A Grécia terá de cumprir três condições para receber uma parcela de ajuda financeira da União Europeia, segundo estabeleceram ministros das Finanças da zona do euro reunidos em Bruxelas.
A ajuda, no valor de 130 bilhões de euros (R$ 296 bilhões), foi condicionada à aprovação de mais medidas de austeridade no Parlamento grego, mais cortes no orçamento do governo para este ano e uma "forte garantia política" dos líderes de partidos gregos de que respeitarão a negociação.
As metas têm de ser cumpridas até a próxima reunião de ministros europeus na quarta-feira, afirmou o presidente do grupo europeu, Jean-Claude Juncker, de Luxemburgo.
"Apesar do progresso alcançado nos últimos dias, ainda não temos os elementos necessários na mesa para tomar uma decisão (sobre a ajuda)", afirmou. "Esses três elementos precisam estar em prática antes de tomarmos uma decisão."
Juncker disse que os credores gregos ainda têm duvidas sobre o plano de austeridade prometido por Atenas no início da semana.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, engrossou o coro e disse que o plano de austeridade grego "não chegou a um estágio em que possa ser aprovado".
Desconfiança
Medidas de austeridade são altamente impopulares entre os gregos
As duas principais centrais sindicais do país convocaram uma greve de 48 horas a partir desta sexta-feira anunciado pelo governo grego no início da semana, que já inclui o corte de 15 mil funcionários públicos, flexibilização das leis trabalhistas e a redução do salário mínimo em 22%.
A reforma do sistema de aposentadorias, uma condição da UE, do Banco Central europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), continua a ser um impasse nas negociações.
O premiê grego, Lucas Papademos, não conseguiu avançar nas negociações políticas dentro do seu país para reformar o atual modelo, com o objetivo de economizar 300 milhões de euros por mês.
A Grécia, ao mesmo tempo, já está sentindo os efeitos de uma rodada anterior de medidas, contrapartida do primeiro pacote de resgate financeiro.
Os cortes provocam amplos protestos populares, num momento em que o país se afunda em recessão e enfrenta taxas de desemprego acima dos 20%.
Fonte: BBC Brasil
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