sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PAI E FILHO SÃO ASSASSINADOS EM SALVADOR

Dois homens foram assassinados a tiros, na manhã desta sexta-feira, 27, em um estacionamento na Avenida Paralela, em Salvador. André Cintra Santos e Matheus Cintra Santos, encontrados mortos por volta das 9h30, foram retirados do local do crime por volta das 12h30. As vítimas eram, respectivamente, pai e filho.
Pai e filho foram encontrados mortos dentro de um carro
De acordo com assessoria de comunicação da Polícia Civil, baseada em informações fornecidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), quatro homens armados invadiram o estabelecimento, localizado próximo ao Posto 3 (sentido Itapuã), e dispararam vários tiros contra as vítimas.
Os criminosos estavam em um carro, modelo gol, e as vítimas foram atingidas pelos disparos dentro de um outro veículo, modelo Fox.
As motivações e autores do duplo homicído ainda estão sendo investigados. Peritos do DHPP pemanacem no estacionamento, onde pai e filho foram mortos, investigando as causas do crime.
Fonte: A Tarde

MONTADORAS ENVIAM AO EXTERIOR QUASE 6 BILHÕES DE DÓLARES FATURADOS NO BRASIL EM 2011


A julgar pelos lucros que receberam, as matrizes de diversas montadoras de automóveis não tiveram do que reclamar de suas subsidiárias brasileiras em 2011. Os dados estão fresquinhos, foram divulgados pelo Banco Central na última terça-feira (24): a indústria automotiva no Brasil foi o setor que mais remeteu dinheiro ao exterior no ano passado, à frente até de bancos e empresas de telecomunicações, que ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.

Não se trata de números frívolos: foram os próprios fabricantes de veículos que registraram junto ao BC remessas de lucros e dividendos no total de US$ 5,58 bilhões, o maior valor de todos os tempos, equivalente a 19% de todas as operações desse tipo no ano no Brasil e 36% superior aos US$ 4,1 bilhões de 2010.

Não por acaso, as remessas recordistas de lucros e dividendos das montadoras instaladas no país aumentaram justamente no momento em que as matrizes mais sofrem nos mercados maduros de Europa e América do Norte, e por isso precisam sustentar seus resultados financeiros com o caixa das subsidiárias em países emergentes. O BC não publica a lista de empresas remetentes de dinheiro nem os valores individuais, muito menos as empresas informam qualquer dado sobre o tema, alegando que só divulgam balanços no exterior -- mas lá também não se encontram os lucros recebidos de cada subsidiária; e assim tudo fica por isso mesmo.

  • US$ 5,6 bilhões

    foi o valor total remetido às matrizes pelo setor automotivo em 2011, recorde histórico e maior montante em toda a economia do país

  • 0,7%

    foi o crescimento da produção de veículos no Brasil em 2011 ante 2010; o total chegou a 3,4 milhões de unidades no ano

  • 36%

    foi o crescimento dos valores remetidos ao exterior em 2011 ante 2010, apesar do pífio aumento na produção

  • US$ 1.647

    foi o valor enviado ao exterior a cada veículo produzido aqui, independentemente de marca, preço local e destino (Brasil ou exportação)

    Nada contra o lucro, tudo contra esconder esses números como se fosse coisa ilegal. Não é. Contudo, é no mínimo desconfortável, tendo em vista que as montadoras, em maior ou menor grau, estão alinhadas ao discurso da falta de competitividade brasileira, que torna difícil a vida por aqui, e que por isso precisaria ser compensada com generosos incentivos fiscais e financiamento público de investimentos. Os dividendos remetidos mostram que a vida no Brasil pode ser complicada, mas também pode ser altamente lucrativa.

    CONCEITO ALOPRADO

    É fato que existem problemas de competitividade. Por isso mesmo é surpreendente que, em ambiente tão adverso como pintam as montadoras, as remessas de lucros e dividendos tenham aumentado tanto.

