quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

LINDEMBERG É CONDENADO A 98 ANOS DE PRISÃO


Lindemberg Alves, de 25 anos, foi condenado a 98 anos e 10 meses pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel, em Santo André, ABC paulista. Após quatro dias de julgamento, a juíza Milena Dias deu a sentença na noite desta quinta-feira, 16. O crime ocorreu em 2008.

Ele era acusado de 12 crimes, incluindo homicídio doloso de Eloá, dupla tentativa de homicídio de Nayara Rodrigues e um policial militar baleado, cárcere privado e disparo de arma de fogo. Ao todo, Milena o condenou a 98 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, mais pagamento de 1.320 dias/multa. No entanto, pela legislação penal brasileira, o tempo máximo de prisão é 30 anos.


O júri era formado por sete pessoas - seis homens e uma mulher - que ouviram os depoimentos de 13 testemunhas e do réu durante a semana de julgamento. Depois dos debates da promotoria e defesa, os jurados se reuniram para responder um formulário com cerca de 50 questões sobre o caso.

Lindemberg falou pela primeira vez sobre os dias de cárcere no apartamento da ex-namorada em juízo. O acusado foi a última pessoa a ser ouvida. Durante o depoimento, logo após pedir perdão à família de Eloá, ele assumiu que atirou contra a garota. A mãe da vítima, Ana Cristina Pimentel, não acompanhou o dia de oitivas do acusado.

Segundo o depoimento dele, o assassinato não foi intencional. 'Quando a polícia invadiu, a Eloá fez menção de levantar e eu, sem pensar, atirei. Foi tudo muito rápido'. O jovem disse que ficou surpreso com a chegada da polícia nos arredores do prédio e se apavorou.

Durante o julgamento, a advogada de Lindemberg, Ana Lucia Assad, tentou apontar corresponsáveis pelo crime, como mídia pela cobertura e a polícia pela ação de invasão ao apartamento, além de amenizar a imagem do acusado. Ela também deixou claro, no último dia, durante os debates, que não esperava que Lindemberg fosse absolvido. 'Ele errou e deve pagar por isso', afirmou.

Ana Lucia, porém, tentou convencer os jurados de que Lindemberg deveria ter as acusações amenizadas. Segundo a defesa do réu, as acusações teriam de ser homicídio culposo (quando não há intenção) pela morte de Eloá; dupla lesão corporal culposa pelos disparos que atingiram Nayara Rodrigues e um PM; e ser absolvido da acusação de cárcere privado contra os amigos de Eloá.

Relembre o crime

Há três anos, Lindemberg foi responsável pelo mais longo caso de cárcere privado do Estado de São Paulo, acompanhado em tempo real por todo o País. Às 13h30 do dia 13 de outubro de 2008, o auxiliar de produção invadiu um pequeno apartamento em um conjunto habitacional de Santo André, onde quatro adolescentes estudavam.

Inconformado com o fim do namoro com Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, Lindemberg, então com 22, fez reféns a jovem, a melhor amiga dela, Nayara Rodrigues da Silva, e dois rapazes. Às 20h, o pai de um dos meninos, estranhando a demora do filho, bateu à porta do apartamento em que Eloá morava e ouviu Nayara dizer para ele se afastar.

A polícia foi acionada e faz cerco ao local. No mesmo dia, os dois garotos foram liberados, mas as amigas ficaram sob a mira do revólver de Lindemberg. Do lado de fora, jornalistas, policiais e populares acompanhavam o sequestro.

No final da noite do dia seguinte, Nayara foi libertada pelo sequestrador. A garota, em uma decisão criticada, voltaria na manhã do dia 15 ao cárcere, depois de já ter prestado depoimento à polícia, para negociar. Nayara só sairia de novo do local, ferida, no dia 17, com Eloá e Lindemberg.

Às 18h08 daquela sexta-feira, policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), em ação polêmica, invadiram o apartamento. Tiros foram disparados. Eloá e Nayara foram atingidas: Eloá, na virilha e na cabeça, e a amiga, no rosto. Lindemberg, sem ferimentos, foi detido e levado para o 6º DP. A ex-namorada morreria no dia seguinte, às 23h30.

