domingo, 12 de fevereiro de 2012

ATROPELAMENTO E ATENTADO A BOMBA DEIXA UM MORTO E 30 FERIDOS NO ENSAIO DA PORTELA

A polícia do Rio ainda tenta desvendar se o carro desgovernado que matou uma pessoa e feriu no mínimo 30 no ensaio da Escola de Samba Unidos da Portela, em Madureira, tem ligação com a granada que explodiu no meio da multidão logo em seguida. Segundo o Corpo de Bombeiros, que chegou ao local minutos após a ocorrência, por volta das 18h30, o número de óbitos tende a aumentar, devido à gravidade dos ferimentos causados às vítimas durante o tumulto. Ainda segundo os bombeiros, o acidente aconteceu na estrada do Portela, em frente ao número 279, onde se formava a concentração para o ensaio técnico da escola.

Portela
Segundo o depoimento de uma vendedora ambulante, que testemunhou os fatos, tudo aconteceu muito rápido e o veículo fugiu do local.

– Só vi as pessoas tentando fugir do automóvel que jogava todo mundo para o alto. Depois de toda essa loucura, ouvimos um estouro muito grande e as pessoas que estavam em volta foram atingidas por estilhaços. Foi uma coisa horrível, não dá para explicar – relata.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas para o local. As vítimas estão sendo encaminhadas para o hospital Getúlio Vargas.

Diretor de harmonia da Portela, Alex Fab disse a jornalistas que o público aguardava o início do ensaio técnico da escola, quando foi surpreendido pelo carro desgovernado. Ele contou, em seguida, que um homem lançou uma granada na área da concentração. O medo tomou conta dos componentes da escola, que tentam deixar o local.

– Estamos todos muito assustados com o que aconteceu, não dá para acreditar. O ensaio ainda não tinha começado, as pessoas estavam aguardando e do nada apareceu esse carro, que estava em alta velocidade e foi atropelando todo mundo. A comunidade está assustada – concluiu Alex.

Fonte: Correio do Brasil

REDE GLOBO É EXPULSA DE MANIFESTAÇÃO DE BOMBEIROS E POLICIAIS NO RIO


Os repórteres da Rede Globo de TV foram pressionados a deixar a manifestação dos policiais e bombeiros realizada, neste domingo, em frente ao Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio. Centenas de pessoas cercaram as equipes de jornalismo da TV Globo e da Globonews e passaram a gritar palavras de ordem, o que de fato impediu que seguissem no local.


Os integrantes das forças auxiliares de segurança do Estado do Rio, nesta mesma manifestação, decidiram adiar, até esta segunda-feira, a decisão sobre manter ou suspender a greve iniciada nesta sexta-feira. O ato público prosseguiu com o repúdio às prisões de militares acusados de incitarem o movimento. Os grevistas marcaram para esta segunda-feira, às 18h, no Centro da cidade, uma nova assembleia para decidir os rumos do movimento.

– Decisão certa. Na minha opinião, a ordem é o que foi dito aqui: que o governador (Sérgio Cabral) retire o aumento que deu, o que quer dar e tire 10% dos nossos salários, se a questão é essa, mas o mais importante é soltar os companheiros. O movimento é pacífico e ele está tratando como se fosse um movimento desordeiro – disse o cabo Lopes, da Polícia Militar (PM), aos jornalistas que permaneceram no local.

Mesmo com o anúncio da suspensão do movimento por parte da Polícia Civil, agentes da corporação participaram do ato de repúdio. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fernando Bandeira, explicou que existem duas representações da categoria – o Sinpol, criado em 1993, e o Sindipol que, segundo histórico divulgado na página da entidade na internet, representa desde 2007 a reativação de uma instituição criada há quase 20 anos. A representação da categoria está dividida entre os dois sindicatos. Cada entidade contabiliza uma média de 1,5 mil policiais civis filiados. Bandeira criticou o anúncio de suspensão da greve feito na véspera pelo diretor jurídico do Sindpol e garantiu que a Polícia Civil continua no movimento.