    Vale destacar que esses resultados foram conseguidos, em sua maioria, com a venda de carros que têm graus de sofisticação e conforto bastante inferiores em comparação com os modelos fabricados nos países de origem das empresas instaladas aqui, porque no Brasil o poder aquisitivo dos consumidores também é menor -- ainda que esteja em ascensão. Em tese, são produtos menos rentáveis, que -- para piorar -- no Brasil recebem uma das maiores cargas tributárias do mundo para competir com a margem de lucro.

    Cabe ressaltar, também, que a produção das fábricas brasileiras de veículos avançou muito pouco em 2011, apenas 0,7% sobre 2010 -- ou seja, produziu-se quase o mesmo e, ainda assim, foi possível remeter muito mais lucro: US$ 1,5 bilhão a mais do que no exercício anterior.

    Portanto, temos no Brasil um caso inusitado, digno de estudos acadêmicos ainda a serem feitos: fabricantes de veículos dizem enfrentar aqui custos altos de toda natureza, fazem produtos considerados de baixa rentabilidade, com alta incidência de impostos, a produção não avança -- e, ainda assim, remetem lucros bilionários às matrizes.

    Além disso, ainda sobra algum para prometer investimentos combinados que já passam de US$ 26 bilhões nos próximos cinco anos, considerando somente os anúncios feitos até dezembro passado. Só lucros generosos -- e financiamentos públicos idem -- podem justificar a aplicação de tamanha fortuna para fazer no Brasil novos produtos e aumentar a capacidade de 18 fábricas de carros e nove de caminhões, além da construção de oito novas plantas de automóveis e seis de veículos comerciais pesados, elevando o número total de unidades de produção das atuais 24 para 38, com capacidade para fazer 6,5 milhões de unidades por ano a partir de 2015.

    Por mais aloprado que o conceito pareça, é preciso reconhecer que "Custo Brasil" e "Lucro Brasil" são como irmãos siameses: andam grudados, um puxando o outro, mas sempre na mesma direção: para cima, no preço dos carros, relativamente altos em relação ao que oferecem.

    BOM EXEMPLO

    O Brasil tem, sim, problemas de competitividade a enfrentar, mas por certo o lucro não está entre eles. Portanto, não há nenhuma justificativa para aumentá-los por meio das medidas de incentivo ao setor automotivo nacional (ou seria transnacional?), que estão em gestação no governo e podem ser anunciadas em fevereiro.

    Muito pelo contrário: assim como o país deveria reduzir impostos sobre veículos, as montadoras deveriam dar o bom exemplo de diminuir lucros e incluir mais qualidade tecnológica nos modelos produzidos aqui.

    Fonte: UOL

    CONCURSO DO INSS TEM 602 CANDIDATOS POR VAGA

    A Fundação Carlos Chagas divulgou a relação de inscritos para o concurso público destinado a preencher 1.875 vagas de trabalho para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). São 375 vagas para peritos médicos previdenciários e 1,5 mil para técnicos do seguro social. Nesta última categoria, que exige apenas Nível Médio de escolaridade, foram 904.459 inscritos, o que coloca 602 candidatos para cada oportunidade.

    Já para o cargo de perito médico, foram 11.760 inscritos concorrendo em 375 vagas - média de 31 por vaga. Há oportunidade para os 26 Estados e para o Distrito Federal. As provas estão previstas para o dia 12 de fevereiro. Os salários são de R$ 4.496,89 para os técnicos e R$ 9.070,93 para os peritos, segundo publicado no Diário Oficial da União.

    Para o cargo de técnico é exigido certificado de conclusão de curso de nível médio ou técnico equivalente e para perito é exigido diploma de conclusão de curso superior em medicina e registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). As incrições foram encerradas em 11 de janeiro. 

    Fonte: Terra

    INFECÇÕES POR HPV SÃO MAIS COMUNS EM HOMENS

    Infecções na boca e na garganta de uma doença transmitida principalmente pelo sexo conhecida como papilomavírus humano (HPV), que pode levar ao câncer, são mais comuns entre os homens do que entre as mulheres, segundo um estudo americano divulgado nesta quinta-feira.

    Cerca de 7% da população dos EUA com idade entre 14 e 69 anos tem HPV oral, informou a pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association, com uma taxa de incidência de 10.1% entre os homens e 3.6% entre as mulheres.

