quarta-feira, 25 de abril de 2012

POLÍCIA IDENTIFICA A CAUSA DA MORTE DOS JOVENS NA BAHIA

Os corpos dos cinco jovens que estavam desaparecidos desde a última sexta-feira, 20, foram liberados do Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde desta quarta-feira, 25. De acordo com o IML, por volta das 14h faltavam apenas dois corpos para serem liberados. As famílias não quiseram divulgar os locais dos enterros.

Polícia identifica a causa da morte de adolescentes na Bahia
Em entrevista ao estadão.com.br, o delegado da Polícia Civil da Bahia responsável pelas investigações, Marcos Vinícius Almeida Costa, afirma que a causa da morte dos cinco adolescentes foi um acidente seguido de capotamento e, provavelmente, afogamento.

'Ao que tudo indica, o carro seguiu reto em uma curva que leva para a esquerda e, como o carro foi encontrado, com os quatro pneus para cima, dentro de um lago, não podemos descartar a hipótese de que eles poderiam ter se afogado'.

Segundo Costa, a polícia não identificou marcas de frenagem no asfalto. Além disso, o velocímetro no veículo, um Fiat Punto, marcava 220km/h. 'Como o grupo estava viajando durante a noite, por volta das 22h, o condutor - identificado como André pelo delegado - não teria visto a curva e passado reto'.

O delegado afirma que o carro capotou e caiu em um lago, onde todos os passageiros poderiam ter morrido afogados. 'Apenas um menino, o Marlon, que seguia no banco do passageiro, foi encontrado fora do veículo e não sabemos ainda se ele foi arremessado durante a queda ou se ele chegou a tentar sobreviver'.

A polícia descartou, de acordo com o delegado responsável pelas investigações, quaisquer outras hipóteses sobre a morte dos jovens. Segundo Costa, o laudo da perícia vai determinar se houve afogamento, ou não, mas que a polícia afirma que o carro saiu da pista acidentalmente.

Caso

Os universitários Amanda Oliveira, de 22 anos, Izadora Ribeiro, de 21, Marllonn Amaral, de 21, Rosaflor Oliveira, de 24, e André Galão, de 28, estavam em um Fiat Punto de cor bege, placas ODC 6985, a caminho de Prado, na Bahia, onde iriam participar de uma festa de aniversário da mãe de Izadora.

Fonte: Estadão

POLÍCIA RESGATA CORPOS DE JOVENS DESAPARECIDOS NA BAHIA

A polícia resgatou na madrugada desta quarta-feira os corpos dos cinco jovens que desapareceram durante uma viagem do Espírito Santo até a Bahia. O carro em que os universitários estavam foi localizado ontem sob uma ponte que passa pelo rio Mucuri, na Bahia.

Policiais da delegacia de Teixeira de Freitas (BA) afirmaram que a principal hipótese para as mortes é de acidente. Eles apontam que o motorista pode ter perdido o controle do carro em uma curva e caído da ponte. A polícia aponta ainda que o acidente teria ocorrido na sexta, mesmo dia em que saíram de São Mateus (ES).

O coronel Ivanildo da Silva, comandante da Companhia de Ações Especializadas em Mata Atlântica da Bahia, já tinha informado ontem que uma equipe da PM de Teixeira de Freitas havia identificado o veículo como sendo dos jovens.

Os amigos Izadora Ribeiro, 21, Rosaflor Oliveira, 24, Amanda Oliveira, 22, Marllonn Amaral, 21, e André Galão,28, saíram do litoral norte capixaba com direção a Prado (BA) para comemorar o aniversário da mãe de Izadora no fim de semana.

Os cinco jovens foram vistos pela última vez em um posto de gasolina na localidade de Itabatã, município baiano de Mucuri, segundo a polícia da Bahia.

Fonte: Folha

POLÍCIA BRITÂNICA DIVULGA A FOTO DE COMO SERIA MADELAINE AO 9 ANOS DE IDADE

Investigadores britânicos que estão revendo o caso do desaparecimento de Madeleine McCann divulgaram uma novo foto gerada por computador do que seria a imagem da menina hoje em dia.

A foto, criada com participação da família McCann, mostra como seriam as feições da menina aos nove anos de idade. Ela foi divulgada nesta quarta-feira pela Scotland Yard, a polícia metropolitana de Londres.

A Scotland Yard afirma ser possível que Madeleine tivesse sido sequestrada e que ainda esteja viva.