– A decisão foi tomada em assembleia. A gente não pode tomar a decisão de sair da greve sem conversar com as outras categorias (bombeiros e Polícia Militar). Essa ilegalidade de suspender a greve é um desrespeito até com os policiais civis – protestou o presidente do Sinpol, reafirmando que a categoria continua com os atendimentos reduzidos e apoiando a pauta de reivindicações.

O sargento Paulo Nascimento, um dos líderes dos bombeiros, reafirmou a posição da categoria.

– Temos que manter a greve, mas dentro da normalidade e legalidade. Repito que mantemos 30% dos atendimentos sendo feitos – afirmou.

A manifestação deste domingo, na praia de Copacabana, teve uma participação tímida de militares. Ainda assim, policiais civis, militares e bombeiros mantiveram o ato que durou quase quatro horas, reafirmando o caráter “pacífico e ordeiro” que o movimento deve manter para ter continuidade e os protestos contra a prisão de vários militares que foram encaminhados ao Presídio de Segurança Máxima Bangu 1.

Uma comissão de mulheres de bombeiros e de policiais presos no complexo penitenciário estão organizadas para buscar o apoio do governo federal em Brasília, na próxima terça-feira. Mas, nesta segunda-feira, a comissão e outros parentes de militares presos terão uma reunião, às 10h, com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Rio de Janeiro.

Emocionada, a estudante Ana Paula Fernandes Matias, mulher do sargento Matias, preso neste sábado sob acusação de não ter se apresentado ao trabalho, protesta. Ela garante que o marido estava no posto do Grupamento Marítimo (Gmar) na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital. Mas, como outros militares do Gmar, ele não usava o uniforme da corporação, em protesto.

– Estamos lutando por uma causa. Em momento algum abandonamos a população. Isso é uma covardia. O que eu falo para o meu filho, de 4 anos, que pergunta pelo pai, que é honesto, nunca respondeu a qualquer processo e está preso em um complexo de segurança máxima? – questionou, emocionada.

Fonte: Correio do Brasil

PESQUISA DA FIOCRUZ INVESTIGA O AUMENTO DE CESARIANAS NO BRASIL

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai entrevistar 24 mil mulheres que tiveram bebê recentemente (pós-parto) para descobrir o porquê da preferência de muitas brasileiras pela cesariana. Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2010, 52% dos partos no país foram cirúrgicos. Na rede privada, o índice chega a 82% e na rede pública, a 37%.

A pesquisa vai verificar com a mãe qual foi a indicação médica para o tipo de parto, onde foi feito o pré-natal e se o profissional que acompanhou a gestação foi o mesmo que realizou o parto. No caso de mulheres que passaram por cesariana, será perguntado o motivo da escolha.

Doula há cinco anos, Rachel Bessa oferece apoio a mulheres grávidas para alcançar o bem-estar físico e emocional durante a gestação e o parto. Ela explicou que o parto normal é um ato de respeito ao próprio corpo feminino, enquanto a cesariana exige um procedimento cirúrgico com riscos, como a hemorragia interna.

Outra desvantagem, segundo Rachel, é que, após a cesariana, a mãe não pode ficar junto com a criança imediatamente porque precisa se recuperar da cirurgia – mesmo que o bebê necessite desse primeiro contato já que, por meio dessa aproximação, é possível, por exemplo, controlar a temperatura corporal.

“Além disso, durante o parto normal, acontece uma compressão natural no peito da criança. Com isso, todo o resquício de líquido, próprio da gestação e que pode estar dentro da criança, é limpo. É um processo natural. No caso da cesárea, é usada uma sonda para a retirada desses líquidos.”

Lais Ignácio, 25 anos, é nutricionista e está grávida do primeiro filho. “Pretendo ter parto normal, mas vai depender da situação na hora”, disse. Apesar do receio da dor, ela explicou que prefere parto normal porque a recuperação é mais simples. “O corpo feminino foi preparado para isso”, completou.

