quinta-feira, 19 de abril de 2012

BANCO DO BRASIL FAZ NOVA REDUÇÃO NAS TAXAS DE JUROS

O Banco do Brasil anunciou nesta quinta-feira novas reduções nas taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. Segundo a assessoria do banco, os ajustes refletem a alteração da taxa básica de juros (Selic), anunciada ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

As novas taxas do BB entram em vigor a partir de segunda-feira, e incluem reduções em linhas de crédito alteradas na última semana. A instituição estatal começou há duas semanas um movimento de redução de taxas nos empréstimos, após pedidos do governo para diminuição do spread bancário (diferença entre as taxas que os bancos pegam dinheiro e emprestam ao consumidor).

Em seguida, Caixa Econômica Federal, HSBC, Santander, Bradesco e Itaú Unibanco também reduziram suas cobranças. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os bancos brasileiros estão entre os mais lucrativos do mundo, e é injustificável que o País conte com os maiores spreads do mundo. Ele negou que o governo vá diminuir impostos para os bancos, para compensar possíveis perdas.

Confira quais foram as linhas que tiveram mais redução de juros:

BB Crédito Consignado INSS - de 0,85% para 0,79%

Financiamento Veículo - de 0,99% para 0,95%

Cheque Especial - de 1,97% para 1,38%

BB Crédito Automático - de 3,39% para 1,99%

BB Crédito Parcelamento Cartão - de 3,00% para 2,94%

BB Crédito Parcelamento Cheque Especial - de 3,00% para 2,94%

Cartão de Crédito - de 3,00% para 2,94%

Fonte: Jornal do Brasil

CONSELHO DE ÉTICA OFICIALIZA PEDIDO AO STF DE INFORMAÇÕES SOBRE ESQUEMA DE CACHOEIRA

O Conselho de Ética oficializou hoje (19) o pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski para que encaminhe ao colegiado todas as informações sobre o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), apuradas pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo. Nessas investigações, a PF desmontou o esquema de corrupção e exploração de jogos ilícitos praticados pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.


O presidente do Conselho, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), esteve esta semana com o relator da matéria acompanhado de outros parlamentares para tratar do assunto. Ele relatou que, na ocasião, analisou com Lewandowski a existência de precedente nesse compartilhamento de dados do STF com o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

A finalidade é usar o material para subsidiar os trabalhos do relator, Humberto Costa (PT-PE), caso os senadores do Conselho de Ética decidam abrir processo de cassação de Demóstenes na segunda fase dos trabalhos. Nesse primeiro momento, o colegiado avaliará, com base na defesa do senador pelo estado de Goiás e no parecer do relator, se cabe continuar com o processo.

O presidente do conselho disse que, no encontro com Lewandowski, o ministro não deixou claro se encaminhará os autos das investigações da Polícia Federal no que diz respeito à participação de Demóstenes no esquema montado por Cachoeira.

Na reunião do conselho, foi decidido também enviar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um pedido de garantias de vida para o empresário. A preocupação foi apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), que considerou um equívoco a transferência do contraventor da prisão de Mossoró (RN) para o Complexo da Papuda, em Brasília, onde divide cela com outros presidiários. “É temerário colocar uma pessoa como Cachoeira, fundamental no andamento das investigações da CPMI criada hoje, dividindo cela com outros presos”, destacou Simon.

Ele acrescentou que é obrigação do Estado preservar a vida de Carlinhos Cachoeira, pessoa apontada pela PF, como responsável, em 2005, pelas gravações do então assessor da Casa Civil da Presidência da República, Waldomiro Diniz, subornando Maurício Marinho, funcionário dos Correios.

Fonte: Agência Brasil

ESPECIALISTAS APROVAM O NOVO CORTE DA SELIC

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nesta quarta-feira (18), corte de 0,75 pontos percentuais na taxa básica de juros do país, que passou de 9,75% para 9% ao ano. A redução foi comemorada pelos especialistas ouvidos pelo Jornal do Brasil. 

"Achei que foi uma medida muito acertada, já que não estamos enfrentando nenhuma pressão inflacionária, o IPCA acumulado vem caindo mês a mês e deve fechar este ano em torno de 5%, dentro da banda esperada pelo governo", afirma o economista José Oreiro, professor da Universidade de Brasília (UnB)

Esta é a sexta queda consecutiva da Selic e outros cortes ainda devem acontecer no futuro, afirma o economista. Porém, estas reduções ficarão dentro de uma margem. 

