Ruanda está realizando um experimento inovador em suas penitenciárias.
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As 14 prisões de Ruanda apostaram em uma solução inusitada para reduzir os custos energéticos e proteger a selva nativa do país. Elas estão usando fezes humanas como biocombustível, que responde por 75% do gás que abastece as cozinhas. As fornalhas dos cárceres dependem de uma produção constante de fezes, o que os presídios conseguem fornecer sem maiores dificuldades.
Os excrementos são mesclados com fezes de vaca, armazenados dentro de câmaras e depois transformados em um biogás que é alimentado por meio de um sistema de tubulação desenvolvido pelos próprios presidiários.
O biogás é produzido ao se mesclar os detritos que os presidiários de Nsinda deixam nos 24 banheiros locais com fezes de vacas que habitam os arredores do centro de detenção e mais água. A dieta dos prisioneiros não é rica o suficiente para .produzir biogás de qualidade, mas a combinação de detritos resulta num gás de qualidade.
O gás é criado e armazenado em 12 câmaras localizadas do lado de fora localizados fora da prisão. Cada uma tem capacidade de 100 metros cúbicos de gás. Elas são mantidas pelos próprios presos, que checam para garantir que elas não sofrerão rachaduras ou vazamentos.
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A estimativa é de que, se bem-sucedido, o projeto possa propiciar um corte de gastos equivalente a US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 3,1 milhões).
Uma das cozinhas de Nsinda funciona à base de biogás. Alguns dos detentos são engenheiros de formação e colaboraram com o Instituto de Tecnologia de Kigali na criação de um sistema de tubulação que alimenta a usina de biogás construída nos fundos do presídio.
Fonte: BBC Brasil
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