O dissidente cubano Guillermo Fariñas foi detido e liberado três vezes nas últimas 72 horas pelas autoridades cubanas por desobedecer ordens de não realizar atividades públicas com mais de três pessoas.
"O objetivo é neutralizar as atividades dissidentes", disse o diretor da ONG Comisión de Derechos Humanos y Reconciliación Nacional, Elizardo Sánchez.
A mãe de Fariñas confirmou que ele foi detido pela terceira vez em três dias.
"Saíram umas 20 pessoas para fazer uma oferendas com flores. Andaram somente umas duas quadras e foram levados", disse Alicia Hernández, a mãe de Fariñas por telefone, direto de Santa Clara, onde ele residem com a sua família.
Fariñas foi liberado na sexta-feira, depois de várias horas na cadeia, de sua segunda prisão e comentou que a polícia lhe advertiu que não retornasse a realizar atividades públicas com mais de três pessoas. No entanto, ele garantiu que iria realizar o seu plano de colocar flores no busto de José Martí.
No dia 28 de janeiro é comemorado o 158 aniversário de nascimento de José Martí.
Fariñas, de 49 anos, em 2010 realizou uma greve de fome de mais de 130 dias para exigir a libertação de presos políticos que posteriormente saíram graças a intervenção da igreja com o governo.
No fim do ano ele recebeu o premio Sájarov aos direitos humanos, um prêmio que foi questionado pelas autoridades cubanas que o acusaram de ser um instrumento de castigo para os países subdesenvolvidos que não se vendem aos seus interesses e desejos.
Fonte: AOL
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