sexta-feira, 2 de março de 2012

OPERADOR DE BRINQUEDO DIZ QUE FOI PRESSIONADO POR GERENTES DO HOPI HARI

Um funcionário do brinquedo La Tour Eiffel, atração do parque Hopi Hari na qual morreu a adolescente Gabriela Nichimura no último dia 24, disse à Polícia Civil e ao Ministério Público de Vinhedo (SP) ter se sentido pressionado por gerentes do complexo de diversão na segunda-feira que sucedeu o acidente.

Vitor Igor Spinucci de Oliveira é um dos operadores do brinquedo do qual caiu Gabriela. Ele disse a seus advogados, Bichir Ale Bichir Júnior e Vinícius Ale Bichir, e às autoridades policiais, que teria sido levado para uma reunião com uma advogada e dois gerentes no início da semana. Os dois funcionários superiores teriam entregue a Oliveira um texto, pedido ao operador para copiá-lo de próprio punho e assiná-lo. O documento era uma declaração de que ele tinha feito o treinamento necessário para operar o brinquedo.

Segundo informou Bichir Ale Bichir Júnior, o modelo do documento tinha datas retroativas, mas seu cliente disse ter colocado no documento de próprio punho a data do dia 27. "Meu cliente disse ter se sentido pressionado principalmente pelos funcionários superiores para a assinatura desse documento", disse o advogado do operador. A defesa do funcionário não revelou nomes de outros operadores ou superiores.

O advogado do parque, Alberto Zacharias Toron, confirmou que uma advogada de sua equipe chamou os operadores para obter informações sobre o dia do acidente. "O que posso, sim, confirmar é que minha colega conversou com as pessoas envolvidas para saber o que havia ocorrido", disse. "Mas eu desconheço a existência desse documento, até porque ele não precisaria assinar nada porque todos os funcionários que entram no parque recebem um treinamento dividido em três fases, uma de palestras, outra de uma leitura acompanhada e uma terceira, em campo, com supervisão de funcionário experiente", disse Toron.

Vitor trabalha no parque há oito meses, sempre na Torre Eiffel. Segundo um de seus advogados, ele confirma a leitura de um manual com cinco páginas e uma etapa prática, mas sem orientação técnica. "Ele disse que o que chamam de treinamento é algo muito precário", afirmou Bichir Júnior. O delegado de Vinhedo, responsável pelo caso, Álvaro Santucci Noventa Júnior, disse que a partir de segunda-feira (5) ouvirá outros operadores, supervisores e gerentes do parque, que permanecerá fechado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para perícia em diversos brinquedos.
Foto: Ademar Gomes / Divulgação
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Somente na última quarta-feira, a polícia e a Promotoria descobriram, por meio de fotografia levada pela família de Gabriela, que a menina sentou-se em uma cadeira que não poderia ter sido utilizada pois estava inoperante havia ao menos dez anos. A atração La Tour Eiffel possui cinco setores com quatro cadeiras em cada um. Dois setores estão desativados completamente. No setor 3, a primeira cadeira da esquerda para a direita de quem olha para o brinquedo estava inutilizada. O motivo seria a localização do assento, segundo o parque. Se uma pessoa com compleição física maior sentasse ali, poderia esbarrar as pernas em estrutura metálica existente para dar à atração os traços da Torre Eiffel.

A cadeira não possuía nenhum aviso e ficava permanentemente travada. Naquele dia, por falha de manutenção assumida pelo parque quinta-feira (1), a trava abriu e permitiu que Gabriela se sentasse ali. Segundo informou o delegado na quarta-feira após ouvir o depoimento de Vitor, em nenhum momento o garoto disse desconhecer que a cadeira não poderia ter sido usada. "Ele disse que ele fiscalizava outro setor no momento que Gabriela sentou-se na cadeira que deveria estar interditada. Provavelmente, o fato de ela sentar-se ali passou despercebido por todos eles (operadores)", disse Noventa Júnior.

