Um aposentado de 69 anos acusado de obrigar a filha a manter relações sexuais com ele durante 34 anos foi condenado a pouco menos de três anos de prisão na Alemanha, uma sentença que causou surpresa no país por ter sido considerada branda demais.
Adolf B. teve três filhos com a filha, Renate. Dois morreram e um é portador de uma deficiência.
O réu admitiu ter mantido relações sexuais com a filha, que atualmente tem 46 anos, mas afirmou que estas foram consensuais. Ele disse ainda que a filha tinha 17 anos quando teve sua primeira relação sexual com ela.
O juiz do caso considerou que não era possível concluir que a filha foi obrigada, por meio de violência, a manter relações sexuais com o pai.
A filha chegou a afirmar que o pai a ameaçava com uma faca e que a obrigava a ter relações sexuais, o que Adolf B. sempre negou.
Segundo jornais alemães, a filha teria dado depoimentos contraditórios sobre a primeira relação sexual com o pai e testemunhas teriam dito que pai e filha pareciam se entender bem.
O réu foi condenado a dois anos e oito meses de prisão por incesto e agressão física. A pena máxima por incesto na Alemanha é de três anos.
Os jornais compararam o caso ao do austríaco Josef Fritzl, que escandalizou a Áustria e o mundo em 2008, quando foi revelado. Fritzl manteve sua filha em cativeiro por 24 anos e teve sete filhos com ela.
Fritzl foi condenado à prisão perpétua em março de 2009 por incesto, estupro, escravidão e assassinato, por negligência, de uma de suas filhas geradas pelo incesto.
Fonte: BBC Brasil
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