terça-feira, 29 de maio de 2012

EXAMES DE VOZ MOSTRAM QUE GILMAR MENDES MENTE

O laudo de uma perícia em análise de frequência de voz aponta trechos "fraudulentos e suspeitos" na entrevista do ministro Gilmar Mendes veiculada nesta segunda-feira (28) pelo canal "GloboNews", sobre um encontro seu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na edição do último domingo (27), a revista Veja publicou reportagem em que o ministro Gilmar Mendes relata um suposto encontro entre ele, Lula e o ex-ministro Nelson Jobim no dia 26 de abril.

Segundo Mendes, o ex-presidente teria insinuado que poderia protegê-lo na CPMI do Cachoeira, que investiga a relação entre políticos e agentes públicos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento dos envolvidos no mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). O escândalo do mensalão, que deve ser julgado em agosto próximo, envolveu pagamentos a parlamentares da base aliada do então presidente Lula em troca de aprovação de projetos no Congresso Nacional.

Na análise de um total de 3 minutos de trechos da entrevista, foram detectadas 11 ocorrências de "alto risco", cinco de "provável risco" e duas de "baixo risco".

"Alto risco é uma maneira de dizer que a pessoa está mentindo", afirma o perito responsável pela análise, Mauro Nadvorny.

Nadvorny é diretor-presidente da empresa Truster Brasil, que produz a tecnologia que detecta sinais de tensão, estresse, medo, embaraço e excitação em arquivos de voz.. De acordo com Nadvorny, esses fatores permitem situar declarações em uma escala de veracidade.

O laudo indicou "alto risco" de fraude nos trechos em que o magistrado diz que o mensalão "entrou na pauta das conversas", que "o presidente tocou várias vezes na questão da CPMI" e no trecho em que Mendes diz ter "nenhuma relação, a não ser relação de conhecimento e de trabalho funcional com o senador Demóstenes".

Veja a seguir alguns dos trechos da entrevista de Gilmar Mendes considerados "fraudulentos e suspeitos" pelo laudo de Nadvorny, acompanhados da conclusão do perito:

Gilmar Mendes: “Este assunto entrou na pauta das conversas”

De acordo com a análise do software, o ministro Gilmar Mendes não está sendo verdadeiro quando afirma que o assunto (mensalão) entrou na pauta das conversas.

Gilmar Mendes: “E aí o presidente disse da importância do julgamento do mensalão, que se possível não se julgasse esse ano porque não haveria objetividade”

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes está sendo verdadeiro quando afirma que o presidente Lula teria dito que não haveria objetividade. Não é possível concluir que ele tenha dito algo sobre a importância do julgamento não acontecer este ano.

Gilmar Mendes: “O presidente tocou várias vezes na questão da CPMI, desenvolvimento da CPMI, o domínio que o governo tinha sobre a CPMI”

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes não está sendo verdadeiro quando afirma que o presidente Lula tocou no assunto da CPMI.

Gilmar Mendes: “Então eu disse a ele: ‘com toda franqueza, presidente, eu vou lhe dizer uma coisa, parece que o senhor está com alguma informação confusa’”

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes está sendo verdadeiro quando afirma que disse ao presidente Lula que ele estava com uma informação “confusa”.

Gilmar Mendes: “ 'O senhor não está devidamente informado, eu não tenho nenhuma relação, a não ser relação de conhecimento e de trabalho funcional com o senador Demóstenes”

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes não está sendo verdadeiro quando afirma que não tem nenhuma relação com a matéria da CPMI.

Gilmar Mendes: “Aí então eu esclareci a viagem de Berlim, (...) me encontrara com o senador em Praga porque isso foi agendado previamente, ele tinha também uma viagem para Praga, então nos deslocamos até Berlim. Eu vou um pouco a Berlim, como o senhor vai a São Bernardo

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes não está sendo verdadeiro quando afirma que se encontrou com o senador (Demóstenes) em Praga para ir a Berlim (para visitar sua filha) numa viagem previamente agendada.

Gilmar Mendes: “Claro que houve a conversa sobre o Mensalão, o Jobim sabe disso”

De acordo com a análise do programa, o ministro Gilmar Mendes muito provavelmente não está sendo verdadeiro quando afirma que a conversa existiu e que Jobim sabe disso.

Procurado pelo UOL para comentar o laudo, o ministro Gilmar Mendes não se manifestou até agora.

Equipamento

A análise de Nadvorny foi feita voluntariamente, com o software de análise de voz da Truster Brasil, o mesmo usado pelos serviços de inteligência das polícias do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal.

"A tecnologia faz uma varredura em todo o arquivo de voz para estabelecer uma linha básica e aponta os techos em que a fala foge dessa linha, o que indica, em diferentes graus, que a pessoa não está sendo verdadeira", diz Nadvorny.

Segundo ele, nos trechos em que o programa aponta "alto risco", há praticamente certeza de que a pessoa está mentindo. "Isso porque a natureza humana não é construída para mentir. Quando a pessoa mente, ela está sob estresse", afirma.

Fonte: UOL

GRANDES POTÊNCIAS EXPULSAM DIPLOMATAS SÍRIOS DE SEUS PAÍSES

O massacre de 108 pessoas em Houla, no centro da Síria, gerou uma reação política internacional. Os governos do Reino Unido, da França, da Espanha, da Alemanha e da Austrália anunciaram hoje (29) que decidiram expulsar os embaixadores, os encarregados de negócios (cargo desempenhado por diplomata na ausência de embaixador) e os diplomatas sírios de seus países.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse que o representante do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, foi informado que deve deixar o país. A decisão foi anunciada pelo assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague.

Em Madri, o Ministério dos Negócios Estrangeiro também anunciou a decisão de expulsar o embaixador sírio, Hussam Edin Aala, em resposta à repressão de civis por parte de Assad. O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, manifestou sua repulsa ao massacre.

Na Alemanha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou a expulsão do embaixador da Síria, Radwan Lutfi, também em protesto contra o massacre na cidade de Houla. O diplomata sírio terá 72 horas para sair do país. Em fevereiro, o governo alemão já tinha expulsado quatro diplomatas sírios. A Embaixada da Alemanha em Damasco está fechada.

Em Paris, o governo francês também anunciou a expulsão da embaixadora da Síria na França, Lamia Chakkour, em reação às ações do governo Assad. A embaixadora será notificada da decisão até amanhã (30). A decisão foi anunciada pelo próprio residente da República, François Hollande. Segundo ele, o grupo dos países Amigos da Síria se reunirá em Paris em julho.

Mais cedo, o governo da Austrália anunciou a expulsão de dois diplomatas sírios do país. Ambos receberam a notificação que terão 72 horas para deixar o território australiano. A expectativa é que mais países tenham a mesma atitude.

Fonte: Jornal do Brasil

CHANCES DE VEJA SER CONVOCADA À CPMI AUMENTAM APÓS ENCONTRO ENTRE GILMAR MENDES E LULA

Ao publicar matéria neste fim de semana sobre um encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, ocorrido há um mês, nesta capital, no escritório do ex-ministro da Defesa no governo Lula e ex-integrante do STF Nelson Jobim, na qual Mendes acusa Lula de pressioná-lo a adiar o julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’, em troca de não revelar supostas provas de envolvimento entre o ministro da mais alta Corte de Justiça do país e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), personagem central da Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) por suas ligações com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a revista Veja está mais perto de uma convocação para falar aos parlamentares.

Mendes
Após a entrevista de Mendes, cresce o número de contradições sobre os fatos. Traduzidos ao pé da letra, os acontecimentos significariam uma tentativa de chantagem por parte de um ex-presidente da República contra o integrante do STF ou, sob outro ângulo, trata-se de uma notícia fabricada para desviar o foco sobre o escândalo que abala os partidos da direita, como DEM e PSDB, por suas ligações com o esquema criminoso do bicheiro Cachoeira, e desacreditar a tese do presidente Lula quanto à inexistência do esquema conhecido como ‘mensalão’, uma espécie de mesada do governo aos parlamentares da base aliada para que votassem com o governo. Esta última possibilidade ganhou corpo junto a parlamentares da CPMI, que buscarão convocar não apenas os representantes legais da revista, quanto seus editores, para uma série de explicações.

A maior suspeita que, no momento, recai sobre Veja e Gilmar Mendes, é a de conluio para atentar contra os trabalhos da CPMI; além de ofuscar as investigações sobre a que distância chegam os tentáculos do crime organizado nas três esferas do poder democrático. O número de imprecisões na matéria colabora para que o pedido de convocação seja aprovado nas próximas reuniões da comissão. Ao contrário do que afirma Gilmar Mendes à Veja, fonte ouvida pelo Correio do Brasil afirma que não partiu do ex-presidente Lula o convite para o encontro, fato posteriormente confirmado por Jobim que negou, ainda, a existência de qualquer diálogo entre Lula e o ministro do STF sobre o ‘mensalão’.

Para o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), um dos parlamentares que mais atua pela investigação dos fatos listados na CPMI do Cachoeira, por sua experiência como delegado federal, o momento é perfeito para a convocação de Roberto Civita, dona da Editora Abril e proprietário do título de Veja, além de editores e demais jornalistas envolvidos com o caso Cachoeira. Está claro, segundo afirmou o parlamentar, em entrevista exclusiva ao CdB, que a revista é parte integrante de um esquema que visa blindar determinadas autoridades envolvidas na rede criminosa do bicheiro e, na outra ponta, criar uma insegurança jurídica para o julgamento do ‘mensalão’, no STF.

– Creio que a convocação dos representantes da revista, após essa notícia, é mais do que necessária. Não é a primeira vez que percebemos o intuito da publicação, de tentar influir nos trabalhos da CPMI e, ao mesmo tempo, criar uma insegurança jurídica junto ao STF, para o julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’. Cada vez mais esse veículo de imprensa tenta desestabilizar os trabalhos dos parlamentares e, agora, ao envolver um integrante da Suprema Corte em um fato obscuro como foi esse encontro no escritório de um ex-ministro, ao qual o ex-presidente Lula, ao que tudo indica, esteve presente, é preciso pedir esclarecimentos para o público, para que as pessoas tenham acesso à realidade dos fatos – afirmou o deputado, delegado Protógenes.

A insegurança jurídica causada pela atuação da revista no tocante ao processo do ‘mensalão’, segundo o parlamentar, é evidente.

– Essa notícia, que envolve um integrante do STF, tem o claro objetivo de fomentar o conflito entre os poderes e atormentar justamente aqueles que irão julgar o processo. É preciso um questionamento sobre a linha ética dessa publicação – afirmou Protógenes.

‘Pego na mentira’

Para o desembargador Wálter Fanganiello Maierovitch, jurista e membro das academias Paulista de História e Paulista de Letras Jurídicas, em artigo publicado nesta segunda-feira em uma página, na internet, não é a primeira vez que o ministro do STF se vê envolvido em questões pouco ortodoxas para um integrante da Suprema Corte de Justiça do país.

“O ministro Gilmar Mendes já foi pego na mentira. Isto quando sustentou o ‘grampeamento’ de conversas telefônicas com o senador Demóstenes Torres, seu grande amigo. Para a Polícia Federal, por meio de perícias, não houve interceptações e gravações de conversas. Na perícia realizada, não atuaram os peritos Ricardo Molina e nem Badan Palhares. À época, Gilmar Mendes, que estava na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu atirando pela mídia. Disse que chamaria o presidente Lula às falas. Por suspeitar da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Gilmar Mendes exigiu a saída imediata do seu diretor-geral, que era o íntegro delegado Paulo Lacerda, de relevantes serviços ao país, em especial quando dirigiu a Polícia Federal. A propósito, Lula, vergonhosamente, entregou a cabeça de Lacerda e o ofertou um asilo na embaixada do Brasil em Lisboa”, afirmou, no texto.

Maierovitch lembra que, para dar sustentação à afirmação de Gilmar Mendes, entraram em cena Demóstenes Torres – que confirmou o diálogo com Gilmar Mendes e o teor de uma gravação transcrita pela revista Veja –, e Nelson Jobim, que é aquele que confessou, em livro laudatório e promocional, haver colocado na Constituição da República artigos desconhecidos e não aprovados pelos seus pares (deputados) constituintes. Sobre isso, colocou, quando o escândalo veio a furo, a culpa em Ulisses Guimarães, que, por estar morto, não podia responder”. O desembargador chama atenção para o fato de que, no livro, Jobim não mencionou Ulisses Guimarães e o escândalo foi revelado porque, “pasmem!!!, algum ingênuo entendeu em ler o escrito por Jobim”.

“Segundo Jobim, então ministro da Defesa e para apoiar Gilmar Mendes, as Forças Armadas tinham emprestado um aparelho, cujas especificações mostrou aos jornalistas, para ‘grampeamentos telefônicos’ à Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). As Forças Armadas desmentiram o ministro Jobim ao revelar que não houve o empréstimo e que Jobim havia apresentado, quando ao equipamento que teria sido emprestado, catálogos de empresas vendedoras de equipamentos de segurança. Catálogos que eram distribuídos em lojas de shopping centers. Como se percebe, a dupla Mendes-Jobim seria qualificada numa Comissão Apuratória, pelos antecedentes mendazes com trânsito em julgado, como suspeita de não estar a falar a verdade”.

No artigo, o jurista constata que, “com efeito, Mendes, agora, sustenta ter encontrado Lula no escritório de advocacia de Nelson Jobim”.

“Como dizia Carl Gustav Jung, pai da psicanálise, coincidências não existem. Sobre isso, Jobim afirmou que o encontro no seu escritório de advocacia foi uma coincidência, pois restou visitado por Lula quando Gilmar Mendes estava por lá. Lula aparecer de surpresa no escritório de Jobim não dá para acreditar. E o estava a fazer um ministro do STF num escritório de advocacia?”, questiona.

Para Mendes, segundo Maierovitch, “o ex-presidente Lula o pressionou para adiar o julgamento do ‘mensalão’ e insinuou saber da sua presença, na cidade alemã de Berlim, em companhia de Demóstenes Torres. Não bastasse a insinuação, Lula teria assegurado que tal fato não seria apurado, pelo seu poder de mando, pela CPMI. Em outras palavras, não entraria na apuração a suspeita de encontro em Berlim sob patrocínio financeiro de Carlinhos Cachoeira“.

“O grampo sem áudio que vitimou Paulo Lacerda e a Abin envolveu Mendes, Jobim, Demóstenes e a revista Veja (a revista transcreveu a conversa interceptada entre Mendes-Demóstenes, mas não exibiu o vídeo). Como favorecido pelo escândalo aparecia o banqueiro Daniel Dantas, solto por liminares de Gilmar que contrariavam até súmula do STF. Agora, a história do encontro casual (para a revista Veja o encontro foi a pedido de Lula) e a chantagem envolve Jobim, Mendes, revista Veja e Lula. A quem aproveita essa história, ainda não está claro. Como pano de fundo, a revista Veja coloca o ‘mensalão’. O certo é que Jobim, Mendes e Lula estiveram num mesmo escritório, no mês de abril passado”, concluiu.

Fonte: Correio do Brasil

MP RJ PEDE AUMENTO DE PENA DE CARLINHOS CACHOEIRA E WALDOMIRO DINIZ

O Ministério Público do Rio de Janeiro expediu recurso solicitando a juíza Maria Tereza Donatt, da 29ª Vara Criminal da Capital, o aumento das penas do ex-presidente da Loterj, Waldomiro Diniz da Silva, e do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Carlinhos Cachoeira
Eles foram condenados pela magistrada, em 27 de fevereiro de 2012, por corrupção passiva e ativa e por crime contra a lei de licitações. Na sentença, a magistrada absolveu ambos por falta de provas da acusação de fraude na licitação que favoreceu a Hebara Distribuidora de Produtos Lotéricos.

Waldomiro Diniz da Silva atuou durante os Governos Garotinho e Benedita da Silva, e Carlos Ramos era representante legal do Consórcio “Combralog” à época dos fatos.

Carlinhos Cachoeira ganhou a licitação, em 2002, para fornecer o serviço de loteria online ao Estado. Segundo a sentença, houve negociata de propina e de doações para campanhas políticas com dinheiro público em contrato envolvendo mais de R$ 160 milhões, muito embora a renda da Loterj devesse ser destinada a projetos de interesse social.

Waldomiro Diniz da Silva foi condenado, tendo em vista o concurso de crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, às penas de 12 anos de reclusão, três anos de detenção, 240 dias-multa (sendo que o valor de cada dia-multa será de um salário mínimo) e multa de R$ 170 mil.

Já Carlos Ramos, também em função do concurso de crimes de corrupção ativa e fraude à licitação, recebeu pena de oito anos de reclusão, dois anos e seis meses de detenção, 160 dias-multa (sendo que o valor de cada dia-multa será de um salário mínimo) e multa de R$ 85 mil.

Fonte: Correio do Brasil

BOB FERNANDES: POR QUE GILMAR MENDES, DO STF, NÃO MOVEU AÇÃO CONTRA LULA?



Estranhíssimo que um ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-presidente do mesmo STF vaze conversa reservada com um ex-presidente da República. Muito mais estranho: se a conversa teve tal gravidade, por que Gilmar Mendes não reuniu o tribunal no dia seguinte e não denunciou o fato? Por que não fez uma representação contra Lula? Era o seu dever. Por que esperou um mês para se dizer indignado?

É digno de um ministro, ex-presidente do Supremo, vazar através da imprensa informações desse teor? Se é que são verdadeiras. Se era para revelar, por que ele mesmo não revelou? Por que esperou a Veja fazer o trabalho para, só então, numa tabelinha, dizer o que disse?

Nelson Jobim, também ex-presidente do Supremo, em entrevista ao jornal Zero Hora, negou que o Mensalão tenha sido tema da conversa. Contou Jobim: "Foi uma conversa institucional. Não teve nada nos termos em que a Veja está falando". 

Perguntado sobre a hipótese de Lula e Gilmar terem conversado reservadamente, Jobim negou: "Não, não, não".

E por que a revista Veja? O que já produziu para a história o quarteto Veja, Gilmar, Jobim… e Lula? Em 3 de setembro de 2008, acompanhado de outros ministros do Supremo, Gilmar Mendes foi ao Palácio. Para, como disse então, "chamar às falas o presidente" Lula.

Isso porque a mesma Veja havia publicado capa sobre grampos. E informado que Gilmar Mendes e o senador Demóstenes Torres tinham sido grampeados. 

O grampo nunca existiu. Mas a cobrança de Gilmar, nisso auxiliado pelo mesmo Jobim, então ministro da Defesa, levou à queda de Paulo Lacerda e diretores da Abin. Mais grave: reverberado por colunas amestradas, o grampo que nunca existiu foi a arma usada para atacar a Operação Satiagraha. Aquela que prendeu Daniel Dantas. 

O campo para os ataques foi a CPI dos Grampos. CPI presidida pelo deputado Marcelo Itagiba. Itagiba, que teve ajuda do presidente do banco de Daniel Dantas para sua campanha. Tudo sempre muito estranho. Ou, muito claro. 

Estranho, por exemplo, que Demóstenes Torres, o mesmo da CPI do Cachoeira, tenha empregado em seu gabinete uma enteada de… Gilmar Mendes. 

Aliás, depois disso tudo, o ministro Gilmar Mendes ainda se considera habilitado para votar no caso Mensalão? Esse gesto do ministro se torna, obviamente, uma declaração de voto antecipada. 

Mais um fato estranho: por que Lula, tão experiente, tão rodado, põe-se outra vez numa conversa do gênero com Jobim e Gilmar Mendes? A assessoria de Lula negou o que Gilmar Mendes diz que ele disse. Se disse, ou tivesse dito, isso seria um desastre. 

De qualquer forma, o ex-presidente Lula cometeu, ao menos, um erro político. Não bastaram o grampo que não existiu e a atuação anterior desse triunvirato Gilmar Mendes, Jobim e Demóstenes Torres? 

O que Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal, foi fazer no escritório de um advogado, Jobim, e com um ex-presidente da República?

E por que, ainda e mais uma vez, Lula confiou em… Gilmar Mendes?

Fonte: Terra

SEIS BANDIDOS MORREM EM AÇÃO DA ROTA, EM SÃO PAULO

Seis bandidos morreram durante uma ação de policiais da Rota (Ronda Ostensivas Tobias Aguiar), por volta das 21h30 desta segunda-feira, na Rua Osvaldo Sobreira, no estacionamento de uma casa noturna próxima à favela Tiquatira, na região da Penha, zona leste de São Paulo. De acordo com informações do Jornal do SBT, seis viaturas se deslocaram ao local após uma denúncia anônima de que o bando, supostamente ligado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), estava reunido no local para traçar um plano de resgate de um preso que seria transferido do Centro de Detenção Provisória do Belém, na zona leste, para a Penitenciária II de Presidente Vescenslau, no interior do Estado.

Seis homens morreram na noite desta segunda-feira, após uma troca de tiros com policiais militares da Rota . Foto: Edu Silva/Futura Press

Segundo os policiais, as equipes foram recebidas a tiros no local informado e também abriram fogo. Ao todo, seis criminosos foram baleados e morreram a caminho de prontos-socorros da região. Duas mulheres e um homem, que faziam parte do grupo, se entregaram sem resistir, enquanto outros cincos suspeitos fugiram em um veículo branco. No local, os policiais apreenderam um Renault Logan, um Ford Fiesta e um Fiat Pálio. Com o grupo foram localizados R$ 3 mil, oito tijolos de maconha, cinco tabletes de cocaína e várias armas, algumas de uso exclusivo das Forças Armadas.

Fonte: Terra

PT INCLUI GILMAR MENDES NA INVESTIGAÇÃO DA CPMI

PT inclui ministro do STF nas investigações da CPI

Jilmar Tatto não descarta investigação: “Se o ministro viajou a Berlim com Demóstenes, alguém pagou a passagem”

O PT busca dados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as relações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com empresas e autoridades.

A informação de que Mendes se encontrou em Berlim, na Alemanha, com o senador Demóstenes Torres (GO), apontado pela Polícia Federal como o principal braço político de Cachoeira, foi a primeira mais relevante delas e partiu de integrantes do partido na comissão.

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Ela integra a estratégia inicial do partido para a CPI, de “desvendar a farsa do mensalão”. Com essa informação em mãos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu para uma conversa com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, no dia 26 de abril. Segundo a revista ‘Veja’, no encontro, Lula pediu o adiamento do julgamento do mensalão. Ofereceu em troca a disposição da maioria governista da CPI de livrá-lo de uma investigação.

O ex-presidente nega ter conversado sobre o mensalão no encontro. A versão petista é que foi Mendes quem marcou o encontro pois soubera por um assessor que acompanha os trabalhos na CPI que alguns parlamentares obtiveram a informação de seu encontro com Demóstenes em Berlim. A razão de ele só falar sobre o assunto agora, mais de um mês após o encontro com Lula, seria uma espécie de “vacina” contra o aprofundamento da investigação contra ele pelo PT.


A razão é que há outras linhas de apuração contra Mendes, como uma eventual influência dele sobre o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na decisão de não abrir uma ação penal contra Demóstenes no STF após receber os dados da Operação Vegas, em 2009.

Os petistas tentaram, mas não conseguiram aprovar na CPI um requerimento para convocar Gurgel para falar sobre isso. Na semana passada, porém, o procurador encaminhou à CPI sua justificativa: a de que detectou apenas desvios no “campo ético”, insuficientes para a abertura de ação judicial.

Até mesmo o ex-diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, segundo um petista, tem auxiliado na operação. Ele foi visto há algumas semanas no Congresso em conversas com integrantes do partido. Sua motivação seria o afastamento do posto maior da PF após Mendes denunciar grampo, nunca comprovado em seu gabinete, que teria flagrado um diálogo dele com Demóstenes. Agora seria o momento de “dar o troco”.

Tanto que uma terceira linha de atuação contra Mendes na CPI é ligar a Mendes o ex-policial Jairo Martins, ex-funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), preso na Operação Monte Carlo. A suspeita é de que foi Martins quem, a pedido de Mendes, detectou suposto grampo no gabinete do ministro. O episódio foi publicado pela revista “Veja” e resultou na demissão de Lacerda.

Mas de acordo com um interlocutor de Lacerda, sua presença no Congresso se deve ao fato de ele estar atuando em uma associação de segurança privada, que tem entre suas funções acompanhar a tramitação de projetos ligados ao setor.

Apesar dessas linhas de apuração estarem em andamento, o PT sempre avaliou que o encontro de Demóstenes e Mendes em Berlim era insuficiente, ao menos por ora, para ligar o ministro ao esquema de Cachoeira. Ontem, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, afirmou que Mendes não é alvo da CPI. Mas sugeriu, entretanto, que pode vir a ser.

