segunda-feira, 21 de maio de 2012

RATINHO RECEBERÁ LULA NO SBT


O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva será o convidado de honra do "Programa do Ratinho", na próxima terça, às 21h15. Com aval de Lula, o SBT está credenciando jornalistas interessados na cobertura da visita e entrevista que concederá.

NA TV aberta, será a primeira entrada ao vivo de Lula para uma entrevista, desde que se recuperou após cirurgia para extirpar um câncer na região da garganta. A presença de Lula era disputada por vários programas, e por várias emissoras, especialmente a Record, que tem dado forte apoio ao governo Dilma.

Lula optou por Ratinho pelo caráter popular de seu programa e, claro, por estar em horário nobre. O programa está em ascensão no ibope e tem ficado frequentemente com a vice-liderança de ibope.

A entrevista de Lula a Carlos Massa, o Ratinho, é parte da estratégia do PT para dar visibilidade a Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo.

Fabio Braga/Folhapress
Ratinho recebe o ex-presidente Lula na terça, no SBT
Ratinho recebe o ex-presidente Lula na terça, no SBT

Fonte: Folha

ATOLADA EM DENÚNCIAS, REVISTA VEJA TENTA RETALIAR A REDE RECORD

A divulgação de escutas telefônicas pelo jornalismo da Record causou irritação na direção da revista Veja, que neste fim de semana reagiu com a publicação de ataques infundados contra a emissora. 

Curiosamente, a revista da Editora Abril publicou a mentira em uma seção chamada Radar, a mesma que aparece nas gravações da operação Monte Carlo como destino das informações de interesse do contraventor Carlos Cachoeira.

Cachoeira, Claudio Abreu e mais de vinte comparsas presos são acusados de 15 crimes, entre eles corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, contrabando e formação de quadrilha.

As gravações, que foram ao ar neste domingo (20) no Domingo Espetacular, mostram uma conversa entre Cachoeira e o ex-diretor da Construtora Delta, Claudio Abreu, presos na operação Monte Carlo.



Fonte: R7

CASAL DESORIENTADO, DUPLA ATRAPALHADA

Foi muita coisa para tão pouco tempo. Primeiro, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a sua esposa, a subprocuradora Cláudia Sampaio, livraram-se de comparecer, para tentar explicar o inexplicável, à CPI do Cachoeira. Depois, os ex-ministros Nelson Jobim e José Carlos Dias, este da Comissão da Verdade, ignoraram a vinculante decisão condenatória do Brasil pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e o consagrado pela Corte Europeia de Direitos Humanos e pelo Tribunal Penal Internacional. Essas cortes de jurisdição internacional não admitem a autoanistia voltada a conferir impunidade aos agentes do Estado envolvidos em crimes de lesa-humanidade.

Os ex-ministros sustentam a tese, com apoio no canhestro voto condutor dado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo então ministro Eros Grau, da bilateralidade da anistia de 1979. Assim entendem dever a Comissão da Verdade promover “apurações bilaterais”: investigar atos de terrorismo de Estado e, também, as condutas dos resistentes à ditadura e que optaram pela luta armada.

A nossa Constituição obriga o cumprimento das decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos e ela não admite a autoanistia, caso típico da lei brasileira de 1979, concebida em plena ditadura e por um Legislativo biônico.

Jobim, que em livro laudatório confessou ter inserido na Constituição dispositivos subtraídos da apreciação dos seus pares constituintes, fala, como partícipe, de um acordo não escrito sobre investigações “dos dois lados”. O tal acordo foi negado pelo ex-secretário nacional de Direitos Humanos Paulo Vannuchi.

Na Comissão da Verdade, Rosa Maria Cardoso, Paulo Sérgio Pinheiro e Maria Rita Kehl não aceitam a tese de Jobim-Dias. Os demais integrantes ainda não se manifestaram, mas sabe-se que o ministro Gilson Dipp, muito ligado a Nelson Jobim, já defendeu, como representante do governo do Brasil, a tese da anistia ampla e bilateral no âmbito da Corte Interamericana.

Por outro lado, a CPI apequenou-se diante da negativa do procurador Gurgel de comparecer para esclarecimentos. Gurgel recebeu, em setembro de 2009, os autos do inquérito policial iniciado com a chamada Operação Vegas e fornecedor de notícia criminal da participação do senador Demóstenes Torres.