    As descobertas esclareceram ainda mais uma crescente epidemia de câncer nas regiões da cabeça e do pescoço ligada ao HPV que devem superar os casos de câncer de colo de útero em 2020, e pode justificar os testes clínicos de uma vacina de HPV contra lesões orais, disseram os autores do estudo.

    Atualmente a vacina de HPV é recomendada para meninos e meninas logo cedo, nas idades de 9 a 10 anos para evitar futuros cânceres de colo de útero e anal.

    O estudo incluiu 5,579 pessoas que participaram da Pesquisa Nacional de Avaliação da Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês) de 2009-2010, e concordaram com um teste de enxágue bucal de 30 segundos em um centro de exames móvel.

    O estudo descobriu que o HPV oral é mais frequente entre pessoas idosas, em parceiros sexuais recentes e entre fumantes, pessoas que bebem muito álcool e entre usuários, atuais ou antigos, de maconha.

    As maiores taxas de HPV oral entre os homens são vistas com mais frequência nas idades de 60 a 64 anos, com 11,4% de casos nessa faixa etária. O segundo nível mais alto foi encontrado entre homens de 30 a 34 anos.

    De acordo com a especialista Maura Gillison, do Ohio State University Comprehensive Cancer Center, os dados sugerem que a provável causa das infecções de HPV oral está ligada ao sexo.

    "Analisados juntos, esses dados indicam que a transmissão pelo contato casual, não-sexual, é pouco comum," escreveu ela, pedindo mais estudos nesta área para estabelecer o que os pesquisadores chamam de "história natural" da doença.

    "Apesar da infecção de HPV oral ser a causa do câncer que está crescendo em incidência nos Estados Unidos, pouco se sabe a respeito da epidemiologia da infecção", indicou Gillison.

    "Estudos de história natural de infecção de HPV oral são, portanto, necessários para entender os efeitos da idade, do sexo, e os fatores de risco modificáveis (por exemplo, fumo e comportamento sexual) quanto à incidência e duração da infecção de HPV oral".

    Cânceres orais "cresceram significativamente nas últimas três décadas em vários países e o HPV tem sido diretamente relacionado como causa subjacente," de acordo com informações do artigo.

    Gillison, que estuda o HPV e o câncer há 15 anos, disse em uma conferência científica realizada nos EUA no ano passado que quando pessoas que têm HPV oral são comparadas com àquelas que não têm, "o único grande fator é o número de parceiros com quem as elas fizeram sexo oral.

    "Pessoas com infecções de HPV oral têm 50 vezes mais chances de ter câncer oral que as pessoas que não têm HPV.

    Os pesquisadores observaram um aumento de 225% nos casos de câncer oral nos Estados Unidos de 1974 a 2007, principalmente entre homens brancos.

    O HPV está ligado a quase 13 mil casos de câncer de colo do útero por ano em mulheres americanas, 4,300 dos quais são fatais. Pesquisadores esperam que o número de casos de câncer oral vai superar o número de casos de câncer de colo de útero nos próximos oito anos.

    O estudo foi financiado em parte pela gigante farmacêutica Merck, que produz a vacina contra HPV. A Gardasil da Merck foi aprovada para meninas e mulheres de idades entre 9 e 26 anos em junho de 2006 e para homens na mesma faixa etária em outubro de 2009.

    Fonte: IG

    MEDIDA ARGENTINA TRAVA AS EXPORTAÇÕES TÊXTEIS DO BRASIL

    O novo regime de licenças de importações da Argentina já representa um entrave às vendas brasileiras de produtos têxteis ao vizinho sul-americano. As mudanças nas regras, que entram em vigor a partir do dia 1º, tornam ainda mais burocrático o processo de exportação para a Argentina e preocupam as principais empresas do setor.

    “Nos dez primeiros dias de janeiro ainda vendemos um pouco, mas desde então não se consegue vender mais nada para a Argentina”, diz Sacha Kalmus, diretor de exportações da Rosset Têxtil, um dos maiores grupos têxteis da América do Sul com mais de 70 anos de atuação.