Trava

De acordo com o que explicou o garoto à polícia e à Promotoria, no dia do acidente, 15 minutos antes da abertura dos portões do Hopi Hari, o operador Marcos Antônio Tomás Leal, de 18 anos, que esteve na delegacia na quarta-feira mas não chegou a depor, teria notado que a trava da cadeira do setor 3 que deveria estar inoperante estava solta, ou seja, uma pessoa poderia abri-la e sentar-se. Leal avisou Oliveira e outra operadora, que teria informado um superior sobre a situação. "É fundamental que os nomes dessas pessoas apareçam, para a aferição da verdade. Se os nomes foram dados à autoridade policial, que seja feito esse trabalho de ver quem é quem, para a gente sair dessa coisa nebulosa", afirmou o advogado do parque, Alberto Toron.

Segundo o que os dois operadores disseram ao advogado, nenhum dos três recebeu ordem para parar o brinquedo. "Ao contrário, eles receberam a orientação de dar prosseguimento à atividade, que alguém da manutenção iria até lá", afirmou Bichir Júnior. Oliveira disse que, antes do início das atividades, teria avisado a todos os operadores do brinquedo que a cadeira inoperante do setor 3 estava destravada.

O advogado do parque afirmou que os funcionários deveriam parar o brinquedo. "Essas pessoas tinham obrigação de impedir o uso dessa cadeira. Essa é a questão que não pode ficar escamoteada. Não é querer colocar culpa em alguém. Mas há um procedimento de segurança em todos os brinquedos que deve ser respeitado". Toron reafirmou nesta sexta que houve erro por parte do parque. "Não estou escondendo que houve um erro anterior de quem, na manutenção, mexeu na trava e a deixou aberta, inadvertidamente. Houve uma sucessão de falhas", disse o advogado.

Fonte: IG

POLÍCIA CIVIL DO RIO PRENDE CHEFE DO TRÁFICO EM MANGUINHOS

A Polícia Civil desencadeou, na manhã desta sexta-feira, uma operação na Favela de Manguinhos, Zona Norte do Rio, para cumprir vários mandados de prisão, expedidos pela Justiça, e também verificar informações encaminhadas pelo Disque-Denúncia e ao setor de Inteligência da Polícia.

Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo

Edilson Lourenço de Azevedo, conhecido como Caroço, chefe do tráfico de drogas da Favela de Manguinhos, foi preso por policiais da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Contra ele há 11 mandados de prisão, expedidos pela Justiça, além de 11 anotações criminais.

Também foram presos Marlon Almeida Dias de Oliveira, 22 anos, e Paulo Ricardo Pinheiro Arsênio, 35 anos, em cumprimento a mandados de prisão. Oito motos roubadas recuperadas por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), além de apreensão de drogas, coldres e radiotransmissores.

Participaram da operação cerca de 150 policiais da 21ª DP (Bonsucesso), 22ª DP (Penha) 25ª DP (Engenho Novo) e 37ª DP (Ilha do Governador), da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DH/Baixada) e da Polinter. A ação tem o apoio de dois helicópteros Águia.

Fonte: Correio do Brasil

IDENTIFICADOS OS CORPOS DOS JORNALISTAS MORTOS EM HOMS

Os corpos da jornalista americana Marie Colvin e do fotógrafo francês Rémi Ochlick foram identificados na noite desta sexta-feira no hospital universitário Assad de Damasco, constatou um correspondente da AFP.

Os embaixadores francês e polonês em Damasco, Eric Chevallier e Michal Murkocinski (que representava os interesses dos Estados Unidos, depois do fechamento da embaixada americana), encarregaram-se da identificação - etapa indispensável para permitir o traslado aos países de origem.

Os corpos chegaram à capital procedentes de Homs (centro) em ambulâncias do Crescente Vermelho sírio às 20H45 (15H45, em Brasília).

Os dois profissionais foram vítimas, no dia 22 de fevereiro, do bombardeio ao centro improvisado de imprensa montado pelos rebeldes no bairro de Baba Amr de Homs, cidade cercada pelas tropas do governo durante semanas e que, na quinta-feira, passou para o controle dos soldados leais ao regime de Bashar al-Assad.


