segunda-feira, 20 de setembro de 2010
EM MINAS, PSDB OMITE JOSÉ SERRA
Na reta final da campanha, os “santinhos” dos candidatos começam a aparecer com as chamadas “colas”, mas as do PSDB que circulam em Juiz de Fora (MG) não indicam o voto no 45 de José Serra para a Presidência.
A “cola” é a representação da ordem dos candidatos que aparecerá na urna eletrônica. Aécio e Anastasia escondem Serra em material de campanha.
Propaganda de candidatos aliados ainda não incorporou imagem de Serra. Na principal cidade da Zona da Mata mineira, a Folha teve acesso a um desses impressos do PSDB. Um milhão de colas foram confeccionadas para o partido. O campo reservado para o candidato à Presidência aparece vazio.
Estão preenchidos apenas os números e nomes do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidatos a senador, e o do governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta se reeleger.
O material também não estampa a foto de Serra. Aparecem as fotos de Aécio e Itamar, ladeados por Anastasia.
Fonte: Folha
Fonte: Terra
Mesmo em tarde infeliz do artilheiro Jael, o Bahia, com um jogador a mais desde o primeiro tempo, foi senhor da partida e venceu a Ponte Preta, de virada, por 2x1, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e chegou à liderança da Série B do Campeonato Brasileiro. A partida foi marcada por um festival de gols perdidos pelo tricolor, principalmente com o, excepcionalmente, pouco cruel, Jael. O time de Márcio Araújo foi melhor no primeiro tempo, mas, em uma falha logo no início, ficou em desvantagem. Aos 7, Guilherme recebeu nas costas de Ávine e cruzou fechado. Má posicionada, a zaga ficou olhando e Reis, livre da pequena área, abriu o marcador. Em desvantagem, o tricolor passou a avançar mais, mas se precipitava no último passe. Ananias, Ávine e Adriano corriam mais que a bola. Aos 21, Fábio Bahia recebeu dentro da área pela direita e cruzou pelo alto. Naldo salvou no último segundo.
Aos 25, Ávine lançou Adriano na corrida pela esquerda. O atacante deixou Naldo para trás, mas levou uma rasteira. Como já tinha amarelo, o zagueiro da Macaca levou o segundo e foi expulso. Aos 27, Jancarlos cobrou falta da entrada da área pela esquerda com endereço certo, mas, no meio do caminho, Leandro Silva salvou. Aos 28, no contra ataque, Reis ganhou na velocidade para Vágner e Nen, invadiu a área; Fernando demorou a sair do gol, mas o atacante mandou torto e perdeu grande chance. Mesmo com um a menos, a Ponte levava perigo nos contra-ataques. A melhor oportunidade tricolor antes do final da primeira etapa foi em bicicleta de Adriano. A bola passou raspando. No intervalo, Márcio Araújo tirou o volante Bruno Octávio e colocou o meia Morais. Logo no primeiro minuto da segunda etapa, Jancarlos cobrou falta quase da linha de fundo pela esquerda, mas bola passou por todo mundo. Aos 8, Ivo passou por Hélder e cruzou fechado. Fernando fez a pose e salvou. Contudo, o Bahia era melhor e logo empatou. Aos 9, Ávine recebeu na esquerda, mirou e soltou a bomba, da entrada da grande área, e não deu chances para Eduardo Martini.
O time de Araújo foi para pressão. Aos 15, Vágner dá um chutão para frente, Leandro Silva perde o tempo da bola que sobra limpa para Jael. O atacante tenta, de primeira, e a bola passa raspando a trave. Aos 20, Josimar falhou feio e a bola sobrou para Adriano. “Michael Jackson”, dentro área, foi na linha de fundo e deixou na conta para Jael virar, porém, sozinho, o atacante chutou mascado, para fora. Aos 21, Jael fez um carnaval dentro da área, mas foi travado na hora do chute. Na sobra, Adriano cabeceou da pequena área e a bola explodiu na trave. Ananias ainda tentou na sobra, mas a defesa salvou. No minuto seguinte, Fábio Bahia triangulou com Morais pela direita e rolou para trás. Jael, mais uma vez livre, tentou de primeira e mandou nas arquibancadas. O Bahia seguia perdendo gols incríveis. Aos 26, Morais deixou Adriano na cara do gol, mas o atacante chutou por cima. Tentando acertar o pé, Márcio tirou Ananias e colocou Rodrigo Grahl. De tanto insistir, a virada saiu os 32. Da meia direita, Jancarlos observou Eduardo Martini adiantado e, de falta, mandou no ângulo, cheio de veneno, e marcou um golaço. O treinador da Ponte, Jorginho, tirou o volante Pirão e colocou o atacante Pablo Escobar para tentar um tudo ou nada. Porém, a única chance aconteceu apenas nos acréscimos, aos 49. Da entrada da área, Leandro Silva cobrou falta forte, rasteiro, mas Fernando garantiu com segurança a liderança. O líder volta a campo nesta terça-feira (21), às 19h30, contra o Vila Nova, em Pituaçu.