    Dona de marcas como Valisere e Cia. Marítima, a Rosset tem na Argentina um de seus principais mercados externos. “Os clientes continuam querendo comprar, têm necessidade de matéria-prima, mas o problema é que as incertezas ligadas a essa nova regra para as licenças colocou o mercado em compasso de espera”, diz Kalmus.
    Foto:AE
    Processo de fabricação do índigo para confecção de jeans: barreiras para exportação de produtos têxteis para a Argentina

    “Com essa notícia, em janeiro não efetuamos nenhum pedido para a Argentina”, diz Allan dos Anjos, gerente comercial da Neotextil, fabricante focada na produção de tecidos esportivos. Segundo Anjos, “parceiros comerciais na Argentina não sabem mais o que fazer para abastecer o mercado interno”. “Está cada vez mais burocrático”, diz. Ele conta que as exportações respondem por cerca de 30% a 35% do faturamento da Neotextil.

    Na Cedro Textil, também já se sentem os efeitos da nova medida argentina. “Está tudo parado”, diz Débora Cohen, gerente de exportação do grupo que está há mais de 130 anos no mercado. “Ainda estamos esperando para saber o que vai acontecer, mas esse mês já foi muito prejudicial”, afirma. As exportações respondem por cerca de 3% do faturamento da Cedro, que em 2011 foi de aproximadamente R$ 700 milhões.

    Relação tumultuada

    A Argentina é o maior mercado para as exportações da indústria têxtil brasileira, com compras de US$ 437 milhões em 2011, valor 11,5% maior que um ano antes. Ainda assim, a relação comercial entre os países nos últimos anos tem sido um tanto “tumultuada”, lembra Anjos, da Neotextil.

    Em 2008, a Argentina era o principal mercado externo para a Neotextil em poliéster. Mas com o anúncio de barreiras não tarifárias, Anjos conta que as vendas do produto para o país vizinho recuaram 79% em 2009, também influenciadas por fatores como a crise econômica mundial e o câmbio. “Agora a tendência é piorar. Se antes se levava de 60 a 90 dias para conseguir uma licença para poder exportar para a Argentina, agora esse tempo vai aumentar ainda mais”, diz Anjos.

    Preocupação similar foi observada entre outros empresários brasileiros do setor têxtil que participaram da Colombiatex de las Americas 2012, considerada uma das maiores feiras do segmento na América Latina. “Se hoje as licenças já são difíceis de conseguir, imagina daqui para frente. Vai demorar pelo menos mais um mês”, diz Laurent Prout de exportação da Savyon, especializada na fabricação de jacquard eletrônico.

    O temor é de que o governo argentino passe a atrasar a liberação das novas licenças de importação, regulamentadas pela resolução 3.252 e que, na prática, significam a imposição de licenças não automáticas para as exportações argentinas. “Não acho que mais esse freio vai conseguir parar completamente com as vendas brasileiras para a região, mas com certeza vamos ter que trabalhar com outro 'timing'”, diz Prout.

    Fonte: IG

    ABRIGOS EM SALVADOR PODEM SER FECHADOS POR FALTA DE RECURSOS

    Nove abrigos para crianças e adolescentes de Salvador correm o risco de não pagar as contas que vencerão no início do mês de fevereiro. Isso porque o convênio com a Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad), vencido em 31 de dezembro, ainda não foi renovado. As unidades cuidam de 600 meninos e meninas de até 17 anos.

    Lar Pérola de Cristo, em Tubarão, atende 128 crianças
    O titular da Setad, Ocimar Torres, diz que analisa os planos de trabalho enviados pelos abrigos. Segundo ele, os que estiverem de acordo com as exigências terão a renovação até 31 de janeiro. Vera Guimarães, 44, gestora do Abrigo Pérola de Cristo, em Paripe, reclama do aviso tardio sobre ajustes. “Fomos informados esta semana. Como organizar tudo antes de vencer as contas?”, preocupa-se.