Segundo o Código de Processo Penal, o procurador tem um prazo de 15 dias para propor a ação penal, solicitar novas diligências policiais ou pedir o arquivamento. No gabinete de Gurgel, o inquérito ficou engavetado até abril de 2012, quando a mídia começou a divulgar comprometedoras conversas telefônicas entre Cachoeira e Torres.

Na primeira explicação, Gurgel partiu para o diversionismo e falou em pressão por parte de mensaleiros a tremer de medo. O certo é que a sua atuação no inquérito Vegas foi nenhuma, para felicidade de Torres. O procurador só resolveu atuar diante do vazado na mídia e extraído do inquérito começado com a Operação Monte Carlo, que apurou a jogatina eletrônica bancada por Cachoeira. Esse inquérito deveu-se à requisição de três promotores da comarca de Valparaíso, no interior de Goiás, que nada sabiam do inquérito congelado no gabinete de Gurgel.

Gurgel procurou os refletores para disparar que Torres agia como sócio oculto da Delta e de modo a afastar suspeitas de acordo com o senador. Este, para forçar a manutenção do inquérito Vegas no freezer, opinava contra a recondução de Gurgel ao cargo de procurador-geral. De repente, Torres mudou a postura e votou pela aprovação da recondução. Depois disso, o inquérito permaneceu no congelador da PGR.

Com o prestígio do procurador-geral em queda livre, entrou na trapalhada, e no papel de biombo do marido, Cláudia Sampaio. Ela mencionou um pedido policial não escrito para evitar o arquivamento do inquérito Vegas. Tudo como se fosse possível um delegado pedir, “na moita”, o cometimento de uma ilegalidade a uma subprocuradora.

O delegado a desmentiu e contou com nota esclarecedora da direção da Polícia Federal. Do episódio, e noves fora, sobrou a confissão de ilegalidade. Mais ainda: a subprocuradora tropeçou na tosca justificativa sobre o salutar não arquivamento do inquérito. Uma das súmulas do STF permite, no caso de prova nova (inquérito Monte Carlo), o desarquivamento de inquérito.

Não bastasse o quadro de Procuradoria-Geral de república bananeira, Gurgel ignora que democracia significa um regime político pelo qual o povo (demos) tem o comando, o poder (kratos). E esse comando é exercitado pelos seus representantes, eleitos livremente. Ora, os representantes do povo, no Parlamento e reunidos em CPI, detêm legitimação para convocar Gurgel e exigir dele explicações sobre o engavetamento do inquérito. Numa verdadeira democracia é assim, embora Gurgel não saiba.

Fonte: Carta Capital

INCONSISTÊNCIA POLÍTICA PREJUDICA A ARGENTINA

A inconsistência na condução da política econômica da Argentina prejudica o desenvolvimento do país no longo prazo, no entendimento de analistas, diplomatas e políticos ouvidos pela BBC Brasil.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante a Cúpula das Américas, em Cartagena, na Colômbia, em 15 de abril de 2012
''A Argentina é um país ciclotímico, um país com zigue-zague que não aprende com o passado. Repete os mesmos erros em outros contextos'', disse o ex-embaixador do Brasil na Argentina, Marcos de Azambuja.

Para ele, a alma do país vizinho é ''complexa'' e entre uma decisão ''sensata'' e outra ''abrupta'', os argentinos preferem sempre a ''abrupta e traumática''. Na sua opinião, a forma como foi realizada, no mês passado, a estatização da petroleira YPF de capitais espanhóis e argentinos, confirma este perfil.

''Um país pode ter o direito de optar pela nacionalização, mas de uma forma negociada, conversada, e não da forma abrupta como foi feita'', afirmou. Azambuja entende que as ''guinadas abruptas'' marcam a história do país que costuma pensar ''no curto prazo'' sem planejar os efeitos das medidas no longo prazo.

Para ele, a trajetória da política e da economia brasileiras é diferente, já que no Brasil, entende, costuma-se optar por transições paulatinas e sem a tendência ao ''extremismo'' como ocorre com a Argentina.

Aerolíneas Argentinas

Como exemplo de ''zigue-zague'', Azambuja citou a companhia aérea de bandeira nacional Aerolíneas Argentinas – que, como a YPF e empresas de outros setores, foi privatizada nos anos 90 e estatizada na gestão da presidente Cristina Kirchner.

O ex-embaixador da Argentina no Brasil, Alieto Guadagni, também entende que a raiz das incertezas sobre o futuro econômico da Argentina está na ''mania de não se pensar no longo prazo''. Para ele, o ''imediatismo'' e a ''imprevisibilidade'' são responsabilidade dos ''políticos'' que governam o país.

''Cada novo governo entende que é hora de recomeçar tudo de novo, e não há continuidade das medidas. Esse é um problema que afeta o desenvolvimento do país e afasta os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED)'', disse Guadagni.

Dados da Cepal revelaram que o Brasil recebeu 43,8% do IED em 2011 e a Argentina cerca de 7% do total. O país perdeu posição para países que antes indicavam menor potencial econômico, como Colômbia e Peru, por exemplo. ''Difícil investir em um país que não estabelece regras de longo prazo'', afirmou o ex-secretário de Energia, Daniel Montamat.

Nos quase 20 anos de seu período democrático (iniciado em 1983), a Argentina defendeu as estatizações, na década de 80, as privatizações, nos anos 90, e novamente as estatizações nesta década, do século 21.

Além da YPF e da Aerolíneas Argentinas, o governo de Cristina Kirchner estatizou os fundos de pensão e de aposentadorias e seu marido e antecessor, Nestor Kirchner (2003-2007) e empresas como a de Correios e de Águas.

Petrobras

A falta de continuidade e eficácia das agências públicas de controle dos setores privatizados é outro problema detectado por observadores atentos da Argentina.

Cristina Kirchner e Dilma Rousseff, durante encontro de dezembro de 2011Um integrante do governo da presidente Dilma Rousseff recordou que a petroleira YPF, fundada em 1922, foi modelo para a Petrobras, criada em 1953 - mas ao anunciar a estatização da YPF neste ano, Cristina citou a Petrobras como modelo a ser copiado.

''Os argentinos tiveram a grande ideia da YPF e nós, brasileiros, nos inspiramos nela para criar a Petrobras. A diferença é que levamos a ideia adiante e cuidando do desenvolvimento da empresa enquanto a Argentina foi obrigada a privatizá-la porque mal administrada tornou-se impossível para o caixa do governo. A privatização não foi então questão ideológica, mas financeira'', afirmou o integrante do governo brasileiro, que não quis ser identificado.

Manifestante exibe cartaz em apoio à nacionalização da YPF
A senadora de oposição Norma Morandini disse que foi contra a privatização da YPF e que era a favor da estatização, mas não da forma como foi feita. Por isso optou pela abstenção na votação da lei que nacionalizou a companhia. ''Acho que um país deve controlar seus recursos naturais, como o petróleo, mas eu não poderia apoiar uma estatização mal feita. A Argentina passou de exportar a importar petróleo (neste século) não só pela Repsol-YPF, mas pela má administração das atuais autoridades'', afirmou.

Num debate no Senado argentino, o historiador econômico Nicolas Gadano, ex-empregado da YPF, recordou que a companhia foi uma empresa ''moderna'', mas que pecou pela falta de ''cuidados e de continuidade''. ''Foi uma empresa moderna que chegou a ter 50 mil empregados. Mas com uma presença forte demais dos sindicatos e com péssima administração e quase quebrou no fim dos anos 80'', disse Gadano.

O economista Orlando Ferreres também entende que a Argentina inicia, mas não conclui seus projetos. ''Antigamente, quando alguém começava a obra de uma casa aqui na Argentina primeiro plantava uma palmeira, mas quando não podia concluir a obra, lá deixava a palmeira. Daí surgiu a expressão, 'estar na palmeira'. E é como há muito tempo estamos na Argentina'', disse Ferreres.

Como Guadagni, ele acredita que os políticos do país costumam defender o ''relançamento'' da Argentina, a partir de suas próprias ideias, mas sem pensar no conjunto do país e em seu futuro. Ele disse que a Argentina acaba ''improvisando'' suas medidas e afugentando os investimentos e projetos de longo prazo.

Na opinião de Ferreres, os argentinos precisam de uma ''mudança moral'' para gerar um ''projeto de longo prazo''.

Fonte: BBC Brasil

HOMEM-BOMBA MATA 63 PESSOAS NO IÊMEN

Um homem-bomba com uniforme militar detonou os explosivos que carregava presos ao corpo no meio de uma apresentação militar acompanhada por autoridades na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira, matando ao menos 63 pessoas, informou uma fonte da polícia.

