terça-feira, 10 de agosto de 2010
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, rechaçou nesta segunda-feira as acusações de que é inexperiente para governar o Brasil e destacou sua proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, a ex-ministra da Casa Civil procurou minimizar a fama de "durona" e comentários --inclusive do próprio presidente-- de que chegou a maltratar ex-colegas de governo.
"Me considero preparada para governar o Brasil... conheço o Brasil de ponta a ponta, conheço os problemas", afirmou Dilma, acrescentando que tem experiência administrativa suficiente porque ocupou "o segundo cargo mais importante na hierarquia do governo federal".
"Fui o braço direito e esquerdo dele (Lula) nesse processo de transformar o Brasil num país diferente, num país que cresce e distribui renda e que as pessoas têm, depois de muitos anos, a possibilidade de subir na vida."
Em resposta aos questionamentos sobre seu temperamento, a ex-ministra alegou que se esforçava para o governo alcançar metas.
"Sou uma pessoa firme. Acho que, em relação aos problemas do povo brasileiro, eu não vacilo", acrescentou.
Na defensiva na maior parte da entrevista, Dilma buscou justificar as alianças com antigos adversários do PT e o desempenho do governo Lula na economia e em setores como o de saneamento básico.
Para Dilma, por falta de experiência administrativa anterior, o PT só descobriu, nos últimos anos, que precisava de aliados para governar o país.
Assim, argumentou, a legenda aceitou o apoio de antigos adversários, como os ex-presidentes e atuais senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL), além do deputado Jader Barbalho (PMDB-AP).
"Quem nos apoia, aceitando os nossos princípios e as nossas diretrizes de governo, a gente aceita do nosso lado. Não nos termos de quem quer que seja, mas nos termos de um governo que quer levar o Brasil para outro patamar", afirmou.
ECONOMIA
A candidata disse que o crescimento do país é menor do que outras economias emergentes e nações vizinhas por conta da situação que o governo Lula herdou de administrações anteriores.
Segundo ela, o Brasil saiu de um estado de "paralisia, desemprego e estagnação" em que havia perdido a "cultura do investimento" e não tinha a inflação sob controle, e, agora, vive uma situação de "prosperidade".
"Tivemos que fazer um esforço muito grande para colocar as finanças no lugar", destacou.
Assegurando que não trata movimentos sociais a cacetete, mas não aceita ilegalidades, ela também lembrou que o Brasil sofreu menos os efeitos da crise financeira internacional do que outros países.
"Meu projeto é dar continuidade ao governo do presidente Lula, mas não é repetir. É avançar e aprofundar, é basicamente esse olhar social."
INFRAESTRUTURA
Mais tarde, em entrevista ao Jornal das Dez, do canal de televisão a cabo Globo News, Dilma rebateu críticas sobre gargalos de infraestrutura.
Ela culpou a falta de investimentos nos últimos 20 anos, mas reconheceu que as obras nos aeroportos deveriam ocorrer de uma forma mais acelerada.
"Não estou contente também com o ritmo das obras. Acho que elas têm que ser muito mais céleres."
Para resolver o problema, disse, seu governo abriria o capital da Infraero, estatal que administra os aeroportos do país, e criaria um marco regulatório para a participação da iniciativa privada no setor.
"Primeiro se abre o capital, cria-se uma gestão profissional na Infraero."
Trocando palavras em algumas respostas, ela reafirmou sua posição de defesa à indicação política para cargos públicos, desde que respeitados critérios técnicos. A ex-ministra também assegurou que defenderá o meio ambiente.
"Não concordo com conivência com o desmatamento nem leniência e flexibilidade com desmatadores", destacou.
Perguntada se sua política externa manteria relações com países acusados de desrespeitar a democracia e os direitos humanos, como Irã, Cuba e Venezuela, a candidata governista disse que defenderá a paz, o diálogo e a integração da América Latina.
"Acho que tem países em que há problemas em relação a direitos humanos", afirmou, sem citar as nações.
Fonte: Reuters
PRESIDENTE LULA QUER AGILIDADE NAS LICENÇAS AMBIENTAIS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta terça-feira dos ministros uma proposta de reformulação dos procedimentos internos do governo para agilizar a liberação de licenças ambientais, afirmou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
Segundo o ministro, Lula fez o pedido naquela que deve ser sua penúltima reunião ministerial. Setores do governo e do empresariado culpam a demora na liberação de licenças ambientais pelas dificuldades em acelerar a execução de obras de infraestrutura.
"Até setembro ele quer um conjunto de revisão de procedimentos internos dos órgãos envolvidos para que a gente acelere o processo de licenciamento ambiental", afirmou Padilha a jornalistas após o encontro.