    E esta não é a única queixa da gestora. Estado, município e União repassam, juntos, até R$ 425,50 por abrigado, valor sem reajuste desde 2008. O secretário diz que possíveis reajustes serão examinados em reunião no dia 30 de janeiro com entidades municipais, estaduais e Ministério Público baiano (MP-BA).

    Dificuldades

    Os abrigos correm contra o tempo para evitar uma crise maior. No Pérola de Cristo, que atende 128 meninos e meninas, os problemas são sanados pela solidariedade. E as despesas não são poucas. “É difícil fechar as contas com os R$ 6.800 mensais do convênio que temos com a prefeitura e que são destinados só para a alimentação. Só de carne são R$ 4.800, a cada 30 dias. E as pessoas não costumam doar carne”, explica Vera. “Agora mesmo, faltam itens perecíveis”, acrescenta.

    Alheio às dificuldades financeiras, o pequeno João Vítor, cinco meses, sorri de tudo. Basta um carinho na testa e colo. “Ele é viciado em carinho. Na verdade, todos são”, relata a gestora. O menino foi abandonado pela mãe aos três meses. Isso e a solidariedade de adeptos à causa fortalecem a administradora. Há um ano, a procuradora de justiça Rita Vanelli construiu, no terreno do abrigo, uma casa adaptada, só para as crianças pequenas. 
    “Ela é um anjo que surgiu para essas crianças. Rezo todos os dias para que Deus ilumine o caminho dela”, reconhece Vera.

    No espaço, 12 crianças, de recém-nascidos até os 2 anos, são cuidadas por três funcionárias. É lá onde Jonatas, de 1 ano, engatinha de um lado ao outro. Trinta minutos depois, cansa e pede colo. A criança vive no abrigo desde o nascimento. Em outubro do ano passado, a guarda dele foi entregue à mãe. “Dois meses após, retornou! Voltamos a recebê-lo com amor. Este é meu projeto de vida”, diz Vera.

    Fonte: A Tarde

    MERCADO ELOGIA A CHEGADA DA NOVA PRESIDENTE DA PETROBRAS

    A mudança na presidência da Petrobras animou o mercado financeiro esta semana. As ações da estatal tiveram alta de cerca de 3% na segunda-feira, dia do anúncio do nome de Maria das Graças Foster no principal cargo da empresa. A cotação da petrolífera mostrou crescimento acentuado, repercutindo até o dia seguinte, quando obteve crescimento de 1%.

    Apesar da resposta positiva, a escolha não surpreendeu o mercado. 

    “A substituição já vinha sendo cogitada, e sempre que se pensava em nomes, o de Graça Foster era muito contemplado”, afirmou o analista Lucas Brendler, da corretora Geração Futuro. 

    Segundo Brendler, o perfil da nova presidente é bem visto: 

    “Ela tem uma formação dentro da Petrobrás, passou por diversos setores da empresa, tem um conhecimento amplo das operações”.

    Mas a nova gestão da empresa não deve mudar radicalmente, acredita o analista Osmar Camilo, da Socopa Corretora. 

    "Mas acho que ela conseguiu animar o mercado, porque deve fazer uma gerência coesa, com conhecimento dos planos financeiro e de investimento, focando na execução deles", afirma. 

    Para Brendler, o perfil rigoroso aliado a um conhecimento econômico e técnico faz de Graça Foster uma gestora que se encaixa bem no momento atual da estatal. 

    “Ela é uma executora, e isso é bom, pois durante os últimos anos a política da Petrobras estava mais voltada ao planejamento de projetos e à estruturação financeira. Agora, acredito que o foco será a execução destes projetos”, prevê. 

    Graça será a primeira mulher no mundo a ocupar a presidência de uma companhia petroleira. 

    “Conta a favor dela a chancela de 'funcionária de carreira', e a sua imagem de competência técnica e o apelo de ser uma administradora de pulso forte”, acreditam os analistas da Ativa Trade Corretora. 

    Formada em Engenharia Química, Engenharia Nuclear e com MBA em Economia, Foster entrou na Petrobras como estagiária, aos 24 anos. 

