sábado, 4 de fevereiro de 2012

JAQUES WAGNER CONSEGUE SER PIOR DO QUE GOVERNOS DA DITADURA: A BAHIA ESTÁ ABANDONADA

O comando do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia admitiu, na tarde de hoje, ter diminuído a lista de exigências para que a paralisação seja concluída e que a Assembleia Legislativa, ocupada por manifestantes desde a terça-feira, seja liberada.

Segundo o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), entidade que deflagrou o movimento, Marco Prisco, a pauta de reivindicações, que inicialmente listava seis itens, como incorporação de gratificações aos salários e regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente, foi reduzida a dois: anistia dos grevistas e o pagamento da gratificação por atividade de polícia.

"Veja que são pedidos simples, um é relativo ao retorno ao trabalho dos colegas e o outro é apenas cumprir o que já determina a lei", diz Prisco. Ele acrescenta que também abriu mão de participar das negociações com o governo do Estado - a associação que dirige não é reconhecida pelo comando da PM no Estado como entidade de classe. "O que falta ao governo é apenas dialogar com seriedade, porque já diminuímos bastante a pauta para colaborar com a sociedade, que está clamando por segurança."

Quando informado de que o governador não negociaria a anistia aos grevistas e que ainda havia acusado os participantes do movimento de crimes, incluindo homicídios, Prisco disse concordar que a anistia não se aplique nesses casos, se comprovados.

"Se o governador diz ter certeza de que há policiais praticando crimes pelo Estado, esses crimes devem ser investigados e punidos como determina a lei, sem dúvida", afirmou. "Não é o nosso caso, aqui, e nenhuma prática criminosa partiu ou foi pedida pela gente. Estamos em um movimento pacífico na Assembleia e o pedido de anistia é apenas para os integrantes desse movimento."

Fonte: IG

JAQUES WAGNER CRITICA POLICIAIS, MAS PAGA O PIOR SALÁRIO A POLICIAIS E NÃO CUMPRE PROMESSAS DE CAMPANHA.

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez duras críticas contra as entidades policiais que comandam a greve da categoria no Estado. Fazendo uma ligação direta entre o crime organizado e os sindicatos da Polícia Militar paralisados, o petista negou acordo que inclua anistia de agentes envolvidos em depredação do patrimônio público. A greve entrou neste sábado no seu quarto dia e a capital baiana vive uma onda de violência que matou mais de 50 pessoas.

"Se alguém depreda carro da polícia, qualquer coisa dessa é crime, independente de quem o cometeu. Na defesa do seu interesse, estaríamos dizendo ao marginal que ele rouba para conquistar dinheiro, então qual é a diferença? Protocolaram (pedido de anistia) no mesmo dia da assembleia, mostra de que estavam predispostos a fazer a barbaridade, como estão fazendo. A determinação era anterior. Depreda-se e depois busca anistia. A anistia é o salvo-conduto para a barbaridade", disse no final da manhã o governador.

Wagner ainda descreveu como "guerra psicológica" a estratégia dos sindicatos policiais. "É uma tentativa de guerra psicológica. Coloca o povo a sofrer, mas não tenho dúvida de afirmar que parte disso é cometido por ordem dos criminosos que se intitulam líderes do movimento". O governador declarou que o Carnaval em Salvador está garantido e que as Forças de Segurança federais permanecem o tempo que for necessário.

A greve dos policiais militares da Bahia, que completou neste sábado quatro dias, motivou uma onda de violência na capital. Desde a quarta-feira, a região metropolitana de Salvador tem mais de 50 homicídios, o que representa 117% de aumento na comparação com o mesmo período do ano passado.

A ausência de policiamento nas ruas causou dezenas de saques e violência em todo o Estado. Só na sexta, 58 carros foram roubados e algumas lojas arrombadas e saqueadas. Cerca de 3 mil militares da Força Nacional e de unidades das Forças Armadas estão sendo enviados ao estado para fazer a segurança da população. Mais 4 mil militares da 10ª Região Militar, em Fortaleza, no Ceará, podem ser deslocados para reforçar o policiamento na Bahia.