Catiana Ferreira, 29 anos, trabalhadora doméstica, compartilha o sentimento de ansiedade. Grávida do primeiro filho e já no oitavo mês de gestação, ela disse que ainda não recebeu uma indicação médica sobre que tipo de parto optar. “Quero parto normal, porque é mais rápido e recupera logo. Assim, não necessito de muito repouso já que preciso voltar a trabalhar.”

Já Maria de Fátima Oliveira, 36 anos, fará uma cesariana, mesmo preferindo o parto normal. A empregada doméstica está grávida do primeiro filho, mas tem um mioma que pode complicar o procedimento. “Se não fosse esse problema, faria o [parto] normal, porque a recuperação é mais rápida e mais saudável”, disse.

De acordo com o Ministério da Saúde, as chamadas cesáreas eletivas são as que mais representam risco. Nesse tipo de procedimento, a mãe agenda o dia e o bebê nasce sem que a mulher entre em trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde, sobretudo respiratórios, na criança.

Fonte: Agência Brasil

CHEFE DOS OBSERVADORES ÁRABES NA SÍRIA RENUNCIA

O chefe dos observadores árabes na Síria, o general sudanês Ahmed Mustafa al-Dabi, apresentou neste domingo sua renúncia, abrindo a porta para uma missão conjunta da Liga Árabe com a ONU, disseram à Agência Efe fontes da organização.

O secretário-geral do organismo pan-árabe, Nabil al-Araby, aceitou a renúncia de Dabi e sugeriu nomear como novo responsável pela missão o ex-ministro das Relações Exteriores jordaniano Abdelelah al-Khatib, quem aceitou e espera agora pela aprovação final do Conselho da Liga Árabe.

Está previsto que os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe se reúnam nesta tarde no Cairo para estudar a possibilidade de formar uma missão de observadores conjunta com as Nações Unidas para que comprove no terreno a situação na Síria.

A designação de Dabi como chefe da delegação de observadores gerou no início críticas dos opositores sírios, que eram contra a escolha de um general envolvido nos crimes da região sudanesa de Darfur para liderar a investigação de possíveis abusos cometidos na Síria.

A deterioração da segurança na Síria levou à Liga Árabe a suspender em 28 de janeiro sua missão de observadores no país, medida que segue vigente até que os titulares das Relações Exteriores tomem uma decisão a respeito.

O grupo de contato da Liga Árabe sobre a Síria está reunido para analisar um projeto do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) que estabelece a retirada de todos os embaixadores dos países árabes na Síria e a saída de seus colegas sírios das respectivas capitais.

As monarquias do Golfo (Arábia Saudita, Catar, Omã, Kuwait, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos) decidiram na terça-feira retirar seus embaixadores de Damasco devido ao aumento da violência e a rejeição do regime sírio à iniciativa árabe que estipula, entre outros pontos, que o presidente sírio, Bashar al Assad, repasse o poder ao vice-presidente e seja formado um Governo de união nacional.

O grupo de contato pode reconhecer o Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal órgão da oposição no exílio, como representante do povo sírio e convidá-lo para uma reunião urgente dos ministros árabes, revelaram as fontes.

Por sua vez, está previsto que Araby apresente um relatório sobre os contatos com os países árabes e ocidentais na busca de uma solução à crise síria, depois do recente veto da Rússia e da China à proposta árabe no Conselho de Segurança da ONU.

Os países árabes analisarão novas medidas para pressionar o regime de Bashar al Assad e uma proposta da Turquia para acolher uma conferência internacional sobre a Síria.

Desde o início dos protestos contra o regime de Assad em março de 2011, números da ONU contabilizam ao menos 5 mil mortes pela repressão governamental, apesar do regime culpar supostos grupos terroristas pela violência. 

Fonte: EFE

EXAME INDICA QUE CÂNCER DE LULA DESAPARECEU

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo deste domingo aponta que uma tomografia feita ontem, no hospital Sírio-Libanês, revelou eu não há mais sinais de tumor na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passa por tratamento de quimioterapia e radioterapia desde novembro do ano passado. Citando o oncologista Artur Katz, que integra a equipe médica que cuida de Lula, o jornal afirma que o exame não tinha o objetivo de investigar o câncer, e sim para avaliar possível infecção pulmonar, que foi descartada. Procurada pelo Terra, a assessoria de imprensa do hospital negou que Lula tenha sido submetido ao exame.

Lula foi internado na tarde de sábado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com queixas de fadiga, falta de apetite e irritação na garganta. Após avaliação da equipe médica, segundo o hospital, "foi constatada apenas presença de inflamação de mucosa da laringe e esôfago, decorrentes da radioterapia". De acordo com o oncologista citado pelo jornal, durante o exame não detectada a presença do tumor. "Pegamos uma carona e, do ponto de vista tomográfico, não se vê mais o tumor", disse. Entretanto, Katz ressaltou que apenas uma endoscopia, que será feita de quatro a seis semanas após o fim da radioterapia, poderá confirmar se o tumor de fato desapareceu. Lula deve ficar internado até segunda-feira. O boletim divulgado pelo hospital afirma que o estado de saúde do ex-presidente é bom e não há alteração no plano de tratamento radioterápico.

Fonte: Terra

GRUPO INVADE FESTA. ESTUPRA MULHERES E MATA DUAS REFÉNS EM QUEIMADAS, NA PARAÍBA

Seis homens armados invadiram na madrugada deste domingo uma casa onde acontecia uma festa de aniversário em Queimadas, no Agreste Paraibano. O grupo abusou sexualmente de convidadas e fugiu com duas reféns, que foram encontradas mortas, segundo a Polícia Militar de Campina Grande.

Conforme a polícia, os criminosos invadiram o local por volta de 0h55, ordenaram que homens e mulheres fossem divididos em quartos e trancou o dono da casa no banheiro. Eles levaram duas convidadas, de 27 e 29 anos, como refém. O grupo roubou R$ 5 mil do imóvel e o carro do dono da casa, um Fiat Strada.

A refém de 29 anos foi morta com quatro tiros em frente a uma igreja, no centro de Queimadas. A segunda mulher, de 27 anos, foi achada em uma estrada que liga Campina Grande a Fagundes. Ela levou três tiros. Até esta manhã, a polícia fazia diligências e nenhum suspeito havia sido preso.

Fonte: Terra

POLICIAIS DECRETAM O FIM DA GREVE NA BAHIA

Em uma nova assembleia realizada na noite deste sábado, 11, os policiais militares da Bahia decidiram acabar com a greve que já durava 12 dias no Estado. A categoria aceitou a proposta de 6,5%, retroativa a janeiro passado, feita pelo governo. Também foi aceita a proposta do pagamento da GAP - Gratificação por Atividade Policial - a partir de novembro próximo. Segundo o comando geral da PM, 100% do efetivo da polícia já se encontra em atividade.

O governo da Bahia, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que não vai revogar as prisões dos policiais acusados de promover atos de vandalismo, formação de quadrilha e depredação do patrimônio público durante a greve. Também não haverá negociação de anistias.

Haverá, no entanto, a revogação do corte do ponto da sexta-feira e deste sábado, conforme anúncio prévio do comando da PM. Para o comando, a greve havia sido considerada encerrada desde a quinta-feira, dia 09, logo na sequência da desocupação da sede da Assembleia Legislativa, na última quarta à noite.

O comando da greve disse que vai brigar na justiça pela revogação das prisões dos 12 policiais que tiveram mandados expedidos durante a paralisação.

Assembleia

Depois de 12 dias da greve dos policiais militares, deflagrada inicialmente pela Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), os mesmos PMs ligados à entidade decidiram pôr fim à resistência grevista por parte dos associados. O anúncio foi feito pelo porta-voz da Aspra, soldado PM Ivan Leite, que passou a integrar a comissão grevista depois da prisão do dirigente da associação, o ex-PM Marco Prisco, que está na Cadeia Pública.

De acordo com Ivan, o ponto crucial para a decisão dos associados à Aspra teria sido a proposta que o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, teria anunciado na última sexta-feira, de anistiar administrativamente os militares que faltaram ao serviço nos dias de greve. “Foi uma decisão da categoria, em nome da população baiana, que era quem estava sofrendo nesse período, diante da intransigência do governo ”, discursou Ivan, após quase cinco horas de negociação com os colegas.