    A futura presidente já havia sido a primeira mulher a ocupar um cargo de diretoria na empresa, tendo assumido, em 2010, a diretoria executiva de gás e energia. Em entrevista para a UFF, Foster avaliou que a sua trajetória profissional na Petrobras foi “emocionante”, e afirma que, hoje, “o Brasil está muito bem no que se refere à questão energética”.

    Casada e com dois filhos, Graça sempre teve a empresa como prioridade na vida pessoal e profissional. 

    “Minha vida particular é que se adaptou à Petrobras. Como meu marido, meus filhos, minha mãe, enfim, toda minha família tem um imenso orgulho da Petrobras, eles entendem isso perfeitamente. Eles me incentivam, me apóiam para que eu tenha essa dedicação toda à Petrobras” concluiu.

    A nomeação oficial de Maria das Graças Foster acontece no dia 9 de Fevereiro. Ela substitui José Sérgio Gabrielli, que ficou no cargo por sete anos. 

    As empresas parceiras da Petrobras também foram procuradas pela reportagem, mas não quiseram se pronunciar sobre a chegada da nova presidente.

    Fonte: Jornal do Brasil

    VALE É ELEITA A PIOR EMPRESA DO MUNDO

    No site da premiação, a indicação da mineradora era justificada por uma 'história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da natureza'


    Pela primeira vez uma empresa brasileira ganhou inglório título de pior empresa por uma premiação criada desde 2000 pelas ONGs Greenpeace e Declaração de Bernia, a "Public Eye People's". O prêmio, também conhecido como o "Oscar da Vergonha" será anunciado amanhã durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

    Com cerca de 25 mil votos, a Vale venceu por uma diferença de menos de mil votos a Tepco, maior empresa de energia do Japão, responsável pela usinas nucleares de Fukushima no Japão. Também estavam na disputa ao título de pior empresa do mundo a mineradora americana Freeport, o grupo financeiro Barclay's, a empresa sul-coreana de eletrônicos Samsung e a suíça de agronegócios Syngenta.

    A indicação da Vale foi feita por um grupo de instituições sociais e ambientalistas formado pela Rede Justiça nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o International Rivers e a Amazon Watch.

    No site da premiação, a indicação da mineradora era justificada por uma "história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da natureza". Os organizadores condenam também o fato da Vale, em abril do 2011, ter comprado uma participação no Consórcio Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte, no Pará.

    Na época em que foi escolhida como finalista, a Vale não se pronunciou sobre o assunto. A empresa se limitou a informar que disponibiliza anualmente um relatório de sustentabilidade no site da companhia na internet. Para 2012, a companhia prevê investir US$ 1,648 bilhão, sendo US$ 1,354 bilhão na proteção e conservação ambiental, e US$ 293 milhões em programas sociais. A cifra supera a estimativa feita para o ano passado, que era de US$ 1,194 bilhão.

    Fonte: Estadão

    DEFESA CIVIL DIZ QUE AINDA É POSSÍVEL ENCONTRAR SOBREVIVENTES NOS ESCOMBROS

    As autoridades do Rio de Janeiro disseram, nesta quinta-feira, ter "esperanças" de encontrar sobreviventes entre os escombros dos três prédios que ruíram no centro da cidade.

    Em uma entrevista coletiva, o subsecretário de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Jerri Andrade, disse que o resgate irá se prolongar pelos próximos dias.

    "O trabalho de busca continua. Temos esperanças de encontrar pessoas com vida", disse.

    Seis mortes foram confirmadas e 20 pessoas continuam desaparecidas, segundo a Defesa Civil do Estado. O governo estadual decretou luto oficial de três dias em memória das vítimas.

    O prefeito Eduardo Paes informou ainda que 15 mil toneladas de entulho já foram removidas do local. Cerca de 30% dos escombros já foram retirados.

    Paes informou também que o prédio maior, de 18 andares, não tinha histórico de rachaduras. A construção ganhou alvará de funcionamento em 1940. Os dois outros edifícios, de dez e cinco pavimentos, são de 1938.

    A Defesa Civil informou também que não há sinais de vazamento de gás no local e que a fumaça que pode ser vista no local é resultado da queima de papel, carpete e outros materiais combustíveis, acumulados entre os escombros.