Fonte: Jornal do Brasil

DIRIGENTE DO PSDB CRITICA SERRA: "O SENHOR ESMAGA O PARTIDO"


A entrada tardia do ex-governador José Serra na disputa interna do PSDB pela Prefeitura de São Paulo provocou um racha entre dirigentes da legenda e levou o presidente do diretório da sigla Ermelino Matarazzo, na zona leste, a criticar pessoalmente o tucano.

“O senhor, com toda a sua força, esmaga o partido”, disse Valdemiro Junior a Serra em uma reunião na quarta-feira, 28. O vídeo começou a circular no dia seguinte no YouTube.

O encontro foi promovido pelo ex-pré-candidato do partido, Bruno Covas – que abriu mão de disputar a indicação do partido para apoiar Serra. O objetivo era pedir o apoio dos militantes ao ex-governador. Valdemiro é partidário de Covas, mas ficou irritado com a desistência e com o adiamento das prévias.

“Não é uma sensação agradável estar aqui na sua frente. Não foi nada facil se movimentar dentro do partido e nas ruas levantando uma bandeira que estava meio pesada – a bandeira do nosso partido”, disse Valdemiro.

Serra, que até então sorria discretamente, ficou sério. Segundos depois, desviou a atenção do dirigente e passou a usar o telefone celular.

“O senhor teve muitas oportunidades de fortalecer o nosso partido e fazer a nossa juventude ser forte, fazer o nosso militante ser guerreiro e combativo. Infelizmente, o senhor não fez a lição de casa. Fica difícil hoje, depois de tudo o que aconteceu, a gente se preparar para um domingo de votação para eleger a pessoa que a gente queria, e o senhor com toda a sua força esmaga o nosso partido”, afirmou.

Valdemiro foi aplaudido após o discurso. Bruno Covas bateu palmas 14 vezes, e parou. Serra ficou imóvel. O evento continuou em seguida.

“Ele é um grande líder, mas desrespeitou o tempo do partido”, disse o dirigente ao estadão.com.br. “A decepção que eu expressei é verdadeira.”

Fonte: Estadão

QUATRO PMs SÃO PRESOS POR ASSALTO A BANCO EM RIBEIRA DO POMBAL, NA BAHIA

O Departamento de Polícia do Interior (Depin) divulgou, nesta sexta-feira, 2, o nome de quatro soldados da Polícia Militar envolvidos no assalto ao Banco do Brasil de Ribeira do Pombal, no dia 5 de fevereiro. Além deles, outros três homens foram presos pelo roubo que subtraiu R$ 600 mil da agência.

De acordo com o delegado Fábio Ávila, coordenador do Grupo Avançado de Repressão a Crimes Contra Instituições Financeiras sediado em Juazeiro (Garcif/Juazeiro), mais seis integrantes da quadrilha, alguns deles procedentes de outros estados (como São Paulo e Paraná), estão sendo procurados. Todos já estão com mandados de prisão expedidos pela justiça. 

O bando começou a ser desarticulado, uma dia após o roubo, após as prisões de Rogério Oliveira dos Santos, vigilante da agência bancária, José Nivaldo Rodrigues Silva Conceição, o “Dinho”, Givanildo Jesus de Santana, o “Igor Mecânico”, e dos soldados Luciano Raílton Oliveira dos Santos, Antônio José Coutinho da Silva, Elmo Santos Batista e Jairo Santana Costa, todos lotados na Companhia Independente da Polícia Militar de Ribeira do Pombal. Os policiais militares estavam trabalhando de plantão no dia do crime. 

Os sete envolvidos foram indiciados por prática de roubo e formação de quadrilha. Dinho e Igor Mecânico estão à disposição da Justiça Criminal na 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Euclides da Cunha). Já os quatro soldados se encontram recolhidos ao Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, também à disposição judicial.

Investigações apontam que a quadrilha está envolvida nos assaltos às agências bancárias de Cícero Dantas, Cipó, Antas, Canudos e Adustina.

A polícia já recuperou mais de R$ 200 mil, enterrados em três locais diferentes na região. O dinheiro foi devolvido ao banco. 

Fonte: A Tarde

AMERICANO É ACUSADO DE ESTUPRAR E PROSTITUIR FILHO ADOTIVO DE 10 ANOS

A polícia americana acusa um homem de ter estuprado três de seus quatro filhos adotivos e de prostituir um deles, oferecendo o garoto a outros supostos pedófilos, em um caso que chocou os Estados Unidos.
Brandt, à esquerda, e os outros dois 
homens acusados de pedofilia em Ohio
Fotos da polícia
Kenneth Brandt, de 39 anos, morador da pequena cidade de Troy, em Ohio, tinha adotado as crianças no Texas. As vitimas têm 12, 10 e 9 anos de idade.

Brandt teria oferecido o filho de 10 a Jason Zwick, de 29 anos, e Patrick Rieder, de 31, que teriam abusado sexualmente do menino seguidas vezes. Ambos foram detidos.

Segundo jornais e agências de notícia americanos, o FBI (a polícia federal do país), juntamente com promotores e policiais de três cidades do Estados de Ohio, estão investigando o caso.

De acordo com a polícia de Troy, o menino resistiu a confirmar o crime com medo de ser separado dos irmãos.

Uma outra quarta criança, que também vivia na casa de Brandt, aparentemente não seria vitima de estupro, informou a polícia.

Segundo informações da agência Associated Press, Brandt teria recentemente tirado seus filhos de uma escola local. O pai teria dito a funcionários da escola que as crianças passariam a ser educadas em casa.

"Você não sabe o que ocorre dentro da casa das pessoas", declarou à AP Ed Rogers, vizinho de rua de Brandt na pequena cidade 25 mil habitantes. "Jamais poderei passar em frente a esta casa do mesmo jeito. Sempre a verei com horror", disse.

O caso foi descoberto depois que policiais encontraram no site de classificados Craigslist um anúncio que oferecia "sexo tabu". Investigadores especializados em crimes na internet rastrearam diálogos online que levaram a Brandt e aos demais acusados.

Fonte: BBC Brasil

LENTIDÃO DA JUSTIÇA AUMENTA TENSÃO ENTRE ÍNDIOS E FAZENDEIROS NO MATO GROSSO DO SUL

A lentidão da Justiça brasileira para finalizar os processos relacionados às homologações de terras indígenas colabora para aumentar o clima de tensão e violência em as áreas de conflito, em especial no estado de Mato Grosso do Sul. A avaliação foi feita pela desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo e uma das fundadoras da Associação de Juízes pela Democracia (AJD) Kenarik Baujikian.

Uma das observadoras da Aty Guasu, uma grande assembleia do povo indígena Guarani-Kaiowá do estado de Mato Grosso do Sul, que ocorre no município de Tacuru até amanhã (3), a desembargadora acredita que devido à lentidão do Poder Judiciário tanto índios quanto fazendeiros e produtores rurais partem para o conflito a fim de defender seus direitos.

“O Judiciário brasileiro precisa saber dos reflexos do descumprimento da sua obrigação, que é fazer justiça. Nesse caso, acaba criando mais injustiça e isso é gravíssimo. É preciso ter consciência de que a falta de decisão está fomentando situações muito tristes que estamos vendo agora, especialmente em Mato Grosso do Sul”, disse Kenarik Baujikian à Agência Brasil.

Para a desembargadora, os processos de demarcação e homologação de terras indígenas não podem tramitar por anos nos tribunais sem que tenha uma definição. “A demora na solução acaba reforçando os problemas que existem de violência, tensões, seja dentro das comunidades indígenas, seja nas outras comunidades que estão em volta. O Judiciário tem cumprido um papel de reforçar [isso], na medida em que a questão da demarcação de vários processos está paralisada no Supremo Tribunal Federal”, argumentou.

“A demora da Justiça contribui para a violência e não só para isso como também para a instabilidade geral em todos os sentidos, inclusive, econômico dos envolvidos. A pior coisa que pode acontecer é não se resolver esse problema logo, seja por meio das homologações, seja pelas questões que já estão no Judiciário”, acrescentou a desembargadora.