Fonte: Estadão

BRASIL REAGIU FORTEMENTE À CRISE ECONÔMICA

Quando o tradicional banco americano Lehman Brothers anunciou sua falência em setembro de 2008 e, consequentemente promoveu o início da crise do Subprime, o Brasil vivia um momento de crescimento acelerado.

O aumento na oferta de crédito, associada às políticas de distribuição de renda e a austeridade fiscal fortaleceram o mercado interno. A expansão da classe-média promoveu um forte consumo e o PIB brasileiro já registrava taxas de crescimento de 7 a 8% nos primeiros meses do ano.

Mas a falência de outros bancos americanos expôs a fragilidade do mercado. A aposta dos grandes acionistas em transações arriscadas e o forte déficit sob o qual as potências europeias operavam colocou todo o sistema em risco. A bolha imobiliária americana desencadeou a crise. E as relações interbancárias mundiais, essenciais para um sistema financeiro saudável, alastraram o problema por toda a Europa, derrubando país por país.

No Brasil, os mercados operavam apreensivos. As conseqüências da crise pareciam irremediáveis. O então presidente Lula chegou a mencionar que a crise seria "apenas uma marolinha” no país. Porém, o impacto foi muito forte, afirma o professor Paulo Levy, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

“A produção industrial foi o setor que mais sofreu naquele momento. Com a crise, a produção caiu em 20% em apenas três meses, e os investimentos diminuíram muito”, afirma.

O motivo da retração, segundo o especialista, foi a contração do crédito e principalmente o aumento da incerteza em relação ao futuro.

“Na época da crise, tudo parecia que ia desmoronar, e os investidores operavam com muita cautela. Houve redução na demanda para investimento na indústria, que caiu 10% e depois 13% nos últimos trimestres do ano”, relembra.

Para combater as conseqüências da crise, o governo aplicou uma política fiscal e monetária expansionista, que incentivou o consumo e a produção nacional, afirma o economista.

“O governo baixou os juros rapidamente, que saiu de 13% para 8,5% ao ano. Também diminuiu o imposto sobre o consumo, promoveu a expansão do crédito e reduziu os empréstimos compulsórios, medidas que facilitaram para que a economia brasileira voltasse ao ritmo de crescimento anterior”, analisa.

Segundo Levy, a política de austeridade fiscal e monetária promovidas pelos governos anteriores foram fundamentais para o fortalecimento e a recuperação do Brasil.

“Isso criou uma economia forte, que possibilitou essa política expansionista na hora que foi preciso. Por isso, os brasileiros nem chegaram a sentir, ou sentiram muito pouco os efeitos da crise”, relembra o professor.

A economia brasileira reagiu tão fortemente quanto o impacto da crise. A taxa de desemprego chegou a 9% em março de 2009, mas logo voltou a recuar e fechou o ano em 8,1%.

A produção industrial retomou o seu rumo de crescimento já no segundo trimestre de 2009 e, embora o PIB nacional tenha terminado com uma leve recessão de 0,2%, a economia cresceu fortemente em 2010 e expandiu 7,5%, uma das maiores taxas registrados no mundo.

BRASILEIRO ESTÁ ENTRE OS MORTOS EM INCÊNDIO EM HONDURAS

O Itamaraty confirmou na tarde desta quinta-feira que recebeu das autoridades de Honduras a confirmação de que um brasileiro está entre os mortos no presídio de Comayagu.

O incêndio, que deixou mais de 350 mortos, é o pior já registrado em um presídio latino-americano. Ainda não se sabe o que provocou o incidente, que teve início na noite de terça-feira.

O Itamaraty não divulga a identidade da vítima e diz que está tentando entrar em contato com a família.

Havia 800 detentos no presídio no momento do incêndio. A prisão de Comayagua tem capacidade para 400 pessoas.

Segundo o enviado da BBC Mundo a Comayagu, ainda há cadáveres aguardando transporte ao IML local por soldados hondurenhos e norte-americanos.