    Os prédios que desabaram eram vizinhos ao Teatro Municipal, na Cinelândia.

    Dezenas de bombeiros e paramédicos acompanham os trabalhos de resgate. Devido ao forte cheiro de queimado no local, muitas pessoas usam máscaras protetoras.

    Os escombros que caíram sobre a rua 13 de Maio, em frente aos edifícios, já estão sendo retirados.

    Embora o trânsito no entorno dos prédios esteja prejudicado, as principais vias de acesso ao centro do Rio apresentam normalidade.

    Baixa ocupação

    O desabamento ocorreu por volta das 20h30 da última quarta-feira, quando os edifícios comerciais estavam com baixa ocupação, o que teria reduzido bastante o número de possíveis vítimas.

    Um faxineiro foi retirado de dentro de um dos elevadores sob os escombros após ter ligado para um amigo pelo celular.

    Segundo o prefeito, cães farejadores seriam usados na busca por possíveis sobreviventes. Ele afirmou que estimar o número de vítimas neste momento seria "pura especulação".

    Segundo as informações iniciais, um dos edifícios, que abrigava escritórios de advocacia, passava por reformas em dois dos seus andares.

    Um dos prédios abrigava um restaurante no andar térreo, mas não se sabe ainda se ele estava aberto no momento do desabamento.

    Inicialmente especulou-se sobre possíveis danos a prédios vizinhos, incluindo o Teatro Municipal, mas vistorias descartaram problemas.

    O incidente ocorre pouco mais de três meses após uma possível explosão de gás em um restaurante da cidade ter deixado três pessoas mortas.

    Fonte: BBC Brasil

    CHOQUE DE TRENS EM SÃO PAULO DEIXA 4 PESSOAS FERIDAS


    Um trecho da linha 8-Diamante da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) permanecia interditado por volta das 7h30 desta sexta-feira em decorrência de colisão entre dois trens na noite de ontem (26). Quatro pessoas ficaram feridas, mas sem gravidade.

    O trecho interditado é o das Engenheiro Cardoso e Itapevi, as duas últimas da linha. Os passageiros que precisam utilizar o trecho estão sendo encaminhados para ônibus que estão fazendo a ligação do trecho pelo sistema Paese (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência).

    Mais cedo, estavam interditado também o trecho entre as estações Jandira e Sagrado Coração, que foi liberado no início da manhã. Segundo a CPTM, ainda não há previsão de liberação do restante da linha.

    O acidente entre dois trens da companhia aconteceu por volta das 21h20 de ontem na região de Itapevi (Grande SP), quando um trem que circulava no sentido Itapevi bateu em outro que fazia uma manobra para transpor a via em direção à estação Júlio Prestes.

    De acordo com os bombeiros, as vítimas tiveram ferimentos leves e foram levadas a um pronto-socorro da região, mas não foi informado para qual. A CPTM abriu uma sindicância para apurar as causas do acidente.

    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Acidente envolvendo dois trens da CPTM deixam quatro pessoas feridas e bloqueia parte da linha 8-Diamante
    Acidente envolvendo dois trens da CPTM deixam quatro pessoas feridas e bloqueia parte da linha 8-Diamante


    Fonte: Folha

    MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ABRE INVESTIGAÇÃO SOBRE MAUS-TRATOS EM FÁBRICA DA SADIA

    O Ministério Público do Trabalho (MPT) afirmou nesta quinta-feira que investigará as denúncias de maus-tratos em fábrica da Sadia em Samambaia, no Distrito Federal.

    Fábrica da Sadia em Samambaia (DF). | Foto: João Fellet / BBC Brasil
    O anúncio ocorre após publicação de reportagem da BBC Brasil em que refugiados e imigrantes empregados na unidade relataram enfrentar condições de trabalho degradantes. A procuradora Marici Barros Pereira será responsável pela investigação.

    Os trabalhadores, todos muçulmanos, atuam no abate de frangos pelo método halal, selo requerido pelos países de maioria islâmica que importam a carne brasileira.