Fonte:Bahianotícias
No caso do Brasil, essas inovações começam a ser testadas num projeto de cooperação com os Estados Unidos. Sete Lagoas, em Minas Gerais, e Richland, no Estado de Washington, serão as cidades "cobaias" no uso da rede inteligente, ou "smart grid", um conjunto de inovações tecnológicas que vai mudar a forma como se usa energia. "Vamos aprender juntos", explicou o superintendente de Desenvolvimento e Engenharia da Distribuição da Cemig, Denys Cláudio de Souza. A Cemig é a responsável pela experiência pelo lado brasileiro.
"Usar smart grid é mais ou menos como mudar da máquina de escrever para o computador", disse o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Wilson Grüdtner. Ele observou que as atividades de geração e transmissão de energia já incorporaram novas tecnologias, mas a parte de distribuição, que vai até as casas dos usuários, é a mesma de décadas atrás.
No momento, o governo está fazendo um mapeamento de tudo o que pode ser feito com o "smart grid" para, se for necessário, criar novas regras para o relacionamento entre usuários e concessionárias. O experimento em Sete Lagoas será útil para indicar que caminho poderá ser seguido pelo Brasil.
Fazer negócios. Mais do que isso, o trabalho em conjunto com os EUA servirá para fazer negócios, segundo explicou o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri. "Não queremos mais um debate acadêmico, e sim abrir espaço para as empresas pensarem em negócios conjuntos", diz Arcuri.
Se as empresas brasileiras conseguirem uma boa inserção no mercado americano, elas estarão em vantagem porque o uso do "smart grid" está em estágio inicial no mundo inteiro.
O uso conjunto do "smart grid" deve ser a estrela da 2ª Conferência de Inovação Brasil-Estados Unidos, que começa esta semana na capital americana. A parceria entre distribuidoras de energia, empresas de software e fabricantes de equipamentos dos dois países é um dos resultados mais concretos da 1ª Conferência, realizada no Brasil há três anos. "Buscamos uma entrada mais eficiente no tecido econômico dos EUA", diz Arcuri.
"Em algumas coisas, estamos à frente dos americanos", disse o empresário Gilberto Teixeira, da Elo Electronic Systems, fabricante de medidores inteligentes. "É bom para o ego e bom para os negócios."
Outro resultado do trabalho conjunto dos dois países foi a produção de uma peça importante para transformar o etanol em uma commodity internacional.
Etanol padronizado. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e seu correspondente nos EUA, o National Institute of Standards and Technology (Nist), criaram uma amostra-padrão para o etanol.
Ela serve como modelo para calibrar equipamentos que vão certificar a homogeneidade. Essa amostra permite que os países adotem o novo combustível sabendo que vão adquirir um produto com características padronizadas. "Estamos vendendo para a União Europeia", contou Roberto Alvarez, gerente de Assuntos Internacionais da ABDI.
Três empresas brasileiras de alta tecnologia e três americanas poderão ainda testar os mercados umas das outras com o apoio da academia. A Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul e a Universidade do Arizona firmarão um acordo durante a 2ª Conferência segundo o qual funcionarão como incubadoras.
A intenção, segundo o professor Dario Azevedo, da PUC-RS, é proporcionar um pouso suave das empresas brasileiras num mercado com cultura e regras diferentes como o americano. "A ideia surgiu nos laboratórios que realizamos após a 1ª Conferência", explicou. "Vamos trabalhar na formação da empresa, na sua colocação de mercado e assim reduzir os traumas iniciais."
Fonte: Estadão
DEU NO EL PAÍS, DA ESPANHA: SUAVIDADE DE SERRA PODERÁ LEVÁ-LO A UMA HUMILHANTE DERROTA
Uma reportagem na edição desta segunda-feira do jornal espanhol "El País" afirma que o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, conduziu uma campanha eleitoral "suave" e "totalmente errada" e que o político corre o risco de sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas.
No texto intitulado "A surpreendente queda de José Serra", a enviada especial do "El País" a São Paulo, Soledad Gallego-Díaz, escreve que competir com a herdeira política do presidente Lula, Dilma Rousseff, sempre foi uma "tarefa difícil", mas que Serra complicou sua situação por cometer muitos erros e passou de "grande favorito a futuro grande perdedor".
"Serra, de 68 anos, o bem-sucedido governador de São Paulo que passou toda sua vida se preparando para este dia e este cargo, pode enfrentar agora não só um fracasso eleitoral, como o fim de toda a sua carreira política", escreve a correspondente.
