segunda-feira, 7 de maio de 2012

PERILLO COMEÇA A CHANTAGEAR CACIQUES DO PMDB

Uma notinha publicada neste final de semana na coluna Painel, da Folha de S. Paulo, informa que, o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) procurou caciques do PMDB para dizer que, se a deputada Iris de Araújo partir para o ataque na CPI do Cachoeira, haverá retaliação na comissão da Assembleia Legislativa contra a gestão de seu marido, Iris Rezende, na Prefeitura de Goiânia. Ou seja: segundo a nota, Perillo está fazendo clara chantagem.

Será um insulto à opinião pública se a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), instalada para investigar as conexões políticas, empresariais etc, do bicheiro Carlinhos Cachoeira, não exercer com independência suas atividades, ignorando portanto as inevitáveis e espúrias pressões de quaisquer origens.

É esperado que forças poderosas tentem interferir nos trabalhos da Comissão para proteger pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a já óbvia extensa rede de corrupção, cujos tentáculos alcançam várias unidades da Federação.

A propósito, é estarrecedora – se for verdadeira – a notícia veiculada por uma revista semanal, em sua edição de 2/5, dando conta de que "O Palácio do Planalto foi informado por um qualificado mensageiro das Organizações Globo que, caso o empresário Roberto Civita, dono da Abril, seja mesmo convocado para depor na CPI, o governo terá de enfrentar a fúria do baronato dos meios de comunicação, numa guerra sem limites".

Pode-se prever a indignada reação do governo à atitude desrespeitosa, insolente e descabida, sugerindo a interferência do Executivo em assunto da exclusiva competência do Congresso Nacional e ainda por cima, seguidas por ameaças desse tipo. Ou a CPI se sobrepõe a essas bravatas ou será levada à completa desmoralização. Todos estamos submetidos ao império da Lei. A busca da Verdade e da Justiça deve ser o lema da CPI, pela preservação do Estado Democrático de Direito.

Fonte: Rede Brasil Atual

POUPANÇA REGISTRA MELHOR ABRIL DESDE 2007

Os depósitos em caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 1,977 bilhão, em abril, segundo os dados divulgados hoje (7) pelo Banco Central (BC). Esse foi o segundo mês seguido de captação líquida (mais depósitos do que retiradas). Em março, o resultado positivo chegou a R$ 2,544 bilhões.

No mesmo mês do ano passado, o resultado havia sido negativo, ou seja, houve mais retiradas do que depósitos, em R$ 1,762 bilhão. Segundo a série histórica do BC, o resultado de abril deste ano é o melhor para o período desde 2007, quando a captação líquida ficou em R$ 2,046 bilhões.

No mês passado, os depósitos ficaram em R$ 96,198 bilhões e as retiradas chegaram a R$ 94,22 bilhões. Os rendimentos creditados somaram R$ 2,345 bilhões e o saldo ficou em R$ 433,321 bilhões.

O relatório do BC se baseia em dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que destina 65% dos recursos para financiamento imobiliário - e da poupança rural. No caso do SBPE, houve captação líquida de R$ 1,542 bilhão, em abril. A poupança rural registrou R$ 435,518 milhões.

Atualmente, os valores depositados em poupança são remunerados pela taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. O dinheiro depositado por menos de um mês não recebe remuneração.

Na última quinta-feira (3), o governo anunciou mudanças na forma de remuneração dos depósitos de poupança, mas a nova regra só será válida quando a taxa básica de juros, a Selic, estiver em 8,5% ao ano ou menor do que esse patamar.

Analistas do mercado financeiro consultados pelo BC esperam que a Selic caia para esse patamar (8,5% ao ano) ainda este mês, no 30 de maio, quando haverá reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A expectativa é que o comitê reduza a Selic, atualmente em 9% ao ano, em 0,5 ponto percentual.

Se a projeção dos analistas do mercado financeiro se confirmar, a poupança terá rendimento de 70% da Selic mais a TR, a partir do dia 31 de maio, quando passa a valer a nova taxa.

O governo temia a migração de investidores dos fundos de renda fixa para a poupança, com uma Selic menor. Esses fundos são formados por títulos públicos utilizados pelo governo na rolagem da dívida.

Com a queda da Selic, um fundo de investimento, a depender da taxa de administração cobrada pela instituição financeira, pode pagar menos do que a caderneta. Assim, para que o BC tivesse mais espaço para cortar a Selic, sem reduzir a demanda por títulos públicos, foi necessário fazer mudanças na remuneração da poupança.

Fonte: Agência Brasil

PRIMEIRA ETAPA DO FEIRÃO DA CAIXA MOVIMENTA R$ 4,63 BILHÕES

Na estreia de financiamentos com juros mais baixos para imóveis, o feirão da casa própria da Caixa registrou pouco mais de R$ 4,63 bilhões em negócios nas cinco cidades que abriram o evento neste ano.

Ao todo, 200.743 pessoas passaram pelos estandes montados em Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Os visitantes fecharam quase 31 mil contratos em três dias de evento.

A Caixa, maior agente financeiro de habitação, estima em mais de 430 mil o número de imóveis -- entre novos, usados e na planta-- em negociação nesta edição do feirão.

A próxima etapa do evento vai do dia 18 a 20 de maio em São Paulo, Fortaleza e Curitiba.

"A vantagem do evento é reunir em um local uma grande oferta de construtoras, que permitem comparar as ofertas", diz José Urbano Duarte, vice-presidente de governo e habitação da Caixa.

Além das empresas, há outros agentes da cadeia, como corretores, cartórios e técnicos do banco responsáveis por liberar financiamentos.

Existe a possibilidade de fechar o negócio na hora, mas especialistas recomendam cautela. O pagamento vai comprometer a renda do mutuário por até 30 anos.

"É preciso fazer as contas antes, saber o quanto do orçamento há disponível para fazer o financiamento sem se endividar", diz o professor do Insper Ricardo Almeida.

As taxas da Caixa vão de 4,5% a 10% ao ano mais Taxa Referencial, de acordo com o valor de imóvel e a renda. Antes da redução, anunciada no final de abril, chegava a 11%.

Fonte: Folha

GASES DE DINOSSAUROS AQUECERAM A TERRA HÁ 150 MILHÕES DE ANOS


A temperatura da Terra pode ter se elevado significativamente na era jurássica devido aos gases emitidos pelos dinossauros, aponta um estudo britânico. Os autores calcularam a geração de metano de saurópodes, compararam à dos níveis produzidos pelos bovinos atuais e afirmaram que, com base na população dos répteis que habitavam o planeta há 150 milhões de anos, eram emitidos na atmosfera 520 milhões de gás anualmente.
Saurópodes emitiam 520 milhões de gás na atmosfera anualmente - BBC/Reprodução
BBC/Reprodução
Saurópodes emitiam 520 milhões de gás na atmosfera anualmente
Os saurópodes eram répteis gigantescos que se alimentavam da vegetação terrestre durante a era Mesozoica. O exemplo mais famoso dessa família é o Brontossauro, aquele dinossauro com o pescoço longo.
David Wilkinson, da Universidade John Moore, de Liverpool, e seus colegas das Universidades de Londres e Glasgow publicaram sua pesquisa no jornal Current Biology. De acordo com ele, os responsáveis pela emissão de metano na atmosfera não eram os dinossauros propriamente, mas os microrganismos que viviam dentro deles.
"A ecologia dos micróbios e seu papel nas mudanças do planeta são um dos meus interesses na ciência. Embora o elemento do dinossauro atraia a atenção popular para este trabalho, é sobre os micróbios que recai a responsabilidade de produzir todo o gás emitido", afirma. O gás metano é um dos que contribuiu para o efeito estufa.
Estudos anteriores apontam que a Terra era até 10°C mais quente que hoje na era Mesozoica. Com o conhecimento atual sobre as emissões de gás de animais como os bovinos, que afetam o aquecimento global, os cientistas calcularam como os saurópodes influenciavam no clima há milhões de anos.
O cálculo considera a população total de dinossauros estimada e usa uma escala que relaciona biomassa e produção de metano no gado. "As vacas produzem cerca de 50 a 100 milhões de toneladas de metano por ano. Nossa melhor estimativa para os saurópodes é de cerca de 520 milhões de toneladas", afirma Wilkinson.
O total de emissões atuais de metano soma 500 milhões ao ano, mas é proveniente de uma série de fontes, como animais selvagens e atividade humana. Wilkinson se disse surpreso com o nível de produção de gás dos répteis, mas lembra que não só os dinossauros eram responsáveis. "Havia outras fontes de emissão de gás na era Mesozoica, então os níveis deviam ser muito maiores do que hoje", conclui.
Fonte: BBC Brasil

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DA ESPANHA CAI 7,5% EM MARÇO

A produção industrial espanhola registrou em março um retrocesso de 7,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística.

Este indicador já foi negativo em janeiro (-4,4%) e em fevereiro (-5,3%), enquanto no conjunto de 2011 a produção industrial espanhola retrocedeu 1,8% em relação a 2010.

Desde janeiro, a produção industrial espanhola acumula uma baixa de 5,8% em relação ao ano anterior.

Estes números negativos são divulgados num momento em que a Espanha voltou a entrar em recessão no primeiro trimestre do ano, ao registrar um retrocesso de 0,3% do PIB.

Para 2012, o governo do conservador Mariano Rajoy prevê uma queda do PIB de 1,7%.

Fonte: Folha

THOR BATISTA TEM FERRARI APREENDIDA EM BLITZ

O filho do bilionário Eike Batista, Thor Batista, de 20 anos, está, novamente, envolvido em uma confusão no trânsito. Ele foi detido em uma blitz do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) e teve a sua Ferrari apreendida deste domingo, segundo informações do 31º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O veículo ficará detido em um depósito judicial até esta segunda-feira, quando poderá ser retirado, desde que as multas sejam pagas e a principal irregularidade, a falta da placa dianteira, seja resolvida.

Thor Batista dirigia o veículo na Barra da Tijuca acompanhado por uma mulher não identificada quando foi parado pelos policiais. Ele e a passageira seguiram no carro dos seguranças que acompanhavam o percurso, diz a PM. Segundo a leitora de um diário carioca, identificada como Patricia Vieira, pouco antes se ser parado na blitz ele trafegava com a sua Ferrari vermelha “em altíssima velocidade”. “Para minha surpresa, a alguns metros de distância havia uma blitz (…). Para maior surpresa, quem era o condutor? Thor Batista”, escreveu.

No dia 17 do mês passado, Thor atropelou e matou o ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos na BR-040 (Rio-Juiz de Fora). O caso ainda está em aberto, sendo investigado pela 61ª DP (Xerém). Segundo a Polícia Civil, ainda são aguardadas informações técnicas da Mercedes-Benz, avaliada em mais de R$ 1 milhão, pois o carro, montado pela escuderia de Fórmula 1 McLaren, não tem as características dos automóveis em circulação no país.

Fonte: Correio do Brasil

NASSIF REVELA AS MATÉRIAS QUE CACHOEIRA PLANTOU NA VEJA


Em 2008 dei início à primeira batalha de um blog contra uma grande publicação no Brasil. Foi O caso de Veja, uma série de reportagens denunciando o jornalismo da revista Veja. Nela, selecionei um conjunto de escândalos inverossímeis, publicados pela revista. Eram matérias que se destacavam pela absoluta falta de discernimento, pela divulgação de fatos sem pé nem cabeça.
revista
A partir dos “grampos” em Carlinhos Cachoeira foi possível identificar as matérias que montava em parceria com a revista. A maior parte delas tinha sido abordada na série, porque estavam justamente entre as mais ostensivamente falsas.
Com o auxílio de leitores, aí vai o mapeamento das matérias:
Do grampo da PF divulgado pela revista Veja este fim de semana.
Cachoeira: Jairo, põe um trem na sua cabeça. Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque os grande furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos (…).
Cachoeira: Eu fiquei puto porque ontem ele xingou o Dadá tudo pro Cláudio, entendeu? E você dando fita pra ele, entendeu? (…)
Cachoeira: Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.
Graças ao grampo, é possível mapear alguns dos “furos” mencionados pelo bicheiro na conversa entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira com o PM-araponga Jairo Martins, um ex-agente da Abin que se vangloria de merecer um Prêmio Esso por sua colaboração com Veja em Brasília. Martins está preso, junto com seu superior na quadrilha de Cachoeira, o sargento aposentado da Aeronáutica Idalberto Matias, o Dadá, fonte contumaz de jornalistas – com os quais mantém relações de agente duplo, levando e trazendo informações do submundo da arapongagem.
O primeiro registro da associação entre Veja e Cachoeira está numa reportagem de 2004, que desmoralizou uma CPI em que o bicheiro era investigado. Em janeiro daquele ano, Cachoeira foi a fonte da revista Época, concorrente de Veja, na matéria que mostrou Waldomiro Diniz, sub de José Dirceu, pedindo propina ao bicheiro quando era dirigente do governo do Rio (2002). Depois disso, Cachoeira virou assinante de Veja.
As digitais do bicheiro e seus associados, incluindo o senador Demóstenes Torres, estão nos principais furos da Sucursal de Brasília ao longo do governo Lula: os dólares de Cuba, o dinheiro das FARC para o PT, a corrupção nos Correios, o espião de Renan Calheiros, o grampo sem áudio, o “grupo de inteligência” do PT.
O que essas matérias têm em comum:
1) A origem das denúncias é sempre nebulosa: “um agente da Abin”, “uma pessoa bem informada”, “um espião”, “um emissário próximo”.
2) As matérias sempre se apoiam em fitas, DVDs ou cópias de relatórios secretos – que nem sempre são apresentados aos leitores, se é que existem.
3) As matérias atingem adversários políticos ou concorrentes nos negócios de Cachoeira e Demóstenes Torres (o PT, Lula, o grupo que dominava os Correios, o delegado Paulo Lacerda, Renan Calheiros, a campanha de Dilma Rousseff)
4) Nenhuma das denúncias divulgadas com estardalhaço se comprovou (única exceção para o pedido de propina de R$3 mil no caso dos Correios).
5) Assim mesmo, todas tiveram ampla repercussão no resto da imprensa.

