domingo, 15 de abril de 2012

PARA JOSÉ DIRCEU, REVISTA VEJA TENTA ENCOBRIR SUA PARTICIPAÇÃO NO ESQUEMA CACHOEIRA

Para não investigar as ligações criminosas Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"

Publicado em 14-Abr-2012

É mais do que sintomático o comportamento da Veja, cuja matéria capa desta semana tenta tirar os holofotes das gravíssimas denúncias em torno do esquema criminoso comandado pelo contraventor e empresário Carlos Cachoeira, com tentáculos em esquemas de governo e no qual estão envolvidos políticos de diversos partidos, muito especialmente os da oposição.

Para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, a Veja vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados.

Nada mais falso. Eu sou réu neste processo e sempre disse que quero ser julgado para provar a minha inocência. O que a Veja quer fazer, secundada por outros veículos da grande mídia, é transferir ao PT o seu modus operandi de jogar poeira nos olhos dos leitores para turvar a realidade, desviar o foco e anestesiar os fatos para construir a pauta política que lhe convém. No caso, tenta, desde 2005, quando eclodiu o escândalo do uso de recursos de caixa dois para pagar dívidas de campanha de partidos da base do governo Lula, transformar o crime eleitoral em crime político de compra de votos de congressistas em matérias de interesse do governo. E segue ignorando os autos do processo.

Pressão aos juízes

O que ocorre agora é mais um movimento dessa campanha, centrada na pressão aos juízes do STF para um julgamento político do “mensalão”, no lugar de um julgamento baseado em fatos e provas. Nada de novo, com o agravante de que, ao trazer o escândalo do “mensalão” para o centro dos debates tentando atropelar o julgamento do processo, tem claramente o interesse de confundir o público e tirar os holofotes do escândalo da ligação de Cachoeira com o senador Demóstenes, e da cadeia de interesses dela decorrente.

Só para lembrar: o caso do mensalão emergiu dentro do escândalo Cachoeira-Demóstenes pelo fato de o ex-prefeito de Anápolis, Ernani José de Paula, ter denunciado que a gravação de entrega de propina nos Correios em 2005 – que deu origem à CPI dos Correios e ao mensalão – foi patrocinada pelo esquema de Cachoeira.

Na esteira dessa gravíssima denúncia de relações e contaminação da máquina pública por interesses privados e criminosos, uma triste constatação. A de que alguns órgãos de imprensa, onde se destaca a Veja, pretensa guardiã da ética e bons costumes das elites, serviram-se de informações engendradas no esquema criminoso de Cachoeira para produzir matérias denuncistas. Que fatídica aliança! Com esta matéria de capa, a Veja tenta livrar sua própria pele e escamotear seus métodos de fazer jornalismo que atentam contra a ética da profissão; em suma, contra a democracia.

Fonte: Brasil 247

GOIANOS VÃO ÀS RUAS CONTRA MARCONI PERILLO

Mais de dois mil goianos, em sua maioria jovens, saíram às ruas em protesto contra a administração do governador Marconi Perillo (PSDB). A concentração se deu no entorno da Praça Cívica e seguiu pelas avenidas Goiás, Araguaia e ruas paralelas no Centro de Goiânia, voltando depois à Praça Cívica, onde fica o Palácio das Esmeraldas, sede do governo. Os manifestantes deram um abraço simbólico no anel interno da praça. Ao som de “Que Pais É Esse’, os jovens gritaram frases de protesto e empunharam cartazes e faixas endereçadas ao governador.

O povo sai das redes e ocupa as ruas de Goiânia

A mobilização teve início no mundo virtual, em especial no Facebook, e se tornou uma demonstração clara de que é possível até segurar o conteúdo de veículos tradicionais, mas não a internet.

O FORAMARCONI, segundo os organizadores, foi estimulado pelo que definem como “descaso” e “falta de honestidade na administração estadual”. “Nas últimas semanas, fomos destaque nacional pela quantidade de corruptos que comandam nosso Estado. Goiás está a serviço do crime organizado, e não podemos aceitar o silêncio diante de tamanho descompromisso”, desabafou o estudante Artur Borges, da equipe organizadora, ao Goiás247.

A previsão era de que a reunião dos manifestantes se desse no espaço interno da Praça Cívica, mas todos foram surpreendidos com a ocupação da área pela equipe estadual do Corpo de Bombeiros. A falta de espaço, porém, foi compensada pelo barulho estrondoso que a turma propagou, com palavras de ordem como “Marconi, bicheiro, devolve meu dinheiro”, “Marconi é ditador e não governador”, “Fora Marconi”, “Volta Kajuru”, “Fora Thiago Peixoto”.