Também circulam por ali peritos forenses e membros da Cruz Vermelha, além de bombeiros que não têm mais fogo a apagar, vendedores de comida para os militares, eletricistas que revisam a fiação do edifício e policiais que guardam a entrada do local onde, exceto os parentes dos detentos, muitos podem entrar sem despertar grandes suspeitas.

Cerca de 400 sobreviventes do incêndio continuam dentro do que sobrou do edifício, em tendas de campanha, dormindo a apenas alguns metros dos corpos de seus companheiros mortos.

O ministro da Segurança de Honduras, Pompello Bonilla, reconheceu, em entrevista à BBC Mundo, que por enquanto há poucas alternativas para realojá-los; o sistema penitenciário do país centro-americano está colapsado.

"Somos um país pobre. E nos últimos anos têm aumentado o crime organizado e o narcotráfico. Isso impediu que déssemos uma resposta cabal ao tema" da superlotação dos presídios, disse Bonilla.
Superlotação

A mãe de um dos detentos que sobreviveram ao incêndio reclama da superlotação relatada pelo filho.

Como outros parentes de presos, ela estava diante da porta do presídio, onde reina um clima de desconfiança e resignação.

"Onde estão as chaves das celas que não abriram?", grita desesperada outra mulher diante de uma fileira de policiais.

O incêndio no presídio evidenciou as carências em protocolos de emergência, e alguns presos disseram que ninguém destrancou suas celas quando as chamas chegaram, que as saídas estavam bloqueadas e que, para escapar, tiveram que derrubar paredes.

Na quarta-feira, o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, prometeu uma investigação para apurar as responsabilidades pela tragédia de terça e removeu os funcionários responsáveis pela administração carcerária.

Reforma

Em 2003 e 2004, houve registros de incêndios fatais nas cidades de Ceiba e San Pedro Sula. Mas, como ocorre também em outros países da região, o sistema penitenciário hondurenho ficou à mercê de gangues criminosas que operam por trás das grades.

Agora, o país debate uma reforma drástica no setor, incluindo a possibilidade de privatizar os presídios ou oferecer suas concessões à iniciativa privada, disse à BBC Mundo o ministro de Obras Públicas, Miguel Rodrigo Pastor.

Enquanto isso, diante do presídio, pessoas continuavam se aglomerando em busca de informações ou lançando gritos contra as autoridades; muitas pessoas choram ainda sem saber se seus parentes estão entre os sobreviventes.

Outros como Sulla Padilla, com uma vela em mãos, estão em luto. Ela perdeu seus dois irmãos - um passou quatro anos no presídio; outro estava ali havia sete meses.

"É ilógico que eles estivessem nessa situação. São seres humanos, ainda que tenham cometido seus erros. Têm direito a viver", disse Padilla.

Ao ler a frase que paira sobre a porta do presídio - "Faça-se a Justiça, ainda que o mundo pereça" -, ela se queixa. "Sabemos que não vai acontecer nada", afirma.

Fonte: BBC Brasil

MAIORIA DO STF DEFENDE FICHA LIMPA EM 2012

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já se posicionou de forma favorável à constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e à sua aplicação nas eleições municipais de outubro deste ano, mas os ministros ainda podem mudar seus votos até o fim do julgamento.

Sete dos 11 ministros da Suprema Corte já votaram pela aplicação da norma, que estabelece critérios de inelegibilidade a políticos, mesmo que ações de candidatos proibidas pela lei tenham ocorrido antes da publicação da Ficha Limpa, em 2010.

Esses ministros também se posicionaram a favor de dispositivo que determina a suspensão dos direitos políticos daqueles que renunciaram a um mandato para escapar de processos de cassação.

Os ministros Joaquim Barbosa, Dias Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Ayres Britto, que acompanharam boa parte do voto do relator do caso, Luiz Fux, defendem a aplicação da lei a fatos ocorridos antes de sua publicação e a inelegibilidade aos que renunciaram para não serem cassados.

