Pelo menos 73 pessoas morreram nesta quarta-feira durante um confronto entre torcedores, logo após um jogo de futebol na cidade egípcia de Porto Said, de acordo com a TV estatal do país.
As mortes ocorreram após os torcedores invadiram o campo, no fim de uma partida entre os clubes Masry e Ahly.
Autoridades locais disseram que o número de mortos pode subir, já que há dezenas de feridos, muitos em estado grave.
O correspondente da BBC no Cairo, Jon Leyne, disse que, aparentemente, havia torcedores portando facas e que partes do estádio foram incendiadas.
Leyne disse ainda que o fraco policiamento nos estádios egípcios pode ter contribuído para o confronto.
Vitória inesperada
A confusão no estádio egípcio começou quando o Masry, de Porto Said, venceu de forma inesperada, por 3 a 1, o Al Ahly, um time do Cairo.
De acordo com o correspondente da BBC, os dois times têm um histórico de rivalidade.
A violência, no entanto, teria se acirrado porque os policiais demoraram para conter os torcedores.
Segundo o correspondente, a polícia egípcia tem evitado ao máximo reprimir protestos e reuniões populares, após a recente onda de manifestações contra o papel das forças de segurança no Egito.
Desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado, uma Junta Militar governa o Egito, sob contestação de setores civis que pedem a transferência imediata do poder.
O líder da Irmandade Muçulmana, grupo político que conseguiu a maioria das cadeiras no Parlamento nas primeiras eleições após a queda de Mubarak, disse que a violência no estádio tem conotação política.
Em nota, Essam al-Erian disse que "os eventos em Porto Said foram planejados e são uma mensagem dos remanescentes do antigo regime" de Mubarak.
Fonte: BBC Brasil
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