sexta-feira, 9 de março de 2012

CICLONES PREJUDICAM A PRODUÇÃO MINERAL PESADO EM MOÇAMBIQUE

Os índices de mineração durante Janeiro e Fevereiro foram ainda prejudicados por uma camada de minério de argila rica detectada nas lagoas de dragagem.

A produção de concentrado de mineral pesado da Kenmare, empreendimento de areias pesadas de Moma, foi afetada pelas condições climatéricas adversas, na sequência de ciclones e chuvas tropicais que atingiram vastas zonas costeiras do Norte de Moçambique, nos meses de Janeiro e de Fevereiro do corrente ano.

O mau tempo atingiu diretamente as operações do empreendimento localizado em Topuito, distrito de Moma, a escassos quilômetros do mar, nomeadamente, a dragagem das lagoas onde se extraem as lamas, o funcionamento da fábrica de separação de minerais e as operações de transbordo dos produtos no mar alto.

Como medida de prevenção e de segurança do pessoal e do equipamento, todas as operações eram suspensas, quando o empreendimento fosse ameaçado ou atingido por um ciclone ou por uma depressão tropical, sempre com fortes ventos e chuva intensa.

Também devido às condições climatéricas adversas, a rede nacional da EDM, que abastece o empreendimento de areias pesadas em Topuito, foi várias vezes afectada, o que originou a interrupção no fornecimento de energia eléctrica.

Fonte: O Pais Online

SUBSECRETÁRIA DE ESTADO DOS EUA VISITA ANGOLA

Esta será a sua primeira visita a África, em que se fará acompanhar pelo Secretário de Estado Assistente Adjunto, Reuben Brigety, e pelo Embaixador Carlos Pascual, enviado Especial e Coordenador para os Assuntos Internacionais de Energia dos EUA.

Durante a sua estadia em Angola a Subsecretária de Estado dos Estados Unidos vai manter encontros com diversas entidades angolanas, incluindo o Ministro das Relações Exteriores, Jorge Chicoty. “A visita da Subsecretaria Sherman tem como principal objectivo o reforço da parceria estratégica entre os dois países. Angola é um dos três países da África Sub-Sahariana com quem os Estados Unidos têm uma parceria estratégica. Vai tratar também de assuntos de interesses mútuo, como segurança energética, comércio e investimento, assim como de cooperação regional”, realça uma nota de imprensa emitida pela Embaixada Americana em Angola.

Estão igualmente previstos encontros com representantes da sociedade civil e de partidos políticos, para, segundo a referida nota, ter uma apreciação sobre o processo de democratização e da preparação das próximas eleições gerais em Angola, marcadas para este ano. A preenchida agenda de Wendy Shermam vai ainda incluir uma reunião com empresários americanos que operam no nosso País, “com vista a apoiar os seus esforços de Expansão de comércio e investimento entre os Estados Unidos e Angola”.

Esta é a segunda visita a Angola de um Subsecretário de Estado para os Assuntos Políticos dos EUA, depois da visita de William Burns em 2010.

Depois de Angola, a Sub-Secretária de Estado vai rumar para Nigéria, Zâmbia, Malawi, Moçambique e Quénia.

Importa realçar que Wendy Shermam tomou posse como Sub-Secretária para os Assuntos Políticos dos EUA em 2011. Entretanto, tem já uma longa carreira ao serviço do Estado americano, que inclui a função de Conselheira do Departamento de Estado entre 1997 e 2001, bem como foi Conselheira Especial do então Presidente Bill Clinton e Coordenadora de Política sobre a Coreia do Norte.

Fonte: O Pais Online

BENTO XVI VOLTA A CONDENAR CASAMENTO ENTRE GAYS

O Papa Bento XVI voltou a condenar nesta sexta-feira o casamento entre gays, no momento em que muitos países tendem a legalizá-lo, ao considerar que atenta contra a família tradicional e leva a transformar as diferenças sexuais em "irrelevantes".

Ao receber nesta sexta-feira, no Vaticano, um grupo de bispos dos Estados Unidos, que realizam a tradicional visita "ad limina", efetuada a cada cinco anos, o Papa denunciou "poderosas correntes políticas e culturais" que querem "alterar a definição legal do matrimônio".

A condenação foi pronunciada pouco depois de o Estado de Maryland, no leste dos Estados Unidos, tornar-se o oitavo do país a legalizar a união entre gays.

