A guerra mundial contra as drogas criou uma ameaça para a segurança internacional que obriga a buscar alternativas para as atuais políticas, segundo um novo relatório apresentado nesta terça-feira pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) de Londres.
O relatório, intitulado "Drogas, insegurança e Estados falidos: os problemas da proibição" pode agregar elementos ao debate iniciado pelos líderes das Américas, que, em sua recente cúpula, encomendaram à Organização de Estados Americanos (OEA) que explore novos enfoques para a luta contra o tráfico de drogas.
Depois de examinar as atuais políticas centradas na proibição, o informe conclui que estas não apenas impediram a produção, o tráfico e o consumo de drogas, como também provocaram uma maior violência e instabilidade nos Estados que produzem e pelos quais transitam estas substâncias destinadas essencialmente a consumidores no mundo desenvolvido.
"A chamada guerra contra as drogas criou uma ameaça importante contra a segurança internacional", afirmou Nigel Inkster, coautor do estudo.
"A proibição fracassou em reduzir o consumo mundial de drogas e involuntariamente regulou este comércio de milhões de dólares para criminosos organizados, insurgentes e paramilitares", acrescenta.
Neste contexto, os que pior se dão nesta guerra contra as drogas são os países em desenvolvimento produtores ou de trânsito, como a Colômbia ou o México.
"É preciso urgentemente um debate global se quisermos desenvolver um sistema de controle de drogas para o século XXI", assinalou Inkster.
Fonte: AFP
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