"Existe um limite na queda dos juros devido aos problemas com a remuneração da poupança, que podem se tornar mais atraentes para os investidos. Acredito que a taxa deverá se reduzir até o limite de 8,5%", analisa. 

A mudança na remuneração da poupança depende de uma alteração na legislação. Para o professor, ainda não se pode dizer que a pressão por uma redução na Selic aumentará as discussões em relação às leis. 

Incentivo à economia

Os índices econômicos de 2012 têm se mostrado tímidos, e o corte na Selic deverá estimular ainda mais a economia nacional, acredita Oreiro. Outro benefício da redução é o controle da entrada de dólares no mercado nacional.

"A autoridade monetária está procurando estimular mais a economia, os indicadores de nível de atividade estão fracos, principalmente da indústria. É também uma medida para reduzir o câmbio", lembra. 

O economista Fernando Sarti, diretor da Escola de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também comemorou a decisão e destacou que com a redução dos juros, o governo também procura estimular a economia através da demanda e do consumo interno.

"Um dos primeiros efeitos importantes é que afeta a demanda, tende a incentivar o consumo via crédito. Além disso, a medida também afeta as decisões passadas, pois uma redução na taxa como um todo, também beneficia quem assumiu dívidas, e ainda representa um alívio para quem tá endividado", relembra.

O especialista lamenta que a decisão, apesar de "muito acertada", aconteceu tardiamente mas elogia a postura do Banco Central, que resistiu as pressões do mercado, que estava temeroso com o aumento da inflação.

"Esta redução é muito bem vinda, mas tenta corrigir um erro do passado, de ter desacelerado a economia com as altas nos juros no final de 2010. Acho que o BC bancou a sua postura apesar do mercado financeiro dizer que uma redução seria inconsequente, pelos riscos de inflação e pela crise internacional. Mas o banco segurou. Só é uma pena que ainda estamos correndo atrás do prejuízo", concluiu. 

Fonte: Jornal do Brasil

DONO DA DELTA SE ANTECIPA E ENTREGA FITAS GRAVADAS COM DIÁLOGOS DE DEMÓSTENES TORRES

O empresário Fernando Cavendisch, dono da Delta Construções, empreiteira envolvida no escândalo que atingiu parlamentares como o ex-líder do DEM Demóstenes Torres e governadores como Marconi Perillo, de Goiás, Agnelo Queiroz, de Brasília, e Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, segundo nota divulgada na tarde desta quarta-feira na Coluna Esplanada, do jornalista Leandro Mazzini, “descobriu que os advogados de Demostenes preparam a defesa de forma que as acusações recaiam sobre a empreiteira e resolveu se adiantar”.

Demóstenes
De acordo com o que apurou o jornalista, Cavendisch foi a Sao Paulo e concedeu entrevista de duas horas, nesta tarde, à colunista Monica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. “Ele contou o que sabe para se proteger”, afirma o colunista, que antecipa parte do conteúdo da matéria que o jornal deverá publicar nesta quinta-feira.

Na mesma linha, Cavendish também entregou à revista Época, das Organizações Globo, sete horas de gravações de suas conversas com políticos e empresários.

Fonte: Correio do Brasil

#VejaBandida EXPLODE NA INTERNET

CachoeiraRoberto Civita, o dono da Editora Abril, que publica o detrito da Veja, deve estar apavorado. A hashtag#VejaBandida ficou entre os temas mais comentados no twitter mundial. No Brasil, ela ostentou durante vários minutos o primeiro lugar a partir das 20 horas. Os ativistas digitais deram um show, mostrando os podres da publicação mais direitista do país, agora escancarados com as revelações da Polícia Federal sobre as suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Os grampos legais da Operação Monte Carlo revelaram que o editor-chefe da Veja, Policarpo Jr., fez mais de 200 ligações telefônicas para o mafioso. Nelas, eles combinaram como produzir “assassinatos de reputações” e como interferir nos rumos políticos do Brasil. Pior do que o mafioso Rupert Murdoch, o imperador da mídia mundial que corrompeu policiais e políticos no Reino Unido, a publicação da famiglia Civita manteve intimas relações com o crime organizado.

CPI deve convocar Bob Civita

Na rede mundial de computadores, os internautas deram o troco contra a revista mafiosa. Antes mesmo do horário combinado para o protesto virtual contra a Veja, a hashtag já estava entre no quinto-lugar entre os assuntos mais comentados da internet – no Trending Topics. Depois das 20 horas, ele ficou em primeiro lugar na lista nacional e foi parar entre os dez mais dos TT´s mundiais.

Os deputados federais e senadores que finalmente aprovaram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mista, sobre os crimes da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, deveriam ficar atentos aos protestos na internet. Não dá para abafar as denúncias que envolvem a revista Veja. Qualquer tentativa de livrar a cara de Bob Civita será repudiada pelos setores organizados da sociedade brasileira, que não aceitam mais as manipulações da ditadura midiática.

Fonte: Correio do Brasil

APÓS ANÚNCIO DE NACIONALIZAÇÃO, ARGENTINA DEBATE VALOR DA YPF

Poucas horas após o anúncio da presidente Cristina Kirchner sobre a nacionalização da petrolífera Repsol-YPF, a discussão entre governistas, opositores, empresários e consultores energéticos é sobre quanto vale a empresa.

O presidente da Repsol, Antonio Brufau, disse que a expropriação pelos 51% da companhia custaria US$ 10,5 bilhões.

O vice-ministro da Economia da Argentina, Axel Kicillof, sugeriu que não se pagará esse preço. "Dez bilhões de dólares? De onde tiraram esse valor?", questionou Kicillof.

Ele afirmou ainda que a empresa tem dívidas no valor aproximado de US$ 9 bilhões e indicou que a empresa poderia pagar por "passivos ambientais" (acidentes ecológicos) no país.

O ministro do Planejamento, Julio de Vido, completou que a companhia teria deixado problemas no setor de infraestrutura em algumas províncias argentinas.

De Vido e Kicillof são os interventores da empresa desde segunda-feira, quando a presidente anunciou o projeto de lei de expropriação e um decreto pela intervenção.

"Dívidas, desastres ecológicos, problemas de infraestrutura. Em síntese, quanto a Argentina quer pagar pela empresa? Zero", afirmou, nesta quarta, o analista político da emissora de televisão TN (Todo Notícias) Adrián Ventura.

'Confisco'

Brufau afirmou que o preço da empresa não será definido por Kicillof, sugerindo uma disputa internacional pelo valor real da expropriação.

O ex-secretário de Energia Jorge Lapeña disse que se a Argentina pagar "preço baixo demais" estará formalizando um "confisco" da companhia.

"Não diria que ela vale US$ 12 bilhões, por exemplo, mas também não podemos pagar US$ 2 bilhões, ou estaremos realizando um confisco", afirmou o especialista.

O ex-secretário de Energia Daniel Montamat disse que esta discussão deveria terminar "em um bom acordo" para os dois lados – Repsol e governo argentino.

"Se não houver acordo, as futuras gerações argentinas vão acabar pagando essa conta em algum momento", disse.

Mas ressalvou que o acordo será difícil de ser alcançado. "Os espanhóis falam em até US$ 18 bilhões, baseados em seus estatutos. A Argentina fala em outro método de cálculo, que inclui as dívidas. São métodos diferentes e difíceis para se chegar a um acordo", diz.

A definição do valor da companhia será fixada pelo Tribunal de Taxação, ligado ao Ministério do Planejamento.

Num debate no Senado, onde especialistas foram ouvidos pelos parlamentares, o historiador Nicolas Gadano disse que é difícil saber hoje o valor real da empresa.

"A YPF chegou a ter 50 mil empregados nos anos 1980. Mas era uma época em que o sindicalismo tinha poder demais ali e a empresa ia quebrar. Por isso a sociedade argentina aceitou a privatização nos anos 1990", disse Gadano

"Hoje, ela tem cerca de 17 mil empregados, mas será expropriada para apagar incêndio das dívidas do governo ou para fazer o setor crescer?", questionou.

Brasil

No debate, especialistas e parlamentares citaram o Brasil, várias vezes, como "exemplo energético" que deveria ser copiado pela Argentina, como já havia sugerido a presidente, no discurso de segunda-feira.

"O modelo brasileiro é muito eficiente para administrar os bens do país. O Brasil conseguiu em 15 anos passar de importador de petróleo ao auto-abastecimento e com grande presença do Estado", disse Lapeña.

De acordo com Lapeña, com Montamat e com o analista político Sergio Berensztein, da consultoria Poliarquía, o Brasil "acaba atraindo investidores por sua política de longo prazo".

Para eles, a Argentina estaria gerando "imprevisibilidade" ao setor.

Ouvido pela BBC Brasil, o constitucionalista Daniel Sabsay, disse que as "partes deverão definir" o preço da empresa e "como a discussão será encaminhada".

A medida sobre a expropriação da YPF gerou forte reação das autoridades espanholas e levou a Argentina a ser tema dos principais jornais do mundo.

"(A expropriação) afeta muito a reputação da Argentina no mundo", disse o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.

Em 2001, a Argentina também tinha gerado forte desconfiança ao declarar o calote da dívida pública privada do país – na época apontado como o maior calote da história.

Atualmente, governistas, setores da oposição, movimentos sociais e sindicalistas apoiam a reestatização da YPF.

Mas a senadora Liliana Negre de Alonso, da Aliança Compromisso Federal, pergunta: "O que estamos comprando? A marca YPF? Os ativos? Quanto vale a empresa? São dúvidas que temos".

Fonte: BBC Brasil

FMI DIZ TER LEVANTADO US$ 320 BILHÕES EM NOVOS RECURSOS

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou na quarta-feira que levantou 320 bilhões de dólares até agora em uma tentativa de impulsionar seu poder de fogo para lidar com a crise da dívida da zona do euro, com a Polônia e a Suíça juntando-se aos esforços.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou que recebeu compromissos de 34 bilhões de dólares na quarta-feira, incluindo 8 bilhões de dólares da Polônia e uma "quantia substancial" da Suíça.

"Garantir que o Fundo tenha recursos suficientes para lidar com as crises e promover a estabilidade econômica global é do interesse de todos os membros", disse ela em comunicado.

Lagarde espera garantir pelo menos 400 bilhões de dólares em compromissos de autoridades financeiras de todo o mundo, que se reúnem nesta semana em Washington em uma cúpula do G20 -grupo formado pelas principais economias do mundo-, FMI e Banco Mundial.

A questão ganhou nova urgência dados os elevados custos de empréstimos na Espanha e Itália, o que reacendeu os temores de que a crise da zona do euro possa ganhar nova vida, afetando a recuperação econômica global.

Os Estados Unidos recusaram-se a fornecer novos fundos, afirmando que fizeram sua parte ao garantir a liquidez do dólar para bancos na Europa, mas deu seu apoio ao esforço para levantar fundos na quarta-feira.

"Na verdade damos apoio ao processo e daremos apoio nesta semana", disse o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, evitando a retórica sobre necessidade de a Europa precisar antes fazer mais para levantar seu próprio muro de proteção financeira.

A Europa já havia dito que forneceria cerca de 200 bilhões de dólares ao FMI e o Japão prometeu 60 bilhões na terça-feira, tornando-se a primeira nação não-europeia a fazer um comprometimento de recursos.

A Suécia disse que forneceria 10 bilhões de dólares e elevou o volume depois para 14,7 bilhões, enquanto a Dinamarca disse que daria 7 bilhões de dólares. A Noruega prometeu 9,3 bilhões de dólares.

O esforço para ampliar os cofres do FMI deve dominar a reunião de autoridades do G20 -grupo formado pelas principais economias do mundo- na quinta e sexta-feira.

Falando na Brookings Institution, Geithner afirmou que os compromissos que já surgiram devem mostrar aos mercados financeiros que o Fundo consegue angariar capital rapidamente quando necessário, perspectiva que deve aliviar o nervosismo relacionado à crise.

ESPERANÇA DE ACORDO

Apesar de a Europa ter ganhado alguns elogios pelas ações que adotou para construir suas próprias defesas visando a conter os problemas relacionados à dívida, o FMI alertou nesta semana que a crise ainda é a maior ameaça à economia mundial.

"A solução das questões na Europa não tem a ver com um firewall, tem a ver com decisões que serão tomadas na Europa sobre um período de tempo; e são as ações europeias que serão decisivas aqui, em oposição ao dinheiro de fora", disse o presidente do Banco Central do Canadá, Mark Carney, em entrevista à imprensa. Como os EUA, o Canadá descartou dar mais dinheiro ao FMI.

No México, o ministro das Finanças, José Antonio Meade, mostrou-se otimista com um acordo para mais dinheiro ao FMI. Ele disse que os compromissos feitos por Japão, Suécia e Dinamarca são um sinal de bom avanço -uma declaração potencialmente significativa uma vez que o México, como presidente do G20 neste ano, tem a chance de formatar não apenas a agenda, mas também o resultado das negociações deste ano.

Uma série de economias emergentes, incluindo Brasil, China e Rússia, tem adotado a cautela em relação a fornecer mais dinheiro ao FMI. Elas querem compromissos de que os novos recursos serão acompanhados por mais poder de voto na instituição.

Fonte: Reuters

GOVERNO RECOMPRA 1,674 BILHÕES DE REAIS DA DÍVIDA EXTERNA

O governo recomprou 1,674 bilhão de reais em bônus da dívida externa em uma ação que faz parte do arsenal de combate à valorização excessiva do real frente ao dólar.