Conforme Ivan, as negociações envolvendo os prazos para o pagamento das gratificações por atividade policial (GAP), nível IV e V, continuarão, “sem greve”. Segundo ele, não foi colocado na pauta de votações o relaxamento das prisões dos 12 grevistas.

Sem anistia

Segundo o secretário de comunicação do Estado, Robinson Almeida, os policias que foram presos antes da greve não serão anistiados. “Só a justiça poderá dizer isso. Eles devem entrar com advogados. Não compete ao governo isso. E reafirmo que não haverá anistia para eles”.

A greve parcial da Polícia Militar começou no dia 31 de janeiro, após decisão de integrantes da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), na Bahia. No mesmo dia, policiais ocuparam a sede da Assembleia Legislativa, no CAB e tinha como reivindicações o cumprimento do pagamento da Gratificação por Atividade Policial IV e V (GAP IV e V) e a não punição administrativa para os policiais. Após 10 dias de greve, o presidente da Aspra, ex-policial militar e chefe do motim, Marco Prisco foi preso durante desocupação da Alba.

Fonte: A Tarde

MINISTROS ÁRABES FAZEM ENCONTRO SOBRE A SÍRIA

Ministros árabes se reuniram no Cairo no domingo para discutir os esforços com o objetivo de acabar com o derramamento de sangue na Síria depois que Rússia e China vetaram um plano de paz da Liga Árabe, apoiado pelo Ocidente, no Conselho de Segurança da ONU.

Uma autoridade de oposição da Síria disse que os ministros do Golfo discutiriam uma proposta para reconhecer o Conselho Nacional Sírio, de oposição, em uma ação que isolaria mais o presidente sírio, Bashar al-Assad. Autoridades da Liga afirmaram que tal ideia não estava formalmente na pauta, mas podia ser levantada durante as negociações.

O veto russo e chinês no Conselho de Segurança atraiu críticas dos países árabes que buscavam apoio da Organização das Nações Unidas para uma iniciativa que pedia que Assad renunciasse e entregasse o poder para um vice como parte de uma transição política à democracia.

A tentativa árabe de isolar a Síria vem sendo liderada pelos países do Golfo, particularmente Arábia Saudita e Catar. Ministros árabes do Golfo iniciaram as negociações no Cairo no domingo antes de uma reunião ministerial árabe mais tarde neste domingo.

Os países do Golfo anunciaram na semana passada que estavam chamando de volta seus embaixadores na Síria e expulsando representantes sírios. Líbia e Tunísia, dois países em que revoltas populares derrubaram líderes autoritários no ano passado, tomaram medidas similares.

"Há países do Golfo que vão propor reconhecer o Conselho Nacional Sírio (CNS) como o representante do povo sírio durante o encontro dos ministros do Conselho de Cooperação do Golfo (no domingo) no Cairo", disse Abdel Baset Seda, membro do comitê executivo do CNS, à Reuters no Cairo.

Abdel Baset, que vem se encontrando com ministros e autoridades árabes, afirmou que os ministros também devem discutir propostas para um grupo "Amigos da Síria" de países árabes, ocidentais e outros, para pressionar por uma ação sobre a Síria.

O plano foi proposto pela França e pelos Estados Unidos depois que Rússia e China bloquearam a resolução do Conselho de Segurança.

Diplomatas da ONU disseram que a Arábia Saudita circulou um novo esboço de resolução apoiando o plano árabe para ser considerado pela Assembleia Geral ao invés do Conselho de Segurança. Resoluções feitas pela Assembleia não são obrigatórias, mas não podem ser vetadas.

Mas Riad negou no domingo informações de que teria apresentado formalmente a resolução para a Assembleia.

Fonte: Reuters

MORRE WHITNEY HOUSTON

Whitney Houston foi a queridinha da indústria musical americana de meados dos anos 1980 ao fim dos 90. Mas, depois de anos no topo, sofreu uma queda espetacular.

A cantora e atriz morreu neste sábado, aos 48 anos, em Los Angeles, em um quarto de hotel em Beverly Hills. As causas ainda estão sendo investigadas.

Sua imagem serena, que combinava com sua voz majestosa, foi destroçada por relatos de abuso de drogas nos anos finais de sua carreira.

Whitney nasceu com genes musicais fora do comum: era filha da cantora gospel Cissy Houston, prima da diva pop Dionne Warwick e afilhada de Aretha Franklin.

Aos cinco anos, Whitney começou a cantar música gospel em uma igreja batista. Também passou sua juventude fazendo o backing vocal para artistas como Chaka Khan, Lou Rawls e para sua própria mãe.

Foi descoberta em uma casa noturna de Manhattan, Nova York, por um executivo da Arista Records, Clive Davis. Aos 19 anos, ela foi praticamente recrutada na hora pela gravadora.

Primeiro álbum

Davis escolheu renomados compositores para escreverem as canções do primeiro álbum de Whitney. Quando este foi lançado, em 1985, tornou-se o mais vendido entre os álbuns de artistas iniciantes.

Cantora foi recrutada por gravadora aos 19 anos e logo lançou hits

Dele saíram vários hits, incluindo You Give Good Love, The Greatest Love of All e a canção vencedora do Grammy Saving All My Love for You.

Whitney teve sete singles consecutivos no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, superando uma marca dos Beatles.

No final dos anos 1980, ela já havia se tornado uma das artistas mais vendidas do mundo e a cantora soul mais bem-sucedida da história.

Sua poderosa voz também lhe rendeu sucessos em Hollywood. Em 1992, ela estrelou "O Guarda-Costas", filme lucrativo que novamente a colocou no topo das paradas com a canção-tema I Will Always Love You, originalmente de Dolly Parton.

Mas seu papel de estrela da música em "O Guarda-Costas" acabou se tornando parecido demais com sua própria vida. Começaram os rumores de que Whitney havia desenvolvido uma "mentalidade de diva", era difícil de lidar e cada vez menos pontual em seus compromissos.

Casamento problemático

Whitney voltou à tela dos cinemas em 1995 e 96 com os filmes "Falando de Amor" e "Um Anjo em Minha Vida", que também derivaram em álbuns de trilhas sonoras.

Mas a essa altura ela havia começado a usar excessivamente drogas como cocaína, maconha e medicamentos - foi quando os hits pararam de surgir.

Seu comportamento ficou cada vez mais errático. Em 1992, ela havia se casado com o cantor de hip-hop Bobby Brown, com quem teve a filha Bobbi Kristina, mas a relação tumultuosa entre marido e mulher se tornou um espetáculo público.

No final de sua carreira, sua voz já não tinha a mesma potência

O casal se divorciou em 2007, e Whitney ficou com a guarda da filha.

Aos poucos, a voz da cantora, antes cristalina, foi ficando áspera e rouca. Ela já não conseguia chegar às notas musicais altas que lhe haviam alçado à fama.

Whitney internou-se duas vezes em clínicas de reabilitação até declarar-se livre do vício, em 2010. Mas, no meio tempo, ela faltou a shows e foi flagrada portando drogas em um aeroporto.

Em 2001, durante um show de tributo a Michael Jackson, ela estava tão magra que no dia seguinte surgiram rumores de sua morte.

Em 2002, em entrevista à jornalista americana Diane Sawyer, Whitney declarou: "Meu maior demônio sou eu mesma. Ou sou minha melhor amiga, ou minha pior inimiga".

A cantora ensaiou um retorno à cena musical em 2009, com o álbum I Look to You, mas o show criado para promover o disco fracassou.

Ainda assim, a voz de Whitney "tem moldado (o estilo) das intérpretes femininas pelos últimos 30 anos", na opinião do jornalista musical Paul Gambaccini.

No final das contas, disse ele à BBC, Whitney se tornou vítima de um "declínio autoadministrado".

"(A morte da cantora) é uma tragédia, uma vida perdida e um grande talento desperdiçado", agregou.

Fonte: BBC Brasil