Embora o Papa não tenha mencionado abertamente este tipo de casamento, nem a adoção de crianças por parte de casais homossexuais, a Igreja Católica está empenhada em combater a tendência crescente no mundo, em particular nos Estados Unidos, a favor da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo.

Na mensagem, o Papa pediu à Igreja, e sobretudo aos católicos, que continuem defendendo o casamento tradicional, entre um homem e uma mulher, considerado "indissolúvel".

"É cada vez mais evidente que o desprezo à indissolubilidade da aliança matrimonial, e a rejeição generalizada a uma ética sexual responsável e madura, baseada na prática da castidade, deram lugar a graves problemas sociais que acarretam um imenso custo humano e econômico", disse o Papa ao referir-se à "crise contemporânea" da família.

Assim como condenou o aborto, a eutanásia e a manipulação genética desde que foi eleito pontífice em 2005, Bento XVI se opõe ao casamento homossexual, legalizado em vários países europeus, entre eles a Espanha.

Fonte: AFP

FORÇAS SÍRIAS MATAM 54 ANTES DA CHEGADA DE KOFI ANNAN

As forças sírias mataram pelo menos 54 pessoas na sexta-feira, disseram ativistas, um dia antes da chegada ao país de uma missão de paz da ONU e da Liga Árabe, sob o comando de Kofi Annan.

Kofi Annan, o enviado especial da Liga Árabe e da ONU à Síria nos escritórios da Liga Árabe no Cairo, 8 de março de 2012. REUTERS/Amr Abdallah DalshMorteiros e disparos de tanques caíram em bairros da oposição na cidade de Homs (centro), matando 17 pessoas, segundo os ativistas. Outras 24 teriam sido mortas na província de Idlib, e 13 em outras partes da Síria.

"Trinta tanques entraram no meu bairro às 7h da manhã, e eles estão usando seus canhões para atirar nas casas", disse Karam Abu Rabea, que mora no bairro de Karm al Zeitoun, em Homs.

Como ocorre todas as semanas, com intensidade cada vez maior, multidões saíram às ruas para protestar contra o presidente Bashar al Assad após as preces da sexta-feira.

Neste dia em especial, um foco das manifestações foi o aniversário de uma rebelião curda na Síria, em 2004, que deixou cerca de 30 mortos. Cidades do nordeste, com intensa presença curda, tiveram passeatas com milhares de pessoas.

A agência estatal de notícias Sana noticiou grandes manifestações pró-Assad em Damasco e Hassaka (nordeste).

As restrições impostas pelo governo ao trabalho da imprensa dificultam a confirmação dos relatos que chegam do país.

A ONU estima que mais de 7.500 pessoas já tenham morrido em um ano de repressão aos protestos contras Assad, e que 25 mil tenham fugido para nações vizinhas - embora o número de refugiados não-registrados e de refugiados internos possa ser muito superior.

A coordenadora humanitária da ONU, Valerie Amos, que visitou Homs nesta semana, disse que o governo de Assad concordou em participar com agências da ONU de uma "avaliação limitada" das necessidades dos civis na Síria, mas que pediu mais tempo para conceder acesso desimpedido para as entidades humanitárias.

Em entrevista coletiva em Ancara, depois de visitar refugiados sírios na Turquia, Amos se disse "devastada" com a destruição que viu em Homs, e disse que deseja saber o destino dos civis que viviam no bairro de Baba Amr, invadido pelo Exército em 1o de março, após quase um mês de cerco a posições rebeldes.

Annan, ex-secretário-geral da ONU que chega no sábado a Damasco, defendeu uma solução negociada para a crise, mas dissidentes dizem não haver espaço para o diálogo enquanto houver repressão. Annan tem prevista uma reunião com Assad.

Divisões entre as grandes potências impedem qualquer ação da ONU para tentar resolver a crise, já que China e Rússia se opõem terminantemente a qualquer medida que possa levar a uma intervenção militar, a exemplo do que ocorreu no ano passado na Líbia.

Fonte: Reuters

BRASIL QUER COTA DE US$ 1,4 BILHÃO PARA CARROS MEXICANOS

O governo brasileiro pediu que o México limite o valor das suas exportações de veículos para o Brasil para cerca de 1,4 bilhão de dólares nos próximos três anos, como parte de um conjunto de demandas para renegociar o acordo do comércio automotivo entre os dois países.