Também tende a ser vitoriosa a tese a favor do dispositivo da lei que suspende os direitos políticos de candidatos que tenham sido condenados por órgãos colegiados da Justiça e de entidades de classe.

Dos sete ministros que já votaram, apenas Toffoli defendeu que a inelegibilidade só ocorra após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais opção de recurso.

Fonte: Reuters

ESPERA POR INFORMAÇÕES DE SOBREVIVENTES É TENSA EM HONDURAS

Centenas de hondurenhos estão no entorno da Penitenciária Nacional de Comayagua, a cerca de 80 km ao norte da capital, Tegucigalpa, esperando por informações sobre parentes, mais de 24 horas depois do incêndio que matou pelo menos 350 detentos. Os números mais recentes dão conta de 358 mortos. Autoridades afirmam que há 400 presos sobreviventes em tendas dentro da penitenciária. Na prisão, com capacidade para 400 internos, havia cerca de 800.

Bombeiros trabalham para retirar feridos e mortos
Trata-se do pior desastre do gênero em mais de um século e do maior incêndio em uma prisão latino-americana.

Prisioneiros feridos e corpos ainda são retirados da penitenciária enquanto peritos tentam descobrir as causas do fogo. Uma autoridade hondurenha teria dito que o incêndio foi provocado, enquanto bombeiros apontam para uma falha elétrica.

Ativistas de direitos humanos, no entanto, culpam a superlotação e as más condições das instalações. A professora Dinah Sheldon, da presidente Comissão Interamericana de Direitos Humanos, acusou a policia hondurenha de ter mantido os presos dentro da penitenciária mesmo depois do início do incêndio.

Na tarde de quarta-feira, o presidente Porfírio Lobo anunciou a demissão de vários funcionários do governo responsáveis pelo setor prisional. Ele prometeu uma investigação transparente sobre tragédia.
Sistema em colapso

Centenas de hondurenhos estão no entorno da Penitenciária Nacional de Comayagua esperando por informações sobre parentes, mais de 24 horas depois do incêndio que matou pelo menos 350 detentos (AFP/Getty)
Comayagua fica entre a movimentada capital, Tegucigalpa, e San Pedro Sula, região urbana com uma das mais elevadas taxas de homicídios do mundo.

O ministro da Segurança de Honduras, Pompello Bonilla, reconhece que por ora há poucas alternativas para realojar os prisioneiros que sobreviveram ao incêndio, uma vez que o sistema penitenciário do país está em colapso.

"Somos um país pobre. E nos últimos anos o crime organizado aumentou. Isso impediu uma resposta cabal ao problema" das prisões, disse Bonilla.

Fuga pelo telhado

As 24 prisões do país sofrem severo problema de superlotação, caso de Comayagua, que abrigava o dobro de sua capacidade.

"Todos dormem como periquitos, sem organização, em um mesmo beliche que chega ao alto. Brincava com meu filho que ele um dia tocaria o teto e fugiria pelo telhado, e foi isso que ele teve que fazer na terça-feira”, contou a mãe de um sobrevivente.

Alguns dos sobreviventes de escaparam quebrando o telhado e saltando do alto do prédio, segundo familiares que foram para o local tentar conseguir notícias. As autoridades temem que muitos dos prisioneiros tenham fugido em meio à confusão.

Josué Garcia, porta-voz dos bombeiros de Comayagua, descreveu cenas "infernais" dentro da prisão e disse que muitos prisioneiros ou morreram carbonizados ou foram sufocados pela fumaça. O incêndio evidenciou as carências em protocolos de emergência. Alguns sobreviventes denunciaram que ninguém abriu as celas quando as chamas começaram, as saídas estavam bloqueadas e que foi necessário derrubar paredes para escapar.

"Não conseguíamos chegar até eles, pois não tínhamos as chaves e não conseguimos encontrar os guardas que tinham as chaves", afirmou Garcia.