Fonte: Terra

GOVERNADOR JAQUES WAGNER IMPEDE O PREFEITO DE SALVADOR DE PARTICIPAR DAS NEGOCIAÇÕES COM PMS

Final da manhã deste sábado (4), Palácio de Ondina, sede do governo da Bahia. Reunidos o governador Jaques Wagner, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o comandante militar do Nordeste, general Odilson Benzi, o Comandante da 6ª Região Militar, general Gonçalves Dias, e o secretário de segurança do Estado, Mauricio Barbosa. Um assessor se aproxima do governador e informa:

- ...É da parte do prefeito João Henrique no telefone... O prefeito quer vir para o Palácio e participar da reunião...

O governador diz para o assessor:
- ...Fala para o prefeito que não é necessário... Se eu precisar dele eu chamo.

Na quinta-feira Salvador viveu a barbárie. Com parte da PM em greve e a fechar ruas, a exibir armas e a, como se diz por lá, "tocar o terror", o pânico se espalhou.

Naquela tarde e na madrugada seguinte, o número de mortes chegou a 18. E saques pipocaram pela cidade. Fatos óbvios e evidentes à vista de todos. Oportunistas de todos os quadrantes aproveitaram a oportunidade.

Em casa, ou assustada a caminho, a população, que se perguntava por que não se impediu tal greve. Nas ruas, os bandidos - e portando-se como se também fossem marginais, uma porção dos PMs em greve. Na ponta da boataria, alguns dos que miram no futuro e vários dos que se perderam pelo passado.

Hora de tirar uma lasquinha porque o poder é assim mesmo, ocupa e devora espaços vazios.

O prefeito de Salvador, João Henrique, não estava na cidade. Certamente por coincidência não estava desde a véspera, quando 1.500 manifestantes fizeram passeata pelo centro, apoiados num lema: "Desocupa, João".

Os manifestantes querem o impeachment de João Henrique, pedido de resto desnecessário naquela quarta e na quinta-feira da barbárie, já que João estava no Rio de Janeiro.

Na quarta-feira, quando a greve já estava decretada e manifestantes pediam sua saída da Prefeitura, João estava no Rio em reunião com representantes da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos (CBTU).

No final da tarde do dia seguinte, a quinta da barbárie, com a cidade em pânico exatamente naquele momento, o prefeito João deu um certo azar; a se levar em conta o depoimento da cantora - baiana - Mariella Santiago.

João caminhava pelo calçadão de Copacabana quando a cantora o avistou, revelou Mariella. O relato é dela ao site iBahia:

- Estava voltando do Leme, onde são feitas as homenagens a Iemanjá, quando vi o prefeito. Na hora, não tive reação, fiquei surpresa porque sabia que ele estava fora de Salvador, mas não imaginei que estivesse aqui. Foi só chegar em casa e pesquisar um pouco que soube dos compromissos dele no Rio. Depois, relembrando a cena me dei conta de que ele percebeu, pela fisionomia do rosto, que tinha sido reconhecido. E, aparentemente, ele não esperava por isso...

Mariella, antes de dar entrevistas, escreveu em sua página no Facebook. Contou que João "estava bronzeado, dando aquela corridinha pra manter a boa forma, parecia muito bem e despreocupado".

A assessoria da prefeitura informou ao site que João Henrique estava no Rio de Janeiro para debater com "autoridades e especialistas" o início das operações do metrô.

Na sexta-feira (3), João contatou o secretário de Segurança do Estado, Maurício Barbosa, e prestou sua solidariedade. Convocou algo como um "gabinete de crise" e colocou as 46 câmeras de videomonitoramento à disposição da PM, além de garantir reforço na iluminação pública. Também na sexta-feira a prefeitura decretou estado de alerta na capital baiana.

Neste sábado, 72 horas depois do início da greve e 48 horas após a quinta da barbárie, João buscou assento no comando da operação anticrise. Até o fechamento deste texto, a resposta do governador seguia sendo a mesma:

- ...Fala para o prefeito que não é necessário... Se eu precisar dele eu chamo.

Fonte: Terra

RÚSSIA E CHINA VETAM RESOLUÇÃO DA ONU CONTRA O PRESIDENTE SÍRIO

A Rússia e a China vetaram no sábado uma resolução apoiada por países árabes e ocidentais no Conselho de Segurança da ONU pedindo que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deixe o cargo devido à sangrenta repressão da revolta popular no país.

Rússia e China vetaram neste sábado uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas que apoiava um pedido da Liga Árabe para que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, deixasse o poder. REUTERS/Allison JoyceO revés nos esforços diplomáticos para resolver a situação gerada pelos protestos pacíficos veio depois que líderes mundiais e ativistas da oposição síria acusaram as forças de Assad de matar centenas de pessoas em um bombardeio na cidade de Homs, a mais sangrenta noite em 11 meses de agitação no país árabe.