Esta é a vigésima sexta reunião deste tipo e Lula disse que fará mais uma antes de seu governo acabar, em dezembro. Neste ano, é a terceira vez que o presidente reúne toda sua equipe.
De acordo com o ministro de Relações Institucionais, o presidente informou ainda que pretende enviar ao Congresso até o fim do ano propostas de marcos regulatórios para o setor de mineração e os meios de comunicação. Quer também concluir a regulamentação de todos os marcos regulatórios já aprovados e que carecem de regras complementares para entrarem em vigor, como a nova lei de resíduos sólidos.
HORA DA COLHEITA
Lula também exigiu empenho dos ministros nos meses finais do governo. "Ele quer entregar tudo aquilo que ele se comprometeu e plantou... não é hora de inventar novas ações", explicou Padilha.
O presidente destacou a Casa Civil para monitorar o desempenho dos ministérios e informou que também se dedicará pessoalmente à iniciativa.
Ele elencou como prioridades a execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e ações nas áreas de educação, inovação tecnológica industrial e agrícola, saúde e o plano de investimentos da Petrobras, disse Padilha.
"Não falta dinheiro para acelerar as obras do PAC."
No front externo, Lula disse aos ministros que pretende trabalhar na presidência temporária do Mercosul para consolidar o bloco.
Além de Lula e do vice-presidente da República, José Alencar, todos os ministérios ou órgãos com esse status tinham representantes na reunião. Apenas o Ministério das Comunicações, a Secretaria de Direitos Humanos, e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência enviaram os ministros interinos.
Fonte: Reuters
"Se compararmos o nível de ocupação em junho deste ano com o registrado em setembro de 2008, o emprego industrial foi 2,5% inferior, em junho de 2010", ressalta o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Em junho ante maio, o emprego industrial mostrou avanço de 0,5%.
Outro ponto destacado por Macedo foi o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano de 2009, época em que a indústria sentiu os efeitos mais agudos da crise global. "Temos, é claro, o uso de uma base de comparação baixa, referente ao ano passado; mas se observarmos o índice de média móvel trimestral de junho (usado para mensurar tendências), o emprego industrial tem mostrado trajetória de recuperação desde julho de 2009", comentou.
Na análise do IBGE por setores, Macedo observou que as indústrias que puxaram para cima o emprego industrial em junho estão entre as que mais sofreram com a crise global iniciada em 2008. "Estas indústrias, como as de máquinas e equipamentos, apresentaram recentemente bons desempenhos de produção industrial, e isso se refletiu no emprego", comentou.
São Paulo, que representa em torno de 35% do emprego industrial no País e cerca de 40% do parque industrial brasileiro, foi o local que mais impulsionou os aumentos no pessoal ocupado da indústria em junho, em todas as comparações. "O peso de São Paulo foi muito expressivo em junho, e o bom desempenho do local acabou favorecendo o cenário nacional", disse.
Sobre as perspectivas do emprego industrial para os próximos meses, o economista foi cauteloso e lembrou que o IBGE não faz previsões. "Vamos aguardar os próximos resultados da produção industrial para saber como o mercado de trabalho [na indústria] vai reagir", afirmou.
Fonte: Agência Estado
Em Goiânia, José Serra disse: "Não estou entendendo seu sotaque" |
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A venda de novas cotas de consórcio de automóveis e comerciais leves cresceu 32,5% no primeiro semestre do ano, em relação a igual período de 2009.
As novas cotas somaram 260,2 mil neste ano, contra 196,4 mil no ano passado, segundo dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
No mesmo intervalo, o número de participantes dos consórcio dessa modalidade chegou a 1,02 milhão, contra 889,3 mil em junho de 2009, um crescimento de 14,7%.
Considerando todos os veículos e motos, a venda de novas cotas cresceu 10,8% no semestre, para 858,7 mil. Os participantes passaram de 3 milhões para 3,2 milhões, uma alta de 6,6%.
No caso dos imóveis, a venda de novas cotas de consórcio cresceu 12,2%, para 110,2 mil, de janeiro a junho. Os participantes nessa modalidade somaram 562 mil (alta de 8,7%).
"Diversos fatores contribuíram para esse crescimento como a inexistência de juros, as novas modalidades de utilização do FGTS no consórcio de imóveis, a maior presença das classes C e D, o planejamento do consumidor, seu questionamento sobre a necessidade imediata ou não da aquisição do bem", afirmou Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.
Somando todas as modalidades, a venda de novas cotas cresceu 10,1% e somou 1,02 milhão. O número de participantes chegou a 3,88 milhões em junho deste ano, uma alta de 6% em relação a igual período de 2009.
Fonte: Folha.com
Apae's (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) - repudiam declaração de Serra em debate
A FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ASSOCIAÇÕES DE SÍNDROME DE DOWN PUBLICOU UMA NOTA NESTA SEGUNDA-FEIRA (9) REPUDIANDO AS DECLARAÇÕES FEITAS PELO CANDIDATO DO PSDB À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, JOSÉ SERRA, CRITICANDO A POLÍTICA DO GOVERNO FEDERAL PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS NO DEBATE DA BAND, NO DIA 5 DE AGOSTO.
Ao questionar a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no primeiro bloco do debate, Serra afirmou que o governo federal teria perseguido as associações civis que atendem pessoas portadoras de deficiência e que teria tentado impedir que as Apae's funcionassem como escolas.
"Manifestamos a nossa indignação e repudiamos as declarações do senhor José Serra, no debate realizado no dia 5 de agosto de 2010, por contrariar todos os avanços duramente conquistados por entidades, pessoas com deficiência e familiares, ao questionar e instigar contra o direito à educação inclusiva garantido por Lei", diz a nota da federação.
A entidade declara ainda que o governo "vem agindo em conformidade com as legislações e disponibilizando recursos para a equiparação de direitos e igualdade de condições" para educação especial.
Em sua fala no debate da Band, Serra chegou a dizer que a política do governo federal para o setor é uma "maldade". “Sugiro que você (DIlma) diga ao ministro Haddad (Educação) que ele fez uma maldade. Cortaram equipamentos, cortaram tudo para as entidades num governo de que a senhora faz parte”, disse Serra.
O comando da campanha de Serra esperava que a "denúncia" sobre as Apae's fosse gerar uma repercussão negativa para o governo Lula nos noticiários dos dias seguintes ao debate. Mas a estratégia parece ter tido efeito contrário. O noticiário predominante sobre o assunto até o momento é desfavorável ao próprio "acusador" José Serra, já que ficou demonstrado que o candidato tucano fez uma denúncia sem base nos fatos e distorcida.
Pai de menina especial repudia Serra
Em mensagem enviada ao blog do jornalista Luis Nassif, um leitor de nome Carlos França, que se identificou como pai de uma menina portadora da Síndrome de Down, também repudiou as declarações de Serra:
Sendo pai de uma menina especial, portadora da Síndrome de Down, senti asco e nojo do candidato Serra no debate. Esse candidato tentou explorar dúvidas de pais e amigos (quase toda a população) de pessoas especiais de como seria a melhor forma de educar esses cidadãos. A política de inclusão, do governo Lula, das pessoas especiais nas escolas públicas é correta: todos os brasileiros tem o direito à educação fornecida pelo estado. Às APAES não cabe a educação formal mas complementar.
Esse candidato, que espero que suma da vida pública, apenas lançou dúvidas, divulgou preconceitos e maledicências contra a inclusão de pessoas especiais na sociedade. Se antes eu apenas o desprezava, agora eu o combaterei. O meu mais veemente repúdio a esse candidato e à utilização eleitoreira, superficial, de um tema que merece um debate sério. (Por Carlos França)
Ministério da Educação prova que tucano mentiu
Na sexta-feira após o debate, o Ministério da Educação divulgou uma nota em seu site esclarecendo os repasses às associações civis e a política do governo para as pessoas portadoras de deficiência. Veja abaixo:
Governo Lula às entidades e instituições destinou R$ 293 milhões em 2010
O repasse de recursos destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência aumentou nos últimos anos. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado.
Isso significa que as instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos - como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) - que oferecem atendimento educacional especializado para alunos matriculados nas classes comuns do ensino regular também recebem recursos do Fundeb. O antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) não destinava verba para essas instituições.
Este ano, o valor total repassado por meio do Fundeb ao atendimento educacional especializado em instituições privadas será de R$ 293.241.435,86. Em 2009, foram encaminhados R$ 282.271.920,02. O número de matrículas atuais nessas unidades conveniadas é de 126.895.
Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos às instituições filantrópicas para merenda, livro e aqueles originários do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos últimos três anos, foram repassados R$ 53.641.014,94, destinados a essas ações.
Hoje, a rede pública contempla 454.927 matrículas de estudantes com deficiência. Mais alunos da educação especial estão em classes comuns do ensino regular em relação a 2003, quando havia 145.141 matrículas. Dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2009 já apontam 387.031 estudantes incluídos.
O crescimento na quantidade de estudantes com deficiência que estudam em classes regulares é resultado da política do Ministério da Educação a favor da inclusão. Apoio técnico e financeiro do MEC permite ações como a adequação de prédios escolares para a acessibilidade, a formação continuada de professores da educação especial e a implantação de salas de recursos multifuncionais. Estas salas foram implantadas em 24.301 escolas públicas, de
Fonte: dilma13.blogspot.com/