que fechou em leve queda, de 0,11%.

Analistas estimam que o mercado já teria antecipado esse rebaixamento.

Fonte: BBC Brasil

MERKEL DIZ QUE EUROPA PRECISA AGIR RÁPIDO APÓS REBAIXAMENTO DA S&P

Os rebaixamentos dos países da zona do euro pela S&P salientam por que a Europa precisa selar um acordo para apertar as regras fiscais e estabelecer um fundo de resgate permanente o mais rápido possível, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, neste sábado.

Chanceler alemã e líder da União Democrtata-Cristã (CDU), Angela Merkel, em coletiva de imprensa, durante convenção do partido, em Kiel. 14/01/2012   REUTERS/Fabian Bimmer"Temos agora o desafio de implementar um acordo fiscal ainda mais rapidamente... e fazer isso de forma decidida, sem tentar atenuar a questão", disse a chanceler durante uma reunião dos conservadores na cidade de Kiel, no norte da Alemanha.

"Também trabalharemos particularmente para implementar o mecanismo de estabilidade permanente, o MEP, assim que possível -- isso é importante em relação à confiança do investidor."

Na sexta-feira, a Standard & Poor's rebaixou as notas de crédito para nove dos 17 países da zona do euro. A Alemanha manteve sua classificação AAA, enquanto a França e a Áustria perderam essa nota.

A medida da S&P não foi uma surpresa, afirmou Merkel.

"É uma das três agências de classificação", acrescentou. "Precisamos levar isso em conta. Não nos surpreendeu completamente, dadas as discussões das últimas semanas."

Com relação ao atual fundo de resgate da Europa, o EFSF, Merkel disse que o rebaixamento não deve afetar sua operação.

"As tarefas necessárias que o EFSF deve cumprir nos próximos meses, eu acredito, podem ser cumpridas com os métodos atuais."

"As taxas de juros para a aceitação de certos títulos já tinham subido de qualquer jeito -- o trabalho do EFSF não será impulsionado. Não vejo qualquer necessidade em mudar nada com relação ao EFSF."

Fonte: Reuters

NAVIO COM 4200 PASSAGEIROS NAUFRAGA NA ITÁLIA

Um navio de cruzeiro que levava mais de 4.000 pessoas naufragou na noite desta sexta-feira na costa da Itália.

Navio Costa Concordia
Inicialmente as autoridades locais divulgaram que pelo menos 6 pessoas haviam morrido, mas até o início da tarde deste sábado, somente três corpos haviam sido resgatados. Pelo menos 50 pessoas permaneciam desaparecidas.

O navio levava passageiros de dezenas de nacionalidades, incluindo cerca de 50 brasileiros. Segundo o consulado brasileiro em Roma, não há notícias de cidadãos brasileiros entre os mortos ou desaparecidos.

O navio Costa Concordia bateu num banco de areia próximo à ilha de Giglio e já havia inclinado cerca de 20 graus quando as pessoas começaram a deixar a embarcação em botes salva-vidas ou nadando.

Um barco Carabinieri (polícia paramilitar italiana) aproxima-se do navio de cruzeiro de luxo Costa Concordia depois que encalhou ao largo da pequena ilha toscana de Giglio, Itália Leia mais

Equipes de resgate, incluindo mergulhadores, fizeram buscas de cabine em cabine em busca de possíveis sobreviventes e navios da guarda costeira vasculham as águas ao redor do navio.

O navio levava cerca de 3.200 passageiros, principalmente italianos, alemães e franceses, além de cerca de mil funcionários.

Cruzeiro Costa Concordia fica inclinado após encalhar na ilha italiana Giglio; Itamaraty confirma presença de brasileiros em naufrágio na Itália Leia mais

Helicópteros foram usados para retirar ao menos 50 pessoas que se refugiaram no deck do navio e se encontravam em situação delicada.

Estrondo

O Costa Concordia havia deixado o porto de Civitavecchia, perto de Roma, na sexta-feira para um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que deveria terminar em Marselha, na França, após passar por portos da Sicília, da Sardenha e da Espanha.

Um passageiro, identificado como Luciano Castro, relatou à agência de notícias italiana Ansa que estava jantando na sexta-feira quando ouviu um grande estrondo, após o qual o navio começou a sofrer com problemas elétricos.

Outra passageira, Mara Parmegiani, afirmou à mídia italiana que houve "cenas de pânico" no navio.

"Estávamos muito assustados e congelando, porque aconteceu durante o jantar, então ninguém teve tempo de tomar mais roupas. Eles nos deram cobertores, mas não havia em quantidade suficiente", disse.

Dificuldades

Segundo afirmou à BBC um comissário do navio, Deodato Ordona, após o acidente os passageiros receberam a ordem de deixar a embarcação.

Segundo ele, houve dificuldades para lançar os botes salva-vidas ao mar e muitos passageiros pularam e nadaram os cerca de 400 metros de distância até a terra firme.

Os passageiros resgatados estão sendo acomodados em hotéis, escolas e em uma igreja em Giglio, que fica a 25 quilômetros da costa italiana.

Passageiros do cruzeiro Costa Concordia chegam ao Porto Santo Stefano; Itamaraty confirma presença de brasileiros em naufrágio na Itália Leia mais

A Costa Crociere, empresa proprietária do navio, afirmou que ainda é cedo para dizer o que causou o acidente.

"A inclinação gradual do navio tornou a retirada dos passageiros extremamente difícil", afirma um comunicado divulgado pela companhia. "A posição do navio, que está piorando, tornou mais difícil a última parte da retirada."

Fonte: BBC Brasil

MAIS UMA INDENIZAÇÃO MILIONÁRIA NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Mais um pagamento milionário a magistrado foi identificado no Tribunal de Justiça de São Paulo, maior corte do País. A informação foi divulgada pela presidência do TJ. Não foi revelado o nome do contemplado, que recebeu cerca de R$ 400 mil. É o quinto caso dessa natureza localizado desde que a corte se viu acuada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"São cinco casos mais graves", declarou o desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ paulista, referindo-se aos expedientes que deram amparo à liberação de dinheiro a título de créditos acumulados.

Em dois outros casos, anunciados há duas semanas, dois desembargadores receberam mais de R$ 1 milhão cada, entre eles o desembargador Roberto Bellocchi, ex-presidente do TJ. "Tivemos alguns créditos anômalos de antecipação de direitos, inclusive férias, que foram pagos parceladamente."

Esses procedimentos relativos a desembolsos de R$ 400 mil a 5 beneficiários foram submetidos na quinta-feira ao Conselho Superior da Magistratura, colegiado que reúne o presidente da corte, o vice, o corregedor-geral e os presidentes de seções.

Na cúpula do tribunal prevaleceu a remessa do assunto ao Órgão Especial - formado por 25 desembargadores, 12 mais antigos, 12 eleitos e o presidente do TJ - para decidir sobre que medidas devem ser adotadas diante de casos excepcionais.

Sartori quer saber minuciosamente como foram autorizados os pagamentos. Ele destacou que, embasado no poder geral de cautela e no estatuto dos funcionários, o Órgão Especial poderá impor a compensação imediata dos valores - na prática, o corte imediato de parcelas a que os magistrados ainda têm a receber.

Fonte: Estadão