“Se o ministro viajou a Berlim com Demóstenes, alguém pagou a passagem. Se o grampo [de Mendes com Demóstenes] não ocorreu, alguns dados estão sendo levantados e vamos verificar. Está sendo levantado tudo na CPI. Gilmar não está [diretamente] no foco da CPI. [Mas] Todos, indiretamente, estão no foco da CPI. Vamos verificar o conteúdo disso e verificar os limites de cada um. Não vamos partidarizar a CPI, o que não significa que seremos omissos.”

A oposição também optou por não levar o possível pedido de Lula a Mendes para dentro da CPI. Ao menos formalmente. Hoje é provável que haja discursos na CPI contra o episódio, mas isso não será transformado em convocação do ex-presidente ou até mesmo de acareação, como foi inicialmente pensado. Ciente de que não teria votos suficientes para aprovar nenhum desses requerimentos, o PSDB optou por interpelação judicial contra Lula.

Fonte: Valor

GILMAR MENDES COMETE ATO FALHO AO REPETIR, EM ENTREVISTA, O TAL CONTO DE FADAS E SE DESMENTE SUB-REPTICIAMENTE


O ministro Gilmar Mendes, que acusou o presidente Lula de tê-lo constrangido com o objetivo de que adiasse o julgamento do mensalão, deu uma entrevista à Rede Globo, em que suou, gaguejou, se enrolou e acabou cometendo um ato falho incrível:

Gilmar dizia que o presidente teria insinuado que haveria alguma irregularidade numa viagem do ministro a Berlim...

(Parêntesis longuíssimus: Só rindo. Segundo Gilmar, Lula teria perguntado apenas o seguinte: - E Berlim?. A partir daí, ele começou a se justificar, porque corre um boato na internet de que Gilmar teria viajado com Demóstenes a Berlim às custas de Cachoeira, que teria se encontrado com os dois na Alemanha. Gilmar conta uma história engraçadíssima (suando, gaguejando), de que tudo seria fruto de uma incrível coincidência, porque ele e Demóstenes - por motivos diferentes - teriam uma agenda em Praga, combinaram se encontrar naquela cidade e depois foram para Berlim, onde mora uma filha do ministro.

Amigo leitor, leitora amiga ou perdida aqui no blog, qual será estatisticamente a possibilidade de duas pessoas terem compromisso numa mesma data em Praga? )

Voltando ao que dizia Gilmar na entrevista, ele negava que houvesse qualquer problema na viagem, mas, aí, o inconsciente escapou e Gilmar disse o oposto do que gostaria de dizer. Confira:





Ao invés de dizer que a suposta especulação do presidente Lula era inadequada, ele disse que era adequada e ainda mostrava motivações sub-reptícias, ou seja, fraudulentas:

- "O uso dessa informação por parte do presidente me pareceu absolutamente ADEQUADO e revelador de qualquer outra intenção sub-reptícia."

Então, ficamos assim: Jobim já desmentiu Gilmar. Lula desmentiu Gilmar. E agora Gilmar desmentiu Gilmar.

Fonte: Blog do Mello

CACHOEIRA PODE TER BANCADO JATINHO PARA GILMAR MENDES


O ministro do STF Gilmar Mendes esteve em Granada (Espanha) no dia 14 de abril de 2011, segundo o site do STF, para participar de um congresso. Ele contou que, depois, viajou para Praga, onde encontrou-se com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO), e seguiram para Berlim.

No dia 23 de abril, escutas telefônicas da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, captaram Carlinhos Cachoeira e seu assessor Wladimir Garcez, providenciando um jatinho para buscarem Demóstenes Torres e um Gilmar (que a Polícia Federal suspeitou ser Mendes), de São Paulo para Brasília.

Demóstenes e o referido Gilmar, chegariam de uma vôo internacional em São Paulo, e não achariam vôo para Brasília, segundo Wladimir Garcez.

Cruzando as escutas com as datas confirmadas por Gilmar Mendes em entrevistas, há fortes evidências de que Demóstenes e Gilmar podem ter sido supridos por este jatinho providenciado pelo esquema Cachoeira.

Seguem os diálogos: