quarta-feira, 30 de junho de 2010
A NÍVEIS DE 1991 CAI O DESEMPREGO EM SÃO PAULO
A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou estável em 13,3% entre abril e maio, mas registrou o menor índice, considerando-se o quinto mês do ano, desde 1991, segundo pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgada nesta quarta-feira.
Na média das sete regiões metropolitanas analisadas no Brasil, houve leve queda na taxa, passando para 13,2%, ante 13,3% em abril.
O índice ficou estável
No Distrito Federal, houve a única alta entre os índices, de 14,2% para 14,3%.
Ocupação
O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,904 milhões de pessoas no mês passado, 38 mil a menos do que
Nesse mesmo comparativo, o nível de ocupação, na média nacional, teve baixa de 0,2%. O total de ocupados nas sete regiões pesquisadas foi estimado em 19,068 milhões de pessoas, para uma PEA (População Economicamente Ativa) de 21,972 milhões.
Na divisão por atividade, o nível de ocupação caiu na maioria dos setores: comércio (-57 mil), construção civil (-21 mil) e agregado de outros setores (-18 mil). Já na indústria e em serviços, houve a criação de 14 mil e de 50 mil postos, respectivamente.
Rendimento
Em abril, o rendimento médio real dos ocupados no país cresceu 0,6%, chegando a R$ 1.243. Já o dos assalariados ficou em R$ 1.306, apresentando redução de 0,6%.
O rendimento médio dos ocupados aumentou
Em Salvador e Porto Alegre, os números permaneceram relativamente estáveis.
Na capital baiana, houve leve alta de 0,3%, para R$ 1.076. Já na capital gaúcha, a pesquisa registrou queda de 0,3%, para R$ 1.295. No Recife, o rendimento médio diminuiu em 1,0%, atingindo R$ 832.
Deu na Folha
DILMA ATRAI ARTISTA E INTELECTUAIS
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IMPECÁVEL! ASSIM FOI DILMA NO RODA-VIVA
Germano Oliveira, chefe de redação de O Globo, e Sergio Dávila, editor-executivo da Folha de São Paulo, fizeram, respectivamente, duas perguntas evidentemente talhadas para desestabilizar emocionalmente a candidata do PT à Presidência. O primeiro perguntou, na lata, se ela se considerava um “poste”, e o segundo, se ela mandara fazer um dossiê contra o adversário José Serra.
Ainda bem que não sou político. Não teria tido o jogo de cintura de Dilma, em tal situação. Com um sorriso entre maroto e irônico, disse ao atirador de O Globo que dizerem que ela é um poste não a transforma em um. E, ao da Folha, sem sorrisos, mas com impressionante serenidade e suavidade, disse, simplesmente, que a Folha precisa apresentar prova de sua acusação. Foi o que bastou para fechar-lhe a boca.
Mas que ela poderia ter dito àquele menino da Folha que dossiê é a ficha falsa que o jornal que o emprega fez contra si, poderia. Seria um erro, mas eu iria adorar…
Mas Dilma agiu certo. Ao fim do programa, já granjeara a simpatia de praticamente todos, com exceção do enviado do Globo, que não escondia a raiva que parecia sentir diante do baile que a candidata deu nele e em todos os outros, sobretudo por manter a calma e o bom humor diante de perguntas idiotas como a de Vera Brandimarte, do jornal Valor Econômico, que comparou as taxas de juros próximas de zero dos países ricos com a do Brasil, que está subindo.
Explico que a pergunta é idiota porque os países ricos tiveram que levar suas taxas de juros ao chão porque suas economias estão semi-falidas, enquanto que a do Brasil só faz se fortalecer a um ponto que já começa a criar uma inflação de demanda – ocasionada por mais procura por produtos do que a capacidade de produzi-los, o que põe em campo a lei da oferta e da procura.
A calma e o bom humor que Dilma conseguiu manter mesmo diante de eventuais faltas de respeito e de educação dos entrevistadores foram, a meu ver, os pontos altos de sua performance no Roda Viva de ontem. Mais até do que a sua segurança nas respostas, porque esse era o teste que a ela se apresentava, o de saber se manter racional diante de provocações afrontosas.
Impressiona o progresso de Dilma, essa sua capacidade de aprender. E não me refiro a números ou a outros dados que podem ser decorados, mas à inteligência emocional que adquiriu de uns tempos para cá – há pouco tempo, penso que teria se estressado. Aliás, contra Serra, ela deve crescer mais do que no programa em questão. Até porque, quem vem demonstrando dificuldade para se controlar emocionalmente, é ele.
Por Eduardo Guimarães: http://www.blogcidadania.com.br/2010/06/a-dama-de-veludo/