"A situação é grave. A maioria morreu sufocada", confirmou o diretor do sistema prisional do país, Daniel Orellana, à agência de notícias AFP.
Problema elétrico

Hector Ivan Mejia, da Secretaria de Segurança de Honduras, disse a jornalistas que um curto-circuito no sistema elétrico na prisão pode ter causado o incêndio. Mas a imprensa hondurenha divulgou informações sobre uma rebelião na prisão de Comayagua pouco antes do início do incêndio.

No entanto, Daniel Orellana negou esta possibilidade.

"Temos duas hipóteses. Uma é de que um prisioneiro incendiou um colchão e outra é que houve um curto-circuito no sistema elétrico", disse o diretor do sistema prisional à agência de notícias Reuters.

Em 2003 e 2004 houve incêndios com mortos nas prisões das cidades de Ceiba e San Pedro Sula.

Fonte: Terra

JURO AO CONSUMIDOR CAI PARA 6,4% EM JANEIRO, MENOR TAXA EM 17 ANOS

As taxas de juros das operações de crédito para pessoa física caiu 0,18 ponto porcentual em janeiro ante dezembro, para 6,40% ao mês, ou 110,52% ao ano, informou a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). É o menor valor da série histórica iniciada em 1995. A taxa de juros média para pessoa jurídica também apresentou redução no período, de 0,08 ponto porcentual, para 3,79% ao mês e 56,27% ao ano, o menor patamar desde outubro de 2010.

Das seis linhas de crédito a pessoa física pesquisadas, apenas uma - cartão de crédito rotativo - permaneceu estável em janeiro ante dezembro, em 10,69% ao mês, ou 238,30% ao ano. Nas operações de juros do comércio, a taxa caiu de 5,36% ao mês (87,12% ao ano) em dezembro para 5,05% ao mês (80,61% ao ano) em janeiro, o menor valor da série histórica. O mesmo ocorreu com juros para financiamento de automóveis em bancos (CDC), cujas taxas passaram de 2,18% ao mês (29,54% ao ano) para 2,01% ao mês (26,97% ao ano) no período, recorde da série histórica.

O mesmo ocorreu com os juros cobrados em operações de empréstimo pessoal em bancos, que caíram de 4,21% ao mês (64,03% ao ano) em dezembro para 3,99% ao mês (59,92% ao ano) em janeiro, e empréstimo pessoal de financeiras, que passou de 8,66% ao mês (170,92% ao ano) para 8,29% ao mês (160,05% ao ano), cujos resultados foram recorde na série histórica. No caso do cheque especial, os juros cobrados recuaram de 8,36% ao mês (162,08% ao ano) em dezembro para 8,34% ao mês (161,50% ao ano) em janeiro.

Empresas

No caso das taxas cobradas de pessoas jurídicas, todas as três linhas pesquisadas apresentaram queda no mês em relação a dezembro. Houve redução de 2,52% ao mês (34,80% ao ano) para 2,44% ao mês (33,55% ao ano) nas cobranças de operações de capital de giro. Esse é o menor patamar da série iniciada em 1999.

Para desconto de duplicata, as taxas caíram de 2,96% ao mês (41,91% ao ano) em dezembro para 2,80% ao mês (39,29% ao ano) em janeiro, também o menor nível da série. Janeiro ainda registrou variação negativa para juros de conta garantida, de 6,14% ao mês (104,43% ao ano) para 6,12% ao mês (103,97% ao ano) no mesmo período.

De acordo com a Anefac, a queda verificada nos juros são justificadas pelas reduções da taxa Selic e do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) e pela diminuição das vendas no começo do ano, quando o consumidor tem de arcar com despesas extras, como impostos e material escolar.

Fonte: Estadão

MILITANTES DO PSDB CONVOCAM ATO CONTRA "GOLPE DAS PRÉVIAS"


Simpatizantes dos quatro pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo divulgaram na manhã desta quinta-feira (16) uma convocação para um "ato contra o golpe das prévias".

O texto é uma reação às notícias de que a cúpula do partido estuda uma fórmula de desarmar o processo interno caso o ex-governador José Serra decida entrar na disputa municipal.