Pouco antes de o Conselho de Segurança votar a resolução, o presidente dos EUA, Barack Obama, condenou o "ataque inqualificável" em Homs, exigiu que Assad deixasse o poder imediatamente e pediu uma ação da ONU contra a "brutalidade implacável" do presidente sírio.

"Ontem, o governo sírio matou centenas de cidadãos sírios, incluindo mulheres e crianças, em Homs, por meio de bombardeios e violência indiscriminada, e as forças sírias continuam a impedir que centenas de civis feridos procurem ajuda médica", disse Obama em um comunicado. "Qualquer governo que brutaliza e massacra seu povo não merece governar."

Ele e outros líderes ocidentais e árabes colocaram pressão sobre a Rússia, com poder de veto, para permitir que o Conselho de Segurança aprovasse uma resolução apoiando um pedido da Liga Árabe para que Assad transfira seus poderes a outro representante.

Com exceção da Rússia e da China, os outros 13 membros do Conselho de Segurança votaram a favor da resolução, que teria dito que o conselho "apoia plenamente" o plano da Liga Árabe.

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse no sábado que não tinha sido possível trabalhar de forma construtiva com a Rússia antes da votação, apesar de uma intervenção militar na Síria - rejeitada por Moscou - ter sido absolutamente descartada.

"Eu pensei que poderia haver algumas maneiras de atenuar, mesmo neste último momento, algumas das preocupações que os russos tinham. Eu me ofereci para trabalhar de forma construtiva para fazê-lo. Isso não foi possível", disse ela a jornalistas na Conferência de Segurança de Munique.

Depois de negociações entre Hillary e o chanceler russo, Sergei Lavrov, classificadas de "vigorosas" por autoridades norte-americanas, Moscou anunciou que o seu ministro das Relações Exteriores iria voar para a Síria em três dias para se reunir com Assad.

"DIA TRISTE"

Mohammed Loulichki, o embaixador marroquino na ONU, único membro árabe do conselho de 15 países, expressou seu "pesar e desapontamento" com o fato de Moscou e Pequim juntarem forças para derrubar a resolução.

O embaixador francês Gerard Araud disse ao conselho: "É um dia triste para este conselho, um dia triste para todos os sírios e um dia triste para a democracia."

Diplomatas afirmaram que a expectativa já era de que a China seguisse o exemplo da Rússia. A decisão da Rússia de votar contra a resolução veio depois que autoridades dos EUA e Europa rejeitaram uma série de alterações russas para o esboço da resolução.

Moscou disse antes da votação que a resolução não estava totalmente descartada, mas seu texto precisava ser alterado para evitar "tomar partido em uma guerra civil". Lavrov havia dito que ainda era possível chegar a um consenso.

Mas a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Susan Rice, disse que as alterações propostas pela Rússia eram "inaceitáveis".

A França chamou o ataque a Homs de um "massacre" e um "crime contra a humanidade". A Turquia disse que centenas foram mortos e as Nações Unidas precisam agir. A Tunísia expulsou o embaixador da Síria no país e a bandeira acima de sua embaixada foi retirada.

O número de mortes relatado por ativistas e grupos de oposição varia entre 237 e 260, fazendo de Homs o ataque com mais vítimas até agora da ofensiva de Assad contra os protestos e um dos episódios mais sangrentos da "Primavera Árabe".

Moradores disseram que as forças sírias começaram a bombardear o bairro Khalidiya por volta das 20 horas (horário local) na sexta-feira com artilharia e morteiros. Eles disseram que ao menos 36 casas foram completamente destruídas com as famílias em seu interior.

"Nós estávamos sentados dentro de nossa casa quando começamos a ouvir o bombardeio. Sentimos a artilharia caindo sobre nossas cabeças", disse Waleed, um residente de Khalidiya.

"Pela manhã, nós descobrimos mais corpos, os corpos estão nas ruas. Alguns ainda estão sob os escombros", acrescentou ele.

Fonte: Reuters

ONDA DE FRIO MATA MAIS DE 200 PESSOAS NA EUROPA

A onda de frio que atinge a Europa nos últimos dias matou mais de 200 pessoas e paralisou os transportes em vários países.

A Europa Oriental, região mais afetada, registrou recordes nas temperaturas em países como a Ucrânia e República Tcheca, que chegaram a 38 graus negativos.