Madeleine tinha quatro anos de idade quando desapareceu de um apartamento em um resort no Algarve, em Portugal, onde passava férias com a família, em maio de 2007. O caso do desaparecimento da menina britânica teve grande repercussão mundial.

Na terça-feira, o detetive Andy Redwood, que comanda a revisão do caso na Grã Bretanha, disse à BBC que seu time está "trabalhando para encerrar o caso".

Fonte: BBC Brasil

GRÃ-BRETANHA ENTRA EM RECESSÃO

A economia da Grã-Bretanha entrou em sua segunda recessão desde a crise financeira, mostraram dados nesta quarta-feira, ampliando a pressão sobre o governo de coalizão do primeiro-ministro David Cameron.

O Escritório Nacional de Estatísticas informou que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico recuou 0,2 por cento no primeiro trimestre de 2012, depois de uma contração de 0,3 por cento no final de 2011.

A inesperada queda ficou longe da expectativa de crescimento de 0,1 por cento.

Os dados foram divulgados no momento em que a coalizão Conservadora-Liberal Democrata vê seu apoio recuar nas pesquisas de opinião após semanas de fortes críticas por medidas impopulares relacionadas a impostos no orçamento do mês passado. As eleições locais, um grande teste, são em 3 de maio.

A maioria dos economistas esperava que a economia britânica conseguisse um modesto crescimento no início de 2012, mas essas estimativas foram derrubadas pela maior queda na produção do setor de construção em três anos, combinada com um declínio do setor de serviços financeiros e da extração de petróleo e gás.

Cameron disse que os números foram "muito, muito decepcionantes".

"Não procuro justificá-los. Não vejo razão para tentar explicá-los. Não há qualquer complacência neste governo ao lidar com o que é uma situação muito difícil que, francamente, acabou de ficar mais difícil."

O governo precisa desesperadamente do crescimento para atingir sua meta principal de eliminar o grande déficit orçamentário no decorrer dos próximos cinco anos. Mas isso será um desafio na medida em que os parceiros comerciais europeus da Grã-Bretanha já estão em recessão.

Os números colocam um dilema para o Banco da Inglaterra (banco central), que aparentemente havia concluído sua segunda rodada de "quantitative easing" (compra de ativos), dizendo que estava mais persuadido por pesquisas que evidenciaram que a economia estava se fortalecendo.

"Isso pode ser um motivo para uma mudança na política monetária", disse o economista do Investec Philip Shaw. "Com a fraqueza penetrando na economia ... há um debate genuíno para ser feito sobre se é prudente suspender o QE (programa de compra de ativos)."

Cameron passou por um período tórrido desde que o orçamento anual de seu governo foi atacado no mês passado por cortar impostos no topo da faixa de renda e ao mesmo tempo tirar dinheiro dos pensionistas.

Fonte: Reuters

PLANO PARA INTEGRAR A AMÉRICA DO SUL TEM CUSTO DE R$ 21 BILHÕES

A América do Sul tem a possibilidade de chegar em 2022 com os mercados mais integrados fisicamente e em um novo patamar de cooperação multilateral entre os países. Essa é a oportunidade deixada em aberta pelo plano de integração da infraestrutura do continente, debatido ontem pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) em evento em São Paulo.

O estudo, que começou a ser desenvolvido em novembro do ano passado, apresenta 88 projetos ligados às áreas de transporte, energia e integração fronteiriça, como a ampliação de posto de fronteira, com previsão de conclusão em até dez anos. Dessas obras, 31 foram consideradas prioritárias e estruturantes - que dão suporte a outras em um segundo momento - divididas em oito eixos, visando o desenvolvimento regional. A estimativa é que os projetos necessitem de US$ 21 bilhões para que saiam do papel.

Alguns deles, contudo, já estão previstos por governos do continente. Dos projetos estruturantes, 11 estão em território brasileiro, como a ligação bimodal entre Manaus e Lima, no Peru, e a interligação entre os portos de Paranaguá e Antofagasta, no Chile.

De acordo com o embaixador e subsecretário para a América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antônio Simões, presente na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, dez projetos estão contemplados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Antes, a visão era crescer para fora, exportando commodities. Agora temos o desafio de criar condições dentro do continente para criar um mercado hoje inexistente, integrando regiões isoladas."

As fontes de financiamento e o modelo das obras não estão definidos. Cada país será responsável pelos trabalhos em seus territórios, com esse tipo de investimento sendo maioria. Ele ficará na casa dos US$ 18 bilhões segundo estudo da Fiesp. Nos projetos binacionais (US$ 2,5 bilhões) e trinacionais (US$ 500 milhões), os países farão seus próprios acordos.