Segundo o Brasil, a quota representa o valor médio anual das exportações de automóveis do México para o Brasil nos últimos três anos, de acordo com uma carta datada de 8 de março à chanceler mexicana Patricia Espinosa e ao ministro da Economia, Bruno Ferrari, à qual a Reuters teve acesso.

O documento brasileiro afirma que os dois lados haviam chegado a um entendimento para definir os termos da revisão do acordo. O governo mexicano não estava imediatamente disponível para comentar o assunto.

Uma fonte em Brasília afirmou que o governo espera uma resposta mexicana aos termos propostos nesta sexta-feira e que as negociações podem continuar na próxima semana.

Em uma carta separada com data do dia anterior acessada pela Reuters, o México disse que estava preparado para considerar limitar suas vendas com base nas exportações do ano passado, "mais um percentual" a ser negociado.

O Brasil também pede que o México aceite que 35 por cento das peças automotivas que usa estejam de acordo com uma fórmula de "índice de conteúdo regional" e que essa proporção deve subir para 45 por cento ao longo dos próximos quatro anos.

Nem a fórmula, nem a "região" foram definidas na carta, mas a exigência pode irritar os Estados Unidos e outros parceiros comerciais que fornecem peças e componentes para o México.

O México disse no início desta semana que ainda estava esperando por uma resposta do Brasil para reiniciar as conversas sobre a questão automotiva, que teve início em meio a um crescimento de excedente do comércio mexicano no setor automotivo com a maior economia da América Latina.

Uma demanda final apresentada por Brasília foi sobre a liberalização do comércio de veículos pesados.

Fonte: Reuters

ACORDO LIVRA GRÉCIA DA MORATÓRIA

O governo grego afirma ter recebido apoio suficiente para seguir adiante com a maior reestruturação da dívida de sua História.

Dos credores, 85,8% dos que estão sujeitos às leis gregas e 69% de investidores internacionais concordaram com a troca de títulos, de acordo com o Ministério das Finanças grego. Isso significa que estes credores aceitarão perdas de até 74% do valor de face dos títulos que detêm, uma redução de 172 bilhões de euros na dívida do país.

A adesão foi suficiente para o governo forçar investidores que não concordavam com a troca de títulos (swap) a aderirem ao acordo. Atenas precisava de pelos menos 75% de adesão espontânea para tal.

A União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) haviam afirmado que não repassariam à Grécia os 130 bilhões de euros do pacote de ajuda ao país caso a troca da dívida não tivesse êxito.

O Ministério das Finanças grego, por sua vez, havia deixado claro que a alternativa ao swap seria o calote.

O mercado financeiro ficou agitado na quinta-feira, impulsionado pelo otimismo diante da troca de títulos, com a bolsa de valores de Atenas subindo mais de 3% e os índices de Paris e Frankfurt subindo ainda mais do que este percentual.

'Esforço histórico'

A Grécia informou ter estendido o prazo para adesão de credores estrangeiros a 23 de março, em uma tentativa de obter percentual superior aos atuais 69%.

"Em nome do país, gostaria de expressar minha gratidão aos credores que apoiaram nosso ambicioso programa de reformas e ajustes e que compartilharam sacrifícios dos gregos neste esforço histórico", disse o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos.

"A Grécia vai continuar implementando as medidas necessárias para atingir o ajuste fiscal e as reformas estruturais com os quais se comprometeu, e isso colocará o país de volta no caminho do crescimento sustentável", acrescentou o ministro.

O comissário de Assuntos Econômicos da União Europeia, Olli Rehn, havia dito no início da semana que não haveria oferta melhor aos credores e que o acordo seria vital para a estabilidade da zona do euro.

"É importante que todos os investidores reconheçam que a Europa se comprometeu com o máximo de recursos disponíveis para uma troca voluntária da dívida e que a participação integral (dos credores) é necessária para que o programa de ajuste grego vá adiante", advertiu.

O objetivo do programa de ajustes é reduzir a dívida do país dos atuais 160% do Produto Interno Bruto para 120% até 2020.

A economia do país encolheu 7% no último trimestre de 2011 em comparação a igual período do ano anterior.

Fonte: BBC Brasil