Homem passa ao lado de bonde congelado em Sarajevo, na Bósnia (AP)
A Ucrânia foi o país com o maior número de mortos devido ao frio, mais de cem.

O governo abriu abrigos para os sem-teto, as maiores vítimas do frio no país.

Meteorologistas afirmaram que o frio vai diminuir no país, mas algumas regiões da Ucrânia ainda vão sofrer com temperaturas de até 19 graus negativos.

Voos cancelados

O Aeroporto Internacional de Heathrow, em Londres, cancelou 30% dos voos previstos para domingo devido à neve e dezenas de voos foram atrasados no Aeroporto Schiphol, de Amsterdã.

Centros de transporte nas regiões central e oriental da Europa tiveram que ser fechados devido à neve.

Autoridades da Bósnia declararam estado de emergência em Sarajevo, que foi paralisada pela neve. O estado de emergência também está em vigor na maior parte da Sérvia.

Milhares de pessoas estão presas em suas casas nos dois países e muitos viajantes estão presos em aeroportos.

Na Itália, que também sofre com a onda de frio, os canais de Veneza começaram a congelar e Roma foi atingida pela pior nevasca em mais de 25 anos.

Na Holanda, as temperaturas chegaram a 21,8 graus negativos, a mais baixa no país nos últimos 27 anos.

Associações de motoristas informaram que a Bélgica e a Holanda foram afetadas por grandes congestionamentos depois que a neve começou a cair na sexta-feira.

Fonte: BBC Brasil

CASOS DE "ESCRAVIDÃO MODERNA" SÃO DENUNCIADOS NA EUROPA

Grupos criminosos ligados a comunidades nômades na Grã-Bretanha e Irlanda vêm levando homens ao exterior para fazê-los trabalhar em um sistema próximo à escravidão.

Morador de rua na Europa Foto: AP
Uma investigação realizada pela BBC descobriu 32 vítimas nesta situação e casos foram confirmados em seis países europeus, incluindo Suécia, Noruega e Bélgica.

A Comissão Europeia diz que os números revelam apenas a ponta do iceberg e descreve a situação como "escravidão moderna".

As quadrilhas escolhem vítimas em situação vulnerável: homens que vivem nas ruas britânicas, frequentemente lutando contra o vício em álcool e drogas.

Eles recebem uma promessa de trabalho bem remunerado, mas assim que eles chegam ao exterior são forçados a cumprir uma longa e dura jornada de trabalho asfaltando estradas por pouquíssima ou nenhuma remuneração.

A BBC conversou com um britânico que chegou ao porto de Malmo, na Suécia, junto com outros dois homens que viviam nas ruas quando foram encontrados.

Ele não quis se identificar, mas contou que eles trabalhavam 14 horas por dia e viviam em condições terríveis e sob ameaça constante.

"Vi pessoas ameaçadas com machados, vi pessoas levando socos e chutes. Quase me jogaram de um veículo em movimento uma vez. É uma situação muito tensa. A gente fica imaginando o que vai acontecer em seguida."

Ele conta que tinha medo de fugir, até que a polícia sueca ofereceu ajuda.

'Procurando os mais vulneráveis'

A comissária europeia para assuntos internos, Cecilia Malmstron, teme que esses casos sejam apenas uma pequena parte de uma situação muito mais grave e complexa.

"É um crime horrível e é escravidão moderna", disse ela.

"Estão se aproveitando de pessoas muito vulneráveis e especialmente durante tempos de crise econômica, pessoas que perderam seus empregos, que não têm onde viver, que foram expulsas de casa por seus familiares. Temos que agir com mais força do que temos feito. Apenas recentemente nos demos conta da magnitude do problema."

O responsável por tráfico humano na Europol, o Serviço Europeu de Polícia, David Ellery, disse que as quadrilhas de nômades vêm cometendo esses crime há muito tempo.

"Eles vêm atacando os mais vulneráveis na sociedade, forçando-os a trabalhar, mas os casos não estão categorizados como tráfico humano. As gangues normalmente funcionam no norte da Europa, em zonas rurais, concentrando-se em conseguir vítimas locais de idade avançada."

Um relatório sobre o tráfico humano na Suécia, publicado em 2010, encontrou 26 casos de tráfico humano não-relacionados a sexo.

"Em especial, tratava-se de britânicos e irlandeses fazendo trabalhos de pavimentação na Suécia."