O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira que recomprou 655,25 milhões de reais em bônus globais BRL 2016, com preço de recompra de 120,5 por cento do valor de face, e 1,018 bilhão de reais em bônus globais BRL 2022, que teve preço de recompra de 130 por cento do valor de face. Ambos os papéis tiveram cupom de 12,5 por cento.

"O Brasil pagará na data de liquidação (27 de abril) o preço de compra aplicável mais os juros decorridos (até o dia anterior ao da liquidação) para os títulos comprados", disse o Tesouro em comunicado.

Essa operação foi casada com a emissão dos bônus globais com vencimento em 2024 na última terça-feira, com a qual o Tesouro captou 3,15 bilhões de reais nos mercados norte-americano, europeu e asiático, com um rendimento de 8,6 por cento ao ano, o menor da história para títulos denominados em real.

Após a operação de recompra, o estoque remanescente de bônus BRL 2016 ficou em 2,856 bilhões de reais e o de BRL 2022 ficou em 2,216 bilhões, segundo o comunicado do Tesouro.

A operação de recompra de dívida externa está na mira do Tesouro desde o começo do mês passado, mas era necessário emitir novos papéis, conforme disse na quarta-feira o secretário do Tesouro, Arno Augustin.

Em março, Augustin disse que o Tesouro poderia ir a mercado para adquirir mais 7,5 bilhões de dólares, a fim de quitar o vencimento integral da dívida externa que vence até 2015, ou até mesmo mais longe, a partir de 2016. Também podem vir emissões externas em real. Naquele momento, havia em caixa 7,4 bilhões de dólares para pagar 49 por cento da dívida externa a vencer até 2015.

Fonte: Reuters

POLÍCIA FEDERAL PRENDE 28 NO ESPÍRITO SANTO

Agentes da Polícia Federal prenderam nesta quinta-feira 28 pessoas acusadas por fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de verbas, além de pagamentos indevidos em contratos de serviços e compra de materiais no Espírito Santo. Entre os presos está o prefeito da cidade de Presidente Kennedy, Reginaldo dos Santos Quinta (PTB).

A quadrilha, segundo a PF, era formada pela sobrinha do prefeito, que acumulava a chefia de três secretarias municipais, além do Procurador Geral do Município, integrantes da comissão de licitação, empresários e dois policiais militares, sendo um deles o Comandante da Guarda Municipal. Um membro da executiva estadual do partido político do prefeito também participava do esquema criminoso.

Os recursos municipais, segundo a PF, eram desviados para os membros da quadrilha através das licitações que eram montadas a partir de editais que restringiam a concorrência e eram direcionadas para grupos econômicos previamente escolhidos, que simulavam legalidade do processo. Foi identificado, até o momento, o desvio de cerca de R$ 50 milhões.

De acordo com a PF, o líder da quadrilha era o prefeito de Presidente Kennedy, cidade campeã de créditos em royalties do Estado, com quase 20% de todo o valor recebido pelo Espírito Santo, o que permite que o PIB per capita alcance padrões superiores aos de países desenvolvidos.

Entretanto, o município é o lanterna do ranking educacional no Estado e apresenta o quarto pior índice de desenvolvimento humano entre as cidades capixabas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PUND, informa a PF.

A operação Lee Oswald consiste no cumprimento de 79 mandados judiciais, sendo 51 de busca e apreensão, além de 13 mandados de prisões preventivas e 15 de prisões temporárias. 

Fonte: Estadão

EMPRESA DE FACHADA DE CACHOEIRA FINANCIOU CAMPANHA DE MARCONI PERILLO (PSDB) E DO SENADOR DEMÓSTENES


Empresas que financiaram as campanhas do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) em 2010 receberam recursos repassados por uma empresa de fachada do grupo do empresário Carlos Cachoeira.

Segundo a Polícia Federal, a origem do dinheiro é a construtora Delta, a empreiteira que mais verbas recebe do governo federal atualmente.

Além de Perillo e Demóstenes, o deputado federal Sandes Júnior (PP-GO) também recebeu recursos com essa mesma origem, segundo a PF.

OUTRO LADO

Políticos que receberam recursos repassados pelo empresário Carlos Cachoeira na campanha de 2010 disseram que não há nada irregular nas contribuições recebidas.

O governador Marconi Perillo disse que "estabelecer relação entre a doação feita pela Rio Vermelho (...) com negócios entre ela e outras empresas não passa de uma ilação descabida e indevida".

Danilo Bandeira/Editoria de arte/Folhapress


Fonte: Folha