Um homem-bomba com uniforme militar detonou os explosivos que carregava presos ao corpo no meio de uma apresentação militar acompanhada por autoridades na capital do Iêmen, Sanaa, nesta segunda-feira, matando ao menos 63 pessoas, informou uma fonte da polícia.
O ministro da Defesa do Iêmen e o chefe do Estado-Maior estavam presentes ao evento mas não ficaram feridos no ataque, informou uma fonte militar.
O ataque coincidiu com uma ofensiva em parceria EUA-Iêmen contra militantes ligados à Al Quase no sul do país, onde eles controlam várias cidades. As tropas se aproximaram dos pontos-fortes dos militantes no domingo, após violentos confrontos.
Os militantes provocaram uma instabilidade política no Iêmen e ganharam espaço diante da paralisia vivida na maior parte de 2011 em consequência dos protestos da Primavera Árabe, que acabaram por derrubar o presidente Ali Abdullah Saleh.
O Iêmen é a casa da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a sua própria proteção. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo.
Nesta segunda-feira, pedaços de corpos e sangue ficaram espalhados pela avenida de 10 faixas onde acontecia a apresentação militar. A área foi isolada pelas autoridades.
"Estávamos num desfile, de repente houve uma explosão enorme. Dezenas dos nossos homens morreram. Nós tentamos ajudá-los", disse um homem que identificou-se como coronel Amin al-Alghabati, com as mãos e o uniforme sujos de sangue.
"O homem-bomba estava vestido com uniforme militar. Ele tinha um cinto com explosivos no corpo", acrescentou.
"O homem-bomba estava vestido com uniforme militar. Ele tinha um cinto com explosivos no corpo", acrescentou.
Fonte: Reuters
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