"As vítimas não costumam denunciar pessoalmente que foram vítimas de tráfico humano, porque, muitas vezes, não confiam nas autoridades e têm medo de sofrer represálias."

'Realidade brutal'

Oliver Hayre, de 22 anos e do condado de Lincolnshire, na Inglaterra, morreu em um incêndio em um trailer, em 2005, depois de trabalhar sob péssimas condições para uma quadrilha de nômades por mais de três meses.

O detetive Guy Collings, que investigou a morte, afirmou: "Do meu ponto de vista, Oliver foi definitivamente vítima de uma quadrilha de indivíduos que, na prática, o mantiveram como refém, tomando seu passaporte e ameaçando usar violência."

Os pais de Oliver Hayre querem que o governo britânico faça mais para impedir esse tipo de exploração.

"Estamos no século 21. Abolimos a escravidão, mas não de verdade... Minha percepção é que as autoridades fazem vista grossa e a intimidação contra Oliver era real. Custou-lhe a vida", disse o pai do rapaz, Martin Hayre.

Outro relatório policial obtido pela BBC revela como a escravidão tornou-se um negócio lucrativo para as quadrilhas. Um cálculo descrito como "conservador" indica que os grupos estariam ganhando US$ 5 milhões por ano com o trabalho irregular.

Em 2007, a polícia norueguesa estimou que gangues nômades operando no país estariam ganhando mais de US$ 11 milhões por ano.

Aidan McQuade, diretor da ONG Anti-Slavery International, disse que "o fato de que homens em bom estado de saúde estão sendo ameaçados ou coagidos a trabalhar sem salário e temendo por sua segurança reflete a realidade brutal da escravidão moderna."

"A ampla natureza do problema significa que é essencial que policiais locais pensem em novos métodos para investigar este tipo de crime, como manter encontros regulares com ONGs de moradores de rua, locais que servem 'sopão' e centros de imigrantes, para identificar riscos e vítimas em potencial, além de conseguir informações sobre como as gangues operam."

Tanto o Ministério do Interior britânico como a Comissão Europeia afirmaram estar trabalhando para evitar novos casos de escravidão.

"Isso não deveria estar acontecendo na Europa hoje e devemos fazer todo o possível para impedir que aconteça", disse a comissária Malmstron.

Fonte: BBC Brasil

FBI VAI INVESTIGAR TELEFONEMA DIVULGADO POR ANONYMOUS

O FBI anunciou que está investigando como ativistas ligados ao grupo Anonymous conseguiram interceptar uma conferência telefônica entre os americanos e a Scotland Yard, em que discutiam ações legais contra os hackers.
Foto: Reuters

O Anonymous divulgou uma gravação da conversa, em que detetives dão detalhes do monitoramento de possíveis hackers. O FBI disse que a informação foi obtida ilegalmente.

Horas depois, foi revelado que o Anonymous também invadiu os sites da polícia americana e do Ministério da Justiça grego.

"Uma investigação criminal está sendo feita para identificar e exigir explicações dos responsáveis."

A unidade central de crimes cibernéticos da Polícia Metropolitana de Londres disse que o assunto está sendo investigado, mas que a interceptação da chamada não causou riscos à operação.

Também nesta sexta-feira, o grupo Anonymous Brasil atacou o site do Banco Central e as páginas dos bancos BMG, Citibank e PanAmericano, que ficaram temporariamente instáveis.

O grupo também assumiu a autoria de ataques aos sites dos bancos Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e HSBC, que aconteceram durante a semana.
'Altamente vergonhoso'

O Anonymous é um coletivo descentralizado de "hacktivistas" que foi responsável por ciberataques a diversas empresas, governos e indivíduos nos últimos anos.

A gravação da conferência telefônica - que teria acontecido no dia 17 de janeiro - foi colocada no YouTube, com o texto de um e-mail que teria sido enviado pelo FBI para agências de segurança em diversos países dando detalhes sobre como participar da chamada.

O e-mail convidava os policiais a "discutir as investigações em curso relacionadas ao Anonymous, ao Lulzsec, ao Antisec e a outros grupos relacionados".

Não está claro o modo como o Anonymous obteve a gravação, mas o advogado de um dos suspeitos mencionados na conferência disse à BBC que ela aparentemente foi retirada de um arquivo de áudio em um e-mail interceptado, ao invés de ter sido ouvida por hackers.

Um comentário em um dos perfis de Twitter ligados ao Anonymous, o "AnonymousIRC", disse que "o FBI deve estar curioso sobre como temos conseguido ler os comunicados deles há algum tempo".

A gravação tem cerca de cinco homens falando da Grã-Bretanha, de Los Angeles e de Washington, que discutem as investigações sobre próprio Anonymous e outros grupos similares, além de citar planos para prisões de suspeitos.

Entre os suspeitos estão diversos britânicos acusados de estarem por trás de ciberataques nos dois países.

A polícia diz os pseudônimos que os homens usam online, mas seus nomes reais foram apagados da gravação.

Quando os detetives britânicos discutem o adiamento de algumas prisões enquanto as investigações americanas estão acontecendo, os agentes do FBI agradecem pela cooperação deles.

"Estamos aqui para ajudar. Nós já estragamos as coisas no passado, sabemos disso", diz um dos britânicos.

O correspondente de segurança da BBC, Frank Gardner, diz que a gravação é altamente vergonhosa para os detetives.

'Mais desordem'

Horas depois da divulgação da chamada, o Anonymous assumiu estar por trás de um ataque a um site da polícia de Boston, nos Estados Unidos.

Uma mensagem colocada no site antes que ele ficasse fora do ar disse que o ataque foi uma resposta à "brutalidade policial" em relação aos ativistas do movimento Occupy Wall Street e avisou que haveria "mais desordem por acontecer".

A polícia de Salt Lake City, no Estado de Utah, também está investigando um ciberataque que aconteceu na última terça-feira, em um site usado por moradores para denunciar crimes.

Hackers operando em nome do Anonymous também invadiram o site do Ministério da Justiça da Grécia nesta sexta-feira em um protesto contra a assinatura do país em um tratado global de direitos autorais e contra o modo como o governo está lidando com a crise econômica.

O site foi substituído por um vídeo com uma figura usando a máscara branca que é símbolo do grupo dizendo: "A democracia nasceu no nosso país, mas vocês a mataram."

Fonte: BBC Brasil

JOEL ACERTA COM O FLAMENGO E GERA MAL-ESTAR COM O BAHIA

O presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, tentou ao máximo ser político e evitou entrar em polêmica, mas deixou claro o desapontamento com a atitude do Flamengo ao negociar a contratação do técnico Joel Santana sem informar o time baiano. O treinador pediu demissão do cargo e confirmou que assumirá o Flamengo substituindo Vanderlei Luxemburgo, demitido na última quinta-feira.

"Não falei com o Flamengo, nem com a Patrícia Amorim, nem com ninguém de lá. Mas não quero julgar a postura deles, a atitude que motivou. Só acho que não é bom para os clubes se essa coisa continuar assim. Uma hora vai gerar um desconforto geral entre as equipes pela repetição desses acontecimentos", declarou Guimarães.

"Evidente que seria uma atitude melhor (terem procurado o Bahia). Uma atitude que eu tomaria, ligaria para o outro clube. Mas também não vou julgar. Como disse, o Flamengo é clube parceiro. Bola para a frente”, disse o mandatário do Bahia, lembrando que o time da Gávea emprestou o goleiro Marcelo Lomba e o meia Camacho ao Bahia em 2011.

Em relação ao técnico Joel Santana, o presidente do Bahia diz não ter mágoas e que o ex-comandante deixou 'as portas abertas'.

"A conversa com o Joel foi bem clara. Realmente houve esse contato com ele dois ou três dias atrás, antes de ele pedir demissão. O que posso dizer é que Joel saiu com as portas abertas. Foi claro conosco, da proposta que recebeu, e saiu tranquilamente", destacou o presidente do Bahia.

Paulo Angioni pode sair

Além de Joel Santana, o Flamengo também teria interesse em contratar o superintendente de futebol do Bahia, Paulo Angioni. Marcelo Guimarães Filho negou que o dirigente tenha um contrato com multa e espera a permanência na base da conversa.

"Vou fazer de tudo para que ele fique, mas no mundo do futebol não dá para garantir nada. E nós não temos contrato, temos apenas a palavra, a amizade um com o outro. Vamos ver, espero que ele fique”, finalizou o presidente do Bahia.

Fonte: IG

SUSPEITO DE MATAR PROCURADORA TERIA SE TORTURADO ANTES DE MORRER

Autópsia feita pelo Instituto Médico Legal de Belo Horizonte indicou que o corpo do empresário Djalma Brugnara Veloso, 49, apresentava 28 lesões feitas por uma faca de cozinha. Ele é suspeito de matar a mulher, a procuradora federal, Ana Alice Moreira de Melo, 35.

Segundo o chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado Edson Moreira, das 28 facadas, 22 eram superficiais e o restante mais profundas. O golpe letal foi dado no peito e atingiu o coração do empresário.

A suspeita é de que Veloso se matou depois de assassinar a facadas a mulher a procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, 35.

O empresário foi encontrado morto no motel Capri na noite desta quinta-feira (02), por volta de 21h. Uma investigação está aberta no departamento de homicídios de Minas Gerais, mas as chances de ter ocorrido suicídio são de 99%.

A investigação também vai apurar se foi o empresário quem matou a procuradora federal. "Todos os elementos convergem para um homicídio seguido de auto extermínio, ou suicídio", informou o delegado Wagner Pinto.

Conforme as investigações preliminares, o empresário entrou sozinho no motel por volta de 4h40, pouco depois do horário em que Ana Alice foi morta, em sua casa, num condomínio fechado na cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Ainda de acordo com as investigações, Veloso teria limpado o sangue da mulher em seu corpo com suas roupas, que estavam jogadas no quarto. Ele bebeu três latas de cerveja do frigobar e não fez nenhum pedido ao serviço de quarto, o que chamou a atenção dos funcionários do motel.

Por volta de 18h funcionários do motel ligaram para o quarto em que o empresário estava hospedado e ninguém atendeu. Uma camareira resolveu abrir a porta com uma chave reserva e encontrou o homem morto por volta de 21h. As polícias Militar e Civil foram acionadas.
Enterro da procuradora / AE
Exames periciais no corpo e no local do crime indicam o horário aproximado que o empresário morreu. Ele foi encontrado deitado de barriga para cima na cama do motel, vestindo apenas cuecas. Além de facadas na região do peito, foram identificadas facadas no pescoço, próximo à artéria carótida, e na perna, próximo à veia femoral. Os golpes foram dados da esquerda para a direita e ele era destro. A faca, possivelmente utilizada para matar a procuradora, estava ao lado do corpo de Veloso.

Alguns objetos foram apreendidos no carro do empresário, um peugeot branco do empresário, como roupas e carregador de celular. O aparelho telefônico dele, entretanto, foi localizado na casa de sua mãe, que ficava a poucos metros de própria casa, no condomínio Vila Alpina, em Nova Lima. O inquérito tem prazo de 30 dias para ser concluído.

Se ficar comprovado que ele matou a esposa e se suicidou, o caso será encerrado por extinção de punibilidade pela morte do agente". "Se ele matou a mulher e se matou, não há como puní-lo", finalizou Wagner Pinto.

O corpo do empresário foi enterrado no final da tarde desta sexta-feira, no Cemitério Parque da Colina, região oeste de Belo Horizonte. Já o corpo da procuradora federal foi enterrado no Bosque da Esperança, região norte, às 13h.

Fonte: IG

PETROBRAS ANUNCIA A DESCOBERTA DE PETRÓLEO E GÁS NA AMAZÔNIA

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira a descoberta de uma nova acumulação de óleo e gás na Bacia do Solimões, no Amazonas.

Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a reserva, localizada no Município de Coari, a 25 km da província petrolífera de Urucu (AM), indicou capacidade de produção diária de 1.400 barris de óleo de boa qualidade (41º API) e 45 mil m³ de gás, na Formação Juruá.

O poço foi perfurado a uma profundidade final de 3.295 metros.

"Este é o segundo sucesso exploratório no Bloco SOL-T-171, onde já está em andamento, desde 2010, o Plano de Avaliação da Descoberta do poço 1-BRSA-769-AM, informalmente conhecido como Igarapé Chibata", afirmou a Petrobras.

Segundo a companhia, confirmada a viabilidade econômica das descobertas, elas viabilizarão a criação de um novo polo produtor de petróleo e gás natural na Bacia do Solimões.

A empresa detém 100% dos direitos de exploração e produção na concessão. A companhia produz diariamente no Amazonas 53 mil barris de óleo e 11 milhões de m³ de gás natural além de 1,3 mil toneladas de GLP.

Fonte: Folha

CPI SOBRE A PRIVATARIA TUCANA PODE SAIR DA GAVETA

Desde que assumiu o cargo há um ano, Maia vinha barrando todos os pedidos de CPI. Agora, além das três abertas na quinta-feira, há mais duas na lista de espera: a que busca apurar o pagamento dos royalties da mineração e o pedido de investigação de privatizações no País com base no livro A Privataria Tucana.