Confira agora a cachoeira dos furos da Veja em associação com Demóstenes, arapongas e capangas do bicheiro preso:
1O caso do bicheiro vítima de extorsão
Revista Veja Edição 1.878 de 3 de novembro de 2004

Trecho da matéria: Na semana passada, o deputado federal André Luiz, do PMDB do Rio de Janeiro, não tinha amigos nem aliados, pelo menos em público. Seu isolamento deveu-se à denúncia publicada por Veja segundo a qual o deputado tentou extorquir R$4 milhões do empresário de jogos Carlos Cachoeira. As negociações da extorsão, todas gravadas por emissários de Cachoeira, sugerem que André Luiz agia em nome de um grupo de deputados.
Nota: A fonte da matéria são “emissários de Cachoeira”, o “empresário de jogos” que Veja transformou de investigado em vítima na mesma CPI.

2O caso do dinheiro das Farc
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 1896 de 16 de março de 2005

Trecho da reportagem: Um agente da Abin, infiltrado na reunião, ouviu tudo, fez um informe a seus chefes (…) Sob a condição de não reproduzi-los nas páginas da revista, Veja teve acesso a seis documentos da pasta que trata das relações entre as Farc e petistas simpatizantes do movimento.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição 1.899 de 6 de abril de 2005
Trechos da matéria: Na semana passada, a comissão do Congresso encarregada de fiscalizar o setor de inteligência do governo resolveu entrar no caso Farc-PT. Na quinta-feira passada, a comissão do Congresso decidiu convocar o coronel e o espião. Os membros da comissão também querem ouvir José Milton Campana, que hoje ocupa o cargo de diretor adjunto da Abin e, na época, se envolveu com a investigação dos supostos laços financeiros entre as Farc e o PT.
O senador Demóstenes Torres, do PFL de Goiás, teme que a discussão sobre o regimento sirva só para adiar os depoimentos.

– Para ouvir a versão do governo e tentar dar o caso por encerrado, ninguém precisou de regimento – diz ele.
3O caso Mauricio Marinho
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 1.905 de 18 de maio de 2005

Trecho da reportagem: Há um mês, dois empresários estiveram no prédio central dos Correios, em Brasília. Queriam saber o que deveriam fazer para entrar no seleto grupo de empresas que fornecem equipamentos de informática à estatal.
Foram à sala de Maurício Marinho, 52 anos, funcionário dos Correios há 28, que desde o fim do ano passado chefia o departamento de contratação e administração de material da empresa. Marinho foi objetivo na resposta à indagação dos empresários. Disse que, para entrar no rol de fornecedores da estatal, era preciso pagar propina. “Um acerto”, na linguagem do servidor. Os empresários, sem que Marinho soubesse, filmaram a conversa. A fita, à qual Veja teve acesso, tem 1 hora e 54 minutos de duração.
Nota: As investigações da PF e de uma CPI mostraram que o vídeo foi entregue à revista pelo PM-araponga Jairo Martins, que “armou o cenário” da conversa com Marinho a mando de concorrentes nas licitações dos Correios.
4O caso dos dólares de Cuba
Revista Veja Edição 1.929 de 2 de novembro de 2005 (Clique aqui)

Trecho da reportagem: (Vladimir) Poleto, (principal fonte da reportagem) até hoje, é um amigo muito próximo do irmão de (Ralf) Barquete, Ruy Barquete, que trabalha na Procomp, uma grande fornecedora de terminais de loteria para a Caixa Econômica Federal. Até a viúva de Barquete, Sueli Ribas Santos, já comentou o assunto. Foi em um período em que se encontrava magoada com o PT por entender que seu falecido marido estava sendo crucificado. A viúva desabafou: “Eles pegavam dinheiro até de Cuba!”.
Nota: A empresa de Barquete venceu a concorrência da Caixa Econômica Federal para explorar terminais de jogos em 2004, atravessando um acordo que estava sendo negociado entre a americana Gtech (antiga concessionária) e Carlinhos Cachoeira, com suposta intermediação de Waldomiro Diniz. O banqueiro teria deixado de faturar R$30 milhões m cinco anos.
A armação era para pegar Antônio Palloci, padrinho de Barquete. Pegou Dirceu.