Enviado por e-mail aos militantes tucanos, o texto pede que todos se reúnam hoje, no diretório estadual do partido, às 19h, para protestar contra o fim das prévias.

Ontem, em gesto contrário, a bancada de deputados estaduais divulgou nota na qual faz um apelo pela candidatura de Serra e defende que o ex-governador não participe de nenhuma disputa interna.

REAÇÃO

A nota divulgada pelos deputados também provocou uma reação dos pré-candidatos. As assessorias do secretário estadual José Aníbal (Energia) e do deputado Ricardo Trípoli, ambos inscritos no processo, reafirmaram a manutenção das candidaturas e negaram que ambos estejam abertos a negociar uma eventual retirada da disputa.

O secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, também reafirmou disposição de proceder com a campanha para as prévias.

Bruno Covas, que chefia a pasta de Meio Ambiente, tem evitado o tema. No início da semana, ele chamou de "fofoca" especulações sobre a entrada de Serra na disputa municipal.
Divulgação


Fonte: Folha

RICARDO TEIXEIRA RECEBEU DINHEIRO DE SUSPEITA, DIZ POLÍCIA

Cheques de R$ 10 mil ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, emitidos por Vanessa Precht, uma das sócias da Ailanto, empresa suspeita de ter superfaturado um amistoso da seleção, foram encontrados pela Polícia Civil em Brasília.

Um contrato entre Vanessa e Teixeira, de março de 2009, estabelece um arrendamento da fazenda dele, em Piraí, a cerca de 80 km do Rio, para a sócia da Ailanto.

Com a descoberta dos cheques nominais emitidos por Vanessa, a polícia concluiu que há um vínculo entre Teixeira e a Ailanto, que organizou o amistoso da seleção contra Portugal, em 2008. O jogo foi bancado por R$ 8,5 milhões em dinheiro público.

OUTRO LADO

Por meio de sua assessoria de imprensa, Ricardo Teixeira afirmou que o contrato de arrendamento de suas terras para Vanessa não tem vínculo com o amistoso entre a seleção brasileira e Portugal. Questionada sobre os cheques dela para o dirigente, a assessoria afirmou que todo negócio da cessão de terras foi "legal e declarado no Imposto de Renda".

Segundo a assessoria, a CBF não tem relação com o amistoso de Portugal porque este havia sido cedido à Ambev, patrocinadora da entidade que tem direito a uma partida anual. A Ambev recebeu R$ 1,5 milhão dos organizadores da partida, segundo a CBF, em janeiro de 2009."A confederação não recebeu um centavo pela partida", afirmou a assessoria.

Por meio de sua secretária, o advogado de Vanessa Precht, Demian Guedes, voltou a dizer que sua cliente não se pronunciaria sobre questões sobre o amistoso.Mais uma vez, ninguém atendeu os telefones da Ailanto, com sede na Barra da Tijuca, no Rio.

Fonte: Folha

GOVERNO ITALIANO ESTUDA TAXAR OPERAÇÕES COMERCIAIS DA IGREJA CATÓLICA

O governo italiano de Mario Monti anunciou nesta quarta-feira a intenção de apresentar uma emenda ao Parlamento para fazer a Igreja pagar um imposto sobre os prédios usados com finalidades comerciais.

O presidente do Conselho informou "ao vice-presidente da Comissão Europeia, Joaquin Almunia, a intenção de esclarecer a questão no parlamento", anunciou o Palácio Chigi em comunicado.

O chefe de governo desejou em sua carta que a iniciativa "permita à Comissão Europeia pôr um ponto final ao procedimento aberto em outubro de 2010" sobre suspeitas de distorção na concorrência.

A Comissão Europeia chegou a abrir uma investigação sobre as vantagens fiscais das quais se beneficia a Igreja italiana para a administração de seu enorme patrimônio imobiliário, que inclui escolas e universidades, clínicas, casas de repouso e até hotéis e restaurantes. No total, possuiria pelo menos 100.000 prédios avaliados em 9 bilhões de euros.

A Concordata - convenção entre o Estado e a Igreja acerca de assuntos religiosos de uma nação - entre a Itália e a Santa Sé (1929, revista em 1984) prevê um reconhecimento particular do valor social das atividades de instituições com fins não lucrativos, entre eles a Igreja Católica.

O problema é que alguns edifícios abrigam atividades dos dois tipos (por exemplo, uma capela e um hotel) o que vem permitindo a isenção.

Na carta a Almunia, Monti destacou que "a isenção da taxa predial para a Igreja se refere, apenas, aos imóveis consagrados de forma exclusiva a uma atividade não comercial".

As partes do local onde são realizadas as duas atividades deverão ser separadas numa declaração, de acordo com os tipos de utilização.

O porta-voz da CEI (Conferência Episcopal italiana), Monsenhor Domenico Pompili garantiu que a Igreja levará em conta "os esclarecimentos", mas desejou que seja "analisado o valor social das atividades não lucrativas" em todo o mundo.

Os bispos italianos afirmam que a isenção do imposto predial para as obras educativas, sanitárias e de luta contra a pobreza, permite preencher algumas lacunas do sistema social italiano.

Fonte: AFP

VALE TEM RECORDE DE VENDAS E PRODUÇÃO DE MINÉRIOS EM 2011

As vendas totais de minério de ferro e pelotas da Vale atingiram recorde histórico no ano passado, com quase 300 milhões de toneladas, enquanto as vendas de níquel tiveram o seu melhor ano desde 2008, informou a mineradora nesta quarta-feira.

Em 2011, o lucro líquido da maior produtora de minério de ferro do mundo foi recorde, somando 22,88 bilhões de dólares, contra 17,26 bilhões de dólares em 2010.

As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale somaram 299,1 milhões de toneladas em 2011, superando o recorde anterior de 2007, de 296,3 milhões de toneladas. Em 2010, a companhia comercializou 294,4 milhões de toneladas.

Os embarques de minério de ferro totalizaram 257,2 milhões de toneladas no ano passado, contra 254,9 milhões de toneladas em 2010.

A Vale notou queda nas vendas para Europa no ano passado, em função da crise da dívida na zona do euro, com a fraqueza na demanda sendo sentida mais no quarto trimestre.

Já a participação da China nas vendas de minério de ferro e pelotas seguiu aumentando no último período de 2011, com participação atingindo 47,1 por cento, ante 45,3 por cento no terceiro trimestre.

A Vale vendeu para a China 38 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas no quarto trimestre, ante 35,4 milhões de toneladas no mesmo período de 2010.

O volume embarcado de níquel foi de 252 mil toneladas em 2011, o melhor desempenho desde 2008, quando atingiu 276 mil toneladas. Em 2010, o volume foi de 174 mil toneladas.

PRODUÇÃO RECORDE

A Vale observou em nota que mesmo enfrentando "os desafios decorrentes das severas condições climáticas no Brasil e na Austrália, particularmente no primeiro trimestre, um desastre natural na Indonésia e alguns problemas operacionais", três recordes anuais de produção foram alcançados em 2011: minério de ferro (322,6 milhões de toneladas), pelotas (51,8 milhões de toneladas) e carvão (7,3 milhões de toneladas), enquanto os metais base tiveram seu melhor ano desde 2008.

A produção de níquel somou 242 mil toneladas, alta de 35 por cento ante 2010.

Já a produção de minério de ferro aumentou 4,8 por cento em 2011 ante 2010, apesar de uma queda no quarto trimestre ante o terceiro trimestre.

"Devido à sazonalidade, a produção no 4T11 foi de 82,9 Mt, 5,6 por cento inferior ao trimestre anterior, impactada negativamente pelo início da estação chuvosa que atingiu a região Sudeste do Brasil, onde nossos Sistemas Sul e Sudeste estão localizados. Na comparação anual, a produção aumentou 3,3 por cento."

Já a produção de pelotas em 2011 cresceu quase 6 por cento ante 2010, assim como a produção de carvão, que cresceu 5,5 por cento na comparação com 2010.

Fonte: Reuters