    O abate halal requer que os animais tenham suas gargantas cortadas manualmente por seguidores do islã, que devem pronunciar a frase 'Em nome de Deus, Deus é maior!' (Bismillah Allahu Akbar, em árabe) antes de cada degola. O gesto deve cortar a traqueia, esôfago, artérias e a veia jugular, para apressar o sangramento e poupar o animal de maior sofrimento.

    Embora ocorra dentro da fábrica da Sadia, a atividade é terceirizada e executada pela empresa CDIAL Halal, braço do grupo religioso CDIAL (Centro de Divulgação do Islã para América Latina), baseado em São Bernardo do Campo (SP).

    Os funcionários dizem efetuar tarefa repetitiva e extenuante (cada um degola cerca de 75 frangos por minuto, sem possibilidade de executar outras atividades) e reclamam por serem transferidos de Estado com frequência.

    Dizem ainda que trabalhadores que questionaram o tratamento foram demitidos e prontamente substituídos e se queixam por não receberem os mesmos benefícios obtidos pelos funcionários da Sadia, como plano de saúde e bônus por resultados.

    Há 24 estrangeiros na fábrica. Quase todos vivem em duas casas em Samambaia cedidas pela CDIAL Halal. A BBC Brasil obteve fotos do interior de uma das residências. Nos quartos, habitados por até oito pessoas, colchões empilhados durante o dia são esticados no chão à noite, para compensar a falta de camas.

    Para o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Ricardo Nino Ballarini, as condições relatadas pelos trabalhadores em Samambaia são análogas à escravidão.

    "A empresa se vale da situação vulnerável deles no país, o que permite caracterizar condição análoga à de escravo. Ao transferi-los constantemente de Estado, impede que criem raízes, que estabeleçam relações pessoais e denunciem os abusos à polícia", afirma.

    Ballarini diz que a situação se assemelha à descrita por estrangeiros que executam o abate halal em duas fábricas da Sadia no Paraná, onde a CDIAL Halal também é responsável pela atividade.

    As condições laborais nas duas fábricas, nos municípios de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, são objeto de duas ações movidas pelo procurador. Ele diz que, em ambas as unidades, os funcionários estrangeiros enfrentavam jornadas de até 15 horas diárias, não recebiam hora extra e eram privados de benefícios dados aos trabalhadores da Sadia, como participação nos lucros e plano de saúde. Além disso, afirma que muitos trabalhavam sem carteira assinada.

    Segundo o procurador, os casos de Samambaia e das fábricas paranaenses indicam que pode haver uma rede nacional de exploração de trabalho no abate halal. A BBC Brasil apurou que o tema também é objeto de uma investigação do MPT em Campinas (SP).

    Situação legal

    A CDIAL Halal, que presta serviços para quase todas as empresas brasileiras que exportam carne para os países islâmicos, diz empregar cerca de 350 funcionários no abate halal, 90% dos quais provêm de países africanos ou asiáticos como Senegal, Somália, Bangladesh, Paquistão, Iraque e Afeganistão.

    A empresa afirmou em nota que todos os seus funcionários encontram-se em situação legal no país e procuram a empresa por livre vontade. A companhia diz que o abate se dá conforme normas adequadas de segurança, que todos os funcionários têm carteira assinada e executam jornada de até oito horas (intercaladas entre uma hora trabalhada e uma de descanso), registrada por relógio de ponto biométrico.

    A Sadia (hoje parte da BR Foods, maior empresa alimentícia brasileira e uma das maiores do mundo) diz que os funcionários terceirizados cumprem uma jornada de trabalho equivalente à dos trabalhadores da empresa e estão sujeitos às mesmas condições que os outros funcionários da unidade.

    A empresa não se pronunciou sobre as condições dos dormitórios dos funcionários terceirizados. Já a CDIAL Halal afirmou que "não tem qualquer obrigação de tutelar o domicílio de seus empregados, tampouco seus hábitos de higiene pessoal".

    Segundo a Secretaria de Comércio Exterior a exportação de frango halal para países muçulmanos rendeu cerca de R$ 5 bilhões ao Brasil em 2011.

    Fonte: BBC Brasil