"Cada um dos 12 membros apresentou seus projetos, que somaram 531. Fomos filtrando até chegar em 31. O importante é que eles se complementam e cada país sabe seu compromisso. Creio que não haverá problemas de financiamento", afirmou Cecilio Pérez Bordón, ministro de Obras Públicas e Comunicação do Paraguai e presidente Pro Tempore da Unasul. O plano deverá ser assinado na próxima reunião do Conselho de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan) da entidade, em julho.

Para as obras entrarem em operação, serão necessários acordos entre os países, como na hidrovia que liga a amazônia brasileira à peruana. Isso abre um novo problema, mas inevitável ao se pensar na integração do continente, de acordo com Carlos Cavalcanti, da Fiesp. "Os mercados vão se integrar mais, abrindo um novo precedente nas relações bilaterais", disse.

A expectativa da Unasul é que até o fim deste ano os estudos das obras e a viabilidade financeira dos projetos estejam prontos. A entidade quer união entre governos e setor privado para as obras. "Estamos em um patamar diferente de desenvolvimento. Vivemos uma espécie de renascimento da região e temos que usar isso em prol da integração física da América do Sul. Com força política, vamos vencer o desafio", disse a secretária-geral Maria Emma Meíja.

Fonte: Valor

PRÉ-CANDIDATO À PREFEITURA DE SÃO PAULO JOSÉ SERRA SÓ TOCA EM TEMAS NACIONAIS E SE ESQUECE DA CIDADE

José Serra na Fiesp: pré-candidato tucano à Prefeitura de São Paulo reforça em seus discursos críticas à política econômica, ao PT e ao governo federal

O relógio registrava 20h15 quando o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), desistiu de esperar a chegada de José Serra, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, a um evento eleitoral em São Bernardo do Campo. O secretário estadual da Casa Civil, Sidney Beraldo, que representava o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também decidiu ir embora. Antes, o presidente estadual do partido, deputado Pedro Tobias, já havia partido. O ato político, que selaria a aliança entre PPS e PSDB na cidade, estava marcado para 19h. No palanque improvisado, políticos se revezavam para entreter a plateia de militantes que já se esvaziava, sem saber ao certo quando Serra chegaria – e se iria, de fato, ao local. Duas horas e quarenta e cinco minutos depois do horário previsto para o evento começar, o tucano chegou. Cumprimentou algumas pessoas, distribuiu poucos sorrisos e subiu apressado ao palanque.

No berço político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra fez um discurso inflamado. Durante os nove minutos em que falou, não poupou críticas ao PT nem ao governo federal. O evento era da pré-campanha do deputado estadual Alex Manente (PPS) à Prefeitura de São Bernardo do Campo, mas os temas municipais passaram ao largo da fala do tucano.
“Infelizmente, no nosso país, o principal partido, que é o partido que está no governo federal, atua para destruir adversários. Destruição. E não para fazer política”, disse o pré-candidato tucano, reforçando o “destruição”. Ao lado de dirigentes do PPS, Serra disse que a oposição é diferente. “Nós fazemos política verdadeira. Tem disputas, diferenças, convergências e divergências, mas respeitamos adversários. Não atuamos para destruir ninguém. Isso é fascismo, a destruição e desqualificação dos adversários”.

Pouco depois, sem citar diretamente o governo Dilma Rousseff, Serra disse que a administração tem “natureza publicitária” e que questões de fundo da economia e da sociedade “não são resolvidas”. O tucano afirmou que, apesar de a população estar satisfeita com a economia, ela está “baseada em fundamentos precários”. “Nós não temos uma política econômica sólida. Estamos financiando consumo no Brasil com importações que são pagas ou com preços muito altos de matérias-primas que exportamos, ou por dívida, por passivo externo. O Brasil está se desindustrializando. Nenhum país vai chegar a ser próspero sem uma indústria dinâmica”.

No reduto lulista, o tucano lembrou que a região do ABC paulista tem “muito a ver” com desindustrialização e reclamou da política cambial. “A indústria automobilística está perdendo mercado por causa da política de câmbio, da política de juros”, declarou, no palanque. Segundos depois, Serra fez a ponte entre o temática nacional e a eleição municipal, em sua única menção às disputas eleitorais deste ano. “Esses problemas provavelmente não serão debatidos numa campanha municipal, mas estarão presentes como pano de fundo”, declarou.

Fonte: Valor