O ministro da Defesa do Iêmen e o chefe do Estado-Maior estavam presentes ao evento mas não ficaram feridos no ataque, informou uma fonte militar.

O ataque coincidiu com uma ofensiva em parceria EUA-Iêmen contra militantes ligados à Al Quase no sul do país, onde eles controlam várias cidades. As tropas se aproximaram dos pontos-fortes dos militantes no domingo, após violentos confrontos.

Os militantes provocaram uma instabilidade política no Iêmen e ganharam espaço diante da paralisia vivida na maior parte de 2011 em consequência dos protestos da Primavera Árabe, que acabaram por derrubar o presidente Ali Abdullah Saleh.

O Iêmen é a casa da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a sua própria proteção. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo.

Nesta segunda-feira, pedaços de corpos e sangue ficaram espalhados pela avenida de 10 faixas onde acontecia a apresentação militar. A área foi isolada pelas autoridades.

"Estávamos num desfile, de repente houve uma explosão enorme. Dezenas dos nossos homens morreram. Nós tentamos ajudá-los", disse um homem que identificou-se como coronel Amin al-Alghabati, com as mãos e o uniforme sujos de sangue.


"O homem-bomba estava vestido com uniforme militar. Ele tinha um cinto com explosivos no corpo", acrescentou.

Fonte: Reuters

GOVERNO ESPANHOL DESCARTA AJUDA AOS BANCOS

O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que o setor bancário de seu país não precisa de ajuda da União Europeia, e manifestou surpresa com as palavras do presidente francês, François Hollande, sobre uma intervenção "desejável". 

"Não acredito que seja necessária" (a ajuda europeia), declarou Rajoy à imprensa ao chegar a Chicago, para participar da cúpula da Otan.

Segundo ele, o "pacto de Estado" entre comunidades autônomas e Executivo para reduzir o déficit é "o marco mais importante desta legislatura". Ele também minimizou a importância do desvio nos números porque, para ele, o fundamental é a transparência. "Já sabemos onde estamos, a partir daí vamos começar a construir", afirmou.

Rajoy enfatizou que a decisão da Comissão Europeia de enviar à Espanha funcionários do Eurostat para verificar a revisão de quatro décimos em alta do déficit público de 2011 não o preocupa "nada", porque "é uma coisa habitual e sempre acontece assim em todos os países da União Europeia".

Ele também duvidou que o presidente francês tenha aconselhado os bancos espanhóis a comparecer aos fundos europeus. "Não acho que o senhor Hollande tenha dito isso porque, logicamente, o senhor Hollande não sabe como estão os bancos espanhóis", apontou. "Se o disse é porque tem alguns dados que não temos."

Fonte: Terra

FEIRÃO DA CASA PRÓPRIA SUPERA EXPECTATIVAS DA CAIXA

O movimento do Feirão da Casa Própria deste ano em São Paulo foi maior do que o esperado pela Caixa Econômica Federal, que promove o evento. Entre sexta-feira e sábado, passaram pelo Centro de Exposições Imigrantes, na zona sul da cidade, cerca de 45 mil pessoas. "A presença está superando as expectativas, está muito cheio", disse o superintendente da Caixa em Osasco (SP), Álvaro Barbosa Júnior.

O volume de negócios demonstra, na avaliação do superintendente, que o mercado imobiliário continua "bastante aquecido". Foram fechados ou encaminhados 13 mil contratos, que somam R$ 1,6 bilhão em negócio, de acordo com o último balanço do feirão, divulgado na noite de ontem.

Barbosa destaca que o valor já é significativo, levando-se em consideração que representa apenas dois dias de negociações, sem considerar o balanço final que vai incluir o domingo, quando termina o esforço de vendas. A previsão da Caixa é emprestar R$ 90 bilhões em crédito imobiliário ao longo de 2012 em todo o País.

De acordo com Barbosa, os imóveis mais procurados são os enquadrados no Programa Minha Casa, Minha Vida, de habitação popular. Este ano, 15,2 mil das 220 mil unidades oferecidas pelo mercado no feirão se enquadram no programa do governo federal.

O número de negócios também aumentou por causa das recentes reduções nas taxas de juros oferecidas pelo banco estatal. "A redução da taxa de juros trouxe um componente muito forte para o mercado", disse Barbosa. Com juros mais baixos, os compradores conseguem encaixar prestações de imóveis mais caros no orçamento familiar, estimulando ainda mais as vendas.

Fonte: Terra