Kenarik Baujikian também responsabilizou o Poder Executivo pela dificuldade em solucionar os problemas indígenas. “Não é só o Judiciário. O Executivo [tem responsabilidade] também porque existem atribuições próprias do Executivo e isso não tem sido realizado. Estamos muito atrasados em relação a isso e o que só vem reforçar a questão de incerteza, tensão para todas as pessoas envolvidas.”

Iniciada na quarta-feira (29), a primeira Aty Guasu de 2012 reúne cerca de 250 lideranças, que representam cerca de 45 mil índios das etnias Guarani-Kaiowá e Nhandéwa, de 26 municípios de Mato Grosso do Sul. Criada na década de 1970, Aty Guasu é parte da organização social e um movimento político-religioso do povo indígena Guarani-Kaiowá. Ao final do encontro, os índios divulgarão um documento com reivindicações e demandas que serão encaminhados às três esferas de Poder.

Fonte: Agência Brasil

DILMA DÁ RECADO À BASE E CITA IMPORTÂNCIA DE COALIZÃO

Numa tentativa de acalmar os ânimos exaltados entre partidos aliados que exigem mais espaço, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que a construção de alianças é essencial para a formação do governo, mas que o foco do seu mandato está nos interesses do país.

A insatisfação de siglas governistas ficou mais explícita nos últimos dias, com novas reclamações de diversos partidos pela distribuição de cargos em ministérios feita por Dilma aos aliados. Reclamam ainda que o PT, partido da presidente, assegurou os cargos principais e mais importantes.

O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, editou um manifesto no qual expressa preocupação com uma suposta pretensão de hegemonia do PT, que usaria a eleição municipal deste ano para tomar espaço do PMDB nos municípios.

Dilma destacou a importância das alianças com partidos, "unidos por visões comuns", disse que se apoiar numa coalizão de legendas "não é contraditório", e que seu objetivo é governar para todos.

"A constituição de alianças políticas é essencial para que o Brasil seja administrado, governado, de forma democrática e, ao mesmo tempo, que o governo represente os interesses da nação", disse Dilma durante a posse do novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB-RJ).

"Foi graças a essa ampla coalizão que sustenta o meu governo que chegamos ao poder para governar para todos, sem exceção... Ela é uma coalizão que necessariamente governa olhando o interesse de cada brasileiro".

Apesar das citações à base, Dilma destacou que a decisão final sobre assuntos do governo cabe a ela.

"As decisões são responsabilidade e pesam nas costas da pessoa que é chefe de Estado e de governo. Cabe ao presidente ouvir, avaliar e decidir. Mas também cabe ao presidente construir a equipe que divide esse fardo".

O PRB de Crivella não ocupava nenhum ministério no governo. Ele chega à pasta da Pesca numa tentativa de Dilma contemplar a bancada evangélica no Congresso, diante de polêmicas envolvendo ministros do governo e religiosos. Ele substitui Luiz Sérgio (PT-RJ), que retomará seu mandato como deputado federal.

"NATUREZA DE COALIZÃO"

A briga entre partidos por maior espaço se intensificou nas últimas semanas, diante da indefinição em pastas como Trabalho, reivindicada pelo PDT, e Transportes, cujo titular o PR deseja indicar.

Somam-se à disputa por cargos os arranjos em andamento para as eleições municipais que, em alguns casos, poderá colocar de lados opostos aliados de Dilma.

A presidente se emocionou ao falar de Luiz Sérgio, que iniciou o governo como ministro de Relações Institucionais, e destacou a disposição dele em ceder seu espaço para acomodar outro partido aliado.

"Ao longo do caminho, muitas vezes somos obrigados a prescindir de grandes colaboradores", disse Dilma, emocionada, ao agradecer Luiz Sérgio. "Você foi e é um amigo, um parceiro, e compreende a natureza de um governo de coalizão, assim como a dedicação que a política muitas vezes acaba por nos impor em nome dos interesses do país."

Fonte: Reuters