A reportagem do "El País" lista algumas das críticas à campanha de Serra que partiram de dentro do próprio PSDB. Segundo o jornal, o governador teria adotado uma campanha "suave" e "totalmente errada", evitando fazer oposição direta e críticas mais duras ao "presidente mais popular da história".
Serra inclusive chegou a usar a imagem de Lula em seus programas eleitorais. O jornal afirma que Serra é criticado por tentar se mostrar como "o verdadeiro herdeiro político de Lula", em vez de utilizar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na sua campanha.
O jornal também critica o primeiro slogan da campanha de Serra - "O Brasil pode mais" - considerado neutro demais.
O "El País" afirma que alguns dirigentes do PSDB estão mais preocupados com o resultado da campanha eleitoral para os governos de Minas Gerais e São Paulo, com as candidaturas de Aécio Neves e Geraldo Alckmin.
Já a campanha de Serra concentra seus esforços nos últimos dias de campanha para tentar ganhar fôlego com os escândalos que levaram à demissão da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, auxiliar próxima de Dilma Rousseff na época em que a petista era ministra.
Fonte: Folha
JORNAL NACIONAL NA CAMPANHA DE JOSÉ SERRA, KOTSCHO AVALIA.
Pelos comentários que leio diariamente aqui, os leitores estão cada vez mais indignados com o comportamento da grande imprensa brasileira na cobertura da campanha eleitoral de 2010. Um exemplo que resume a bronca da maioria é a mensagem enviada às 14h06 desta quinta-feira pelo leitor Eduardo Bonfim, pedindo que eu me manifeste sobre o assunto:
“Prezado Ricardo Kotscho
Sou fã do seu blog. Gostaria que você escrevesse um artigo sobre a propaganda que a Rede Globo vem fazendo no Jornal Nacional (JN no Ar) todos os dias, onde claramente só mostra a parte ruim do Brasil para que o povo vote no 45. Realmente, o casal do JN é 45. Isso é liberdade de imprensa?”
Comentário de Kotscho
Sim, meu caro Eduardo, esta é a liberdade de imprensa que os oligopólios de mídia defendem. Ninguém pode contestá-los. Trata-se de um direito absoluto, sem limites. O citado JN no Ar, por exemplo, levanta todo dia a bola dos problemas das cidades brasileiras, onde falta de tudo e nada funciona. No mínimo, tem lugar onde falta homem e tem lugar onde falta mulher… Logo em seguida, entra o programa do candidato José Serra para apresentar as soluções.
Na outra metade do programa tucano, em tabelinha com os principais veículos de comunicação do país, são apresentadas as manchetes dos jornais e revistas com denúncias contra a candidata Dilma Rousseff, o governo Lula e o PT, numa sucessão de escândalos sem fim até o dia de disparar a tal “bala de prata”.
Já não dá mais para saber onde acaba o telejornal e onde começa o horário político eleitoral, o que é fato e o que é ilação, o que é notícia e o que é propaganda. A estratégia não chega a ser original. Mas, desde o segundo turno entre Collor e Lula, em 1989, eu não via uma cobertura tão descarada, um engajamento tão ostensivo da imprensa a favor de um candidato e contra o outro.
O esquema é sempre o mesmo: no sábado, a revista Veja lança uma nova denúncia, que repercute no JN de sábado e nos jornalões de domingo, avançando pelos dias seguintes. A partir daí, começa uma gincana para ver quem acrescenta novos ingredientes ao escândalo, não importa que os denunciantes tenham acabado de sair da cadeia ou fujam do país em seguida. Vale tudo.
Como apenas 1,5 milhão de brasileiros lê jornal diariamente, num universo de 135 milhões de eleitores, ou seja, o que é quase nada, e a maioria destes leitores já tem posição política firmada e candidato escolhido, reproduzir as manchetes e o noticiário dos impressos na televisão, seja no telejornal de maior audiência ou no horário de propaganda eleitoral, é fundamental para atingir o objetivo comum: levar o candidato da oposição ao segundo turno, como aconteceu em 2006.
À medida em que o tempo passa e nada se altera nas pesquisas, que indicam a vitória de Dilma no primeiro turno, o desespero e a radicalização aumentam. Engana-se, porém, quem pensar que o eleitorado não está sacando tudo. Basta ler os comentários publicados nos diferentes espaços da internet _ este novo meio que a população vem utilizando mais a cada dia, para deixar de ser um agente passivo no mundo da informação e poder formar a sua própria opinião.
Em tempo: não tem jeito. Quanto mais denunciam, atacam, escandalizam, mais aumenta a diferença de Dilma para Serra. No novo Ibope divulgado esta noite pelo Jornal Nacional, o abismo entre os dois candidatos abriu de 24 para 26 pontos (51 a 25). O casal JN estava todo vestido de preto. A estratégia kamikase só está fazendo o candidato da oposição cair mais ainda nas pesquisas. Como vai ficar a credibilidade da imprensa depois das eleições?