5O caso Francisco Escórcio
Revista Veja Edição 2.029 de 10 de outubro de 2007

Chamada no alto, à esquerda: “Renan agora espiona os adversários”
Na semana passada, Demóstenes Torres e Marconi Perillo foram procurados por amigos em comum e avisados da trama dos arapongas de Renan. Os senadores se reuniram na segunda-feira no gabinete do presidente do Tribunal de Contas de Goiás, onde chegaram a discutir a possibilidade de procurar a polícia para tentar flagrar os arapongas em ação. “Essa história é muito grave e, se confirmada, vai ser alvo de uma nova representação do meu partido contra o senador Renan Calheiros”, disse o tucano Marconi Perillo. “Se alguém quiser saber os meus itinerários, basta me perguntar. Tenho todos os comprovantes de voos e os respectivos pagamentos”.

Demóstenes Torres disse que vai solicitar uma reunião extraordinária das lideranças do DEM para decidir quais as providências que serão tomadas contra Calheiros. “É intolerável sob qualquer critério que o presidente utilize a estrutura funcional do Congresso para cometer crimes”, afirma Demóstenes.
Pedro Abrão, por sua vez, confirma que os senadores usam seu hangar, que conhece os personagens citados, mas que não participou de nenhuma reunião. O empresário, que já pesou mais de 120 quilos, fez uma cirurgia de redução de estômago e está bem magrinho, como disse Escórcio. Renan Calheiros não quis falar.
Com reportagem de Alexandre Oltramari (que viria a ser assessor de Marconi Perillo).
Nota: Demóstenes é a única fonte que confirma a versão em que teria sido vítima.
6O caso do grampo sem áudio
Capítulo 1 – Revista Veja, Edição 2022, 22 de agosto de 2007
Capítulo 2 – Revista Veja Edição 2073 de 13 de agosto de 2008
Capítulo 3 – Revista Veja Edição 2.076 de 3 de setembro 2008

Chamada acima do logotipo: “Poder paralelo
Trecho do texto: O diálogo entre o senador e o ministro foi repassado à revista por um servidor da própria Abin sob a condição de se manter anônimo.

Trecho do texto: O senador Demóstenes Torres também protestou: “Essa gravação mostra que há um monstro, um grupo de bandoleiros atuando dentro do governo. É um escândalo que coloca em risco a harmonia entre os poderes”. O parlamentar informou que vai cobrar uma posição institucional do presidente do Congresso, Garibaldi Alves, sobre o episódio, além de solicitar a convocação imediata da Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para
analisar o caso. “O governo precisa mostrar que não tem nada a ver e nem é conivente com esse crime contra a democracia”.

Nota: O grampo sem áudio jamais foi exibido ou encontrado, mas a repercussão da matéria levou à demissão do delegado Paulo Lacerda da chefia da Abin.
7O caso do “grupo de inteligência” do PT
Capítulo 1 – Revista Veja Edição 2.167 de 2 de junho de 2010 (Clique aqui)

Trecho do texto: Não se sabe, mas as fontes de Veja que presenciaram os eventos mais de perto contam que, a certa altura…
Nota: A “fonte” não citada é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, funcionário de Carlinhos Cachoeira, apresentado a Luiz Lanzetta como especialista em varreduras.
Capítulo 2 – Revista Veja Edição de julho de 2010
Trecho de entrevista com o ex-delegado Onézimo de Souza, que sustentou (e depois voltou atrás) a história de que queriam contratá-lo para grampear Serra:

O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para espionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury [Ribeiro], o Benedito [de Oliveira, responsável pela parte financeira] e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou.
Nota: O outro colega do delegado-araponga, que Veja não menciona em nenhuma das reportagens sobre o caso, é o ex-sargento Idalberto Matias, o Dadá, capanga de Cachoeira e contato do bicheiro com a revista Veja (o outro contato é Jairo Martins, o policial associado a Policarpo Jr.).
Fonte: Correio do Brasil