Jaqueline e o marido demonstram satisfação quando veem Barbosa colocar o maço fornido de notas de R$ 100 sobre a mesa. Mas, com certa arrogância, reclamam do valor, supostamente abaixo do combinado, e tratam Barbosa como um empregado relapso. "Como só cinco?... Eu preciso de mais, por favor! Porque isso aí, para nós, é muito complicado de fazer", queixa-se Neto.
Mais adiante, Jaqueline explica as dificuldades de campanha e indaga: "Tem possibilidade de você aumentar (o valor) para mim?".
- Vamos ver - responde Barbosa.
A seguir, ela explica por que precisará de mais contribuição: "tem cinco pessoas que estão já nos ajudando. Isso enquanto não começa... não aconteceu nada ainda". Num diálogo entrecortado, ela conta que vários colaboradores, "como o Rogério, da CEB", prometeram ajuda, mas falharam - "até agora, nada", diz.
Até agora, Barbosa, que montou e operava o esquema de corrupção desde 2002, no governo Roriz, vinha preservando o antigo chefe e só havia delatado integrantes do governo Arruda, que o promovera a secretário de Estado para continuar operando a arrecadação de propina para o chamado mensalão do DEM. Roriz nega que a organização do esquema venha desde o seu governo.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário