quinta-feira, 14 de abril de 2011

BOVESPA FECHA EM BAIXA 0,31 PONTOS

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou em baixa de 0,31% nesta quinta-feira, para 66.278 pontos.

O indicador, que no pregão de quarta caiu 0,61%, perdeu hoje 208 pontos. Em 520.658 operações, o volume financeiro foi de R$ 6,380 bilhões.

A principal alta do dia foi a das ações preferenciais da operadora Brasil Telecom (3,22%), enquanto os títulos ordinários da Gafisa tiveram a queda mais acentuada (-2,90%).

No mercado cambial, o dólar caiu 0,69% e fechou cotado a R$ 1,578 para compra e R$ 1,580 para venda (comercial).

Fonte: EFE

CRISE ECONÔMICA FAZ TAXA DE SUICÍDIO AUMENTAR NOS ESTADOS UNIDOS

Mais americanos tiraram a própria vida em momentos de dificuldade econômica do que em tempos de prosperidade, assinala um estudo sobre os índices de suicídios e ciclos financeiros entre 1928 e 2007, divulgado nesta quinta-feira.

As taxas de suicídios entre as pessoas em idade de trabalho, entre 25 e 64 anos, foram mais elevadas durante a Grande Depressão de 1932, e mais baixas na época do boom as empresas de internet em 2000, indicou o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) no informe publicado no American Journal of Public Health.

"Saber que os suicídios aumentaram durante as recessões econômicas e caíram durante os períodos de expansão enfatiza a necessidade de tomar medidas adicionais para a prevenção de suicídios quando a economia se fragiliza", afirmou James Mercy, diretor da Divisão de Prevenção da Violência do CDC.

"Sabemos que o suicídio não é causado por um único fator, geralmente é produto de uma combinação de vários fatores que levam ao suicídio. Mas há muitas oportunidades de prevenção", acrescentou.

Fonte: AFP

ALTA NOS ALIMENTOS PODE LEVAR MILHÕES DE PESSOAS À POBREZA

Dados apresentados nesta quinta-feira pelo Banco Mundial apontam que novos aumentos nos preços globais dos alimentos podem colocar milhões de pessoas em situação de pobreza extrema.

De acordo com o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, os preços dos alimentos já estão 36% mais altos que há um ano e um novo aumento de 10% colocaria mais 10 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema (renda menor que US$ 1,25 por dia).

Quando a projeção é de alta de 30% nos preços dos alimentos, o número de pessoas afetadas passaria a 34 milhões.

Desde junho do ano passado, 44 milhões de pessoas ingressaram na categoria de pobreza extrema, levando o número de indivíduos que se encontram nessa situação em todo o planeta para 1,2 bilhão.

"Mais pessoas podem se tornar pobres por causa dos preços altos e voláteis dos alimentos", alertou Zoellick, em Washington, onde ocorre a partir de sexta-feira a reunião de primavera do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Segundo Zoellick, os preços altos e voláteis dos alimentos são hoje "a maior ameaça aos pobres ao redor do mundo".

Oriente Médio

Segundo o órgão, as crises recentes em países árabes e muçulmanos do norte da África e do Oriente Médio contribuíram para a alta nos preços internacionais dos combustíveis e acabaram tendo impacto também no aumento dos preços globais dos alimentos e na estabilidade das nações mais afetadas.

"Os preços dos alimentos não foram a causa das crises no Oriente Médio e no norte da África, mas são um fator agravante", disse Zoellick, ao afirmar que a inflação dos preços dos alimentos chega a dois dígitos em países como Egito e Síria, palcos de revoltas populares recentes.

Entre os produtos que contribuíram para a alta dos preços estão milho (aumento de 74% em um ano), trigo (69%), soja (36%) e açúcar (21%). Os preços do arroz, porém, permaneceram estáveis, segundo um relatório do Banco Mundial.

Outros fatores que influenciaram a alta recente dos alimentos são problemas climáticos em países exportadores, restrições a exportações em alguns mercados e baixos estoques globais.

Biocombustíveis

O Banco Mundial cita ainda entre os fatores que influenciaram a alta dos preços o aumento do uso de grãos para a produção de biocombustíveis.

Entre as medidas sugeridas para combater o problema está priorizar o uso de grãos para a alimentação, em detrimento de biocombustíveis, quando os preços dos alimentos excederem certos limites.

Segundo os estudos do banco, os países mais pobres são mais afetados pela inflação dos alimentos do que as nações de maior renda.

Outras medidas que poderiam reduzir esse impacto, diz o Banco Mundial, são direcionar mais programas nutricionais e de assistência social para os mais pobres, remover restrições à exportação de grãos e melhorar a capacidade dos países de lidar com a volatilidade, por meio de instrumentos de mercado financeiro, melhores ferramentas de previsão do tempo e mais investimentos em agricultura.

Fonte: BBC Brasil

TSE QUER NOVO PLEBISCITO SOBRE DESARMAMENTO EM NOVEMBRO

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Ricardo Lewandowski, afirmou, ontem, que é favorável à realização do plebiscito sobre a proibição do comércio de armas e munições, e adiantou que votaria “sim”, ou seja, pela proibição. O ministro, no entanto, prefere que a consulta popular seja marcada para 15 de novembro, a fim de que o TSE tenha mais tempo para tomar todas as providências necessárias.