As regras da Câmara permitem o funcionamento de cinco CPIs ao mesmo tempo. Maia tem em mãos um instrumento de pressão sobre a oposição, com potencial de desgaste político ainda maior em um ano eleitoral. O livro usado no requerimento de CPI, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., aborda a chamada era das privatizações do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

O pedido foi apresentado pelo deputado Delegado Protógenes (PC do B-SP), com o apoio de 184 parlamentares, no encerramento dos trabalhos legislativos em dezembro. Ele pede a investigação das denúncias de "irregularidades e lavagem de dinheiro" citadas no livro.

Protógenes argumenta que as situações relatadas "constituem ameaças reais a democracia brasileira e por isso são preocupações atuais de todos brasileiros" e que são acontecimentos "que ainda repercutem na política brasileira pondo em risco o projeto de democracia" e que continuarão a repercutir caso não sejam tomadas providências.

Comissões

As CPIs já criadas por Maia vão investigar o tráfico de pessoas, a exploração sexual de menores e o trabalho escravo. O pedido para apurar o tráfico de pessoas, apresentado pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS), esperava a decisão de Maia desde março do ano passado. Os outros dois requerimentos, do deputado Cláudio Puty (PT) e da deputada Liliam Sá (PSD), respectivamente, foram apresentados em abril e em julho.

Apesar de ter o seu primeiro papel de destaque na Câmara como relator de uma CPI, a do apagão aéreo em 2007, como presidente da Casa Maia adotou a política de evitar as comissões, como forma de não permitir disputa entre governo e oposição.

Essa triagem levou o deputado Pauderney Avelino (DEM) a entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para garantir a criação da CPI sobre as barreiras eletrônicas. Ao ser questionado pelo STF, Maia se antecipou à manifestação da Justiça e mandou arquivar a CPI com o argumento de que não havia um fato determinado que sustentasse a investigação. 

Fonte: Estadão

MULHER É MORTA AMAMENTANDO EM SALVADOR

Quatro homens desceram de um carro atirando contra moradores de rua na Praça da Piedade, no centro de Salvador, na noite desta sexta-feira, 3, e fugindo em seguida, segundo relatos de testemunhas. Houve confusão no local e a Polícia Civil confirmou a morte de uma mulher, que estaria amamentando quando foi atingida por disparos. Um homem também ficou ferido na ação.

Já no bairro periférico de Cosme de Farias, um jovem de 19 anos foi morto a tiros, na porta de casa. Testemunhas disseram que cinco homens foram ao local em um carro e que pareciam conhecer a vítima. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa investiga o caso.

Com esses novos casos, chegam a 22 os homicídios registrados na região metropolitana de Salvador somente nesta sexta-feira, 17 deles na capital - cidade que, no ano passado, registrou média de 4,2 homicídios diários.

Terror no turismo

A presença do Exército e de integrantes da Força Nacional de Segurança nas ruas de Salvador, depois de parte da Polícia Militar entrar em greve, não parece ter dado à população e aos turistas que estão na cidade a sensação de segurança prometida pela Secretaria de Segurança Pública. Alguns dos mais conhecidos pontos boêmios da cidade estão vazios, diversas atrações culturais foram canceladas.

Nos bairros do Rio Vermelho e da Barra, que costumam receber a maior parte dos apreciadores da noite na orla de Salvador, a maior parte dos bares está fechada, em plena noite de sexta-feira. No Largo de Santana, tradicional reduto boêmio da cidade, apenas um dos cinco bares abriu - e o movimento é pequeno.

"Não acredito que possa acontecer alguma coisa, mas ver isso aqui vazio é de assustar", diz a relações públicas Ana Elisa Sampaio, de 33 anos. "Isso é muito ruim para a imagem da cidade."

Além dos bares fechados, a programação cultural do fim de semana em Salvador e nas redondezas sofreu com cerca de 30 cancelamentos e adiamentos de apresentações musicais e peças de teatro. Um dos cancelamentos foi o do Cerveja & Cia Folia, um dos principais eventos pré-carnaval da região, comandado pela cantora Ivete Sangalo.

A festa ocorreria neste sábado, na Praia do Forte, no litoral norte do Estado e, segundo a assessoria da cantora, será realizada em outra data, ainda não definida.

Fonte: Estadão