A expectativa é de que o movimento não se encerre nesse ato. “Não vamos parar enquanto o governador não renunciar ao cargo. Não queremos este ditador, que estimula e prática à censura na administração do nosso Estado. Se o povo errou no voto, estamos remediando e tentando recuperar”, argumenta Alexandre Moraes, também da organização.

Políticos foram afastados da manifestação, de forma a fazer com que tudo fosse marcado pela participação popular natural e voluntária.

Durante e depois do evento, partidários do governo foram para as redes para tentar minimizar o movimento. Um dos assessores do governador pontuou que havia cerca de 500 pessoas. As fotos mostram outra realidade. O mais sintomático, no entanto, é que de fato foi algo que passou ao largo da vontade ou da articulação da oposição no Estado, hoje na prática desmobilizada e desacreditada. Uma manifestação natural que ganhou as ruas, fora do controle da informação e da opinião estatal.

Até o meio da tarde, o governo não havia se posicionado sobre o movimento, mas a informação era de que isso seria feito ainda durante o dia.

Fonte: Brasil 247

TALIBÃS ATACAM PRISÃO NO PAQUISTÃO E LIBERTAM 400 PRESOS

Em meio a rumores de conversas de paz, os talibãs paquistaneses lançaram neste domingo seu primeiro grande ataque em semanas e libertaram quase 400 presos, muitos deles insurgentes, de uma prisão do noroeste do Paquistão.

Ao menos 384 reclusos conseguiram fugir após o ataque talibã à prisão central da cidade de Bannu, informou a Polícia. O ataque aconteceu por volta da 1h30 deste domingo (17h30 de sábado de Brasília).

Inicialmente, a Polícia cifrou em cem os insurgentes envolvidos na operação, mas depois elevou o número para 500.

Os homens lançaram granadas e usaram armas leves e pesadas. Ao menos sete agentes penitenciários ficaram feridos.

A prisão, que fica nos arredores da cidade, abrigava cerca de 1 mil reclusos, relatou a imprensa local.

Segundo a Polícia, 30 presos eram considerados 'perigosos', incluído um envolvido na tentativa de assassinato em 2003 do então presidente paquistanês Pervez Musharraf.

O movimento Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), que reúne diversas facções talibãs do país asiático, reivindicou a autoria.

As forças de segurança paquistanesas lançaram uma operação de busca tanto em Bannu quanto na cidade vizinha de Peshawar, e detiveram por enquanto 20 fugitivos.

Esta fuga, uma das maiores na história do Paquistão, lembra outra ocorrida no ano passado na cidade meridional afegã de Kandahar, onde 470 presos, muitos deles insurgentes, escaparam através de um túnel feito pelos talibãs.

'É um grande acontecimento, uma ação bem planejada que mostra a negligência (das autoridades). Deve ter havido cumplicidade dentre os funcionários da prisão, se não isso não teria acontecido', observou a Efe o general reformado paquistanês Talat Mahsud.

O analista Hamayoun Khan, da Universidade de Defesa de Islamabad, criticou 'a falta de segurança 'na prisão apesar de abrigar número tão elevado de presos perigosos.

'Se a Polícia não pode manter o controle deve recorrer ao Exército', ressaltou Khan.

O incidente ocorre em meio a crescentes rumores de conversas de paz entre algumas facções talibãs e o Governo paquistanês.

O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gillani, convocou os fundamentalistas ao diálogo nos últimos meses, apesar da continuidade da violência e de algumas operações militares, o número de atentados desceu notavelmente no Paquistão.

Em março, o TTP destituiu seu número dois, Faqir Mohammed, quem segundo os analistas representava a corrente mais moderada dos talibãs paquistaneses, contrária a mais radical liderada por Hakimullah Mehsud.

A cidade de Bannu, na província de Khyber-Pakhtunkhwa, fica junto às áreas tribais na fronteira com o Afeganistão, um território conflituoso que serve de refúgio a inúmeros grupos jihadistas e membros da rede Al Qaeda.

A demarcação de Bannu limita de fato com as regiões do Waziristão do Norte e do Sul, que são as principais fortificações talibãs no Paquistão e alvos frequentes de ataques de aviões não tripulados dos Estados Unidos.

Fonte: EFE