– A democracia permite que se façam tantas consultas quanto sejam necessárias, desde que haja um fato novo – comentou o ministro. – Acredito que o episódio de Realengo tenha gerado fatos novos que não eram até então cogitados.

O ministro Lewandowski disse que a Justiça eleitoral tem condições de atender à convocação de um plebiscito antes do fim do ano, mas que precisaria, “evidentemente”, de dotação orçamentária extra.

Fonte: Jornal do Brasil

SALÁRIO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES SÃO AS NOVAS METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

O ministro da Educação, Fernando Haddad, considera como principais metas do novo Plano Nacional de Educação aquelas que estão relacionadas à formação e à remuneração de professores. “Se fosse apontar as metas que mais dialogam com os principais problemas da educação brasileira, diria que são as metas relacionadas ao magistério, no que diz respeito à formação e à remuneração”, afirmou o ministro, após participar de audiência pública sobre o Plano Nacional de Educação, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

O Plano Nacional de Educação, cujos objetivos deverão ser alcançados até 2020, traz duas metas relacionadas à formação de professores: garantia, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, de que todos os professores da educação básica passem a ter formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam; e a diplomação de 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e a garantia a todos de formação continuada em sua área de atuação.

Em relação à remuneração, o plano prevê a valorização do professor da educação básica, a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de 11 anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente; e a garantia, no prazo de dois anos, da existência de planos de carreira para os profissionais em todos os sistemas de ensino.

“Sabemos que o magistério brasileiro tem uma remuneração que é 60% da média das demais profissões com nível superior. Se quisermos valorizar a educação, não há como dissociar a modernização da educação da valorização daqueles que são responsáveis pela educação”, disse o ministro. “Temos uma meta específica que também conta com estratégicas específicas de equalizar a remuneração média do professor vis-a-vis a remuneração média com nível superior.”

Haddad disse estar otimista com a mobilização da sociedade para acompanhar a tramitação do plano no Congresso Nacional. No entanto, afirmou que para o plano nacional obter sucesso será preciso que estados e municípios também comecem a debater os planos locais de educação.

“Se os estados e municípios começarem um debate sobre os seus próprios planos, não vai acontecer o que ocorreu com o plano anterior, que foi aprovado, mas não houve uma mobilização para aprovação dos planos estaduais e municipais. E a educação básica é estadual e municipal. Ela não é federal”, afirmou o ministro.

Fonte: Jornal do Brasil

SENADO APROVA FINANCIAMENTO DO TREM BALA

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira, por 44 votos contra 17, a medida provisória que autoriza o financiamento de até 20 bilhões de reais do BNDES ao projeto do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.

A Câmara já havia aprovado o texto na semana passada. O tema agora segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Além do financiamento, a MP também prevê a criação de uma nova estatal federal, a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (ETAV), que será sócia dos investidores privados no projeto.

O leilão de concessão do trem-bala, que estava marcado para o dia 29 de abril, foi adiado, na semana passada, para 29 de julho.

Se na Câmara o governo teve apenas de superar as obstruções da oposição para aprovar a MP do trem-bala, no Senado os líderes governistas tiveram de administrar divergências dentro da base aliada.

Na tarde desta quarta-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), se reuniu com a bancada peemedebista para discutir o projeto. Ao sair do encontro, conseguiu acordo para que a "maioria", mas não todos, votassem com o governo. Ao final, houve pouca dissidência: cinco dos 14 senadores do partido que votaram foram contrários à medida.

Os senadores do Nordeste, principalmente, cobraram mais investimentos em logística na região, tendo em vista que o trem-bala custará mais de 30 bilhões de reais. Na reunião, ficou acertado que Jucá levaria ao governo pedido para aumento dos investimentos em rodovias, ferrovias e portos em todo o país.

O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), avisou que o partido vai questionar no Supremo Tribunal Federal (STF) a aprovação do financiamento para o trem-bala por MP. "Para ser objeto de MP, é preciso que haja urgência e relevância", disse.

Pouco antes de aprovar o mérito da MP, porém, o plenário do Senado validou, por 46 votos a 19, a relevância e urgência do projeto.

Fonte: Reuters

NA LÍBIA REBELDES ALERTAM PARA MASSACRE EM MISRATA

Rebeldes líbios alertaram nesta quinta-feira para a ameaça de um " massacre" em Misrata pelas tropas leais ao líder líbio Muammar Gaddafi caso a Otan não intensifique seus ataques nesta cidade.

O alerta acontece depois de um pesado ataque de leais a Gaddafi numa área residencial perto do porto controlado pelos rebeldes. O ataque deixou oito mortos. Um porta-voz dos rebeldes disse que o número deve aumentar.

"Um massacre... vai acontecer aqui se a Otan não intervir fortemente", disse um porta-voz dos rebeldes, que se identificou como Abdelsalam, à Reuters por telefone em Misrata.

A França e o Reino Unido, que lideram a coalizão de ataques aéreos contra as forças de Gaddafi, estão cada vez mais frustrados com a falta de apoio entre outros membros da aliança militar.

Os rebeldes que defendem Misrata, seu último grande enclave no oeste da Líbia e que tem sido cena de pesados combates nas últimas semanas, estão preocupados com a ausência de uma estratégia militar clara para tirar Gaddafi do poder.

Fonte: Reuters

PARA DILMA BRICs NÃO SÃO UM GRUPO PAÍSES

A presidente Dilma Rousseff disse, durante o terceiro encontro de cúpula dos Brics, na China, que as cinco nações "não se organizam contra nenhum grupo de países" e defendeu que a "verdadeira prosperidade tem de ser compartilhada por todos".

"A agenda dos Brics não se define por oposição a nenhum outro grupo. Queremos agregar", disse. "Somos a favor de um mundo multipolar, sem hegemonias nem zonas de influência", acrescentou.

Durante o encontro, os países buscaram consenso em alguns temas de interesse comum e defenderam uma reforma no sistema monetário internacional "com reservas internacionais de ampla base", uma alusão às propostas de diversificar a actual dependência do dólar como moeda de referência.

O documento faz menção ao apoio dos países à atual discussão sobre a composição da cesta de moedas do FMI. Não houve, no entanto, menção à proposta especifica de incluir o yuan nesse sistema de reservas do fundo - o Direito Especial de Saque (SDR, na sigla em inglês).

O apoio à reforma do sistema monetário é dado no mesmo parágrafo em que os países dizem reconhecer que a crise internacional expôs as deficiências do sistema atual.

Os países se comprometem a fortalecer a parceria dos Brics pelo desenvolvimento de forma pragmática e reitera que essa cooperação é "inclusiva e não de confronto".

O comunicado dos cinco países pediu atenção também para os riscos do grande fluxo de capitais para as economias emergentes. Esse fluxos, em países como o Brasil, com câmbio livre, geram valorização da moeda local e consequências variadas, como a perda de competitividade de exportações.

Crédito em moeda local

Entre os planos de ação, previstos pelo comunicado conjunto, está uma maior cooperação entre os bancos de desenvolvimento de cada país para fomentar investimentos. Dessa cooperação, já surgiu uma proposta, acatada pelos cinco países, de desenvolver um mecanismo de concessão de crédito cruzado em moeda local.

Após a declaração dos líderes, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que esse mecanismo de financiamento em moeda local teria como objetivo principal estimular e facilitar investimentos entre os países do grupo.

Os países delinearam também bases para uma cooperação maior na ONU destacando que, neste ano, todos os cinco membros do grupo fazem parte do Conselho de Segurança. No entanto, apenas Rússia e China são membros permanentes com poder de veto.

"Estamos todos os Brics no Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o poder de desenvolver um trabalho conjunto e entendimento de que o uso da força não pode ser precipitado e a diplomacia e negociação devem ser privilegiadas", disse Rousseff ao lado do presidente Jacob Zuma, da África do Sul, do presidente Hu Jintao, da China, Dimitri Medvedev, presidente da Rússia, e Manmohan Singh, premiê da Índia.

Sobre a Líbia, tema sobre o qual todos os membros dos Brics se abstiveram, exceto da África do Sul, que votou a favor da resolução da ONU, os líderes demonstraram preocupação com as mortes de civis, resultantes dos bombardeios autorizados pela ONU, e reiteraram a importância da busca por soluções diplomáticas.

Reformas

O comunicado conjunto reiterou o apoio dos países do grupo a uma reforma nos organismos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial e o FMI, que aumente a participação dos países emergentes e em desenvolvimento.

O presidente russo falou da importância de se garantir a segurança alimentar e disse que o grupo tem visões compartilhadas sobre a necessidade de redução da volatilidade no preço das commodities.

Ainda não está claro se o Brasil assumiu algum compromisso concreto a esse respeito, já que é contra a imposição desse tipo de controle. O tema será discutido no encontro do G-20 na França na semana que vem.

A polêmica questão do yuan artificialmente desvalorizado, e o impacto disso em economias como a brasileira, não foram discutidos pelo grupo, mais interessado na busca de temas consensuais.

"Nós compartilhamos da visão de que o mundo esta passando por mudanças de longo alcance, complexas e profundas, marcadas pelo fortalecimento da multipolaridade, globalização e crescente interdepêndencia", diz o comunicado.

Os líderes se dizem profundamente preocupados com os acontecimentos no Oriente Médio, no Norte da África e na África Ocidental, e afirmam esperar que os países afetados alcancem a paz.

"Nós compartilhamos do princípio de que o uso da força deva ser evitado. Nós mantemos que a independência, soberania, unidade e integridade territorial de cada nação deva ser respeitada", disse o comunicado.

A sigla Bric foi cunhada pelo economista Jim O'Neill, do banco de investimentos Goldman Sachs, em 2001. Nesta cúpula, o bloco ganhou um ''S'' de ''South Africa'' (África do Sul) e, apesar de na ocasião ainda não ser um grupo institucionalizado, prometeu intensificar a cooperação nas mais diversas áreas.

Fonte: BBC Brasil